O ataque avia acabado e o silêncio se estalado, os três cuidadosamente desceram o penhasco até o seu final, para ver se Lucy avia sobrevivido. O que eles não sabiam é que o corpo de um metamorfose é mais resistente que o corpo humano Lucy estava apenas desacordada. Ela não tinha nenhum ferimento, nenhum corte, nada. Eles a encontram deitada de barriga para cima com o seu cabelo liso todo bagunçado e seu corpo encolhido, parecia que ela queria cair daquela forma. O arqueiro a pega nos braços e a levam de volta para cima, para a floresta. O arqueiro a deixa apoiada cuidadosamente em um árvore bem grande e grossa, avia muitos delas por ai.

Lucy começa a abrir seus olhos lentamente se preparando para sentir fortes raios solares mas a única coisa que encontrou foi o céu nublado, sua cabeça latejava mas aquilo logo passaria pois era apenas um pós-efeito. Pós-efeito é quando um metamorfose bate em algum repentinamente, fica desacordado e quando acorda fica ou com sua cabeça latejando ou com movimentos lentos, Lucy agradece mentalmente por estar apenas com a cabeça latejando. Ela aos poucos similar as coisas a sua volta e percebe que estava de novo rodeada pelo pequeno grupo, o arqueiro estava sentado bem ao seu lado e a observava lentamente, os outros estavam em sua volta. Os olhos violetas estava encostado em uma árvore e também a observava, parecia que ele queria descobrir algo que nem ela sabe e isso a assustava já a garota estava bem na sua frente de braços cruzados e com raiva de Lucy. O arqueiro já cansando do silêncio vindo de Lucy, pergunta:

— Você estar bem?

— Estou sim, obrigado. Mas quem são vocês? — Lucy pergunta pois, apesar de ver eles pela primeira vez naquela manhã, estava cansada de não saber seus nomes e não saber o nome da pessoa no momento em que a conheceu não faz parte da sua natureza.

— Eu sou o Lucas. Essa é a Laila e aquele é o Luke. E você? Como se chama? — O arqueiro responde apresentando cada um deles e rebate a pergunta para Lucy

—Me chamo Lucy — Responde e se levanta, limpando a sujeira em sua roupa e observando os aranhões, teria que dar um jeito naquilo mais tarde. Observou cada um deles e de alguma forma não soube o que dizer. Agradecer seria o suficiente? Apenas para dar as costas e nunca mais vê-los? Ela não sabia o que fazer, pela primeira vez na sua vida Lucy não sabia o que fazer ou o que dizer, e isso a preocupava. Mas parecia que Laila sabia muito bem o que dizer e tratou logo de pergunta:

— Garota que idéia era aquela de pular de um penhasco? Você queria morrer ou é só louca mesmo? — Laila estava revoltada, não conseguia imaginar o que tinha passado pela cabeça naquela garota ao ponto de pular de uma penhasco. E acabou soltando o que estava segurando.

— Nenhum dos dois. Eu só queria fazer com que o plano deles desse errado e o penhasco foi minha única saída. Eu sabia que não ia me machucar, se morrer para mim fosse tão fácil como os outros metamorfoses — Lucy explica ao mesmo tempo que desabafa para si mesmo. Aquelas palavras aviam prendido a atenção dos três e deixado uma pulga atrás da orelha de Laila, que tratou logo de retira:

— Como assim?

Lucy não sabia como explicar aquilo para ela, em muitos momentos da sua vida guardou aquilo para si. Nem seque seu mais velho amigo sabia e ela não queria desabafar aquilo para eles agora, eles eram desconhecidos para Lucy. Mais acabou que Lucas respondeu para Laila, e isso surpreendeu Lucy pois ele nem sequer era um metamorfose, como ele sabia de alguma que os metamorfoses sentem? Será que era algo superficial?

— Ela é um metamorfose Laila. Para sua espécie algo que, para nós é um absurdo, para eles pode ser a salvação de uma via sofrida, principalmente os caçados, como Lucy — Ele explica como se conhecesse o que os metamorfoses sentiam mas ela sabia que não era real, eles nunca saberiam o que era estar na pele de um metamorfose, a não ser que seja um.

