Just One More Day escrita por Ana Viollet


Capítulo 3
Capítulo II - Recordações


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores.
Primeiramente, quero pedir desculpas pelo atraso(?) sei que não estipulei data nem nada mas demorei um pouco. Obrigada mesmo a toda a resposta de vocês, fiquei muito feliz com todas as visualizações, favoritos, comentários.. ♥ Muito obrigada mesmo! Espero que gostem do capítulo.
Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/551456/chapter/3

Nas correrias de sempre, um certo moreno andava apressado pelos corredores do hospital ao fim de seu horário de almoço. Estava apreensivo, ou até mesmo preocupado, melhor dizendo. Não apenas com aquela paciente que ocupava seus pensamentos, mas com muitas outras coisas. Entretanto, ela foi o motivo de milhares recordações e questionamentos que vieram a sua cabeça desde sua “chegada”.

Sasuke se perguntava do que havia se arrependido durante todos esses anos. E em poucos segundos, concluiu que uma das únicas coisas as quais ele não se arrependia, era Daisuke. Ele chegou como um anjo na vida dele, antes monótona e vazia. As brigas com Karin haviam se tornado frequentes, mesmo após meses do casamento. E a gravidez havia cabido como uma luva no momento, já que não havia arrependimento por parte de Karin, que sorria disfarçadamente com a chegada do filho.

Outra coisa era em relação ao controle. Sasuke nunca teve controle total de sua vida, pois seus pais exerciam uma força enorme sobre tudo que acontecia com ele, mesmo após a maior idade. Tanto que o fizeram cometer erros que se arrepende até hoje.

O moreno, enquanto caminhava até a recepção depois de duas horas de reunião, já pensava no que havia pedido aos superiores. Poderia ser precipitado, ou até falta de profissionalismo, mas era necessário, Sakura era uma paciente que precisava de cuidado quase que 24h. Níveis de potássio baixíssimos, anemia, desnutrição.. Tudo isso acoplado ao que Sasuke mais temia, um transtorno alimentar associado a depressão.

“Hinata, como os pais reagiram á proposta?” Perguntou chegando a recepção privatizada, sendo recebido pela bela moça, que possuía no momento, um olhar de preocupação.

“Com total descaso, Sasuke-san. Eu me surpreendi muito e olha que eu já vi muita coisa por esse hospital. Pouco se importavam com o que acontecerá a menina.” Respondeu um pouco alterada. “Aquela garota loira que nos deu o número, acabou de trazer o resto dos documentos necessários da senhorita Haruno, estão todos nessa pasta” Entregou a pasta a Sasuke, que conteve o seu nervosismo em relação aos pais de Sakura.

“Muito obrigada. E nem se preocupe com isso, eu os conheço..” Hinata se questionou por dentro, mas por Sasuke ser de um sobrenome tão influente, logo considerou. “Meu expediente acabará em 30 minutos, nesse meio tempo estarei providenciando os materiais para a estadia dela na minha casa. Boa noite..” Se despediu formalmente e andou até a sala onde Sakura estava, e quando abriu a porta, se surpreendeu com o número de enfermeiras na sala.

“O que aconteceu?” Perguntou já preocupado, colocando a pasta com as informações em um canto qualquer e indo em direção a Sakura.

“Pressão baixa. A encontramos caída no chão há uma hora e estamos checando seu estado desde então..” Murmurou uma das enfermeiras.

“ E por que não me avisaram? Estou cuidando do caso dela!” Sasuke respondeu um pouco mais alterado, checando os sinais vitais dela e se ela estava com condições de sair. As enfermeiras ficaram surpresas com a atitude de Sasuke, que logo pensou no que havia dito. “Me desculpem eu só.. Só esperava que me avisassem em situações como essa. Que não se repita, por favor.”

“Sim, Dr. Sasuke.”

“Vou ver se está tudo certo com os diretores, ela precisará de atenção total. Levem a para o meu carro e alguma de vocês me espere lá com ela. Estarei saindo em poucos minutos.”

Depois de algum tempo, já no carro, certificou-se da segurança de Sakura, que se encontrava no banco de trás, com um soro ao lado. Sasuke estava preparado a coisas desse tipo e por isso já montara uma área hospitalar em sua própria casa, com tudo necessário. Uma vez ou outra era preciso, principalmente pacientes em observação, e Sasuke, como o médico conceituado que é, possui total autorização. Sakura estava sendo tratada como uma paciente em coma. Mas ao contrário de muitos, não havia cuidado por parte da família, muito menos preocupação. Ela estaria morta para muitos, literalmente. Inclusive para Sasuke.

