The Avengers: XY-32 Experiment escrita por july_hta66, JulieAlbano, Haverica


Capítulo 7
Capítulo VI - Conselhos Fraternais


Notas iniciais do capítulo

Oláá! Voltei ;)
Confesso, dessa vez demorei para postar esperando que as pessoas que costumam comentar e me dizer o que acharam do capítulo assim os fizessem, não apareceu todo mundo, mas não quis enrolar muito, então aqui está!
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**Esse capítulo possui um link de música camuflado**



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Os irmãos Stark iriam passar uma última noite no Four Seasons antes de retornar a Malibu, e em seguida a NY. Depois de um dia inteiro "brincando" de investigadores na Casa Branca, precisavam de algumas horas de descanso antes de encarar uma viagem de avião.

Eles tinham pedido o jantar por meio do serviço de quarto, já que não estavam com ânimo para descer até o restaurante. Lola remexia seu prato sem muito interesse, estava distraidamente aérea, e Tony notou isso.

– Você está muito calada e visivelmente sem fome. O que são duas coisas preocupantes quando se trata de você. - Ele comentou sentado à mesa luxuosa, frente a frente com a irmã.

– Estou pensando em algumas coisas. - Ela largou o garfo.

– Tipo o quê? - Tony perguntou.

– Tipo... Na tragédia, e em algumas coisas que mudaram drasticamente na minha vida. - Lola olhava o irmão com uma expressão confusa a avaliando.

– Poderia ser mais específica? - Anthony insistiu.

– A garotinha que explodiu na minha frente, a Claire, ela... Ela me ofereceu um de seus bombons, e eu recusei. Eu queria dar o exemplo a ela, mesmo eu estando louca de vontade de dar uma mordida naquele chocolate, ou seja... Por um triz, por pouquíssimo, eu não fui a vítima de número noventa e oito. Eu nunca fui religiosa, mas por causa disso e de outras coisas em que eu escapei por pouco, como a noite da revolução em Cuba, o acidente de carro, fico pensando que talvez... - Lola foi completada por Anthony.

–... Deus exista?! -.

– É, tipo isso. - Lola deu de ombros enquanto refletia.

Tony sorriu.

– Lolita, o papai ficaria tão orgulhoso de você se pudesse te ver agora. Primeiro você está começando a ter fé, e segundo, agora não odeia mais os Estados Unidos. -.

– Hey! Eu odeio sim! Isso não mudou! - Ela se defendeu como se estivesse sendo ofendida.

– Olha Lolita, tente enganar a outro! Esse papo não me convence mais. Está na cara que não tem mais aquele ódio cego bobo. Você aceitou virar uma agente da SHIELD para vingar a morte de quase cem pessoas, quase cem AMERICANOS! Então não venha com essa para cima de mim. Só não faz sentido você querer vingar essa tragédia americana e continuar fingindo que odeia como antes. Por que ainda quer que pensem que é tudo como antes? - Anthony tentava entender.

Lola tentou encontrar argumentos para desmentir o que o irmão pensava. Provar que ele estava errado, mas era inútil, um era transparente para o outro.

– Porque eu não sei agir de outra forma. Não sei como é não repudiar a bandeira dos Estados Unidos. Não sei como é ser americana. Porque eu não sei como as pessoas vão tratar a garota que é uma ex-hater dos EUA. E porque eu não quero admitir que fui irracional a minha vida toda culpando um país inteiro por algo que apenas um grupo de homens fez a mim. - Lola explicou até mais coisas do que o irmão esperava.

– E qual o principal motivo pelo qual você acha que deixou de ser "irracional"? -.Anthony interrogou mais uma vez, apesar de já adivinhar.

– Eu não vou te falar isso. - Lola se levantou e começou a andar na direção da janela para fugir dos olhos amendoados e inquisidores do irmão.

– Ah, Lolita, me conta! - Anthony insistiu.

– Não conto! Se eu contar você vai ficar me enchendo o saco, e provavelmente nunca mais terei paz na vida. - Lola encostou a testa no vidro da janela enquanto fechava os olhos.

– Não encho, não, eu prometo! Pode me contar! - Tony continuou enquanto já desconfiava da resposta.

– Promete que não vai me encher com isso? - Lola abriu os olhos e virou-se para encará-lo.

