Shades of Blood HIATUS escrita por Tia Stephenie


Capítulo 6
Celeiro


Notas iniciais do capítulo

E ai! Aqui é Lady Anne que vos fala, a pedido da Tia Stephenie estou apenas POSTANDO o capítulo, ela pede desculpas pela demora, e estou avisando que o próximo capítulo talvez demore um pouco por problemas com o PC dela :c
Esperamos que gostem do capítulo!
Beijo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/551125/chapter/6

"Estou viva, sou a luxúria. Seu amor, seu amor, seu amor."

Eu não me importava com mais nada que estava acontecendo ali, eu simplesmente não conseguia parar de pensar nos papéis que minha mãe deixou. Eu deveria estar chorando como um bebê, mas minhas lágrimas já se esgotaram.

Rick parecia animado, com alguma notícia que eu não dou importância, mas parecia ser algo importante. Ele nos levou para o mato, e lá estava uma casinha branca, um tanto simples e de aparência antiga, um homem já idoso parecia nos esperar.

Rick e ele se cumprimentaram, ele parecia ser simpático.
A garota loira apareceu novamente, ela olhava para Rick de uma forma um tanto analítica, poderia dizer até intima. Estranho.

A fazenda era um lugar agradável e eu não podia negar, mas com o passar dos dias me senti mal por ficar parada, afinal, eu saí do inferno para uma fazenda. Mas não estava reclamando. Depois de alguns dias apenas olhando na janela, sem sair da casa, eu finalmente pulei para fora e resolvi tomar um pouco de ar fresco. Beth me fazia companhia a maioria do tempo, ela era uma garota adorável, mas não muito otimista, e ela nem mesmo sabia o que existia fora daquele pequeno circulo de capim e verde que ela conhecia a vida toda, eu até me sentia contrariada ao vê-la deprimida. Ela realmente desconhecia sua sorte.

O dia havia começado há pouco, e o clima, como sempre difícil de alterar estava estável, bom demais para tudo o que ainda acontecia lá fora. Pude ver Dale e Andrea observando ao redor da fazenda em cima do trailer, procurando alguma ameaça, que eu esperava que não encontrassem.

Todos pareciam ter alguma função, e se não tivessem estavam como eu, no tédio absoluto. Daryl parecia triste, bem, do jeito Daryl de ficar triste, do jeito de uma pessoa que não demonstra sentimentos normalmente, mas que eu como uma boa Dixon sou capaz de captar. A mini-bolsa continuava bem guardada e eu ainda pensava se devia contar ou não, e no meu tédio era apenas nisso em que pensava, afinal, era a unica coisa a pensar.

Eu me sentei e comecei a olhar minhas mãos, cansada de juntar terra na minha bota de tanto caminhar em círculos e ser praticamente comida por mosquitos. Minhas mãos, finas(agora mais finas ainda depois de ter que comer enlatados ou não comer nada) e bonitas. Eu a estiquei e entre os dedos eu vi a imagem de Carl me chamando perto do celeiro, o que foi uma luz naquele dia, porque eu esperava que ele tivesse algo a fazer e que eu pudesse fazer parte, e também porque gostaria de passar algum tempo com ele de novo.

— Você está melhor? — Ele perguntou, olhando para as flores, para meus pés e para mim, com a cabeça baixa, poderia dizer que estava té envergonhado, mas já conhecia Carl o suficiente para fazer que vergonha não é do feitio dele.

— Eu... Eu acho que sim. — Eu tirei o peso do meu corpo do pé direito e passei para o esquerdo.

— Como assim acha? — Ele levantou a cabeça. — Hmmm... O que eu posso fazer para te alegrar? — achei estranho a iniciativa dele, e o tom de sua voz também era um tanto insinuativo.

— Surpreenda-me. - acabei por dizer.

Ele começou a se aproximar de mim, com uma cara realmente maliciosa, então me perguntei o que estaria imaginando. Em resposta a aproximação eu andava para trás, e acabei encostando no celeiro e ficando sem saida, a mercê de Carl. Seu rosto estava a poucos centímetros do meu e eu podia sentir sua respiração quente se mesclando a minha.

De repente, ele avançou e seus lábios se chocaram rapidamente contra os meus, me surpreendendo, causando uma sensação incrivel, porém rapida. Sua expressão ainda era maliciosa ao se afastar um pouco. Ele avançou de novo e me olhou mais uma vez. Então Carl se aproximou mais de vagar, mas dessa vez selou nossos lábios de forma feroz.

— Suba as escadas para o segundo andar do celeiro. — Ele sussurrou em meu ouvido, me fazendo ficar arrepiada.

Eu subi e continuamos lá em cima. Eu praticamente me joguei para ele. A sensação era maravilhosa, eu me sentia como um viciado usando drogas depois de meses. Péssima comparação. A sensação era melhor ainda. Por instinto minha mão foi parar em sua nuca e a sua em minha nos meus quadris. Seus lábios eram completamente viciantes, doces e ferozes.

Ele escorregou sua mão para minha cintura e depois para minhas costas, e me puxou mais para perto de si. Ele me deu um empurrãozinho de leve, e puxou sua camiseta. Eu o observei a tirando devagar, como se quisesse me deixar ansiosa, o que funcionou.

Ele deixou que ela caísse sob seus pés e se aproximou novamente, ainda lentamente, e eu só queria agarra-lo para mim de novo, o que fiz quando ele chegou perto o suficiente.

Enquanto nos beijávamos, fomos andando para trás juntos sem perceber, pensando que logo cairíamos em um feno macio que não atrapalharia qualquer coisa que quiséssemos fazer, então eu pisei e não senti a madeira sob meu pé, mas não tive tempo de voltar pois o peso de Carl me levava para trás.

Provavelmente pela surpresa, ele não me segurou quando derrapei, mas com um reflexo rápido me apoiei numa madeira velha que já estava pendendo. Ao derrapar bati a cabeça na madeira, formando um arranhão que provavelmente ficaria horrível depois, isso se eu sobrevivesse para ver, porque quando olhei para trás esperando ver alguma coisa em que pudesse me apoiar para pular de volta ao chão, tive a visão do verdadeiro inferno.

Uma horda de errantes, que não demoraram a me notar depois do grito agudo que soltei.
– Que merda, Carl!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!