Laços de Guerra - 3ª Temporada escrita por nywphadora, nywphadora


Capítulo 7
Capítulo 7 - O que somos?




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14 de Setembro de 1996.
Amber esbarrou em vários Hufflepuff, Ravenclaw e primeiranistas que corriam para dentro do castelo com vassouras do colégio.
— Mal chegamos e ele já expulsou gente? — brincou para Hermione, enquanto sentava-se ao seu lado nas arquibancadas.
— Não eram nem da Gryffindor e metade nem sabia voar direito — disse Hermione, risonha.
— O Harry já tá ficando irritado — disse Sarah, apoiando a cabeça com as mãos que apoiava o cotovelo na perna.
— Com motivos — concordou Amber.
Duas horas estressantes depois, Katie Bell, Demelza Robins e Ginny Weasley foram escaladas como chasers. Os beaters que seriam escalados eram Jimmy Peakes e Ritchie Coote.
Por fim, Harry decidiu fazer um sinal a Sarah que desceu para competir contra Jimmy Peakes. Obviamente, Sarah ganhou, apesar do jogo sujo que o garoto tentou fazer.
— Você iria escalar o Peakes? Ainda dá para ver o galo na sua cabeça — Sarah murmurou, cruzando os braços, para Harry.
— De todos aqui... Esses dois eram os “melhores” — murmurou Harry, fazendo uma careta.
— Realmente, o time adversário conseguiria vários pênaltis a favor com o Peakes escalado.
— Se você convencesse a minha irmã a entrar, seria bem melhor para todos.
Sarah deu de ombros, indo para o lado de Ginny.
Enfim, começou a seleção dos keepers. O estádio estava mais lotado do que antes, já que a hora do almoço tinha passado e todos os jogadores rejeitados uniram-se aos espectadores.
— Rony vai ficar nervoso — disse Hermione preocupada, olhando ao redor, sua irritação por Lavender Brown parecia ter sumido.
A arquibancada na qual estavam sentadas era próximo de onde estava o time.
— Esses Weasley... Tá na cara que só estão no time porque são amigos do Potter — elas ouviram McLaggen murmurar para outro competidor — As jogadas do Weasley ano passado foram patéticas.
Hermione apertou a mão em punho, enquanto seu rosto ficava ligeiramente vermelho. Amber estava fazendo o mesmo esforço para não descer e dar uma na cara daquele jogador.
— Espere até o final das competições para lhe dar uma surra — Hermione sussurrou para Sarah, que parecia disposta a lhe dar na cara — Ou vão te acusar de estar ajudando o Rony a entrar no time.
Sarah bufou, enquanto voltava a olhar para os testes.
Finalmente, foi a vez de McLaggen jogar. Ele subiu na vassoura, cheio de si e se dirigiu até os aros. Ele conseguiu desviar a quaffle uma vez, duas, três, quatro...
— Confundus — murmurou Hermione, colocando a mão na frente da boca e abaixando ligeiramente a cabeça.
McLaggen foi para o lado contrário de onde a quaffle foi lançada, levando vaias do público, fazendo-o descer furioso e constrangido.
Sarah fez um high-five com Hermione que estava corada.
— Disfarça ou vão te descobrir — aconselhou a morena — Com licença, eu preciso ter uma conversa com aquele futricado.
Ela afastou-se com a vassoura em mãos.
— Que não quebre a vassoura na cabeça dele — torceu Amber — Já tivemos a perda e uma excelente Comet.
— Vai nessa, Rony!
Hermione rosnou ao ouvir o grito de Lavender.
Então foi a vez de Rony que conseguiu pegar todas as quaffles, o que fez McLaggen acusar Ginny de ter facilitado o jogo para ele.
Todo o time se uniu e foram parabenizar os novos membros da equipe.
— O elogie antes que Lavender vá — murmurou Amber, enquanto elas se levantavam.
— Você foi brilhante, Ron! — Hermione berrou a todo pulmão, fazendo Lavender parar de andar, irritada.
— Ponto para você — sorriu Amber, antes de descer as arquibancadas.
— Vamos falar com Hagrid, nos vemos no Salão Comunal — avisou Hermione, antes de ir de encontro a Rony e Harry.
— O próximo treino será quinta-feira — anunciou Harry, depois de encerrar oficialmente — Vou avisar a professora McGonagall. Estejam presentes!
