– Eu vou necessitar de ajuda para trocar de roupa. - Ele disse aquilo com uma risada pervertida.

– O QUÊ ??

– Meu braço está doendo, não vou conseguir tirar minha roupa sozinho.

– E ai eu tenho que te ajudar ? - Levantei uma sombrancelha olhando na direção dele. - Não vou fazer isso. - Entrei no meu quarto, meu rosto estava vermelho só de pensar em ter que tirar a roupa dele.

Escutei barulhos de passos lentos na direção do quarto ao lado, a porta se abriu e em seguida se fechou. Ele devia está trocando de roupa. Eu estava ali com o ouvido na parede tentando ouvir.

– Droga - Ouvi ele resmungar.

– O que eu faço ? - Perguntava-me - Devo ajudá-lo ? afinal de contas ele está assim por me defender.

***

Austin POV's

– Ah, isso doi - reclamei com a camisa que não saía.

Então a porta do meu quarto se abriu e Ally entrou no quarto, ela usava duas luvas amarelas em ambas as mãos . - Eu vou te ajudar, só que se tentar fazer alguma brincadeirinha sem graça, juro que vou chutar em um lugar que você não vai gostar.

Eu rir da cara dela, o rosto estava avermelhado feito um tomate. - Eu aceito a ajuda, venha cá. - Pedi para ela se aproximar, só que ela andava em passos curtos. Quando se aproximou um pouco, puxei-lá pelo braço o que deu um pouco errado, ela era mais leve do que eu imaginava e acabou perdendo o equilibrio e caiu em cima de mim, o que doeu muito, encarei seu rosto. Ela estava tão próxima que sentia sua respiração, os olhos dela encaravam os meus, a mão dela estava sobre o meu torax e a perna esquerda apoiada na cama. Foquei nos lábios dela, era pequenos, só que atraentes, meu corpo se sentia estranho com aquela aproximação, um calor estranho começou a acelerar a minha respiração, não conseguia para de focar no rosto dela, eu queria beijá-la. Aproximei meu rosto do dela, que ainda estava imóvel me encarando, eu não conseguia pensar em nada além de tocar seus lábios. Ela parecia confusa com o que fazia. Tal desejo era errado, só que não conseguia pensar no certo ou errado, o cheiro dela tirava a minha concentração.

" Tuts.. Tuts.. Tuts" O celular dela começou a tocar, fazendo a realidade vir à tona. Nós afastamos rápido.

– A-Austin, eu tenho que ir. - Disse ela olhando para o chão se afastando.

– Ally.. - Ela nem deixou eu terminar, saiu do quarto muito rápido.

Droga, o que deu em mim ? Eu sentir desejo pela minha própria irmã !? Eu realmente queria beijá-la !?

Ally POV's

– A-Alô ? - Não conseguia para de gaguejar.

– Ally ?! É a Emily, tá tudo bem ?

– S-Sim, porquê ?

– Você está gaguejando, porquê ?

– Não é nada..

– Se você diz, então tá. Spencer chamo a gente para ir no nosso local segredo, você quer ir ? eu posso te buscar.

– C-Claro, por favor, venha logo. - Era melhor mesmo eu sair um pouco de casa.

– Chego ai em 8 minutos. Tchau Alls.

– Tchau Ems. - Deliguei o celular.

Fui até meu quarto, vestir a primeira coisa que vi no armário. Peguei minha bolsa e fui para à frente da minha casa.

– Ally, entra. - Emily abriu a porta do carro.

– Obrigada.

– Coloca o sinto. - E deu a partida. - Então Alls, como está sendo estudar em uma nova escola ?

– Normal, tirando o fato que os professores se atrasam muito e os alunos são um pouco infantis.

– Alguma coisa boa deve ter acontecido.

– Sim, vocês. - Sorrir para ela que retribuiu. - Vamos dormir lá ?

– Acho que não, Spencer tem que estudar para uma prova. - Ela falava olhando para estrada. - Por quê ?

– Nada, Emily tem problema se eu ficar na sua casa hoje ?

– Não, só que hoje é um jantar especial da minha mãe. Pelo menos posso saber o motivo ? - Ela agora me encarou. - Alls.

– Desculpa, Emily, eu não consigo.

– Tudo bem, mas se você quiser falar com alguém..

– Entendi. - Sorrir para ela e fiquei olhando pela janela.

***

– Meninas, eu acho que a gente deveria mudar algo em cada uma de nóis. - Disse Hanna.

– Tipo ? - Perguntou Aria.

