A Recruta escrita por Jessyhmary


Capítulo 3
A Casa


Notas iniciais do capítulo

Olá amores!! :) Ansiosos pela terça?? Vamos para mais um capítulo!!

P.S.: É tão legal escrever uma Fic acompanhando a season 2... kkk Porque todas as outras são antes da season 2, então... Anyway... rs Vamos de Capítulo!!

#BoaLeitura! :)



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A tarde chegara completamente sem aviso, rompendo ansiosamente o ponteiro que sinalizava o meio-dia. Jemma já estava vestida e equipada, apenas guardando a última pistola no coldre. Deu uma última olhada no espelho e tocou os cabelos levemente úmidos, observando atentamente o novo corte de cabelo. Havia ficado bom. Combinava com seu novo trabalho. Dava a impressão de que ela ficara mais durona, o que não deixava de ser verdade. Respirou fundo e recolheu seu novo casaco do cabide. Uma peça cara, camuflada e com a insígnia da HIDRA na parte de trás. Ela apenas a colocou sobre o ombro e saiu do quarto a passos firmes. Jemma Simmons não era mais a mesma.

Encontrou o Sênior no meio do caminho. Ele havia sido o seu recrutador; o responsável por integrá-la à equipe. Apenas acenou com a cabeça para ele e antes que pudesse passar direto ele a segurou pelo pulso, gesto esse que não causou nenhuma reação de estranhamento pra ela.

– Acabe... Com todos... Eles! – ele deu uma última ordem, com os dentes cerrados. – Você sairá muito beneficiada por isso, agente Simmons.

– Estou ciente disso, senhor.

Jemma sorriu. Mas não era um sorriso qualquer. Não era um sorriso de quando ela descobria um novo antissoro capaz de combater um vírus Chitauri. Era um sorriso misterioso. Um sorriso que dizia tudo sem usar palavras. “Eu posso fazer isso.”

Ela seguiu com os outros agentes até a costa de onde as tropas se dividiriam em dois pelotões. Em um desses, iriam Simmons e Donnie Gill.



(...)



– Eu posso ir, senhor!

Skye tentava argumentar com o chefe mais uma vez. Ela não queria ter que entrar naquela sala sinistra todas as manhãs. Não queria ser a consultora pessoal de Ward. Sentia que de alguma forma ele se alimentava daquilo e ela o queria pouco mais do que vivo. Odiava a forma como ele a devorava com os olhos no momento em que ela colocava os pés lá dentro. Podia sentir o sangue fluindo pelo corpo dele ao simples som da sua voz. E ela odiava ser a coisa que o fazia se sentir vivo.

– Você está fora dessa, Skye. Sinto muito.

– E de quantas mais? – ela aumentou o tom de voz, depois de ter se segurado por dias. – Senhor, não está sendo razoável!

– Skye, você não vai nessa missão e caso encerrado. Preciso de você aqui avaliando a situação enquanto estivermos fora.

– Você falou com a May? Ela está de acordo com isso?

– A May não é a Diretora da S.H.I.E.L.D.

Skye respirou profundamente. Ela não queria ter que discutir com Coulson, mas aquela não era uma missão qualquer. Donnie Gill estava prestes a fazer alguma coisa muito ruim e Skye sabia o que aquilo significava. Não era mais uma hacker indefesa. Agora ela era o apoio de nada mais nada menos que Melinda May. Descruzou os braços e encarou o diretor novamente, levantando a cabeça que baixara ao ouvir aquilo saindo da boca de Coulson.

– A May não está de acordo com você indo a campo sempre que aparece uma missão! E eu também sou uma agente de campo, agora!

– Receio que eu precise ser mais claro – ele deu um passo em direção à garota, elevando o tom de voz. – Você fica. May, Lance, Triplett e eu estamos de saída. – ele dirigiu-se em direção à porta e parou alguns metros depois, voltando a olhar para ela. – Você pode passar um tempo com o Fitz, por enquanto. Ouvi dizer que saiu um ótimo seriado na TV.

Coulson deixou a sala e seguiu com May, Lance e Triplett. Ele ignorara completamente a regra sobre “evitar missões de campo” que May estabelecera e meia hora depois todos já estavam deixando a base. Melinda May seria o piloto naquela missão.

O destino do Quinjet era traçado a partir do sinal da frequência com que trabalhava a nova máquina do gelo de Donnie Gill. A nova escuta da HIDRA estava realmente funcionando. Logo pela manhã, o painel alarmou avisando a nova parada deles: As águas navegáveis da Costa Oeste, o que, somado a maquina de Donnie, não prometia ser nada amistoso. Já estavam no ar há algumas horas quando todos os dispositivos dos agentes dispararam simultaneamente.

– O que é isso? – May dirigiu-se a Coulson, tirando os olhos do manche por um instante.

– Sou eu novamente – A voz de Raina adentrou o aeroplano, dirigindo-se diretamente ao Coulson.

– Raina! – Coulson exclamou com falso entusiasmo. – A que devo a honra?

– Agente Coulson, sempre tão cordial – ela ironizou. – Notou o desaparecimento de algo?

– Você está com o Obelisco. Já sabemos disso.

– Oh, meu querido... Você não sabe nada sobre isso. – ela sorriu com tédio e revirou os olhos, como se fosse o ser mais superior da Terra. – Preciso da sua autorização para raptar sua querida Skye. “Raptar” no bom sentido. – ela explicou com uma ponta de sarcasmo.

– O que você pensa que está fazendo, Raina?

– Oferecendo uma chance a ela.

Raina desligou a chamada antes que Coulson pudesse perguntar mais alguma coisa. May olhou para ele, preocupada.

– Coulson...

