Shades of Blood HIATUS escrita por Tia Stephenie


Capítulo 12
Está Tudo Bem


Notas iniciais do capítulo

OI, MEUS AMORES!
Só posso falar que esse é o capítulo de agradecimento e todas as coisas pelo um ano de fic! Sim, Shades of Blood já tem um ano de vida! Eles crescem tão rápido ;-; *chorando*
Essa fanfiction é realmente muito especial para mim, ela me "enfiou" em um mundo novo e totalmente diferente, onde eu pude evoluir minha escrita e conhecer pessoas maravilhosas, que me ajudaram muito também.
E claro, eu pude escrever para vocês.
***Vou logo avisando que as partes em itálico e entre parenteses são lembranças e não exatamente flashbacks, eu acho...***
Obrigada e boa leitura.



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Eu consigo sentir minha alma queimando, queimando lentamente.”

Me soltei de Matthew e caminhei até o muro, me mantendo em pé por algum milagre. Senti o olhar de Matt me cortar a cada passo, mas também o ouvi destravar a arma. Respirei fundo, tentando fazer com que meus órgãos voltassem a funcionar normalmente;

A mão quente de Carl se entrelaçou na minha, me fazendo notar que lágrimas escorriam ferozmente em meu rosto. Ele me puxou com delicadeza para um beco mal iluminado, bem, aquele não era o momento.

Observei o lugar por alguns instantes até reconhecer alguns rostos familiares e por instinto eu corri. Eu corri para abraçar Daryl, que tomou um susto ao sentir suas costas sendo agarradas, mas logo ele reconheceu meus braços e os abraçou. Eu sentia saudades disso.

Daryl e eu sempre fomos muito próximos, mesmo sendo quietos e um tanto distantes. Iguais; o mesmo jeito marrento, os olhos azuis vivos, longe de pessoas. Eu nunca fui extrovertida e amigável como Ella, eu gostava do silêncio assim como meu pai.

Eu sentia saudades de quando eu era apenas uma criança, uma criança muito mimada pelo pai. Sempre protegida por ele, que mesmo nas piores brigas com minha mãe – que eram muito frequentes – ele continuava perto de mim. Ele era meu protetor, ele sempre foi meu protetor.

E eu me sentia mal.

Ele se virou e beijou minha testa enquanto eu olhava seus olhos inchados, suas expressões faciais gritavam “onde você estava?” por ele. Coloquei minha mão direita em sua testa.

— Eu encontrei Blake e Matthew. — sorri ao falar — E um tal de Merle.

— Glenn me falou de Merle, precisamos o encontrar.

— Você... — ele se ajeitou em uma posição mais confortável, seu rosto estava péssimo — não viu o que ele fez comigo? Realmente quer ele junto com Hope e todas as mulheres da prisão?

— Ele ficou sozinho com ela em uma sala de tortura, imagine as coisas que ele pode ter feito. — Maggie interrompeu, sua voz estava fraca.

— Nunca mais suma, garota. — ele tentou disfarçar a preocupação ignorando tudo que haviam falado a ele, ele parecia ter sido atingido quando Maggie terminou de falar.

Eu precisava saber tudo sobre Merle. Eu precisava saber o que era tudo aquilo... mas eu não tinha muito tempo.



Eu não me lembro exatamente o que aconteceu, eu peguei no sono logo depois que o carro acelerou e Carl pegou em minha mão. Eu fui acordada por ele, com a cabeça encostada em seu ombro, nossas mãos ainda estavam entrelaçadas.

Cocei os olhos e caminhei até minha cela, passando pela prisão sem dar muita importância. Eu só queria descansar minha cabeça, eu estava muito confusa. Sentei-me em minha cama.

Queria saber o que Matthew estava fazendo, meu coração doía mais a cada minuto, era uma verdadeira tortura. Eu sempre senti algo especial por ele, desde que ele se mudou para casa ao lado da minha, aos 11 anos. Brincávamos juntos, aprendemos juntos, era incrível.

“— Hey, garota, cuidado com as flores. Minha mãe vai nos matar caso façamos algo com elas. — zombou Matthew enquanto me empurrava levemente.

Irei usar você como escudo. — sorri enquanto me jogava na neve e esperava ele fazer o mesmo.

Ele se deitou ao meu lado, o estava nariz vermelho e o belíssimo sorriso me encantava. Tirou os cachos loiros dos olhos, que os atrapalhava por conta da touca preta que usava. Beijei seus lábios por alguns segundos, nossos pais ainda não sabiam do nosso “relacionamento” e não queríamos arriscar.”

Carl me tirou de meus devaneios beijando minha bochecha, segurei as lágrimas e sorri amarelo.

