A Recruta escrita por Jessyhmary


Capítulo 4
O Submarino


Notas iniciais do capítulo

Olá amores!! Falta apenas dois dias para descobrirmos aquela loucura... Mas...
Enquanto isso...
Vamos de capítulo!!!!

#BoaLeitura!! :)



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Skye respirou fundo e recarregou as armas completamente: uma ICER e uma pistola com munição de verdade. Ela sabia quais eram suas ordens, mas não poderia deixar aquela passar. Pensou no que Coulson diria para ela naquele momento, mas a voz do chefe a repreendendo não conseguia calar o sentimento que crescia dentro dela. “Ela é da H.I.D.R.A!” – Skye pensava assustada. Na verdade não era nem uma afirmação. Era apenas um pedido desesperado de sua alma, que queria a todo custo que aquilo não fosse verdade. Como se seu cérebro estivesse usando alguma técnica de psicologia reversa.

– Vamos ver se você vai conseguir fazer isso, Jemma.

A morena passou por Mac e Fitz silenciosamente e transferiu a linha direta para o telefone satélite. Fez o back-up de alguns dados e configurou a radiofrequência para que todos os canais fossem direcionados para o celular e o notebook. Deixou um bilhete para Billy Koenig, pois obviamente ele não a deixaria sair sozinha e sem reforço daquela maneira. Skye pensou em tudo e em todos naquele momento. Sabia que May aplicaria um castigo exemplar por desobedecer a uma ordem direta de Coulson, já que ela mesma não arriscava fazê-lo.

– Desculpe, May – ela sussurrou, pressionando seu dedo no leitor biométrico para sair da base. – Mas eu preciso saber até onde isso vai. – ela sussurrou antes de pegar um dos carros do estacionamento.

E seguiu em direção à casa de Jemma.



(...)



– Por favor, agente Ressler – Simmons respondia sem olhar diretamente para ele, apenas fitando o mar calmo e sereno à sua frente. – Em apenas quatro meses, conseguimos um total de 1227 agentes. Você realmente acha que a S.H.I.E.L.D. sairia na frente nisso? – ela deu uma risada e o voltou seu olhar para ele. – Eu estive lá por anos e acredite, eles não devem estar fazendo muito progresso com isso.

– Mas eles estão recrutando os bons. Provavelmente estão atrás de Donnie Gill. Sorte nossa termos encontrado ele primeiro.

Simmons sorriu. Alguma parte dela sentia prazer ao saber mais do que os outros. Não que fosse arrogante, mas sem dúvidas era competitiva. Além disso, Ressler conseguia ser tão superficial que às vezes ela nem se dava ao trabalho de gastar mais do que dez minutos conversando com ele. O Sênior havia compartimentalizado as informações e Jemma já sabia do que aquela missão se tratava.

– Eles já sabem sobre Donnie.

Carl James Ressler apenas a olhou, assustado com a naturalidade com que ela falava aquilo. Ela praticamente nem piscou os olhos.

– A Máquina de Gelo. – ela falou séria dessa vez. – Quando Donnie esteve no avião, nossa hacker salvou as especificações da máquina em um disco rígido. A partir daí, ela já deve ter desenvolvido um radar, se for aplicada à intensidade da frequência emitida, ou seja...

– Eles estão vindo para cá. – ele completou o raciocínio.

– Mas estão sem recursos – ela voltou a olhar o mar, começando a se incomodar com o vento frio que soprava em sua pele e cabelos. – Não passarão pelos nossos pelotões.

– Agente Simmons... Chegou a sua hora – O Sênior apareceu sem avisar e os dois agentes se puseram de pé. – Segundo os seus cálculos, a S.H.I.E.L.D. não deve estar muito longe. Precisamos ficar na posição. Donnie está no outro pelotão, ainda confuso por ter sido trazido para esse lugar com um monte de agentes... Você vai fazer a negociação, convencer o Donnie a se juntar a nós.