– Eu li em uma revista que em um país que eu não lembro o nome, as mulheres mudam o corte de cabelo para tentar mandar embora os maus costumes ou aquilo que nós deixa para baixo. - Ela pegou uma tesoura - Que nesse caso é a Alison para nós 4.

– Não sei se quero cortar o meu cabelo. - Disse Spencer mexendo nas pontas do cabelo dela.

– Não necessitamos cortar, apenas mudar, eu trouxe algumas tintas. - Hanna tirava algumas coisas da bolsa dela.

Emily me encarou nesse momento. - Bom, então vamos fazer isso para tentar se livrar do peso que carregamos por causa da preocupação com a Alison, e você Ally, qual é o seu peso ?

Ela era esperta. Eu não quero falar que quase beijei o Austin.

– Minha mãe.

– O que tem a sua mãe, Ally ? - Perguntou Hanna.

Respirei fundo. - Há alguns semanas atrais, eu estava na casa da minha vó e aquilo tudo estava muito chato, então liguei e fiquei pedindo para minha mãe vir me buscar, meu pai estava trabalhando e Austin na casa de alguns amigos, ela acabou aceitando vir me buscar. - Algumas lágrimas já estavam querendo cair. - Eu adormeci, lembro do Austin aparece no quarto onde eu estava, o rosto dele estava vermelho e os olhos também, como se estivesse chorando. Ele pediu para eu levantar, que tinha vindo me buscar pois tinha acontecido algo com a minha mãe... - Olhava para o chão, as lágrimas queriam cair e eu não queria mostrar meu rosto para as meninas. - Ele me levou até o hospital de bicicleta, quando chegamos lá, vi minha mãe toda ferida, ela tinha tido um acidente de carro, ela recebeu o impacto.. - Já não conseguia segurar as lágrimas. - Ela estava em coma, quando eu tinha chegado lá. Os médicos falaram que eles não saberiam quando minha mãe poderia acordar.

– Sua mãe ainda está em coma ? - Perguntou Spencer me dando um abraço.

– Não, ela morreu. Só que eu não consegui ir até o enterro dela, meu pai também não conseguia e minha tia pediu que não abrissem o caixão.

– Por quê ?

– Não sei, acho que também doi muito para ela vê a irmã morta.

– Ally.. - Emily me abraçou e limpou meu rosto - Desculpa, eu não deveria te feito você fala.. eu me sinto uma idiota.

– Tudo bem, uma hora eu teria que contar isso para vocês. - Secava meu rosto com uma toalhinha que Aria tinha me dado.

– Então o que acha de mudar o corte de cabelo - Disse Hanna sorrindo mostrando os produtos dela. Todas encaram ela. - Acho que não, né ?

– Não, tudo bem, vamos sim. - Ela sorriu quando eu falei isso. - Vamos mudar esse meu cabelo sem graça.

Meu cabelo era comprido e preto, era muito liso e chegava a ser sem graça. Nunca pensei em mudar ele, nunca me preocupei muito com meu visual, a vida era curta demais para me preocupar em ficar bonita. Porém, Hanna tem razão, tenho que deixar certos pesos para trás, então, começamos com meu cabelo.

Hanna começou a fazer alguma coisa com meu cabelo, não entendo muito bem para explicar. - Diga que cor você quer ? Eu acho que loiro iria ficar muito bem em você. - Todas nóis encaramos ela. - Ou não, né.

– Eu gosto do rosa. Você podia fazer luzes - Recomendou Aria. - Eu já fiz uma vez, e gostei.

– Acho que você deveria ficar ruiva. - Disse Spencer olhando a caixa do produto.

– Prefiro azul, deveria pintar todo de azul. - Agora foi a vez de Emily de ser encarada. - Eu acho original.

– Ally, que cor você prefere ? - Perguntou Hanna. Eu não sabia responder. - Me empresta seu celular ?

Peguei meu celular. - Para quê ?

– Apenas empresta.

~~ Ligação de Hanna ~~

– Alô ?

– Austin ? É a Hanna.

– Ahn, oi. Posso ajudar ?

– Sim, me diz que cor você acha que ficaria bonita na Ally ?... Austin ? Ainda está ai ?

– Sim, desculpa... Tem que ser uma cor discreta, pois Ally não é do tipo que quer aparecer. E ao mesmo tempo uma cor que mostre o belo sorriso que ela tem e o qual ela é bonita e..

– Tá bom, já sei que cor ficaria perfeito nela. Obrigada pela ajuda. tchau!