– Precisamos saber o que está havendo – Phil interrompeu Melinda, enquanto configurava o comunicador que estabelecia uma linha segura com a base. – Skye, cheque a última atualização na radiofrequência da HIDRA.

– Sim, senhor – Skye reportou-se ao chefe imediatamente. – Acabamos de receber coordenadas, e ao que parece, é de um dos escritórios da HIDRA.

– Envie-me as coordenadas imedia...

– Já estão sendo enviadas, senhor – Skye interrompia, digitando rapidamente no notebook. – Chegaram?

– Sim, acabaram de chegar – ele passou o palmtop para May e sentou-se no assento de co-piloto. – Obrigada, Skye. Checaremos o endereço, May fará a escolta com o Triplett e eu farei a mediação. Você será nossos olhos e ouvidos.

– Entendido, senhor.

– Viu o novo seriado? – ele perguntou descontraído, aliviando o clima tenso que tinha se formado entre os dois horas atrás.

– Não, senhor. Fitz está ocupado montando brinquedos com o Mac. Mas, obrigada pela dica – ela sorriu. – O manterei atualizado.

– Obrigada, Skye.

A garota desligou e voltou os olhos para o painel, procurando descobrir o que havia por trás daquelas coordenadas. Um ponto vermelho maior do que os outros gritava na tela, ficando cada vez mais perto com a ajuda do zoom. Skye franziu a testa e voltou a digitar no notebook. O sinal era emitido por um escritório da HIDRA, certamente. Porém as coordenadas não batiam com nenhum endereço comercial. No lugar, uma casa tímida e bem parecida aparecia, vista de cima.

– Skye – a voz de Mac surgia bem atrás dela, chegando a assusta-la levemente, tamanha era sua concentração em identificar de quem seria aquela casa. – Desculpe-me, não quis assustá-la.

– Tudo bem, Mac – ela sorriu. – Eu só estava concentrada demais nessa imagem. – ela voltou a girar a cadeira e olhou o painel mais uma vez.

– Projeto novo? – ele perguntou, colocando as duas mãos no encosto da cadeira de escritório e olhando o painel junto com ela.

– Mais ou menos – ela ficou de pé e virou-se para ele novamente. – As comunicações da HIDRA que agora interceptamos conseguiu essa informação. Alguém da HIDRA enviou ordens para alguém que mora nessa casa. Até onde sabemos, pode ser o esconderijo de qualquer um do Índice ou rejeitado dele... O desgraçado do Garrett dobrou o nosso trabalho ao abrir aquela Geladeira – ela suspirou. – Pode ser qualquer um.

– Bem... Queria poder ajudar em algo, mas minha especialidade é outra. – ele sorriu apontando pro Fitz, concentrado no projeto de camuflagem do Bus. – Estamos fazendo algum progresso, achei que devesse informá-la.

– Que boa notícia, Mac. Em breve teremos boas notícias para o Diretor.

– Conseguimos reparar parte do problema do retroespalhamento, estamos olhando alguns projetos antigos procurando algumas respostas para a reserva de energia. Como você sabe, ninguém conhece...

– Mais esse avião do que o Fitz. – ela completou a frase, um pouco mais animada.

– Exatamente. Fitz é um bom garoto. Só está em uma fase ruim.

– E você está fazendo muito por ele, Mac. – Skye sorriu, esquecendo o painel por alguns segundos. – Fazia algum tempo que não o via reagindo tão bem assim... Pra ser mais exata, desde que a... – o sorriso da garota se desfez, dando lugar a uma expressão séria. – Enfim... – ela suspirou. – Obrigada por estar ajudando ele a passar por isso.

Skye voltou-se para o painel e engoliu em seco. Ela não queria ter que pensar no quanto sofreu ao ver a amiga partir. Mac apenas tentou sorriu de volta, percebendo o quão doloroso era tocar no nome de Simmons.

– Acho que vou dar uma olhada no nosso antigo banco de dados. Devo ter feito algum backup dos arquivos antes de apagá-los completamente... Antes que a HIDRA acabasse com tudo – ela foi em direção ao armário e pegou um disco de recuperação. – Infelizmente, só temos dados dos agentes e alguns nomes do Índice... Mas vou conferir mesmo assim, não posso ficar parada enquanto eles dominam o mundo.

Mac a olhou um instante antes de responder. Ouviu Fitz falando sozinho novamente e achou melhor voltar para lá antes que ele se perdesse mais uma vez. Não queria que o esforço de trazê-lo aos poucos à realidade tivesse sido em vão.

– Preciso voltar pra lá, ele está começando a...

– Eu sei, Mac. Vá. – Skye sorriu meio sem vontade. – Ele precisa de você.

Skye retornou sua atenção àquela casa. Não parecia a casa de algum assassino com super poderes, mas se tinha aprendido uma coisa naquela agência era a não confiar nas aparências.

– Agora vamos ver se você consta nos nossos arquivos.

Ela inseriu o disco e começou a trabalhar. Filtrou o endereço em diversos bancos de dados até encontrar um que bateu com as coordenadas. A imagem do proprietário piscou em vermelho-sangue na tela, fazendo-a quase cair da cadeira. Seus olhos refletiam o vermelho do painel, amparado pela sala escura. Ela quase não pôde acreditar no que estava vendo. Sentiu as pernas fraquejarem por um instante e sentou-se na cadeira, deixando o corpo afundar como uma pedra na água. Era ela.

– Jemma – os olhos de Skye enchiam-se de lágrimas ao ver a foto da amiga no painel. – O que você fez?


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Notas finais do capítulo

O que acharam??

(Nossa, fiquei tensa agora... Sério mesmo... rs)

#itsallconnected! :)