Ele dirigia cuidadosamente pelas ruas em direção a escola de seu filho. Já ligara duas vezes para Karin, porém, sem resposta. Sasuke estava acostumado com a negligência vinda por parte dela e nem se importava com isso em relação a ele, mas sim em relação ao filho. Imagine o psicológico de uma criança tão jovem quanto Daisuke sofrendo com isso. Durante essa semana de “recesso”, ficaria mais com o filho e prestaria mais atenção neles, pelo menos era o que planejava.

Quando parou em frente a escola, os alunos ainda não haviam saído, e então, viu a oportunidade perfeita para dar uma olhada nos documentos. Nenhuma declaração de óbito, documentos com datas falsas, nada.. Sasuke quase chegava a chorar ao ler os documentos e realmente comprovar que ela estaria viva e que era aquela “Sakura”.

“Papai? Você está me ouvindo?” Daisuke chamou a atenção do pai, perdido em seus pensamentos. O mesmo lançou um sorriso disfarçado, e abraçou o filho, colocando a pasta no banco ao lado.

“Desculpe Daisuke.. Vamos?” Ambos entraram no carro. A primeira vista mal notou a paciente estranha no banco de trás, mas quando o fez, soltou um murmúrio de surpresa.

“Woah, quem é ela? Ela é bonita!” Falou observando os detalhes do rosto da rosada. O pequeno estava surpreendido também com a cor não tão usual do cabelo dela. O pai abriu um sorriso de lado com a reação do menino e tentou logo explicar.

“É uma paciente. Ela ficará lá em casa durante alguns dias por que o estado dela não é muito bom. Também é uma antiga conhecida do papai..”

“Ela vai ficar bem?” Daisuke perguntou inocentemente, com uma certa preocupação. Mas era o que Sasuke mais almejava por dentro.

“Espero que sim, filho. Realmente espero” Daisuke se sentou de volta no lugar e colocou o cinto de segurança, não ignorando o quão triste o pai soou ao pronunciar aquelas palavras. E então, Sasuke deu a partida e sussurrou apenas para si mesmo:

“Seria doloroso demais perdê-la mais uma vez”

[...]

Quando Sakura acordou em mais um quarto desconhecido, não houve o mesmo desespero de antes. Permaneceu calma e respirou fundo até se sentir segura o suficiente para se apoiar e sentar na cama, então observou ainda melhor o ambiente.

Estava deitada em uma cama de casal, que possuía uma bela manta floral e confortáveis lençóis. Um quarto amplo, e ao seu lado, vários objetos que ela conhecia facilmente, todos para garantia de sua “sobrevivência”, e aos poucos foi ligando aos pontos. Clínica de recuperação talvez? A morte lhe parecia mais atraente. Procurou algo como celular ou coisas desse tipo, mas não encontrou nada, e por pura frustração e cansaço, voltou a cama.

Em poucos minutos, uma figura de jaleco branco entrou pela sala e Sakura o observava atentamente. Quando trocaram olhares, ambos puderam observar a beleza do rosto de cada um. Sakura encarava pasma o moreno em sua frente, pois não acreditava no quão familiar aquele rosto lhe era.

As lágrimas caíram pelo seu rosto livremente, e Sasuke se preocupou, tentando se aproximar dela em seguida.

“Não pode ser.. Quem é você? N-Não chegue perto!” Sakura falou com a voz ainda rouca, adquirindo mais voz a medida que terminava a frase.

Ela o conhecia, sabia que o conhecia! Sua fisionomia, seu jeito.. Era tudo algo tão familiar. Ela apenas tinha medo de acreditar, tinha medo de criar expectativas e de sofrer com isso depois.

“Por favor, se acalme. Eu sou um médico, estou cuidando de você..” Sasuke falou calmamente, sem tirar o semblante preocupado do rosto. Quando menos perceberam, Karin entrara pela porta e com um olhar raivoso observava Sakura, quase que a dilacerando em seus pensamentos.

“O que essa garota está fazendo aqui, Sasuke?”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Estou totalmente aberta a críticas, construtivas ou não, ideias.. Eu tentarei sempre ser gentil e responder a todos nos comentários, muito obrigada de novo :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Just One More Day" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.