Lucy não conseguia se mexer estava paralisada, nunca em toda a sua vida ela poderia imaginar que uma casa da organização estava bem ao lado da sua ex-cabana. Aquilo a assustou de tal forma que ela não conseguia se mexer de jeito nenhum. Os outros foram ao seu encontro e Lucas toca em seu braço:

— Meu Deus Lucy, você estar tremendo — Lucas olha para onde Lucy olhava fixamente igual à Laila e também se assusta — Ai Deus!

Luke acabou seguindo o olhar de todos e ficou apenas surpreso, a organização não sutinha o mesmo efeito em Luke, por incrível que pareça ele não temia a Caveira da Morte como os irmãos apesar de ser um feiticeiro, ele apenas não gostava. Minutos se passaram, Laila e Lucas conseguiram voltar ao normal graças a Luke que os chamou a atenção, mas Lucy continuava do mesmo jeito.

— O que vamos fazer? — Laila pergunta passando a mão pelo cabelo nervosamente

Eles começaram a discutir, um falava na frente do outro sem nenhuma ordem, mas Lucy não os escutava. Ela não escutava ninguém, nem nada. Começou a andar lentamente para perto da pequena casa, seu corpo agia sem seu comando como se estivesse em transe, se bem que estava mesmo. Seu corpo parou por se próprio na única árvore que era a mais próxima da casa, Lucas observou que Lucy estava meio hipnotizada e se aproximou pondo-se atrás dela lhe perguntando:

— O que você vai fazer Lucy?

Lucy no momento não sabia anos da sua vida fugia e se escondia de organizações, mas nunca imaginaria que avia uma casa da Caveira da Morte bem pertinho da sua ex-cabana. Ela teria que resolver aquilo de alguma forma, o problema é que não sabia como talvez devesse... uma idéia louca e suicida veio na sua mente, sabia que seria loucura, mas teria que fazer isso. Virou-se para contar a Lucas e acabou cometendo esse erro Lucas estava próximo demais e Lucy chegava a sentir sua respiração, eles olharam um para o outro e era como se estivessem presos. Nenhum dos dois conseguia desviar, o coração de Lucy começou a bater cada vez mais rápido e ela se sentiu estranha, era como se tivesse borboletas voando no seu estômago. Lucas percebeu que estavam próximos demais e desviou o rosto corado e muito envergonhado, Lucy acabou percebendo a mesma coisa e também desviou o rosto. Tentando se lembra do foco principal e melhorar o clima Lucy responde a pergunta de Lucas:

— Eu... é...eu vou ter que entrar, lá — sua voz saiu travada e baixa, mas isso não impediu a surpresa que Lucas sentiu

— O que? — Lucas grita chamando a atenção dos demais que se aproximaram preocupados

— O que houve? — Laila pergunta com uma grande preocupação na voz, ela estava muito preocupada com a nova descoberta e não conseguia pensar, diferente da mente de Lucy que não parava. Lucas se virou para Laila e responde:

— Lucy quer entrar na casa.

Ao ouvir aquelas palavras Laila e Luke tiveram a mesma reação de Lucas e começaram a falar sem parar, um atropelando o outro até Lucy perde a paciência e da um enorme grito falando com que eles calassem a boca:

— Escutem! Se tivesse alguém dentro daquela casa, vocês não acham que ele já teria saído com o grito que Lucas deu e depois esse meu? É bem obvio que a casa estar abandonada há muito tempo.

Lucy mostra para eles o estado da casa, a pintura estava desgastada, as paredes rachadas e as janelas quebradas. Lucy começou a se aproxima aos poucos e quando percebeu que não estava sendo seguida olhou para trás e perguntou se eles não iam, os três se entreolharam e em um grande suspiro começam a seguir Lucy.

A porta rangeu ao ser aberta, a casa estava às escuras e avia teias de aranhas por todos os cantos. Não avia moveis, apenas mesas espalhadas por todos os lados, alguns morais e caixas. Luke acendeu as luzes e começaram a “bisbilhota”. Lucy foi para o lado esquerdo da casa, nela aviam vários papeis com uma letra indecifrável que Lucy não conseguia entender. Voltou sua atenção para um moral que possuía diversas fotos, em todas elas avia um x escrito de vermelho, eram pessoas mortas e bem no cantinho avia uma foto de Lucy, ela era a próxima. Lucy recuou surpresa, eles não podiam ter matado todas aquelas pessoas, não podiam. Lucy ficou um pouco nervosa e Laila chamou sua atenção para outra coisa:

— Lucy você tem que ver isso aqui — a voz de Laila estava baixa e os meninos estavam ao seu lado. Quando Lucy se aproximou levou mais uma surpresa: Avia varias fotos suas em todos os momentos de sua vida desde que ela foi mora na cabana. Retratos dela caçando, pescando, transformada até mesmo conversando com Rômulo, mas por quê? Todas essas informações e só agora eles querem caçá-la? Por quê? A cabeça de Lucy não parava e ela não conseguia compreender, estava perdida pela primeira vez na sua vida, se eles tinham uma casa perto de sua cabana... e só as estavam caçando agora...então...ai não! A mente de Lucy começou a raciocinar como nunca até perceber o motivo que abandonarão a casa. Lucy fala apressadamente com os outros:

— Temos que sair daqui e rápido.