Sarah puxou Amber pelo braço, com um grande sorriso no rosto, para irem ao Salão Principal.
— Não vou nem perguntar o que você fez... — murmurou Amber.
No meio do caminho para o Salão Comunal, encontraram com o professor Slughorn.
— Ai não... — murmurou Amber, mas não dava tempo de se esconder, já que ele já havia a avistado.
— Ambrose! Querida! Justamente quem eu procurava! — exclamou Slughorn, aproximando-se contente — O que acha de um jantar hoje à noite em meus aposentos? Nós estamos tendo uma pequena festa, apenas algumas estrelas em ascensão, eu chamei McLaggen e Zabini, a encantadora Melinda Bobbin... Eu não sei se você a conhece!
— Eu já ouvi falar, tem uma grande rede de farmácias — disse Amber — Mas nunca conversamos.
— Então será uma ótima oportunidade para se relacionarem. A senhorita também, senhorita Black — disse Slughorn, virando-se para Sarah — Tenho ouvido que apesar de dar cabelos brancos a Filch se dá extremamente bem nas matérias, mas o que poderia se esperar de uma filha de dois membros da Order. Dumbledore só escolhe aos melhores!
— Obrigada pelo convite, professor — agradeceu Sarah — Acho que aceitarei.
— Ótimo! Nos vemos às sete e meia — o professor parecia pular de alegria.
— Tudo bem, até a noite, professor — despediram-se as meninas, seguindo o seu caminho.
— O que você fez para que Slughorn a chamasse? — perguntou Amber, curiosa.
— Nada além do que já faço — disse Sarah, confusa pelo convite repentino — Deve ser por causa dos meus pais. Ele deve supor que herdei algum talento deles.
— Bem, precisa de talento e criatividade para arrumar todas essas brincadeiras contra o Filch — disse Amber, dando de ombros.
Sarah também deu de ombros e elas seguiram para o Salão Comunal.

Sete e meia.
— Que roupa supõe-se que se deve usar? — perguntou Sarah, jogando mais roupas em cima da cama.
— Cara, é só um jantar! — disse Ginny — Não é nenhuma festa!
— Mas o que eu uso? Um vestido ou uma camiseta com calça jeans?
— Usa um vestido não muito elegante. Algo simples.
Ginny optou por um vestido floral de alcinha, enquanto Sarah pôs um vestido camiseiro azul escuro com um cinto bege marcando a cintura. Depois de um momento de indecisão, elas resolveram colocar uma maquiagem básica.
— Cara, é muito estranho te ver de vestido — disse Ginny, enquanto prendia o cabelo em um rabo de cavalo alto.
Amber entrou no quarto, usando uma regata branca com um casaco preto aberto e saia de cintura alta rodada vermelha.
— Olha! Até parece gente! — debochou Amber, quando viu Sarah com o vestido.
— Foi um sacrifício encontrar um vestido decente naquele armário — dramatizou Ginny.
— Eu nasci para causar — disse Sarah, dando de ombros.
As três descem para o Salão Comunal que já estava vazio, já que todos estavam no Salão Principal jantando, exceto elas e os outros convidados do Clube do Slug.
Quando elas entraram, Hermione e os outros já estavam lá.
— Queridas! Entrem! Entrem! Estávamos as esperando! — cumprimentou Slughorn.
Sarah deu uma revirada de olhos discreta e sentou-se ao lado de Ginny que se sentou ao lado de Hermione, enquanto Amber sentava-se do lado de Sarah. Curiosamente, Marcus Belby não tinha sido convidado. Em compensação, o insuportável do McLaggen olhava descaradamente para Hermione.
— Seus pais são muggles. O que eles fazem? — Slughorn perguntou a Hermione.
— Isso não vai prestar — murmurou Sarah para Amber.
— Eles são dentistas — respondeu Hermione, a maioria lhe olhou com cara de paisagem — Cuidam dos dentes das pessoas.
— Fascinante! — exclamou Slughorn, fascinado — E isso é uma profissão perigosa?
— Não. Se bem que teve uma vez em que um paciente do meu pai o mordeu, ele levou três pontos.
Ela riu sozinha, antes de abaixar a cabeça, constrangida.