~~ Fim da ligação ~~

– Ally, seu irmão te ama. - Hanna falou enquanto devolvia meu celular.

– O quê ? - Meio que pulei da cadeira.

– Calma, é que ele te descreve muito bem... ele é o tipo de irmão que eu queria ter.

– Quem não iria quer ? - Disse Aria pensativa. - Imagina ele sem camisa! Ally você é sortuda.

– E aqueles braços. - Spencer mordia os lábios com um sorriso pervertido.

– Ele é bonitinho. - Emily disse.

– Tá bom, chega! - Falei.

– Tá com ciúmes, Ally ? - Perguntou Hanna com cara de sapeca.

– Não.

– Tá com ciúmes! Tá com ciúmes - As quatro começaram a falar isso juntas, meu rosto já deveria está vermelho.

– Vão se danar. - Falei com cara emburrada e elas ainda riam da minha cara.

– Que menina rebelde. - Brincou Emily.

– Vou falar pro seu pai que você é uma má influência para nós. - Hanna tinha um sorriso divertido no rosto.

– Claro, pois foi ideia minha sair quase núa na rua uma vez. - Rir.

– Ok. Somos más influências. - Disse Hanna rindo.

– A gente poderia se chamar Bad Bitches. - Disse Spencer com carinha de vadia.

– Ou V.C.A - Disse Hanna.

– O que é isso ? - Perguntei.

– Vadias contra A. - Disse Hanna, sério que elas gostam de se chamar de vadia, na minha opinião isso seria algo ofensivo, só que pelo jeito na linguagem da Hanna, é uma palavra qualquer.

– Bem original. - Falou Aria.

– Obrigada - Disse Hanna mandando beijo. - Agora só esperar um pouco e vêmos o resultado.

***

– Terminei. - Disse Hanna me virando para o espelho.

Quando me olhei, quase não me reconheci. Meu cabelo estava castanho, ela fez aquele cacheado californiana de leve nas pontas do meu cabelo, estava tão diferente... era um diferente bom, muito bom.

– Hanna, eu estou sem palavras para descrever. - Falei me olhando no espelho e admirando o resultado.

– Eu sei, eu sou incrível.

– Ally, você está incrível. - Falou Aria admirada a mudança.

– Está de parabéns, Hanna. - Falou Spencer me olhando.

– Está maravilhosa, Ally. - Disse Emily comendo sorvete.

– Meninas, agora é a nossa vez de mudar alguma coisa. - Hanna se olhou no espelho - Acho que vou apenas retocar o meu loiro, afinal de contas, eu mudei.

– Acho que posso cortar um pouco as pontas - Disse Spencer.

– Já é alguma coisa - Disse Hanna um pouco decepcionada.

– Eu não estou pronta para uma mundaça radical, então vou apenas muda o pentiado com o secador e esses outros trecos aqui. Mas nada de corte ou tintas. - Disse Aria indo na frente do espelho.

– Eu me contento como estou. - Disse Emily com um sorriso meigo.

Emily parecia ser bem apegada a Alison, ela não queria esquece-la, eu conseguia vê isso nos olhos dela.

– Chatas. - Disse Hanna com aquela carinha de criança quando não consegue o que quer.

– Meninas. - Disse Emily e todas olharam para ela - Perceberam que "A" está focando apenas na Ally.

– Até agora ele só aprontou uma coisa com ela. - Disse Spencer.

– Eu sei, só que lembrem que "A" sempre ataca o elo mais fraco. - Disse Emily. - E sempre ataca novamente quando seus planos não saem como ele queria.

– Você acha que ele vai fazer algo comigo de novo ?

– Tomará que não, pois ele adora ferrar com aqueles que amamos, no seu caso foi o Austin. - Disse Hanna, no momento que ela disse o nome dele meu rosto esquentou, toda vez que eu pensar ou olhar para ele, eu vou lembrar que quase nós beijamos.

– Vocês querem dormir hoje aqui ? - Perguntou Aria.

– Não posso, tenho que estudar para prova de química. - Disse Spencer.

– Minha mãe vai fazer um jantar especial hoje e quer que eu esteja com ela. - Disse Emily.

– Eu não tenho nada para fazer - Falou Hanna.

– E você Ally ? - Perguntou Aria.

– Eu não avisei para o meu pai, ele deve está preocupado. - Falei olhando o celular e vendo que não tinha nenhuma chamada perdida. - Quem sabe na próxima. Ems, acho que vou para casa mesmo.

– Então Hanna, você fica comigo ? - Perguntou Aria.

