Rehab - Uma Luz na Escuridão escrita por Kl Godoy


Capítulo 2
Droga de Vida


Notas iniciais do capítulo

Demorou, mas finalmente ficou pronto, espero que gostem! Preciso dos comentários de vcs pra saber se estão gostando e me incentivar a continuar a história. Bom, boa leitura amores!



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Depois de passar a noite me revirando na cama, ou era para ser uma, estava tão dura e fria que acabei acordando com uma baita dor nas costas. Trocaria tudo por um banho quente e minha caminha super confortável! Fiz minha higiene matinal naquele banheiro precário tomando todo o cuidado do mundo de não me encostar-se a nada para não pegar uma doença. Eca, que nojo desse lugar! Pensei e instantaneamente fiz uma careta.

– Ô patricinha, vai demorar muito aí? – Uma presa da outra cela bateu, socou na verdade, a porta. – Quero tomar meu banho, saia já daí!

Não quis me arriscar a levar uma surra daquela mulher, então fiz o que ela mandou.

– Fique a vontade!

Encaramo-nos por um momento até a carcereira me levar até a minha cela. A manhã passou lenta e tediosa... Estava com fome, chateada com meus pais e com medo, isso tudo por causa de uma festinha. Quando eu sair daqui vou...

– Senhorita Campbell?

O delegado cortou meus pensamentos.

– Sim, sou eu.

– A Sta. já esta liberada – Abri um sorriso enorme e levantei daquele chão imundo – Me acompanhe por favor, assim que a Sta. assinar uns papeis esta liberada realmente.

– Sem problemas, assino o que precisar pra sair daqui logo!

Segui-o até a sala dele e lá estava Thomas, dei um sorriso para ele, mas ele apenas acenou com a cabeça. Fiquei um pouco incomodada com aquilo, mas me concentrei em ler os papeis e assinar, vi Thommy fazer o mesmo. Depois de toda aquela enrolação saí da delegacia e avistei o carro do meu pai estacionado do outro lado da calçada. Atravessei a rua rapidamente e entrei no Audi R8 do meu pai, ah como era confortável! Thomas foi ao meu lado o tempo todo calado. E assim o silencio reinou até meu pai deixar Thommy em casa e em seguida ir para a nossa.

Assim que chegamos subi correndo para o meu quarto, precisava de um banho, dormir e estava morrendo de vergonha dos meus pais, adiaria ao máximo conversar com eles. Era finalzinho da tarde quando enfim deitei na minha cama, milhares de pensamentos resolveram aparecer e já estava começando a me irritar. Decidi ligar pro Thomas, só ele me acalmaria agora. No quarto toque ele atendeu com uma voz sonolenta:

“Alô Princeusaa – ele bocejou enquanto falava o que me fez soltar uma risadinha.

– Como você esta dorminhoco?

– Bem, até uma chatinha me acordar

– Hey! Só queria saber como meu namoradinho lindo esta.

Apaguei a luz do abajur e me cobri o sono já estava começando a chegar.

– Seu namoradinho estava no meio de um sonho muito, muuito gostoso. – Ele soltou uma risadinha maliciosa – Quer saber o que era? Você estava no sonho também.

– Tava é? – admito que fiquei curiosa, mas sabia que coisa descente não viria. – Me conta, vai?

– Você e eu estávamos numa praia deserta, e fazíamos um amor muito gostoso... – Meus olhos estavam se fechando e eu já quase perdia a consciência – E você gozava gostos...”

Acordei assustada com o celular em cima do travesseiro, olhei as horas e ainda eram 3h15 a.m Lembrei que eu falava ao telefone com Thommy e acabei pegando no sono, resolvi deixar uma mensagem: “Amor, estava tão cansada que acabei dormindo. Amanhã quando você acordar me manda uma msg, te amo. Bjos.”

Fui até a cozinha tomei um copo de água e voltei para o quarto, deitei na cama e coloquei meu headphone, coloquei para tocar All of Me, amo essa música! Virei para o lado e o sono veio quase que instantaneamente.

Merda de claridade! Abri os olhos e a claridade do sol estava batendo em meu rosto. Espreguicei-me e peguei meu celular para ver se tinha alguma mensagem, e tinha do Thomas: “Bom dia minha princesa, preciso conversar com vc. Podemos nos encontrar no Starbucks às 17 p.m? Beijos te amo!”