– Prometo. Promessa de Escoteiro. - Tony brincou.

Lola acreditou, afinal, ela tinha acreditado na promessa de Loki, por que não acreditaria na do irmão?!

– Está bem... Foi e é o Steve, ele... Me mostra um lado americano que eu estava cega e não via antes, ele tem uma humanidade tão diferente de todas as que eu já vi... - Lola dizia enquanto seus olhos brilhavam quando Tony a interrompeu.

– Eu sabia! Eu SABIA que tinha algo a ver com o picolé! Algo, não, tudo, TUDO a ver com ele! - Tony se sentia vitorioso.

Lola ignorou essa reação, já a previa com ou sem promessa.

– Sinto que ter tido contato com ele me fez bem. Me fez enxergar o quão infantil eu tinha sido a vida toda. - Lola dizia quando foi mais uma vez interrompida.

– Lola, não era infantilidade. Era um trauma. Um trauma que você acabou canalizando para a raiva e o preconceito. Se fosse uma infantilidade, umas palmadas no traseiro consertariam isso quando era criança, mas não era. Era um trauma que você está vencendo assim como quando dirigiu para salvar o Sven, A Rena Alienígena. A diferença é que no caso do Sven era um trauma mais recente, e no caso do Capitão Olaf é um trauma mais intrínseco na sua personalidade, é como você mesma disse: você não sabe ser diferente... Foi tanto tempo agindo de um jeito, pensando de um jeito, que a mudança só pode mesmo ser mais gradual. - Tony a avaliava.

– Oh, Tony! São tantas mudanças que eu acho que não me reconheço mais. - Lola andava na direção de um sofá próximo a mesa onde ele ainda jantava, suas mãos massageavam as laterais de seu rosto.

– Pode desabafar. - Tony sorria nas costas da irmã.

– Sabe quando eu disse que amor era só um desenrolar de reações químicas, hormônios e sinapses, sem nenhum motivo celestial, e que eu nunca cairia nessa cilada?! - Lola se jogou no móvel.

– Ô e como lembro! Eu tinha sete anos, e todas as namoradas que tive antes da Pepper iriam "adorar" te "agradecer" por me fazer acreditar nisso também. - Tony riu. - Mas me diga, as sinapses te pegaram? -.

– Odeio admitir, mas eu acho que estou completa e enlouquecedoramente apaixonada. - Lola disse colocando uma almofada na cabeça.

– E você já contou isso ao Rogers? - Tony queria explodir em provocações, mas teve que se segurar graças à promessa.

– Eu não disse que era por ELE! - Lola exclamou tirando a almofada do rosto.

Tony revirou os olhos, como ela e Steve não viam que davam tanta bandeira?!

– E por um acaso é por outro? - O Stark perguntou fingindo impaciência.

– Não. É por ele mesmo! Mas você tem que me dizer como é capaz de adivinhar essas coisas. - Lola não entendia como ele já sabia.

– Um bom mágico nunca revela seus truques. - Anthony piscou com um olho.

Agora era preocupante para ele: ela realmente não sabia que dava para todo mundo ver, como uma tatuagem fluorescente no meio da testa dela e da testa do Capitão.

A pergunta era: como os dois podiam ser tão tapados ao ponto de não ver que um correspondia ao outro?

– Ah, Tony! Eu o quero tanto! Quero abraçá-lo, quero beijá-lo! - Lola colocou a mão na cabeça, mas de uma forma mais suplicante. - Mesmo não querendo querer isso! -.

– Você quer ou não quer? - Anthony questionou em meio aos paradoxos.

– Eu quero! Mas não queria estar querendo. - A Stark explicou.

– Okay... Acho que se eu tentar entender isso acabarei dando um nó no meu cérebro. - Tony balançou a cabeça dissipando a tentativa de compreensão.

– Ah, irmão. Não é tão complicado assim de entender. Steve é... Ele é tão bom, tão desinteressado, tão altruísta. Não tenho o direito de gostar dele dessa forma. Eu que sou às vezes egoísta, manipuladora e dissimulada. Ele merece alguém como ele, não alguém como eu. - Lola olhava o teto entristecida.