— Agora entendo o porquê de sua defesa quanto a Sirius Black no verão — disse Slughorn para Amber, olhando para Sarah.
A morena sentiu seu estômago embrulhar, não tinha falado desse assunto com ninguém além de sua mãe e tentava evitá-lo desde o começo das férias.
— Só demonstra a incompetência do ministro anterior — disse Amber, tranquila.
— Certamente, o Daily Prophet e o Ministério da Magia têm cometido muitos erros, ocultando informações, aumentando em outras — disse Slughorn — Mas me diga, minha cara, como anda a sua mãe?
— Bem — respondeu Sarah — Está em missão para a Order.
— Eu me lembro perfeitamente quando eu lecionava. Era uma surpresa que Marlene se desse tão bem com os bagunceiros da turma e fosse amiga de Lily ao mesmo tempo...
Slughorn passou o restante do jantar fazendo perguntas sobre a vida de todos e contando anedotas que ele escutou e viveu.
Quando bateu às nove horas, o jantar se encerrou e todos foram para os seus salões comunais.
— O que você achou? — perguntou Sarah.
— Até que foi... Interessante — disse Amber, incerta.
— McLaggen não tirou os olhos de você, Hermione — disse Ginny.
— Deve ser porque é a primeira que não cai aos seus pés — disse Sarah, revirando os olhos.
— Se fosse por isso, vocês também estariam na mira dele — disse Hermione.
— Eu e Sarah temos namorado — disse Ginny.
— Toma cuidado, Amber. Conheço o tipo, quando não conseguir nada com a Hermione vai vir para cima de você — alertou Sarah.
— Ele quem tente para ver o que lhe acontece — disse Amber.
— Vai ser difícil. Todo mundo sabe sobre o Wood — disse Ginny, sem maldade.
— Mas... O que todos sabem? — perguntou Amber, colocando uma mecha atrás da orelha, curiosa.
— Bem, dava para ver que ele tem uma queda de penhasco por você, Amber — disse Hermione, risonha — Só você não percebe isso.
Amber olhou ameaçadora para Sarah e Ginny que estavam evidentemente se segurando para não dizerem nada a respeito desse assunto, afinal ela lhes contou sobre a Amortentia.
Ainda restavam quatro semanas para o passeio a Hogsmeade, mas pela primeira vez na vida, a sorte estava do lado dela.
As semanas passaram tão rápido como se ela usasse um time-turner.

12 de Outubro de 1996.
Amber estava olhando fixamente para um colar da letra W quando Lavender entra no quarto conversando animadamente com Parvati. Ela guardou bruscamente o colar, quando elas percebem a sua presença.
— Oh! Me desculpe! Eu não te vi! — exclamou Lavender, dando risadinhas.
— Sem problemas — respondeu Amber, sorrindo — Eu já estava de saída.
— Espera, Amber! — pediu Parvati, fazendo-a parar — Você pode nos ajudar? Você sabe que estamos cursando Divination e a professora Trelawney nos pediu que conferíssemos as cartas de tarot de alguém, mas ninguém quer nos ajudar...
— Olha, eu não acho que... — Amber tentou se desculpar.
— Por favor, Amber — implorou Lavender.
Xingando a sua bondade, ela concordou fazendo as meninas pularem animadas.
— Vai demorar muito? — perguntou, de má vontade, cruzando os braços.
— É rapidinho — prometeu Parvati, procurando em seu baú.
— Aqui está — disse Lavender, embaralhando as cartas e estendendo-as em cima da mesa de cabeça para baixo — Escolhe uma carta.
Amber suspirou pedindo paciência, mas passou a mão por cima das cartas fingindo estar concentrada até puxar uma ao azar e mostrar para Lavender que a pegou.
— The Strenght — disse Lavender, mostrando a carta para Amber.
Era o desenho de uma mulher loira vestida de camponesa em um campo, segurando um leão.
— Essa carta revela competitividade em nível profissional, no nosso caso, nível estudantil — disse Parvati.
— Alguma coisa vai acontecer e isso vai causar brigas entre você e o Harry. Divergências de opinião — disse Lavender.
Elas deram uma risadinha boba e olharam Amber fixamente, fazendo-a corar sem saber o motivo.
— Paixão. A carta demonstra muita paixão, mas também alguns distúrbios — disse Parvati.
