Love in Medicine escrita por luhmunhoz


Capítulo 63
Capitulo 62


Notas iniciais do capítulo

Eu sei devo uma explicação pra vocês mas explico no final do cap okay ....



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POV. SARAH

Dias sem a minha melhor amiga ao meu lado já estava ficando insuportável. Sentia falta das conversas, dos seus conselhos de mãe, das suas brincadeiras e até mesmo das piadas sem graças que contava. Quando fiquei sabendo que ela poderia morrer dessa infecção fiquei desesperada, não sabia o que fazer!

Perder a única pessoa que sempre me apoiou a seguir os meus sonhos era devastador, ela sempre foi forte para mim, ela foi meu porto seguro e eu teria que ser o dela, não deveria demonstrar fraqueza quando a visse. Por mais que Pierre estivesse ali ao meu lado, não era a mesma coisa, não era a minha melhor amiga. Ele não entendia. Ele é meu namorado e amigo, mas não é a Annie. Eu precisava dela, ela é a única que me entende.

Todos esses dias que a ela ficou no hospital eu não apareci na academia. Deixei tudo nas mãos da Maite, o concurso, as meninas e os ensaios, sabia que podia contar com ela. Cheguei a criar uma rotina do hospital pra casa. Chegava no hospital colocava o meu melhor sorriso e agia normalmente, mas como Annie sempre me conhecia sabia que estava com medo.

~Flashback On

Estava no horário de visita e Thomas tinha saído me deixando sozinha com a Annie.

–Sarah, sei que não deveria dizer isso a você - disse ela - Mas quero que se alguma coisa acontecer ou der errado, cuide do Thomas para mim- disse ela.

– Annie! - a repreendi- Para, nada vai acontecer, você vai ver. - disse com os olhos marejados de lagrimas não derramadas - Vai dar certo, tenha fé- disse.

– Eu tenho, mas só to dizendo se acontecer, não que vá acontecer - disse ela sorrindo- Promete para mim?- disse ela em suplica.

– Tá, eu prometo, mas saiba que se você morrer-disse olhando seria pra ela- Eu juro que te ressuscito pra te matar de novo- digo rindo pra afastar as lagrimas.

–Tá bom- diz ela.

–Sinto tanto a sua falta- confesso a ela.

–Eu sei, também sinto a sua- diz ela.

~FlashBack Off~

Agora não preciso me lembrar dos momentos tristes, e sim dos momentos felizes. Finalmente hoje Annie irá para o quarto, e poderei abraçar e aperta-lá. Lógico que terei o maior cuidado para não machuca-la. Tommy havia me avisado da surpresa que ele preparou para ela e que eu não devia faltar de jeito nenhum.

Assim que chego ao hospital vejo o meu namorado vestindo a roupa de médico, azul marinho, mal sabe ele o quanto essa roupa o deixa ainda mais lindo. Ele esta me aguardando na frente da entrada do hospital mexendo distraído no celular, quando levanta a cabeça e me vê ele sorri. Aquele sorriso me faz querer correr direto prós seus braços, isso já ta virando vício. Acho que todos esses dias pra única pessoa que corri foi pra ele. Ele sempre esteve comigo, ajudando a me distrair.

–Oi, pequena- diz ele me puxando para um beijo.

–Oi- digo quando nos separamos- Tudo bem?-pergunto me referindo ao plantão que ele teve que ficar fazendo.

–Estava bem, mas agora que você chegou ficou ainda melhor- diz beijando meus lábios.

–Hum, desse jeito fico mal acostumada...-digo, mas ele nem deixa eu terminar de falar já esta me puxando pra mais um beijo de que me faz perder a consciência.

–Senti sua falta esta noite- diz ele quando nos afastamos.

–Ah é?-pergunto sorrindo.

–Sim, essa noite foi muito fria sem você aqui- diz ele triste.

–Desse jeito você quer que eu more aqui no hospital com você- digo rindo- Você sabia que eu não podia passar mais uma noite aqui, sendo que os pais da Annie chegaram ontem e eu tinha que ficar com eles- disse- Além do mais, esses dias comigo não foram o suficiente?-pergunto rindo.

–Não foram, e sabe por quê? Porque estou viciado em você- diz ele me beijando novamente.

–Meu Deus, Pierre, como você é exagerado- digo quando me afasto novamente- Venha, não quero perder a surpresa da Annie- digo o puxando.