– Já entendi essa parte, senhor – ela respondeu um pouco ofendida. – Apenas me deixe encontra-lo.

Ela abraçou o próprio corpo, na tentativa de se esquentar um pouco. O vento parecia estar cada vez mais gelado. Chegou a pensar que Donnie já estava fazendo uma demonstração do produto. Sim, a máquina havia sido aprimorada e já estava sendo planejada para uma produção em massa, mas o que deixara o ar tão gelado de uma hora para outra era o simples fato de que Donnie se encontrava brincando com o próprio polegar, produzindo pequenos flocos de neve e fazendo-os flutuar pelo ar. Jemma colocou o casaco novamente. Olhou para o superior e acenou com a cabeça, indo em direção ao outro barco. Os comandantes alinharam as duas embarcações e Simmons passou facilmente de um pro outro, estando agora frente a frente com o garoto que conhecera alguns meses antes na Academia de Ciências da S.H.I.E.L.D.

– Donnie Gill. – ela o cumprimentou.

– Olha só quem mostrou a verdadeira cara. – ele a cumprimentou, em tom de ofensa. – Por que me trouxeram aqui? O que querem?

– Nós estamos com uma proposta pra você, Donnie.

Simmons foi interrompida por um pequeno alarme. Dois, na verdade. Seu celular vibrava e tocava insistentemente, numa campainha que indicava violação de segurança. Alguém estava invadindo sua casa. O outro alarme soou menos de cinco segundos depois, seguido por um enorme quinjet que se tornava visível bem à frente dos olhos deles. Parecia que a S.H.I.E.L.D. não estava tão má equipada assim.

– Eles chegaram!

Jemma e todos os agentes jogaram-se no chão, atrás dos barris e sacos de farinha que foram colocados para não levantar suspeitas. (O barco tecnicamente pertencia a comerciantes que estava transportando mercadoria para o outro lado) Jemma sacou a arma carregada e disparou contra o quinjet até esvaziar o pente. Correu para a parte mais baixa do barco e pressionou o comunicador, já pensando num plano reserva.

– Sênior! – ela gritava enquanto entrava num pequeno submarino geralmente usado para saídas estratégicas de emergência. – Temos problemas maiores no momento! Protocolo Atlântida!

– Atlântida?! Estamos sendo atacados! Explique-se imediatamente, agente Simmons!

– Alguém entrou na minha casa e conseguiu quebrar a segurança do nosso banco de dados! – O Sênior ficou em silêncio por alguns segundos que pareceram séculos. – Toda a minha pesquisa, a nossa pesquisa, está lá! – ela puxou a alavanca e o submarino foi descarregado para o oceano. Ela teve uma péssima sensação ao olhar ao redor, mas continuou focada em fugir dali o mais rápido que podia. – E só consigo pensar em uma pessoa que possa ter feito isso.

– Ela era da sua equipe da S.H.I.E.L.D? – ele gritava, enquanto disparava contra o Quinjet.

A Hacker – ela falou friamente. – Preciso detê-la antes que ela coloque tudo a perder. Sinto muito por ter abandonado a...

– A pesquisa é mais importante no momento. Só conseguimos avançar naquilo após você ter entrado na equipe, Simmons.

– Me sinto honrada, senhor – ela pronunciou num tom meigo, tentando esconder o nervosismo por estar cercada por um mundo de água, dentro de uma capsula quase completamente transparente. – Tome cuidado. Por favor, Jörn. – ela pediu, cautelosa.

– A linha não está no modo de segurança, Simmons – ele a repreendeu por chama-lo pelo primeiro nome, mas em um tom mais baixo. – Mas eu vou tomar cuidado.

– Se for a última vez que nos falamos, quero agradecer pelos últimos meses.

Ele configurou o celular para o modo seguro e em alguns segundos e percebeu os tiros pararem.

– Foram os melhores meses da minha vida. – ele respondeu, agora parecendo um bobo.