– Pode parar a palhaçada! Vai começar a se depreciar agora?! Nem tente, Lolita! Nunca conheci alguém que tivesse tido mais desgraças na vida do que você, nem tão pouco conheci alguém que fosse merecedora da felicidade. E se você gosta do Olaf, então você merece os abraços quentinhos! - Tony dizia se levantando da mesa e caminhando até o sofá. - Tenho que confessar que não compreendo o que você viu no Rogers, mas eu relevo já que depois de tantos traumas sua cabeça não deve bater muito bem da bola. - Ele levantou as pernas da irmã, e se sentou colocando-as sobre seu colo.

– "Haha", muito engraçadinho! - Lola o fitou.

– Sim, eu sou. Mas a questão da vez não é a minha infinita e sublime candura, e sim você querendo brincar com a bengala do idoso do Rogers. - Tony disse.

– ANTHONY EDWARD STARK! Que conversa é essa? - Lola chocada ergueu seu tronco.

– Ah, MULHER! Você tem sessenta e um anos, para com esse pudor todo! - Tony zombou.

– Eu estou falando de sentimentos! Não de sa... safadezas! - Lola ainda estava em choque.

– Só que foi você quem falou: "Ah, Tony! Eu o quero tanto!". - Ele se defendeu.

–Sim, falei! Mas foi num jeito completamente platônico, completamente sentimental! Você pensa que sou o quê? - Lola indagou retoricamente.

– Uma Stark. - Tony explicou-se. A palavra que começa "S" e termina com "EXO" era um esporte bastante apreciado e onde todos eles mandavam muito bem. - Mas já que se sente tão desconfortável falando sobre isso, acho que é culpa do seu atual estado "puro", que tal você me falar como caiu a ficha de que está apaixonada pelo Boneco De Neve Militar? - Ele questionou batendo nas pernas da irmã reconfortantemente.

– Eu acho que já desconfiava há algum tempo, mas me recusava a acreditar, eu também estava irritada com ele, por ter sido meio grosso comigo, só que por estranho que parece, o ataque à Casa Branca foi o marco que me obrigou a assumir para mim mesma... - Ela dizia quando ele a atrapalhou.

– Foi preciso que um terrorista explodisse, de forma não convencional, quase cem pessoas para que você percebesse que estava gostando mesmo do Rogers?! Como eu disse, sua cabeça não bate bem depois de tantos eventos traumatizantes. - Tony riu.

– Não é nada disso! Bem... Talvez seja... Quer dizer, não dá forma como você faz parecer. É que... Quando eu o tinha num abraço, no meio de todo o incidente, eu tive tanto medo, mas tanto, tanto medo! E o medo não era de morrer, o meu pavor era que ELE morresse e eu não. Eu fiquei tão assustada com a possibilidade dele se transformar em uma gosma nos meus braços desaparecendo da vida e eu continuar ali, entende? Naqueles segundos eu senti pânico, não por causa das pessoas se explodindo, mas pânico de ter que viver num mundo onde Steve Rogers não existisse. E eu já vivi num mundo onde ele não "existia" por vinte e dois anos, lembro muito bem de que não era feliz nele. Não quero um replay. Entende o que quero dizer? - Lola estava jogada no sofá mais uma vez.

– Entendo sim, Lolita. - Tony alisou a perna da irmã. - Não imagino a mim sem a Pepper por perto. Mas em que momento acha que começou a se encantar pelo Picolé? -.

– Sinceramente? Seria mentira eu dizer que foi na primeira vez que o vi. Eu estava confusa, tinha acordado quarenta anos depois de ter sofrido um acidente, não o notei logo de cara, mas... Foi aos poucos, bochecha vermelha atrás de bochecha vermelha, cada olhar, cada sorriso, o jeito como ele insistia em me ajudar a superar as coisas, sua gentileza, já falei sobre a bondade dele? - Lola suspirava.

– Já, já falou mil vezes! - Tony exclamou, ele já não aguentava mais tanta exaltação a capacidade de ser bom daquele homem.

– Ah, ele é diferente de todos os caras que conheci. Ele é tão... Especial. - Lola abraçou a almofada.

– E me diga uma coisa agora. Por que você está aqui devaneando a sua idealização de Rogers, enquanto ele está do outro lado da cidade? - Tony não entendia a ausência de lógica dela.

– Como assim? O que quer que eu faça? - Lola se sentou mais uma vez, ficando na altura visual do irmão.