–Só pra deixar claro, eu não exagero em relação a você e também a surpresa da Annie foi adiada- diz ele.

–Adiada?Como assim?- pergunto parando de repente.

–O Thomas pediu que fosse adiada, pra ele conversar com ela a sós- diz ele- E enquanto isso você vem comigo, pra mim ter um momento a sós com você.-diz ele me puxando pela cintura para dentro do hospital. O bom era que aquele lugar tinha vários quartos vagos, pois do jeito que estávamos duvido que desse tempo de chegarmos ao quartinho de descanso. Ele abriu um dos quartos vagos enquanto eu me mantinha concentrada em seus lábios, aquilo já era trabalho suficiente para uma mulher se concentrar.

Quando fui conseguindo me concentrar naquilo que estava ao meu redor, sem ser em Pierre, eu estava deitada na cama junto de Pierre e seus lábios impertinentes começavam a se direcionar para meu pescoço.

–Sabe- ele começou de repente- eu gostaria de te ver dançando.

–Como?- abri os olhos pela primeira vez em minutos, tentando me concentrar no que estávamos falando.

Ele apoiou os braços ao lado de minha cabeça ficando ainda com seu rosto próximo ao meu.

–Ballet- continuou-, quero ver você dançando ballet- ele disse e eu sorri.

–Te permito me ver dançando o que quiser- falei sorrindo segurando seu rosto e arrastando meus lábios para o dele- Só quero saber uma coisa.

–O que quiser-ele diz tentando me beijar, mas eu o impedi rindo.

–Meu cabelo está solto, e eu estava de rabo de cavalo.- digo olhando pra ele- Como isso aconteceu?-pergunto e ele sorri maliciosamente.

–Amarre o cabelo novamente e eu mostro- diz rindo já me puxando para o beijo.

Estávamos tão distraídos em nosso momento que nem percebemos quando a porta foi aberta.

– QUE BONITOS, A ANNIE JÁ SAINDO DO QUARTO E VOCÊS AQUI FURNICANDO- grita Mark rindo.

–Que merda, Mark, sai daqui- Pierre diz jogando alguma coisa que bate na porta fazendo um pequeno barulho quando ela se fecha.

–Aí meu Deus- digo envergonhada quando percebo que estou com o cabelo solto novamente e dessa vez sem a minha camisa- Você não presta- digo batendo nele.

–Ué, foi você quem pediu pra te mostrar como soltei seu cabelo- diz ele beijando meu pescoço.

–Pierre...-ofego tentando encontrar as palavras- Temos que ir-digo tentando o empurrar.

–Não terminamos aqui ainda- diz ele me beijando.

–OS DOIS AÍ DENTRO VÃO DEMORAR MUITO? -grita alguém, mas eu não consigo identificar quem.

–Temos que ir-digo pro Pierre que bufa quando o empurro- Cadê minha camisa?-pergunto e ele ri- Pierre?-digo.

– Que foi?-diz se fazendo de desentendido- Da última vez que eu me lembre ela tava jogado em algum canto no chão- diz ele sorrindo maliciosamente.

–Pervertido- digo passando por ele para pega-lá que está jogada no canto.

–Que nervosinha que você está- diz ele me puxando pela cintura.

–Pierre, vamos, quero ver minha amiga- digo fazendo bico.

–Tá bom, mas nós ainda não terminamos essa nossa conversa- diz ele me dando um beijo rápido.

Logo que saímos do quarto vamos direto pra onde Annie estaria.

–Vou te matar-digo entre os dentes pro Pierre que ri- Não ria não, Annie vai ficar chateada- falo triste.

–Vai não, Thomas vai estar lá pra cuidar dela- diz ele- E não adianta ficar com essa cara não!- diz me beijando- Você também tem culpa.

–Eu tenho culpa? Foi você que me seduziu- digo pra ele.

–Negativo, foi você que chegou aqui toda linda desse jeito- diz ele apontando pra mim- E eu que tive culpa?-diz ele rindo.

–Você exagera, eu nem me arrumei-murmuro quando vejo que ele está vendo o bipe.

–Pequena tenho que ir-diz ele me beijando na frente da porta da Annie.

–Não vai entrar?- pergunto.

–Emergência- ele diz e olha no relógio- Ainda estou de plantão ate às 17 horas- ele me beija novamente e o vejo correr pelo corredor.