— Também diz que financeiramente as coisas irão melhorar — disse Lavender.
As duas ficaram em silêncio por um momento antes de esconder a carta junto com as outras.
— Obrigada mesmo, Amber — agradeceu Lavender, antes das duas saírem correndo do quarto.
Amber revirou os olhos ainda corada. Isso era tão ridículo... Ainda bem que não era obrigatório cursar as matérias que obteve notas aprobatórias nos OWL’s. Se bem que tarot era super fácil de fazer: era só você decorar o que as cartas significam e recitar quando a pessoa ou você escolher a sua carta.
A mente humana é bem suscetível às vezes, se você realmente acredita em uma coisa, essa coisa acaba acontecendo.
— Elas também te encurralaram?
Ela levantou o olhar e viu Sarah no batente da porta. Ela vestia vários moletons um em cima do outro, calça jeans, tênis all star, cachecol, luvas e protetor de orelha.
— O meu deu que eu sou uma vagabunda que não trabalha direito, que alguém se afastou da minha família, eu e Fred vamos nos afastar e que é melhor eu economizar ou vou ficar pobre — disse ironicamente.
— O que será mais que eles aprendem naquelas aulas? Búzios? Feng Shui? — perguntou Amber, também irônica.
— Não duvido nada que daqui a pouco elas peçam para mudar a torre da Gryffindor de lugar porque traz más energias — disse Sarah, dando de ombros — Vamos? Provavelmente vai demorar para chegarmos ao povoado por causa do sensor do Filch.
— Tem razão — disse Amber, pegando o colar da cama e, após um momento de indecisão, pondo-o em volta do pescoço.
— Eu nunca te vi com esse colar — observou Sarah, com o cenho franzido.
— Ganhei de aniversário — Amber disse vagamente, passando o dedo pela letra.
Pensou que Sarah iria debochar quando pousou o olhar no colar, mas ela sorriu alentadora.
— Vamos! Eu estou morrendo de fome. A Ginny já se mandou com o Thomas e você ainda tem que explicar para o Harry que você não vai a Hogsmeade com ele — disse, puxando-a pelo braço para fora do quarto.
O tempo lá fora estava chuvoso e consideravelmente frio, o que fez Amber agradecer a escolha da roupa. Ela estava trajada de um vestido de lã, luvas e botas abaixo do joelho, ambos na cor bege. A princípio estava só assim, mas depois decidiu colocar uma calça legging e mais algumas provisões como cachecol e gorro.
— Sorte — desejou Sarah, ao chegarem no Salão Principal e avistar o Golden Trio, que estava discutindo.
— O que está acontecendo? — perguntou Amber, entediada.
— Harry fica usando os feitiços do livro — disse Hermione, irritada.
— Eu só usei o Levicorpus — protestou Harry — A Amber já falou sobre ele.
— Quer saber? Eu vou tomar café da manhã com a Sarah. Hoje vocês estão impossíveis! — exclamou a ruiva, levantando da cadeira.
Sarah estava nervosa, o que era estranho considerando que ela ia a Hogsmeade re-encontrar o namorado.
— O que houve? — perguntou Amber, estranhando, enquanto terminava o café da manhã.
— Eu não vou a Hogsmeade — confessou Sarah.
— Mas por que não? Você não ia se encontrar com Fred lá?
— Vamos nos encontrar aqui.
Amber ficou sem palavras momentaneamente.
— Hogsmeade está cheia demais — continuou Sarah, aparentando não dar importância.
— Mas o castelo está cheio de proteções — disse Amber, confusa.
— Esqueceu de quem está falando?
— Tudo bem... E por que se vestiu?
— Eu vou a Hogsmeade.
— Agora estou confusa.
— Eu supostamente vou a Hogsmeade, me encontrarei com o Fred, entraremos por uma das passagens, ficaremos no castelo por um tempo, voltaremos pela passagem e voltarei a Hogwarts pelas carruagens.
— Ah! Obrigada por me iluminar!
— Fica tranquila, vou te acompanhar até o povoado.
Assim que as duas terminaram o café da manhã apressado, partiram para o saguão de entrada que estava congestionado de alunos. Filch fez a checagem de lista usual e passou o sensor de segredos, antes de liberá-las.
— Eles deveriam ficar preocupados se contrabandeássemos coisas para dentro e não para fora — murmurou Sarah, olhando para trás — Que diferença faria?