Mas Laila não parecia convencida, muito pelo contrario, ela estava ainda mais revoltada. Parecia que não queria aceitar, que não queria entender, então Lucy decidiu explica para eles expor algum que estava mais que na hora de colocar para fora, mesmo que sejam para desconhecidos. Laila não conseguia se acalmar, andava de um lado para o outro mexendo no cabelo e sua cara transmitia pânico, Lucy queria saber porque ela estava tão nervosa. Lucas vendo o nervoso de Laila tentou acalmá-la, apenas tentou:

— Laila se acalme. Os metamorfoses são uma espécie rara e diferente das outras, é difícil demais decifrá-los. Por favor se acalme — Mas não adiantou, ela continuava do mesmo jeito. Lucy começou a contar não se importando quem estava ouvindo:

— Os metamorfoses, como o Lucas disse, é uma espécie rara e poderosa. A energia que emanamos faz com que sejamos caçados, pois ela possui uma substancia valiosa e é perigoso cair em mãos errados, além de que para usar nossa energia eles tem que nos matar. Então muitos metamorfoses da mesma habilidade se unem e formam um grupo, mas os de habilidade também rara e diferente acabam ficando sozinhos e sem consegue suporta a caçada, acabam optando pelo suicido. Pular de um penhasco mataria um metamorfose dependendo de sua altura, infelizmente, isso não adianta comigo. Não sei qual é a razão ou o porque mas não consigo morrer com a mesma facilidade que os outros e olha que eu já tentei. — Lucy sentiu um alivio repentino, não sabia como explicar, mas aquela sensação era maravilhosa. Ela finalmente colocou para fora aquilo que segurava para si, muitas vezes já tentou se suicida mas nunca conseguia e finalmente coloca para fora, mesmo que tenha sido para eles, foi maravilhoso.

Eles ficaram em silêncio, Laila parecia mais calma de uma forma estranha mas continuava intrigada, ela não conseguia entender como uma pessoa tinha coragem de se suicidar, mas decidiu mudar de assunto afinal avia uma metamorfose bem ao seu lado e ela queria saber mais sobre ela então perguntou:

— E você Lucy? Qual a sua habilidade? — Lucy a olhou e simplesmente respondeu

— Eu sou uma metamorfose de animal. Me transformo em um cisne todas as noites.

Depois da resposta de Lucy eles ficaram calados até Luke quebra o silêncio falando pela primeira vez e surpreendendo Lucy:

— Então é por essa razão que você tem 16 esferas negras ao redor da pupila. Isso avia me intrigado por um tempo mas agora sei o que significa — a voz de Luke era rouca igual a de Lucas mas Lucy não estava com cabeça para repara nos detalhes. Estava surpresa demais para repara nos mínimos detalhes, uma coisa que normalmente varia, como ele conseguiu observa as esferas? Elas estavam ao redor da pupila é quase impossível ver de dia.

A cor dos olhos de Lucy é azul turquesa, em volta de suas pupilas a uma linha amarela e nessa linha a oito esferas em cada uma, totalizando 16 esferas. Lucy nunca soube o que aquelas esferas representavam, a única coisa que ela sabia é que eles sumiam quando ela se transformava. Lucy ficou surpresa e não sabia o que dizer, ela gostaria de saber porque sempre ficava sem palavras na presença deles, olhou para o céu e decidiu por um ponto final naquela conversa:

— Estar anoitecendo. É melhor vocês encontrarem um lugar para ficar.

Lucy começou a andar até chegar perto de uma enorme árvore que era boa o suficiente para dormir, avia muitas delas por toda aquela floresta, Lucy sabia. Mais uma coisa que ela não sabia e não esperava era a resposta de Lucas ao seu comentário:

— Nós vamos acampar aqui. É um bom local, mas e você? Não pode voltar para a cabana, aonde você vai ficar? — Lucas pergunta com uma sinceridade que ele mesmo desconhecia, de alguma forma ele se preocupava com ela, não sabia porque.