– Claro, minha mãe não vai fazer um jantar especial e nem vou estudar para alguma prova mesmo.

– Tchau meninas. - Me despedi.

***

– Obrigada pela carona, Spencer.

– De nada, até amanhã Ally.

– Até. - Sai do carro e entrei em casa, meu pai e Austin estavam assistindo televisão.

– Ally, temos que conversar. - Meu pai disse, meu corpo tremeu.

– S-Sim ?

– Austin me falou uma coisa.

– O quê ??

– Você não comprou a minha nutella, sabe que não como meu pão sem a minha nutella. - Ele fazia bico.

– Ah, desculpa, depois eu compro.

– Querida, você está diferente. Mudou alguma coisa ?

– Sim, adivinha. - Fiz pose de modelo, ou tentei pelo menos.

– Mudou de blusa, eu gostei. - Ele tinha aquela risada divertida.

– Nossa pai. - Mostrei a lingua e fui para o meu quarto.

Me joguei na minha cama. Ouvir o barulho da porta se abrir.

– Pai, posso ficar... - Era Austin. - Sozinha.

– Ally, temos que conversa. - Ele se aproximou.

– Sobre ?

– Você sabe.

– Eu sei, só que não me sinto avontade para falar sobre algo que não aconteceu.

– Então você prefere fingir que não queriamos nós beijar ? - Ele parecia um pouco decepcionado.

– Aquilo seria um erro, Austin. - Suspirei. - Somos irmãos, isso seria errado.

– Eu tento colocar isso na minha mente, só que é dificil, não consigo negar que eu realmente queria te beijar.

Eu não conseguia falar nada, minha mente parecia está dando voltas, meu irmão queria me beijar e de alguma maneira naquele momento eu também queria beijá-lo. Mas isso é errado, somos frutos do mesmo sangue.

– Continua sendo errado. - Olhava para o chão, não conseguia encará-lo.

Ele se levantou e foi até a porta. - Gostar não é errado. - Ele abriu a porta e ficou entre ela. - E eu gosto de você Ally. - E saiu.

– Droga! - joguei o travesseiro na parede, eu queria quebrar tudo do meu quarto, só que sou pobre e não posso ter esse prazer. Me deitei, eu queria sumir, queria simplesmente sumir daquele lugar, daquela vida, queria paz de tudo que me confunde.

Tentei dormi, só que toda vez que fechava os olhos, o rosto de Austin e as palavras dele vinha à tona. Eu não sinto nada pelo Austin, além do carinho de irmão, então porque eu não paro de pensar nele ?

– Queria as vezes poder ler a minha história, como em um livro.... livro! Eu esqueci de fazer a redação de literatura. - Corri para a mesinha do meu meu quarto, peguei o meu notbook e comecei a digitar.

***

Faziam 45 minutos e eu nem sabia o que digitar, eu vi um resumo do livro, pois não dava tempo de lê o livro. Minha cabeça estava uma bagunça, não conseguia pensar.

– Será que.. - Tive uma ideia, só que tive que acessar na página da escola. - Elsa Litleen.. Robert Fithiz... Ezra Fitz! Achei, vamos vê as informações sobre ele. Agora é só...

***

– Sr. Fitz. - Chamei, ele estava sentado em um sofá na cafeteria que pedi para ele me encontrar. - Obrigado por me encontra aqui antes da escola.

– Tudo bem. - Um sorriso formou em seus lábios finos e rosados - Então, em que posso ajudar ?

– Eu não estou conseguindo escrever a redação. - Fui direta.

– O que foi ? Não gostou do livro ?

– Para falar a verdade, eu nem cheguei a ler...

– Se não lê, como você quer escrever uma redação ?

– Eu sei, eu sei... eu apenas não consigo, eu li um pouco, só que não consigo sair nem da primeira linha, pois toda vez que vem uma ideia, Austin novamente vem á tona em minha mente e... - Parei, pois notei que estava falando de mais.

– Explique o que aconteceu com o Austin, talvéz eu possa ajudar.

– Não sei se o senh.. - Parei de fala - Desculpe, é muito estranho chamar você de senhor, é que você é um pouco...

– Jovem ? - Concluiu ele.

– Sim.

– Como estamos fora da sala de aula, pode me chamar de Erza.

– Sério ? - Acho que meus lábios formaram um sorriso bobo, pela intimidade que estava tendo com meu professor.

– Sim, se deixar eu lhe chamar de Ally. Estamos combinamos ?