Assim que pisaram fora do castelo, se encolheram sentindo a forte ventania.
— Se eu não tivesse propósitos, teria ficado no Salão Comunal — resmungou Sarah, esfregando as mãos.
— Se você ficar reclamando, eu teria preferido vir sozinha — retrucou Amber.
— Justo quando precisamos não disponibilizam as sagradas carruagens — continuou Sarah, fingindo não escutar.
— Ao que eu me lembre, as carruagens não tem nenhum feitiço aquecedor — ironizou Amber.
Assim que chegaram, viram que várias lojas como a Zonko’s estavam fechadas. Por sorte, a Honeydukes estava aberta.
— Bem, eu vou indo, Amber — despediu-se Sarah, indo em direção a Honeydukes.
“Claro, a passagem no porão” ela pensou.
— Hey, Amber.
Ela olhou para trás e deu de cara com Luna.
— Ginny também te abandonou? — brincou Amber, com uma sobrancelha levantada.
— Pois é... Ela está meio ocupada ultimamente — disse Luna, com seu olhar sonhador — Está tudo tão vazio.
— É... As coisas mudaram — disse Amber, olhando para as lojas fechadas.
— Eu adoraria poder lhe fazer companhia, mas vou encontrar um amigo que não vejo há algum tempo — disse Luna, ajeitando o cabelo.
— Não tem problema, eu também vim encontrar um amigo. Inclusive, acho que vou dar uma passada na Honeydukes. Até logo, Luna!
— Tchau — despediu-se Luna, acenando com a mão enquanto ia em direção a Shrieking Shack (Casa dos Gritos).
Sem ter nada o que fazer, Amber suspirou e foi em direção a casa de doces. Lá esbarrou em vários colegas de casa, mas nenhum que fosse íntimo como Ginny ou Hannah.
Comprou alguns doces como delícias gasosas, sapos de chocolate, feijõezinhos de todos os sabores e penas de algodão-doce, até que decidiu parar de enrolar e ir rumo ao Three Broomsticks.
O bar estava lotado de alunos e visitantes que ainda se atreviam a ir ao povoado. Ela olhou em volta, mas não encontrou quem estava procurando, então escolheu uma mesa pequena qualquer em um canto.
— O que vai ser? — perguntou uma garçonete enrolada.
— Uma butterbeer, por favor — pediu Amber, olhando em volta.
A garçonete anotou e foi apressada para o balcão.
Então, Astoria apareceu e sentou-se na cadeira oposta a Amber.
— Amber, eu sei que talvez não seja o melhor momento, mas nós precisamos conversar — ela parecia preocupada.
— O que aconteceu? — Amber sussurrou.
A garçonete chegou no momento em que Astoria abriu a boca, deixando a butterbeer em cima da coisa.
— Obrigada — agradeceu Amber.
— Quer alguma coisa? — perguntou a garçonete para Astoria.
— Não, não precisa — respondeu Astoria.
A garçonete se afastou para atender outra mesa.
— É o Dra... Malfoy — disse Astoria, corrigindo-se rapidamente.
— O que tem o Malfoy? — perguntou Amber, segurando a risada.
— Se quer saber a minha opinião, ele está agindo muito estranho. E as coisas que tenho ouvido no Salão Comunal... Ele me ameaçou se contasse algo para alguém.
— Harry acha que ele pode ser um Death Eater.
— Eu também acho. Ele nunca mais usou camisa sem manga ou de manga curta, não importa a temperatura que esteja. Isso é muito suspeito! E tem sumido por vários períodos de tempo por dia.
Antes que pudesse dizer qualquer coisa, Oliver entrou no bar. Astoria seguiu seu olhar e se levantou rapidamente.
— Espera, Asty — disse Amber, voltando seu olhar para Astoria, nervosa — Tenta impedi-lo. Qualquer coisa que esteja fazendo não será nada bom. Ele precisa parar de se envolver nesse tipo de coisa.
Antes que Astoria pudesse responder, vislumbrou o príncipe da Slytherin indo suspeitosamente para a área dos banheiros.
— Eu vou indo. Mantenho-te informada — disse Astoria, indo na direção dele.
Amber deu um gole na butterbeer, sentindo o coração bater fortemente.