Os outros estranharam, mas quando viram o rosto desesperado de Lucy a obedeceram, Lucy partiu para fora tão rápido que parecia um foguete, mas acabou não sendo rápida o suficiente. Lucy e os outros estavam cercados por Progenes. Progenes é uma espécie serva, eles nasceram para seguir ordem, são muito mais resistentes que os humanos e é a espécie mais encontrada do universo, são servos e obedecem cegamente os seus mestres não importando quem o seja. Três homens de pretos surgiram por entre as árvores, os mesmos homens que queimaram a sua cabana.

— Droga! — Lucy murmura e olha para o céu. Crepúsculo. O momento mais fraco de um metamorfose, pois é o momento da transformação, seu corpo fica vulnerável e fraco para qualquer tipo de combate. Luke, Lucas e Laila já estavam em posição de defesa. O líder dos três estava com um sorriso malicioso ao falar:

— Hora hora quem é vivo sempre aparece não é mesmo? Acabem com eles — ele ordena para os Progenes.

Imediatamente os Progenes avancem fazendo com que os quatro se separem. Laila acabou indo para o lado esquerdo conseguiu transforma seu bastão em lança a tempo e atacava com uma habilidade incrível, Lucas estava bem no centro usando seu arco e flecha só que os Progenes não eram humanos então a flecha só causava uma baita queimadura e Luke estava no lado direito fazendo batalha corpo a corpo. Lucy estava paralisada, ela observava aquelas lutas e se sentia uma completa inútil por não estar fazendo nada, os Progenes não a atacavam, não a queriam. Seu corpo estava fraco e ela recuava cada vez mais de repente ela sente seu cabelo sendo puxado com uma extrema força e ela foi arremessada contra a árvore no qual arranhou as suas costas, Lucy ergue a cabeça e descobri que seu agressor era o líder dos homens, ele se abaixa e pega uma mecha do cabelo de Lucy comentando:

— Negro é realmente a sua marca registrada, né? — ele larga a mecha e pega uma seringa a injetando no pulso de Lucy ao mesmo tempo em que pega um objeto e injeta no pescoço de Lucy a fazendo gritar de dor, ao termina ele retira a seringa e vai embora. Os outros dois tentaram acompanhá-lo, mas Lucas lançou sua flecha os matando em cheio. Os Progenes ficaram para termina o “serviço”, Lucy começou a se sentir tonta. Suas células estavam queimando. Lucas olha para Lucy e observa o seu estado, mentalmente agradeceu pelos Progenes não a atacarem, pois se ela fosse atacada morreria então grita para Luke:

— Luke leve Lucy daqui.

Luke observa o estado da Lucy e tenta a todo custo afasta os Progenes de perto de si, mas não consegue então se vira para Laila e a chama gritando:

— Laila — Eles trocam olhares então Laila dar um golpe certeiro nos Progenes conseguindo fazer com que eles se afastem e parte o bastão ao meio jogando a outra parte para Luke. Luke a pega de primeira e a gira na mão fazendo com que ela fique completa novamente. Laila avia feito a mesma coisa no seu bastão. Alquimia. Luke deu um grande golpe conseguindo fazer com que os Progenes se afastassem, pegou um cavalo que pertencia a um dos homens da Caveira da Morte e foi em direção a Lucy. Ela estendeu a mão e Luke a agarrou a ajudando a montar Lucy imediatamente entrelaça a cintura de Luke e quando eles tentavam escapar foram impedidos pelos Progenes que não deixam Luke e Lucy avança de forma nenhum. Lucas ergue o arco para o céu e grita:

— Pelo poder concedido ao arco, rogo-te mil flechas, para que eu possa destruir todos os malfeitores do inferno.

Ele lança sua flecha e ao passa alguns segundos um enorme buraco negro surgir no céu e mil flechas começam a cair, eles vaziam tantas queimaduras no Progenes que eles acabavam virando cinzas, até mesmo o que bloqueavam o caminho de Lucy e Luke. Aquilo era o poder supremo de Lucas. Luke entendeu o recado e seguiu em frente com toda a rapidez possível, Lucy olhou para trás e observa Lucas e Laila pegarem o último cavalo e os seguirem.

Luke conseguiu chegar a uma lagoa a tempo e ajudou Lucy a descer a deixando ajoelhada bem perto da lagoa, já avia anoitecido. A areia, a água e as folhas começaram a envolver Lucy lentamente, a escondendo dos demais. Lucy é interligada a água, desde crepúsculo até o momento final de sua transformação ela precisa ficar perto da água, de alguma forma é ligada a ela, diferente de muitos outros metamorfoses. Suas células deixam de queimar e relaxam terminando a transformação, a areia, a água e as folhas se dispensam e um pequeno cisne completamente negro aparece. Lucy nadou até o centro da lagoa encostou sua cabecinha no seu corpo que pode ser facilmente levantado e adormeceu, o dia avia sido muito complicado, ela fecha seus olhos e rapidamente cai em sono profundo.

~*~

— Linda — Lucas comenta de forma baixa para que ninguém ouvisse infelizmente ele não foi tão cuidadoso assim

— Quem? A Lucy ou à noite? — Laila pergunta se ajeitando no tronco de árvore que estava deitada que, por coincidência, era o mesmo que Lucas estava encostado.

— À noite, à noite — Lucas responde atropeladamente e meio sem jeito, não esperava que a irmã ouvisse. Laila apenas deu uma olhada que parecia dizer que não estava acreditando de jeito nenhum então apenas se espreguiçou e fechou os olhos. Lucas olhou para a outra árvore e descobriu que Luke já estava dormindo, pelo visto ele era o primeiro a fazer o turno, deu de ombros. Lucas observava cada canto, prestava atenção em cada ruído e vigiava, atentamente, um certo cisne negro.