Cisne Negro escrita por Corujinha


Capítulo 15
Capítulo 15 - Final


Notas iniciais do capítulo

Texto sem revisão então peço desculpas a todos os erros ortográficos e as palavras trocadas e/ou usadas de forma errada sem consentimento.

Boa Leitura!!!



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O sol iluminava as águas calmas da cachoeira, o som dos pássaros ecoava pela floresta e a calma tranquilidade se fazia presente. Lucy estava parada, de olhos fechados de frente para a cachoeira, aproveitando a doce sensação de paz que era transmitida. Uma gostosa sensação do vento agitava seus cabelos e a leve brisa batia em seu rosto. Depois da batalha Lucy e os irmãos retornaram para a cachoeira, aquele lugar havia se tornado seu lar, eles haviam transformado a caverna numa espécie de casa. Era pequena, mas cabia confortavelmente os quatro, era como um quarto. Eles cuidaram de suas feridas e descansaram por, pelo menos, dois dias. Após ter ficado um pouco melhor, Laila retornou a cidade e comprou mais suprimentos, como alguns pares de roupas e alimentos. A convivência era maravilhosa, Lucy e Lucas ficaram ainda mais próximos, assim como Luke. Ele havia se tornado seu melhor amigo, passavam horas conversando e ela aprecia muito a sua companhia. Já com Laila havia melhorado muito sua convivência, pararam de brigar e começaram a se entender mais. Lucy estava feliz, ainda sentia muita falta de Rômulo, mas não tinha do que reclamar.

Ela abriu os olhos e começou a caminhar. Após a morte de Khan e a ida dos Progenes, a sede da organização Caveira da Morte foi completamente destruída. Sem o líder para liderá-los os empregados ficaram sem saber o que fazer e decidiram ir embora, a cede foi completamente invadida por diversas espécies, eles transformaram aquele lugar em mais um local de espécies. Qualquer planejamento, qualquer esquema e qualquer artigo de extrema importância foram queimados e esquecidos. Todos aqueles papéis, todos aqueles arquivos, tudo, foi queimado. Não sobrou nem a cinzas. Inclusive as fotos dos metamorfoses, ninguém precisava de má recordações. Só que ao invés de simplesmente esquecer, as espécies pegaram as cinzas que as fotos deixaram e fizeram um digno funeral, em homenagem ao sofrimento e a morte que eles passaram. Não havia mais nenhuma sombra de que um dia existiu a Caveira da Morte. Lucy não sabia nem em que condições estava àquela casa que continha suas fotos e nem queria saber. Estava bem assim.

Os espíritos em seu corpo estavam calmos, nenhuma má lembrança os rodeava, guardavam a memória de seus antigos donos, mas nada que os prejudicassem. Metamorfose é uma espécie complicada de se entender, muitos pensam que os espíritos que vivem em seu corpo não tem vida, mas tem vida sim. Eles possuem a clara capacidade de raciocinar, de agir por se próprio, cuidar e liberar seus donos. Um metamorfose e seu espírito são um só, uma ligação, que não pode se quebrar de forma alguma. Lucy se recordava dos últimos acontecimentos enquanto rodeava a cachoeira, finalmente se sentia em paz, mas ainda tinha uma última coisa que ela precisava fazer. Ela parou do lado direito da cachoeira e fechou os olhos, produziu uma forte pulsação e em segundos todos os espíritos saíram de seu corpo, imediatamente dois ficaram em cada lado do seu corpo, para transmitir a energia e ela não morrer. Ela olhou para cada um, com carinho, o seu lindo arco-íris formado na sua frente, eles também a olhavam atentamente, querendo saber o motivo de terem sido chamados. Lucy suspirou e começou:

— Vocês não imaginam o quão importantes se tornaram para me, em tão pouco tempo. Vocês são espíritos diferentes que originalmente não nasceram, mas me completa. Eu sei que normalmente um espírito quando ganha um novo dono não se adaptar facilmente a ele, podem chegar a não aceitá-lo, mas isso foi diferente comigo e não podia estar mais alegre. Vocês me protegeram em um momento que eu pensei estar perdida, me ajudaram a acabar com o veneno em minha vida e agora eu sou livre, não poderia estar mais agradecida. E é por essa felicidade e alívio que sinto no peito que eu não me sinto bem prendendo vocês a me. Eu sei que é impossível para qualquer espécie viver sem sua energia, principalmente um metamorfose que sua energia e espírito são um só, afinal é essa conexão que torna quem nós somos, mas eu encontrei uma forma para que eu continue viva, sem os meus espíritos. É só vocês me darem um pouco das suas essências, de cada um, assim eu posso continuar viva. Talvez eu não volte mais a me transformar, em possa usar minhas habilidades, mas eu não me importo. Talvez eu me transforme em uma simples humana, mas eu não ligo. Eu quero que vocês sejam livres, assim como eu sou agora, é claro que eu vou sentir falta, mas pelo menos tenho minhas recordações. Por favor, sejam livres, só assim ficarei verdadeiramente feliz.

Todos os espíritos ouviam as palavras de Lucy atentamente, prestando atenção em cada palavra, eles percebiam que suas palavras eram sinceras. Podiam ver isso nos olhos dela. Quando ela terminou, eles se entreolharam, é claro que queriam ser livres, mas sempre carregariam o carinho que tem por ela em seus corações. Assim, eles fecharam os olhos e distribuíram um pouco de sua essência a ela, ao terminar eles fizeram uma reverência e partiram. Lucy fechou os olhos e imediatamente sentiu o vazio a dominando, mas não ligava, estava acostumada. Podia sentir as essências correndo em suas veias, era como sangue normal, bom! Talvez agora ela seja humana! Mas… havia alguma coisa errada, Lucy ainda sentia a presença de um espírito muito forte perto de se. Rapidamente abriu seus olhos e percebeu seu pequeno cisne a olhando, ela no começo ficou confusa, mas quando ele abaixou a cabeça e retornou para seu corpo, ela compreendeu. Ele queria ficar, queria ficar com ela. Lucy sentiu seu coração aquecer e pós sua mão em cima dele. Um pequeno sorriso apareceu em seus lábios, feliz com a decisão de seu cisne.

