Não, eu não sou mais eu. Eu corri, me perdi no meio do nada para que ninguém me encontrasse, havia anos, anos sem sangrar e agora tudo está vindo novamente. Respondendo suas perguntas Eu morri, não tente entender, nem eu mesma entendo isso pode fazer mal aos pensamentos humanos. Eu fugi de tudo, tudo, troquei meu nome, tenho cabelos louros queimados pela falta de tinta e o trabalho ao sol, minha pele corou. Ninguem me reconhece e eu fico feliz por isso, eu forjei minha morte e me mudei para o estado mais ensolarado do pais. Testei meus sentidos e descobri que o que eu engoli naquele dia não foi a cura, foi algo que me deixou com características mais humanas, cheiro de humana, aparência cansada de um humano mais me tornou uma vampira pior do que era. Ironicamente eu trabalho em um hospital e as vezes me dói roubar as bolsas de sangue que serviriam para outras pessoas, aqui é uma terra de lobos, mas graças a aquela coisa que bebi eles não sentem meu cheiro caso sentissem eu estaria morta. Deixei Christopher para trás, eu o amei em vida e em morte más não quero amar nessa nova vida ele mentiu para mim, Kate se tornou uma vampira, talvez essa parcela seja culpa minha e eu resolvi também deixa la para trás, Luke eu não o vi e seu rosto me falha a memoria da nova vida, mas a única coisa que me dói é meu filho cuja toda a memoria se foi com a vida passada.
—Hannah, por favor veja o que deseja o paciente do quarto quatro!-Jess gritou para mim.
Aqui para eles meu nome é Hannah Jensen Bencks, eu tenho vinte e cinco anos e sou uma enfermeira loura burra pálida, que adorava conversar com os velhinhos enquanto lhes aplica uma agulha nas nádegas.
—Bom dia senhora Lins!-digo entrando e fitando aquela nobre senhora com o rosto enrugado e voz rouca, posso sentir o cheiro do sangue dela, AB+, e ela tem leucemia mas nenhum médico incompetente descobriu isso ainda e eu não posso falar, pois o doutor é um lobisomem da matilha de Yeasen e seu cheiro de cão me deixa enjoada. Senhora Lins me cumprimenta com a cabeça e um sorriso quase sem dentes, a cada minuto ela perde um por cento de vida, ela tem filhos mas eles não se importam e nem ao menos vem visita-lá o que faz ela me chamar de filhinha todos os dias.
—A senhora deseja alguma coisa?-pergunto olhando a fixa.
—MEus filhos vieram me ver?-ela pergunta com voz rouca.
NEgo com a cabeça.
—Então, não!-ela responde.
—A senhora precisa comer!-Digo rabiscando coisas no prontuario.
Sinto a carência de ferro no sangue dela, eu poderia morde-la e faze-la se curar aos poucos, porém ela já esta velha os problemas iriam persistir, eu consegui salvar um garoto de treze anos com câncer dando a ele um pouco de meu sangue para salva-lo más a senhora Lins não teria jeito.
Sem ter notado ela adormeceu, ela está morrendo aos poucos o sono costuma ser mais intenso em certas pessoas.
—Pelo menos você pode morrer!-sussurrei e sair do quarto.
Senti aquele cheiro de cão e virei para o lado, as malditas presas sempre aparecem quando um inimigo vem de surpresa, o sol não me queima pois o que bebi me deu resistência porem ele me da problemas no olfato e eu só sinto o cheiro quando já estou em cima do inimigo.
—Bom dia enfermeira!-Uma voz masculina grave falou alto atrás de mim.
Me virei tentando esconder as presas com o lábio, e ali em pé estava ele, com seus olhos amarelados e seu cabelo oleoso caindo sobre a testa, o corpo malhado, forte, esbelto, a coluna em linha reta e o nariz empinado para cima como de costume.
—Seu clube de cadelas não lhe ensinou a respeitar os sugadores de sangue?-pergunto com um sorriso malicioso.
—Bem que eu queria fazer parte de um clube de cadelas!-ele respondeu com uma gargalhada.
—O que está fazendo aqui?-pergunto puxando ele para o canto da parede.
Ele coloca as mãos na minha cintura e eu as tiro com uma careta.
—Senti um cheiro..-ele respondeu.
—De?-pergunto arqueando a sobrancelha tentando processar suas palavras.
—Você vai adorar saber!