Eu nem bato na porta, mas escuto Annie perguntando de mim. Merda. Mato o Pierre.

–Oi, cheguei-Digo animada abrindo a porta com tudo sem perceber que acertei alguém- Ai meu Deus, Tommy, me desculpa- e então vejo a cara da Annie de poucos amigos- Merda. Vejo que perdi a surpresa- digo tímida.

– E posso saber onde você estava?-pergunta ela- Melhor nem me responder, já devo imaginar com esse cabelo bagunçado- diz ela e eu coro.

– É tão bom te ver- digo a abraçando.

–O mesmo para você- diz ela sorrindo. Ótimo, ela não está tão brava.

–Eu vou indo, deixar vocês à vontade- digo me despedindo. Mesmo não querendo sair, mas tinha que resolver umas coisas e não queria perturbá-la com meus problemas.

– Mas já? Tão cedo- questiona.

–Sim, agora eu sei que você está bem posso voltar a minha rotina normal- digo abraçando ela.

Não queria sair desse jeito, mas a mensagem que havia recebido da Maite mais cedo me deixou preocupada. Assim que saí do quarto da Annie queria me despedir do Pierre antes de ir para academia, mas provavelmente ele esta muito ocupado.

Assim que chego vejo Maite sentada olhando pra várias folhas espalhadas na mesa, sem que eu me aproximo já percebo que são contas.

– Oi- digo quando estou ao lado dela- Pelo visto temos problemas- aponto as papeladas sobre a mesa.

–Sim- ela me encara – e das grandes- diz ela me entregando uma das notificações de aviso de despejo.

–Mas como assim despejo?-pergunto a ela lendo- Isso não está certo, a contadora...- começo a dizer mas ela começa a rir e chorar ao mesmo tempo- Mai?-pergunto confusa.

–Sabe o que é mais engraçado?-diz ela- É que nós somos muito ingênuas em confiar nas pessoas- ela me encara- Você acredita que a nossa contadora estava desviando o nosso dinheiro- ela funga- e que agora estamos com todas essas dividas, com o aviso de despejo- ela chora- Porque confiamos em alguém, que veio nos roubando- diz.

–Impossivel- digo chocada- Não...- eu fico nervosa- Eu vou matar ela, vou dar um jeito de...-ela me interrompe.

–Ela fugiu. Não deixou um rastro sequer. Foi embora. Acabou Sarah, não tem mais saída-diz ela.

–Não tem que haver uma saída, nós não vamos desistir-digo confiante engolindo as lagrimas- Somos fortes. Nós vamos conseguir- digo mais pra mim mesmo que pra ela.

–Como?-pergunta.

–Eu não sei, mas vamos dar um jeito- digo – quanto é a divida?- pergunto.

– 10 Mil- murmura.

– O QUE?- grito- Calma, vou amanha mesmo no banco fazer algum empréstimo- digo- Mai desde quando você sabe da divida?-pergunto.

–Desde a semana passada, falei com o proprietário do aluguel dizendo que precisava de uns dias pra mostrar que estava tudo em dia...- ela suspira- Mais quando fui a contadora procurar por ela só encontrei o escritório vazio- diz.

–Eu vou matar essa desgraçada- digo com raiva- Vamos a delegacia prestar queixa -digo a ela.

–Não adianta, temos que contratar um bom investigador pra localizar ela e sem contar que temos que encontrar provas o suficiente pra incrimina-la- diz.

–Mas deve ter pessoas que essa calotera já passou a perna não?-pergunto

–Não sei Sarah, mas infelizmente não podemos mais fazer nada- ela chora- Acabou.

–Não, não e não! Não acabou-digo a abraçando- Esperança é a ultima que morre-digo a ela- E nós não vamos desistir agora.

Eu não vou desistir. Eu vou salvar o meu trabalho. Vou salvar essa academia. Eu não posso perder esse sonho. É a única coisa que me faz lembrar da minha mãe. Não vou desistir.


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Notas finais do capítulo

Bom gente eu peço realmente que me desculpem pela demora do capitulo, queria ter postado antes, mas minhas ideias estavam tão bloqueadas que nao sabia nem como escrever o capitulo. Sem contar que meu pc ele travou e foi pro concerto e la se foram meu rascunho de ideias, mas aos poucos estou voltando a rotina. tenho muitas e muitas ideias que surgiram e espero que voces nao me abandonem... XOXO



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