— Ele quis ficar? — Lucy se sobressalta e rapidamente se vira para onde a voz inconfundível de Lucas se encontrava. Ele estava encostado na árvore e carregava um lindo sorriso em sua face. Lucy abriu um pequeno sorriso e colocou sua outra mão em cima da que já estava apertando uma à outra e à blusa, respondeu:

— Acho que temos uma ligação forte demais.

E realmente tinham Lucy e seu cisne sempre foram ligados, desdo nascimento. Como havia tido, a primeira ligação de um metamorfose com seu dono é forte demais, e Lucy era a prova disso. Por alguma razão Lucy não nasceu com seus 16 espíritos completos, então não tinha como os 15 restantes se apegarem a ela tão rapidamente e com a mesma intensidade que o cisne, isso era mais uma prova. Lucas se desencostou da árvore e foi para o lado de Lucy, pegando suas mãos entre as dele. Ele a olhou bem nos olhos e disse:

— Você queria mesmo se tornar humana?

Lucy sorriu com a pergunta e respondeu:

— Sim! Eu não vejo problema nenhum nisso, mas agora não será mais preciso, eu tenho meu espírito comigo.

Lucy colocou seus braços em volta do pescoço de Lucas, ele colocou suas mãos em sua cintura e encontraram uma testa na outra. Lucy diz:

— Muito obrigada

— Por? — Lucas estranha à pergunta

— Por tudo. Por sempre estar ao meu lado, por sempre me ouvir, por sua presença sempre me acalmar. Por tudo que você e seus irmãos fizeram por me. Eu posso viver mil anos, mas acho que nunca será suficiente para que eu possa agradecer tudo o que vocês fizeram por me. Vocês simplesmente salvaram uma desconhecida e depois não largaram do pé dela. Ficaram comigo em todos os momentos quando eu pensei que correriam no primeiro obstáculo, impediram que eu morresse, não tem como eu agradecer isso em apenas palavras, mas por enquanto é só isso que posso oferecer. Muito obrigada, por tudo. Eu sei que pode ser covardia dizer isso só para você, mas você estar aqui agora, depois mais tarde eu digo para eles. Primeiro você, que mexe com o meu coração.

Lucas acaricia a face de Lucy, que fecha os olhos com o gesto e diz:

— Não precisa agradecer. Lucy você é importante para me, importante para todos. Lucy você mudou, evoluiu, deixou de lado uma faceta para ser quem você verdadeiramente é. Você é forte, tem capacidade para lutar suas próprias batalhas, é uma pena que tenha que acontecer um falecimento para você se da conta. Lucy, você não mexe somente com o meu coração, mas tudo em me. Eu tive tanto medo de te perder, eu te quero tanto. Eu te amo Lucy

Lucas não esperava que aquelas palavras saíssem tão sinceras, mas era a mais pura verdade. Lucy estava com um imenso sorriso em seu rosto, seu coração batendo a mil, ela colocou suas mãos em sua face e sussurrou quatro palavras que fizeram o coração de Lucas bate mais forte:

— Eu te amo Lucas

Lucas abriu um imenso sorriso e aproximou ainda mais seu rosto do de Lucy. Seus lábios bem próximos, suas respirações banhando a face e seus corações acelerados. Lucas colou seus lábios nos de Lucy e uma forte corrente elétrica passa por entre eles, a conexão afirmada. Era como se tivessem nascido um para o outro. No momento em que seus lábios se coloram seus corações se tornaram um só, estavam conectados. O beijo começou calmo, com cada um conhecendo e explorando a boca do outro, era o primeiro beijo de Lucy e ele queria ir com calma, mas aquilo não durou muito. Logo o beijo foi ficando mais intenso, Lucy estava com os dedos entrelaçados no cabelo de Lucas e ele estava com suas mãos em sua cintura, a puxando mais para se. Depois de um tempo eles lentamente se separaram, novamente com as testas encostadas e cada um com um imenso sorriso no rosto, não conseguiam nem sequer conter.

Lucy bagunça o cabelo de Lucas e corre para dentro da cachoeira, ele imediatamente entra na brincadeira e corre atrás. Risadas eram ouvidas o tempo inteiro. Lucy corria de Lucas enquanto ele tentava pegá-la, até que ele consegue alcançá-la e a pegá-la pela cintura, trazendo seu corpo para perto de seu. Ele deu um beijo em seu pescoço, mas quando ia beijar sua boca Lucy consegue se desviar e começa a jogar água nele, rapidamente ele entra na brincadeira. De repente Laila e Luke aparecem e já vão entrando na brincadeira, risadas eram ouvidas em todo canto. Lucy finalmente estava feliz e agora seria assim, ela iria se permiti ser feliz. Junto com seus amigos.


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Notas finais do capítulo

Nem consigo acreditar, não vou chorar, nossa estória terminou galera.

Para quem era meu leitor enquanto a estória ainda era escrita sabe que havia um capítulo a mais de agradecimento, como esperado o capítulo ganhou uma advertência (minha primeira, ai meu coração) e ele foi excluído então eu estou aqui para da uma despedida resumida.

Muito obrigada a todos os leitores. A todos que acompanharam, favoritaram e até mesmo comentaram, especialmente a Anju e a Dubaah. Vocês não sabem o quanto me ajudaram. Muito obrigada por tudo, beijos =*



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