Em resposta a pergunta de Lucas, Lucy apenas subiu na árvore e ficou olhando o céu. Eles arrumaram as barracas e fizeram uma fogueira, já avia anoitecido, Lucy não avia falado nada desde do descobrimento de Luke e isso de alguma forma preocupava Lucas, ele novamente não sabia por quê. Então ele se virou e comentou com Laila:

— Será que ela não vai comer?

— Sei lá. Essa garota é meio isolada — respondeu com um comentário e em seguida comendo o seu marshmallow. Parecia que Lucas era o único que se preocupava com uma garota que acabou de conhecer, então pegou um espeto que tinha 5 marshmallows e o fritou. Já pronto ele se levanta e vai até Lucy:

— Aqui — Lucas entrega o espeto a Lucy que abri um pequeno sorriso como agradecimento e Lucas aproveita e pergunta:

— Tem um espaçinho para mim? — Lucy se afasta e Lucas sobe na árvore ficando bem ao seu lado e comentando:

— Aqui é meio desconfortável

— Mais da para dormir — diz Lucy dando sua primeira mordida no marsmallow

Eles ficaram um tempo em silêncio, Lucy já avia terminado de comer o seu marsmallow e os outros também. A fogueira foi apagada e Laila diz que Lucas faria o primeiro turno, ele apenas confirma e ela vai dormir. Lucy ao observa essa cena percebe o quanto eles eram próximos ou pareciam, e decidiu comenta aquilo com Lucas:

— Vocês são bem próximos, né?

— Somos irmãos. Eu e Laila temos o mesmo sangue, já Luke é nosso meio-irmão. — Lucas não entendeu muito bem o porque dele estar falando aquilo para ela tão rápido, mas continuou, Lucy apenas ouvia atentamente e bastante interessada:

— Eu e Laila só tínhamos 3 anos quando nosso pai faleceu. Foi um golpe muito duro para nossa mãe, crescemos durante dois anos sem um pai até que teve um tempo que nossa mãe namorou e se casou novamente. Esse era o pai de Luke, que nasceu depois do casamento, ele foi um pai maravilhoso para nós. Mas a guerra avia chegado e acabamos perdendo eles e como na nossa família é costume ser treinado desde de pequeno, decidimos sair em uma aventura que encontramos na floresta e, por incrível que pareça, acabamos te achado. Apesar deu achar que entramos numa coisa bem pesada.

Lucy ficou um tempo em silêncio. A vida deles foi dura mas a dela também, talvez mais que a deles. Lucy decidiu se abrir com ele já que ele avia se abrindo com ela tão facilmente:

— Eu fugi de casa aos meus 6 anos, foi duro no começo, mas acabei me acostumando. E o irônico é que eu nem penso neles.

Lucas foi pego de surpresa com o que ela disse, ficou sem palavras e não conseguia pensar em nada para disser. Nunca passou pela sua cabeça que uma pessoa teria coragem o suficiente para abandonar os pais ao 6 anos, tão novo, uma criança de 6 anos mau sabe o que o certo e o errado. Decidiu mudar de assunto:

— Estar de noite porque você não se transformou?

— É noite de lua nova.Quando são noites assim, meu espírito adormece e a minha energia não consegue sente a vibração da lua então ela enfraquece, me deixando na forma humana. Odeio quando isso acontece mas confesso que gosto de ver as estrelas — Lucas se surpreendeu novamente com as palavras de Lucy, ele nunca imaginaria que ela odiava as noites na forma humana e imaginou que a parti daquele dia, ele conheceria uma parte dela que ele nem imaginava.

Lucas bochechou e Lucy pede para ele que vá dormir que ela fazia o primeiro turno, ele obedeceu. Lucy continuou lá, observando as estrelas, e percebeu que a parti daquela dia sua vida não seria mais a mesma. Estava mais em risco que ela conseguia imaginar, decidiu pensar em outra coisa. Então ficou apenas observando as estrelas que era uma coisa que ela amava.