— Eles fizeram alguma coisa com você? — perguntou com voz baixa, calmo.

— Não.

— Hope...

— Não, Carl. — me exaltei, respirei fundo para tentar me controlar. — Eles não fizeram nada comigo.

Respirei em seu pescoço, sentindo o seu cheiro maravilhoso. Eu nunca estive tão contente. Sentia sua pele quente encostando na minha em um abraço sereno. Entrelacei nossas mãos e me aconcheguei em seus braços, rezando para que aquele momento fosse eterno.”

Fechei os olhos e sibilei, segurando os meus sentimentos o máximo que conseguia. Me sentia triste, eu realmente gostava de Matthew. Eu me sentia terrível por ter o abandonado no começo de tudo, eu me sentia horrível por simplesmente ter o abandonado.

Mas eu tinha uma família.

Senti a mão quente de Carl acariciando a minha, seu toque me arrrepiava e me deixava cada vez mais confusa. Eu pensava em fugir e correr para os braços de Matt, mas ao mesmo tempo eu queria continuar aqui com a minha família.

— Está tudo bem, Hope... — ele limpou uma lágrima que escorreu de meu olho esquerdo, eu parecia muito abalada. Eu estava abalada. — está tudo bem.

Carl virou meu rosto com sua mão direita, me fazendo encarar seus olhos azuis. Ficamos em silêncio por muito tempo, ele parecia lutar contra uma vontade muito forte. Eu queria conseguir rir de sua cara preocupada.

Eu o vi se aproximar de mim, calmo. Eu entrei em desespero por dentro, mas eu não movi um músculo, eu apenas esperei. Esperei ansiosa até que seus lábios quentes encostaram nos meus calmamente, sem nenhuma pressa.

Ele parecia tranquilo, o beijo estava tranquilo, totalmente diferente de mim. Eu gritava em minha mente, implorava por mais, meu corpo tremia a cada toque, mesmo que não parecesse.

Eu sabia que ia me arrepender de qualquer coisa que aconteceria ali, mas eu já não me controlava mais. O fogo já não me fazia mal, agora ele queimava minha timidez e meu arrependimento lentamente.

Seus braços me envolveram, apertando-me contra ele enquanto me derrubava lentamente na cama, apoiando minha cabeça no travesseiro, sem parar de me beijar por um momento. Minhas mãos se afogaram eu seu cabelo até que eu consegui tirar seu chapéu, parando o beijo por alguns segundos, fazendo-o olhar em meus olhos.

Ele puxou minha blusa cinza, ainda me olhando nos olhos. Eu já ofegava, ainda me maravilhando com os seus lábios que brincavam comigo.

Eu sabia que era errado, mas eu não queria estar certa.

Matthew estava deitado em sua cama, apoiando sua cabeça em sua mão esquerda e segurando um copo com café com a direita. Eu escutava Blake rindo na sala, conversando com minha mãe e sua esposa. Minha mãe já sabia o que eu e Matthew tínhamos, e ela tentava esconder de Daryl, mesmo que quase me entregasse.

Os cachos loiros deixavam seu rosto mais bonito, os olhos castanhos me encaravam e fazia caretas enquanto falava, os lábios avermelhados se mexiam lentamente enquanto falava. Ele adorava falar sobre o quanto adorava meus olhos e também meu cheiro. Ele realmente me fazia queimar de vergonha.”

Daryl entrou em nossa cela para me acordar e por um segundo eu tremi de medo, mas eu estava sozinha. Eu estava disposta, parecia ter dormido uma década inteira sem parar, mas eu ainda não havia me esquecido da última semana.

Acenei para Daryl avisando que ele já podia sair da cela, isso sempre funcionava. Assim que ele saiu eu parei de acenar e coloquei minha mão em minha testa, arfando.

Coloquei minha roupa e também meu coldre, peguei minha pistola que estava embaixo da minha cama e verifiquei as balas. Ajeitei meu cabelo em um rabo de cavalo e dei leves tapinhas em meu rosto tentando acordar.

Fui para a cozinha, esperando não morrer assim que chegasse. Daryl estava sentado ao lado de Carl, Carol estava rindo por conta de algo que alguém falou e Rick estava concentrado em Beth, no fundo do local. Dei alguns passos e Carl me olhou, as pupilas dilataram-se e sorriu de lado.

Carol sorriu aliviada ao me ver, ela não me via desde que saí com Maggie e Glenn.

Eu não conseguia prestar atenção em nada que falavam, eu nem sabia o que eu tentava comer, eu só pensava no que havia acontecido.

Eu estava feliz.


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Notas finais do capítulo

Sério, muito obrigada! Eu amo vocês.
Até logo, amores.



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