— Oi — ele disse, sentando-se a sua frente.
— Oi — ela respondeu, mexendo na caneca que estava pela metade.
Eles ficaram em silêncio por um tempo, a garçonete veio, ele pediu butterbeer também, ela foi, ela voltou com a butterbeer e se foi de novo.
— Me desculpe, eu não devia ter agido precipitadamente — disse Oliver, finalmente.
Amber olhou para cima, franzindo o cenho.
— Do que você está falando? — ela perguntou, confusa.
— Da última vez que nos vimos — ele respondeu, como se fosse óbvio.
“Ele tá pensando que você não gostou, fala alguma coisa” pensou Amber.
— Foi por isso que você parou de me mandar cartas? — perguntou a ruiva, indignada — Por causa do beijo?
“Okay, falando assim parece que você pensa que o que aconteceu não foi nada demais”
“Cala a boca, consciência”
— Eu fiquei surpreso quando você enviou a carta — disse Oliver — Pensei que iria querer se afastar.
— É claro que não — respondeu Amber, tomando mais um gole de sua caneca — Mas... Por que você fez isso?
— Eu não sei... Eu... Quis... — ele gaguejou.
Os dois se olharam e coraram fortemente.
***
— Aonde vamos agora? — perguntou Hermione, fazendo Rony resmungar.
— Three Broomsticks — respondeu Harry.
Os três saíram da Honeydukes e foram direto para o Three Broomsticks, encolhendo de frio pelo caminho. Assim que chegaram, Rony e Hermione foram em direção a uma das mesas, mas Harry avistou a Slughorn.
— Não, essa não — ele disse, indo para uma mesa que tem uma vista privilegiada do professor.
Rony e Hermione se entreolharam, antes de sentarem-se à mesa que Harry indicou.
— Ah, não! — reclamou Rony, levantando a vista.
Harry e Hermione olharam para o lado, seguindo o seu olhar e vendo Ginny com Dean em uma mesa num canto escuro.
— E o que tem? — perguntou Hermione, voltando o olhar para Rony, mas Harry continuou olhando Ginny — Eles só estão de mãos dadas.
Nesse momento, Dean começou a beijar Ginny.
— E dando uns beijos — completou Hermione, sem graça, ao virar para o lado de novo.
— Chega! Eu quero ir embora! — disse Rony.
— Não pode estar falando sério! — exclamou Hermione, incrédula.
— Acontece que ela é a minha irmã.
— E daí? Se ela virasse para cá e nos visse nos beijando, você iria querer que ela fosse embora?
Rony ficou sem palavras e Harry continuou observando Ginny por mais um tempo, cruzando olhares com ela quando ela se afastou de Dean, então desviou o olhar.
— Harry, meu garoto! — eles ouviram Slughorn exclamar — Já é o quinto jantar que você falta.
Hermione olhou para cima e empalideceu, mas só Rony notou, olhando para trás e voltando a olhar para Hermione rapidamente.
— Que tal sexta-feira? Não pode treinar com esse tempo! — dizia Slughorn.
— Tenho aula com Dumbledore — mentiu Harry, rapidamente.
— Sem sorte novamente — lamentou Slughorn — Você não poderá escapar para sempre.
Então, ele se foi e Hermione levantou-se imediatamente, fazendo Harry olhá-la, confuso.
— Eu acho que é melhor irmos mesmo, Harry — ela disse, tentando aparentar-se calma.
— Mas você acabou de dizer que... — disse Harry confuso.
Não queria mais ver Ginny e Dean, mas não entendia a repentina mudança de ideia de Hermione.
— Ah! Harry! Aqui está lotado... — tentou desculpar-se Hermione — E você sabe como Rony fica quando está mal humorado. Se já estava assim antes, imagina agora que viu a irmã com o namorado.
— Ei! O que você quer dizer com isso? — protestou Rony, levantando-se também.
Harry também se levantou quando a garçonete chegou.
— Não vão pedir nada? — perguntou.
— Não, obrigado — respondeu Harry, sem nem olhá-la — O que deu em vocês? Estão agindo muito estranho!
A garçonete saiu de perto ao perceber a confusão.
— Só vamos embora, Harry — pediu Hermione, respirando fundo para se acalmar.
Harry percebeu que eles estavam dando umas olhadas para trás dele quando pensavam que ele não estava vendo.