Levantei da cama, fiz minha higiene matinal, coloquei uma regata branca, um short rasgadinho na frente e uma havaiana roxa. Desci a escada pulando de dois em dois em degraus, estava morrendo de fome!

– Cida – chamei a cozinheira quando cheguei à cozinha. -, bom dia!

– Bom dia senhorita, vai querer sua vitamina de morango?

– Hmm, hoje não. – ela me olhou de soslaio – Hoje eu quero um suco de laranja e ovos mexidos com bacon.

– Fritura essa hora querida?

– Sim, estou morrendo de fome!

Soltei uma risadinha e dei um beijo na bochecha dela. Ela é como uma mãe para mim, desde pequena sempre me deu atenção e cuidou de mim. Vi seus olhos brilharem enquanto eu a abraçava, uma doce senhora.

Enquanto eu comia um pedaço de bacon, fiquei pensando no que Thomas queria falar comigo, mas logo outra coisa chamou minha atenção. Meus pais sentaram junto a mim a mesa para lanchar.

– Bom dia Liz – Eles disseram

– Bom dia! – murmurei e comi outro pedaço de bacon.

E assim se resumiu nosso lanche em família, quando eu já havia acabado e estava levantando meu pai me chamou:

– Liz, eu e sua mãe queremos ter uma conversa séria com você.

Ah não! Outra pessoa querendo conversar, esse é meu dia mesmo, revirei os olhos.

– Podem falar – Me sentei a mesa de novo.

– Aqui não, no meu escritório.

– Tudo bem!

Subimos até o escritório dele, mamãe sentou no sofá e eu sentei ao lado dela, ela tinha uma expressão rígida. Papai puxou sua cadeira favorita e sentou a nossa frente. Fiquei quieta só esperando a bronca que iria levar.

– E então Liz, o que você tem a nos dizer? – fiquei surpresa com a pergunta.

– Pai, nós queríamos só nos divertir, fomos nessa boate e estávamos curtindo quando a policia apareceu. Foi tipo do nada!

– Você tem noção do que te aconteceu?

– Claro né pai!

Ele me olhou frustrado.

– Elizabeth, você tem que entender que sua ficha vai ficar suja. Quem vai querer empregar uma garota que já foi presa?

– Ai pai, que saco! Era só isso? – levantei do sofá – Vou voltar pro meu quarto.

– Senta que ainda não terminei.

– Ta, ta! Pode falar qual é meu castigo. – olhei minhas unhas, aquela conversa estava me entediando.

– Eu e sua mãe conversamos e achamos melhor te colocar numa escola que é uma reabilitação.

– O que?? – Gritei – Você concordou com isso mãe?

– Sim querida, queremos o melhor para você.

– Não, eu não vou. – Senti um nó se formar em minha garganta.

– Você vai sim, já esta tudo programado. Amanha mesmo você ira, e só poderá vir pra casa aos sábados e domingos e feriados.

– Pai, por favor, não! – as lagrimas desciam pelo meu rosto. – Eu não fiz nada de grave pra merecer isso!

– Você foi presa Elizabeth! Pense que é como um corretivo, lá você recebera a educação que eu e sua mãe não conseguimos te dar.

E assim que ele terminou de falar senti a raiva me dominar. Eles nunca cuidaram de mim, estavam sempre trabalhando ou viajando e vem me falar de me dar educação?! Ah não, essa eu não deixaria passar!

– Vocês nunca cuidaram de mim, vocês sempre viveram nesse mundinho de trabalho e viagem, e a filhinha aqui ein? Quem educou? Eu tive que aprender a me virar sozinha. Então vocês não tem moral alguma para falar de mim!

Eles ficaram se reação, as lagrimas de raiva desciam pelo meu rosto.

– Apenas arrume suas malas.

– Tudo bem... Já que vocês querem assim. - limpei a única lagrima que agora descia – era isso que vocês queriam mesmo né, se livrarem de mim.

– Espere Liz... – minha mãe me chamou, mas eu já havia saído do escritório.

Entrei no meu quarto e comecei a chorar, não sabia o que faria agora. Merda de vida! Liguei meu notebook e pesquisei sobre essa tal escola o que me deixou mais desesperada ainda. Pelas fotos era um prédio antigo e parecia uma prisão. Eu estava ferrada e com medo.


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