– Os meus também. Estou com saudades de você. – ela disse com uma voz meiga, enquanto já conseguia avistar a costa de longe. – Quando Donnie já estiver na equipe... Podíamos tirar o final de semana de folga. – ela pediu num tom praticamente irrecusável.

– Isso é muito inapropriado para se dizer durante uma missão, Jemma.

– Mas essa linha está segura, não está?

Ele suspirou. Sabia que não conseguiria recusar aquilo para ela.

– Um final de semana então. – ele respondeu rápido. – Preciso voltar, os agentes foram embora, precisamos avaliar a situação. – ele deu uma pausa para verificar se já era seguro sair. – Eu amo você.

– Também amo você. – ela respondeu e desligou o telefone, já há poucos metros da costa.

Jemma saiu do submarino e o configurou para que seguisse o trajeto de volta para o barco e ele obedeceu à ordem, completamente automatizado. Até a sua casa seria uma corrida de 20 minutos a 60Km/h, então ela precisou roubar um novo carro. Lembrou-se de quando o fez pela primeira vez há quase cinco meses. Pensou em quanto mudara com aquilo tudo.

– Vamos lá, Skye – ela pronunciou enquanto dava a partida no carro. – Vamos ver o quanto você mudou em cinco meses.

Ela mal esperou estacionar o carro. Recarregou a arma e desceu às pressas, correndo até a porta e encaixando a chave com certo nervosismo. Entrou devagar, já ouvindo passos de outra pessoa dentro da casa. Sem pensar duas vezes, ela entrou, apontando a arma para a direção de onde os passos vinham. Era Coulson.

– Achou que eu não descobriria? – ele olhou para ela com o olhar mais frio que tinha. – Deixando-nos daquele jeito? Sem identidade... Sem dinheiro... Primeiro achamos que tinha voltado para a Inglaterra, mas depois me veio uma outra teoria.

– É... Não dá pra manter tudo em segredo para sempre – ela pronunciou, ainda apontando a arma para ele. – Era apenas um trabalho, Coulson. Não era como se eu dependesse da S.H.I.E.L.D. para ser alguém.

– H.I.D.R.A? Sério? Não poderia ter se juntado ao Quarteto Fantástico ou à CIA? Sei lá... Algo menos... Diabólico?

– Não, obrigada... Estou feliz com o meu salário.

– Então tudo é sobre dinheiro? Fitz? Skye? Nada? – ele permanecia sem se abalar, mesmo estando na mira dela.

– Não, agente Coulson – ela deu um passo na direção dele. – É pelo que se pode fazer com ele – ela sorriu, sem abaixar a arma. – Lamento que as coisas tenham que acabar assim.

– Não, Simmons. Sou eu quem lamento por vê-la nesse estado. Achava que o Fitz tinha sido afetado pela sua ausência, mas – ele balançou negativamente a cabeça. – Vejo que ficar sem ele afetou mais a você.

– Eu estou perfeitamente bem – ela pronunciou, determinada a fazer alguma loucura. – Quanto a você... Não sei dizer.

– Largue a arma, Simmons – Skye apareceu atrás dela, apontando uma arma para a sua cabeça.

– Skye – Jemma estremeceu mais com a voz dela do que com a sensação de ter o ferro gelado encostado na sua nuca. – O que você está pensando em fazer? Atirar em mim com essa ICER? – ela perguntou, fingindo um tom assustado.

– Que irônico, Simmons – Skye tirou a ICER do coldre e jogou-a no chão, chutando para que Jemma pudesse ver. – Você não reconhecer uma ICER... A H.I.D.R.A. deve ter drenado o seu cérebro.

Simmons congelou por um momento. Aquela não era uma ICER.

– Você não...

– Sim, Jemma - ela pronunciou com os dentes cerrados. – Puxe o gatilho e eu não hesitarei em puxar o meu.


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Notas finais do capítulo

Caiu o Forninho!! O_O

— O que acharam??

#itsallconnected :)