— O que vocês...? — perguntou, olhando para trás.
Ele paralisou. Era a sua irmã... Beijando Oliver Wood.
Rony e Hermione se entreolharam incômodos e Rony apressou-se para segurar Harry pelo braço e puxá-lo para fora do bar.
Quando eles pisaram fora, Harry reagiu, tentando entrar de novo.
— Não, Harry! — gritou Hermione, se posicionando na frente da porta.
— Saia da frente, Hermione! Eu vou arrebentar a cara dele! — gritou Harry.
— O que está acontecendo?
Seamus Finnigan e Justin Finch-Fletchley vieram correndo para segurar Harry. Rony levantou o polegar agradecendo.
— Harry! Me escuta! — gritou Hermione — Você não pode agir com raiva. Precisa pensar antes de agir.
— Eu sei exatamente o que vou fazer — rosnou Harry, fazendo Seamus segurá-lo mais forte.
— O que deu nele? — perguntou Justin.
— Cara, te entendo perfeitamente — disse Rony.
— Rony! — exclamou Hermione, mas ele levantou a mão para ela se calar.
— Mas eu não saí batendo no Dean por namorar a minha irmã — disse Rony — Não que eu não queira...
— Rony! — exclamou de novo Hermione.
— Mas pensa por um lado: a Amber não vai gostar nem um pouco se você for até lá assim.
— E ela sabe se cuidar muito bem sozinha. Eu não a vi sendo beijada a força.
Harry parou de se debater, respirando profundamente, tentando se acalmar.
— Vamos para o Salão Comunal se acalmar, depois você fala com ela — aconselhou Hermione, implorando com os olhos.
— Pode me soltar — disse Harry, mais calmo.
Justin e Seamus olharam duvidosos para Rony e Hermione que concordaram com a cabeça, então eles o soltaram lentamente como se esperando ele voltar a correr.
— Vamos, Harry — disse Hermione, apoiando a mão no ombro de Harry e guiando-o para a estrada a caminho de Hogwarts.
— Ele viu o Wood beijando a irmã dele — Rony murmurou rapidamente para Seamus e Justin, antes de seguir os outros dois como se não tivesse feito nada.
— Putz, cara — disse Justin, apoiando a mão dele na testa.
— Eu acho melhor avisá-la para se preparar — disse Seamus e os dois se dirigiram para dentro do bar.
***
Como eles começaram a se beijar? Amber não tinha ideia, só sabia que de uma hora para a outra estava nessa situação.
Eles se separaram para conseguir ar e antes que pudessem dizer qualquer coisa, Seamus e Justin aproximaram-se e eles se separaram rapidamente.
— Se eu fosse você, pensaria logo no que vai dizer — aconselhou Seamus.
— Por quê? — perguntou Amber, franzindo o cenho.
— O Harry viu vocês — contou Justin.
— Ai, droga...
Primeiro ela colocou a mão no rosto, mas depois ela sentou-se reta, tirando a mão.
— Quer saber? Eu não tenho que dar satisfação para ele — ela disse — Ele também fica com quem quiser e não quer saber a opinião de ninguém quanto a isso.
Os dois deram de ombros e foram embora.
— Se tiver briga, me conta — murmurou Justin para Seamus.
— Se pudesse trazer câmera para Hogwarts, eu poderia filmar — reclamou Seamus, enquanto eles atravessavam a porta do bar.
— O que nós somos? — perguntou Amber, indecisa.
— Isso depende — disse Oliver, com um sorriso de lado, fazendo-a corar.
— Depende do que?
— Se você aceitar ser a minha namorada.
Ela não pôde evitar o sorriso idiota que apareceu em seu rosto.
— Isso tudo é para o meu irmão não te matar? — brincou.
— Na verdade, já estava pensando nisso... E duvido que isso vá ajudar muito.
— Eu espero que isso possa te responder.
Eles voltaram a se beijar e as butterbeers ficaram esquecidas.


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Notas finais do capítulo

Eu achei ridículo esse Jimmy Peakes. Acertou uma bludger no capitão do time e foi escalado. Sinceramente, não tem nenhum beater bom no time desde que Fred e George saíram do colégio.
Alguém tem uma ideia de quem é o “amigo” que Luna foi encontrar?



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