– O óbvio, claro! Contar a ele, se declarar, agarrá-lo?! Porque, querida, se for depender dele tomar uma atitude, é melhor você voltar a ser uma Bela Adormecida. - Tony aconselhou.

– Mas você acha que ele sente o mesmo? - Ela perguntou esperançosa.

Tony impaciente, quase pediu aos céus que dessem neurônios novos à irmã.

– Claro! Só os dois cegos não enxergam ou fingem, porque senhor só falta alguém segurar a cabeça de vocês e forçarem a se beijarem! - Tony comentava.

– Não seria preciso, Steve teria me beijado uma vez se a Natasha não tivesse aparecido. - Lola olhou as unhas de brincadeira.

– O QUÊ? E porque estamos tendo essa conversa mesmo? Vocês estão resolvidos e eu estou perdendo o meu tempo tentando te estimular. - Tony estava surpreso.

– Não tem NADA resolvido! Ele não tentou outra vez, principalmente depois de Loki e tudo mais. E eu queria que ele tentasse! Mas eu não quero me oferecer de bandeja, queria que ele viesse até mim. - Lola comentou.

– Ah, minha filha! O mundo não é assim, mais não! Você tem que ir à luta também! Quer ou não ele? - Tony questionou.

– Você já sabe que sim. - Lola disse.

– Então aproveite que terá mais tempo com ele graças aos novos treinamentos e batalhe para consegui-lo! Além do mais, é assim que somos, queremos uma coisa e vamos atrás dela até conseguirmos, não faça a Vovó Stark revirar no túmulo! -.

– Você está certo, Tony! - Lola se debruçou sobre o irmão beijando-lhe a bochecha rapidamente. - Eu tenho que conquistá-lo! - Ela ficou bastante empolgada, a conversa com Anthony a fez muito bem.

Antes ela se achava indigna de sequer estar apaixonada por Rogers, mas agora ela estava determinada a tê-lo, mesmo que ela tivesse que se esforçar mais do que ele.

♪♫ "Não é uma ciência

É só a maneira com que isto vai indo

Você me gira completamente

Sem gravidade, sem chão

Meu mundo é seu globo de neve

Você me põe de cabeça para baixo

Você sabe que gosto da agitação

Você faz meu coração estremecer .

Você fala e eu ressoo

Você se mexe, eu cambaleio

Lentamente estou perdendo o controle.

Sinto isso martelando

Fez-me vibrar

Você me pegou e eu estou me apaixonando,

então não me deixe ir" ♪♫


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Notas finais do capítulo

Sinto muito, Lola, mas o Tony é o Stark que eu mais gosto! #TonyMeRepresentouNesseCapítulo
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Well, o que vai acontecer no próximo?
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"Capítulo VII - Homens Perseverantes
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Lola dirigiu-se com suas malas na direção de seu quarto na Torre Stark de Nova York. Tony estava acompanhado de Happy na sala de visitas; o Homem de Ferro já estava com um sorriso travesso no rosto quando mandou J.A.R.V.I.S. iniciar uma contagem regressiva discreta no recinto que eles estavam. Ele estava ansioso pela reação de Lola ao chegar em casa e descobrir o que ele tinha mandado fazer.
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— 5... 4... 3... 2... -.
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— ANTHONYYYYYYYYYYYYYYYYY! - O grito de Lola de seu quarto era escutado na sala de estar.
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Tony começou a gargalhar sozinho, Happy estava confuso sem entender coisa alguma.
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— ANTHONY EDWARD, SEU IDIOTA! - A voz da garota ficava mais alta enquanto ela atravessa o corredor se aproximando deles.
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Ao chegar à sala, Lola voou no irmão e começou a dar cascudos nele, com seu corpo sobre o dele no sofá.
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— SEU IMBECIL! PODE DESFAZER ESSA PALHAÇADA! - Lola o agredia.
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— Socorro, Happy! Que tipo de Chefe de Segurança é você?! - Tony ria erguendo os braços para tentar se defender dos tapões da irmã mais forte que ele.
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Happy apenas assistia a agressão fraternal sem se meter. Ele sabia que Tony provavelmente havia feito algo para merecer aquilo. Mas o que era?"
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Então... Please! Para que eu poste mais rápido, me deixe saber o que achou deste capítulo. Por favorzinho!