– Sim, combinado. - Ri.

– Então, me explique o que houve com você e o Austin.

– Eu não sei se devo falar é que... é um pouco estranho.

– Ally, eu sou seu professor, devo lhe ensinar e ajudar com alguns dos seus problemas, mesmo que seus problemas de família não sejam de minha conta, não vou te julgar, pode confiar em mim. - Não sei se é o rostinho dele ou o jeito fofo dele, só que eu senti confiança e segurança com ele.

– Ok, lá vai. - Respirei fundo. - Eu quase beijei o Austin.

– O quê ? - Os olhos dele arregalaram, a boca ficou entreaberta

– Só que foi quase.

– Ally, ele é seu irmão, você não pode... desculpe-me, prometir não julgá-la. - Ele suspirou. - Só que essa me pegou de surpresa.

– Eu sei, eu disse que era estranho.

– Entendo, o motivo de você está tão confusa, isso realmente é algo para tirar o nosso foco na vida e em nossos deveres.

– Então você pode me dar mais alguns dias para tentar fazer essa redação ?

– Ally, eu adoraria fazer isso, só que em breve tenho que fechar as notas e não posso ficar adiando matéria. - Ele estava pensativo, queria me ajudar.

– Entendo. - Suspirei.

– Talvéz eu possa te ajudar a escrever essa redação, dando algumas dicas, só que as ideias e as palavras teram que ser suas.

– Sério ? - Quase dei um pulo de alegria sentada no sofá.

– Sério, e a gente pode começar agora e depois eu te levo para escola.

– Então está combinado, Erza. - Levantei. Andamos até uma mesa com duas cadeiras e sentamos ali. - Vamos lá.

***

– Então, acha que está boa ? - Perguntei enquanto Erza lia minha redação - Palavras de um professor.

– Na minha opinião, está ótima. - Sorrir para ele - Mas, na minha opinião de professor de literatura... Eu esperava mais de você, Ally. - Ele fez aquela cara de professor exigente. Eu ri daquilo e ele deu uma risada divertida.

– Bobo. - Dei um tapa leve no ombro dele.

– Eu te ajudo e ainda apanho, cadê um policial quando se necessita. - Ele olhou ao redor. - Socorro, essa garota está me agredindo!!

O pessoal me encarou - Erza! - Dei outro tapa.

– Deixa pessoal, alarme falso. - Ele se divertia com a minha cara. - Gostei do visual.

– Sério ? - Perguntei com um sorriso um pouco tímido, fiquei constrangida.

– Sério, eu gostei. - Ele arrumou uma mecha rebelde do meu cabelo.

Sentir uma sensação estranha quando ele fez isso, simplesmente, meu corpo agiu por impulso e eu beijei ele. Durou pouco tempo, menos de 3 segundos, ele se afastou e eu notei a besteira que eu fiz. - Erza, desculpa, eu não sei o que meu deu. - Falei me afastando. - Desculpa, eu sou uma idiota. - Sai correndo do local. Ouvi Erza gritar meu nome, só que estava contrangida demais para olhar para trás.

Estava correndo pela rua, quando quase fui atropelado. Olhei para o carro e notei que conhecia ele, era o carro da Hanna. Ela estava de olhos arregalados pelo susto, não pensei duas vezes e fui até a porta do carro dela, abri e entrei.

– Hanna, eu fiz a maior besteira.

– Eu também, quase te atropelei.

– Só que a minha besteira foi maior.

– Conta, o que aconteceu. - Ela começou a dirigi o carro, só que prestava atenção em minhas palavras.

Respirei fundo. - EubeijeioErzanossoprofessordeliteratura. - Falei muito rápido.

– O quê ? - Ela ainda dirigia. - Eu não entendi, fala com calma.

– Eu beijei... O nosso professor... De literatura.. o Erza. -Falei, ela deu uma freada no carro no meio do caminho e virou na minha direção com os olhos arregalados.

– Você beijou o nosso professor!?

– Eu sei, é errado, ele é o professor e eu a aluna, só que agir por impulso e.. - Ela me cortou.

– Ally, o problema não é esse.

– Então qual é o problema ?

– O problema é que Erza está namorando. - Me sentir uma vagabunda quando ouvir isso, eu tinha acabado de beijar um cara comprometido - Você acaba de beijar o namorado da Aria. - Eu quase sentir meu coração pula fora do meu peito quando ouvi.

– O quê ? Oh Meu Deus! Aria não vai querer olhar na minha cara nunca mais - Nós entreolhamos.

Continua...