Para birra de duas crianças, basta chamar a Erza.

Lucy caminhava de mãos dadas com o pequeno Mizuki, Natsu andava na frente, super irritado por uma pequena (grande) discussão com o menino.

Flash back on*

— A gente vai ter que cuidar dele agora — disse Natsu serio e Lucy ainda meio assustada, assentiu concordando.

Mizuki, que até então não estava entendo muita coisa, puxou a barra da blusa da loira, lhe chamando a atenção.

— Minha mãe não ta aqui? — perguntou e ela negou, os olhos do pequeno lacrimejou — Mas, Lucy-san, eu quero a minha mãe — a voz tremulou um pouco, e ele tentava de todas as formas conter o choro.

Lucy, com pena do pequeno, se agachou na frente dele e tocou o topo de sua cabeça.

— Não chora, ta, logo logo, ela vai voltar e te buscar — sorriu e o menino assentiu — Até que ela volte, você ficaria feliz se eu cuidasse de você? — perguntou gentilmente.

— Hai — falou e sorriu logo em seguida — Onegai, Lucy-nee, cuide de mim — pediu com um enorme sorriso, já se esquecendo do sumiço repentino da mãe.

— Hai, hai, vou cuidar — bagunçou o cabelo dele e desviou o olhar para o de cabelos róseos — E o Natsu também vai cuidar de você — sorriu e o menino deu um olhar desgostoso para o rosado.

— Ele vai cuidar de mim? — perguntou e ela confirmou — É bem possível que ele me perca por ai, isso se não me matar — falou meio sarcástica.

Lucy olhou um pouco abismada pro menino.

"Dupla personalidade...?" Se peguntou mentalmente, mas ela não podia se distrair, Natsu estava prestes a explodir.

— Como é, pirralho?! — tentou controlar a voz — Quer saber, já que não quer que eu cuide de você, não me importo, se vire sozinho — disse irritado e começou a sair da casa.

— Natsu, espera — pediu Lucy indo atrás dele com o pequeno.

Flash back off*

Lucy suspirou ao lembrar, era tanta infantilidade dos dois que Lucy chegou a achar que eram parecidos, mas espantou essa ideia.

Eles já estavam em Magnólia, mais um pouco e chegariam na Guild, Natsu em todo o caminho estava resmungando, era incrível como ele continuava irritado depois de tudo.

Quando a loira se deu conta, já estava na frente do prédio, como sempre, mesmo do lado de fora do lugar ainda se notava a enorme bagunça que estava lá dentro.

Natsu, sem demoras, chutou a porta.

— Ei, cambada, chegamos — gritou ele invadindo o lugar e já comprando briga com todo mundo.

Lucy deixou um riso fino escapar, apesar de tudo, ele ainda era o Natsu, afinal.

Mizuki apertou mais a mão da loira quando viu a bagunça, ela desviou o olhar para ele.

— Ta tudo bem, Mizuki, essa é a minha família — sorriu pra ele e o menino se acalmou um pouco.

Eles adentraram o lugar desviando dos objetos sendo lançados e caminhou até o bar sem que ninguém a percebesse.

Mira estava de costa pra ela limpando alguns copos, Lucy jundo de Mizuki se sentaram.

— Mira — chamou.

— Ah, Lucy você vol... Quem é ele? — quando se virou e os viu, foi logo perguntando do garoto.

— Esse é o Mizuki — disse passando a mão na cabeça do pequenino e a albina se debruçou sobre o balcão para chegar mais perto do menino.

— Ai, que fofo, Mizuki-kun tão lindinho — disse ela sorrindo amigavelmente — Eu sou Mirajane, prazer — se apresentou e estendeu a mão.

Com um pouco de receio, ele apertou a mão da mulher.

— P-prazer — gaguejou um pouco.

— Kyaa, que fofinho — Mira acabou não aguentando e pulou no menino, lhe abraçando.

Nisso, com o grito da albina, Erza, Juvia e Levy que estavam conversando, dirigiram o olhar para o balcão e notaram que a loira havia chegado e que Mira estava abraçando algo (ou alguém) com uma expressão abobalhada.

— O que esta acontecendo? — peguntou a ruiva com seu costumeiro tom autoritário e antes da loira responder, Mira foi mais ágil.

— Lucy trouxe um filho da missão dela — disse ela sorrindo.

— O QUE...?! — perguntaram todas juntas, inclusive Lucy.

As três garotas se viraram pra loira.

— Lucy, isso é verdade? — perguntou primeiro Erza vermelha, talvez imaginando quem seria o pai.

— Lu-chan, por que não nos disse que tinha um filho? — dessa ver foi Levy parecendo um pouco magoada e sendo consolada pela ruiva que continuava resmungando "isso é serio?" Um pouco abismada ainda.

— A rival no amor, tem um filho, Juvia esta tão feliz, quem é o pai, rival no amor? — juvia perguntava com os olhos brilhando.

— Ca-calma, vocês entenderam errado — se explicou, chamando a atenção das quatro, até mesmo de Mizuki — Ele não é meu filho, só estou cuidando dele por um tempo — disse se explicando e todos presentes se acalmaram.

Mira soltou o pequeno e ele correu até Lucy, sentando no colo dela.

— Por que você ta cuidando dele? — perguntou Mira, e Lucy começou a contar tudo que havia acontecido.

Quando terminou de contar todas analisavam os fatos.

— Lucy — chamou Erza — Você sabe que agora esta em perigo também, né? — perguntou e ela assentiu — Já que você e o Natsu vão cuidar do Mizuki, então, é melhor que o Natsu fiquei a maior parte do tempo possível com vocês — avisou.

— Ah, eu também acho, mas... — disse e desviou o olhar para o rosado suspirando logo em seguida — Mas, o Mizuki e o Natsu acabaram brigando antes e agora, ele estava super irritado por um motivo besta, ele disse que não iria ajudar a cuidar do Mzuki — disse um pouco desanimada.

Erza se levantou da mesa em que elas estavam e foi até o Natsu.

Ela disse algo pra ele que ele não concordou, ela deu um soco nele e depois perguntou alguma coisa e dessa vez, com Natsu já no chão ele concordou.

Erza voltou pra junto da meninas com um leve sorriso de lado.

— Problema resolvido, ele vai ajudar com todo o prazer — disse sorrindo.

"Assustadora" todas pensaram ao mesmo tempo.

— Mira — Erza chamou a albina — Um bolo de morango, por favor.

A albina sorriu e desviou o olhar pro garoto.

— E você Mizuki-kun, vai querer alguma coisa? — perguntou.

— Hm... um suco de laranja — pediu a albina foi buscar.

— Ei, Lu-chan — Levy a chamou — Por quanto tempo você vai cuidar do Mizuki-kun?

— Eu não sei — disse e lembrou-se da carta da mãe do garoto — Até a mãe dele poder vim buscar.

Lucy olhou o relógio e viu que já estava tarde.

— Mizuki, vamos, já esta tarde — disse pro menino que tinha acabado de tomar seu suco.

Ela se levantou e avisou que estava indo embora, mas quando estava saindo ouviu Natsu gritar pra ela que iria na casa dela depois, ela pensou em disser algo mas acabou concordando.

Por pouca que ela não recusou, mas ela sentiu um mal pressentimento, um terrível e péssimo sentimento de que algo estava pra acontecer.