Violet Of Night escrita por violetofnight


Capítulo 8
7- Segredos


Notas iniciais do capítulo

Meninas me perdoem, mas eu não quero abandonar a fic... Não desistam de mim...
Esse capitulo e dedicado a Sarah que está aqui desde o comecinho.
Obrigada Querida!



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A tensão na sala era tão espessa que respirar estava complicado.

Todos estavam a uma distancia considerável uns dos outros, todos com seus pares.

O único som além das finas respirações era o ronco do mestiço no andar de cima. Por um segundo a palavra mestiço me incomodou essa era a definição exata da criaturinha que eu segurava em meu colo. Não dava mais para pronuncia-la como ofensa, isso magoaria Reneesme também.

Um flash de imagem passou pela minha cabeça, não sei se ela quis me dizer ou foi eu que li sua mente, mas a imagem do lobo ao seu lado me fez acreditar que seria mais fácil pra ela se ele estivesse aqui.

 "Eu vou chama-lo. Nem que pra isso eu tenha que jogar ele aqui em baixo".

 "Não!"- sua voz saiu meio estranha pelo choro.

Era a primeira vez que ela dizia algo desde a floresta e todos ficaram rígidos com o som da sua voz rouca.

 Carlisle se aproximou e falou se desculpando.

"Acho que não vai adiantar, eu o sedei, ele precisava descansar. Desculpe-me eu não podia imaginar -"

 "Tudo bem Carlisle ela prefere assim"- eu o acalmei.

A conversa já tinha sido adiada de mais e eu tinha que tomar alguma atitude para dar inicio ao martírio da menina.

 Eu mostrei uma imagem a Edward. Ele e Bella sentados no sofá com Nessie no meio.

Ele entendeu e puxou Bella para se sentar.

Gentilmente coloquei Reneesme sentada. Ela hesitou um pouco, mas desenrolou seus membros do meu corpo.

Automaticamente seu corpo se contraiu e ela laçou seus joelhos escondendo seu rosto neles.

Edward colocou uma mão protetora em suas costas enquanto Bella alisava seus cabelos cor de cobre. Eu me ajoelhei na sua frente

e coloquei minha mão sobre as mãos dela tentando encoraja-la.

"Pode falar Nessie, estão todos esperando".-eu disse suavemente.

Ela sacudiu a cabeça em negação.

"Tudo bem querida. Estamos aqui para te ajudar".- tentei novamente.

Ela finalmente levantou a cabeça e a imagem do seu rostinho desolado fez a respiração de todos se interromperem.

"Eu não sei por onde começar”. - foi tudo que ela conseguiu dizer antes de um soluço a interromper.

 "Por que você não atacou Emett?”.

“Eu não sei direito... Acho que fiquei com medo, quer dizer, foi diferente da clareira... Lá eu não sabia direito o que estava fazendo, mas atacar assim... Sabendo o quão forte ele é... me deu medo”. – ela falou com se explicasse para ela mesma também.

“E depois...?”. – Eu a encorajei.

“Eu fiquei frustrada porque vocês são tão bons e o jeito como eu sempre preciso de ajuda, isso me deixa... Louca. Por que eu sempre tenho que ser o elo mais fraco?”

As negações explodiram na sala, os protestos eram tantos que a cabeça da menina parecia uma salada-de-fruta. Todos negavam o que ela já tinha estabelecido. Era a mesma coisa que falar para um demônio que ele é bonzinho.

Isso a estava deixando pior. Era como se todo esse papo tivesse tomando a direção errada. Eu queria gritar e mandar todos eles calarem a boca, mas foi Edward que entendeu a mensagem.

“Por favor, isso não está ajudando”.

É claro que ele foi muito mais educado que eu, o que me fez agradecer mentalmente.

“E porque você não quis ficar com sua mãe... ou sua família?” – depois que falei, percebi que esse quadro não fazia nenhum sentido pra mim, mas pudera a criança nunca soube o que é estar sozinha.  

“Justamente por isso, não adianta o que eu disser eles sempre vão tentar me fazer se sentir melhor e isso é... Era bom, mas agora eu quero a verdade, eu não quero ter medo e eu não quero mais ser protegida. Entende?”.

Não. Na verdade eu não entendia, mas tudo bem o que ela disse faz sentido. É como uma história que o Padre Antônio me contou uma vez. “O passarinho que esta solto sonha com um lugar confortável, quentinho com comida e água fresca e acima de tudo seguro. Já o que esta preso sonha com os céus, a liberdade até os riscos.” Conclusão: todos nós sonhamos exatamente o que não podemos ter ou o que nós temos já não nos parece a melhor opção.

Porem ninguém poderia imaginar o quanto ela crescia tanto fisicamente quanto psicologicamente e por um minuto ela me fez lembrar de uma adolescente confusa, mas a pergunta era “como?”, ela não tinha mais que um ano e meio.   

“Tia!”.

A exclamação da menina fez algo que eu não via a muito tempo.

Me assustou, devido a profundidade dos meus pensamentos. Me surpreendeu, coisa que ninguém fazia faz tempo e me deixou sem fala.

“Tia Alex a Senhora está bem?”

“Sim querida. Eu estava pensando”. – Eu respondi meio no automático.

“O que eu tenho de errado?”. – Ela perguntou cabisbaixa.

“Nada! Meu bem, você não é fraca ou menos esperta, você é jovem e isso passa. Pra você então voa e nós temos tempo de sobra. Força, agilidade, esperteza, tudo vem de treinamento e isso não se consegue da noite para o dia”.

“Ótimo! Isso me leva a alguns pedidos”. – Ela disse isso com um rostinho tão travesso que parecia um bebe.

“Certo monstrinha, manda seu pedido”. – Emmett fez mimica como um garçom o que arrancou risadas.

“Primeiro, não quero saber de brigas. Ok Tia Rose?”. Ela não esperou uma resposta, mas Rose concordou mesmo assim.

“Segundo, começa amanhã meu treinamento intensivo com a Tia Alex, Tio Emmett e Tio Jasper e nem adianta dizer que é perigoso mamãe vou treinar até ficar tão forte quanto vocês”.

“Mais alguma exigência? Ops! Pedido?!”. – Falei fazendo cocegas nela.

“Sim! Eu e você vamos fazer uma festa do pijama. Posso não é mamãe?”. – Ela perguntou com aqueles olhinhos de filhote.

“Sim desde que não durma muito tarde”.  – Bella usou seu melhor tom de mãe.

A noite via ser longa...

Jacob sentiu seu corpo pesado e ao mesmo tempo leve como um barco que vai perdendo as amarras e fica a deriva, mas ele estava indo pra cima rumo a um céu negro sem nada no que se segurar.

Sentimentos ruins como dor, perda, raiva o inundavam em torrentes. Por um segundo ele achou que ia morrer ou pelo menos quis, mas sabia que não ia acontecer.

Porque ele não conseguia se livrar dessa sensação de ter perdido alguém? Alguém que ele amava muito?

Quando ele achou que a dor o rasgaria no meio ele viu alguma coisa na escuridão, algo que o fez respirar mais forte, seu coração bater mais depressa e seu cérebro dar voltas.

Ele nunca soube o que era amor, mas teve a certeza que acabou de descobrir. Ele só conseguia pensar em uma palavra...

Violeta

E depois só havia escuridão.


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Notas finais do capítulo

Capitulo 7 completinho... E vocês não perdem por esperar o capitulo oito....