The Avengers: XY-32 Experiment escrita por july_hta66, JulieAlbano, Haverica


Capítulo 8
Capítulo VII - Homens Perseverantes


Notas iniciais do capítulo

Oláááááá! Vim aqui para desejar um feliz natal, e esse é o meu capítulo-presente pra vocês! :D
Espero que gostem!
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**Esse capítulo contém dois links de músicas camuflados**



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[Meses atrás...]

O Sol ofuscava bem no topo do céu. Sua visão estava turva e projetava em seu cérebro imagens confusas. De repente a figura da mulher bem-vestida que o seduzia com a voz, o abandonou, e confuso, XY-32 não compreendia ainda que não tinha passado de uma miragem.

Seu corpo flácido e com dimensões menores das que ele tinha adquirido ao cruzar o metal da caminhonete que o estava transportado há dias atrás, recebia um chacoalhar vindos de braços finos e mãos pequenas. Ele resolveu com dificuldade abrir os olhos, e tudo o que viu foi uma sombra embaçada na frente do Sol escaldante.

Ele estava tão cansado, tão desidratado, tão faminto, que tudo o que ele queria era dormir, ignorar a vozinha distante aos seus ouvidos que sussurrava coisas que não compreendia. XY-32 só desejava permitir-se entregar ao sono infinito. Queria que a doce Dama da Morte viesse com seu beijo doce e frio.

– SENHOR! SENHOR! ACORDE! - Não eram sussurros, na verdade eram berros do garotinho que brincava em seu quintal na beirada do deserto e presenciou a queda do moribundo.

O menino que tentava reanimar o homem caído no fundo de sua casa, falava em árabe, o que impedia de qualquer forma que o forasteiro caído o compreendesse.

– LEVANTE, SENHOR! - O menino o empurrava.

Entretanto, quando este percebeu que não conseguiria motivar nada, deixou XY e correu para dentro de casa indo buscar sua mãe viúva.

– Por Alá! Acorde, Senhor! - Agora era a mulher quem chacoalhava o homem tentando fazê-lo consciente. - Não fique aqui olhando, Odhed! Vá chamar o Doutor! - A mãe ordenou à criança que se mantinha curiosa e quase em cima do corpo masculino caído.

Contrariado, Odhed correu o máximo que pôde até chegar à barraca militar armada no centro de sua vila pela ONG Médicos Sem Fronteiras. Ele não demorou muito para chegar lá, uma vez que seu vilarejo era minúsculo.

O Doutor Volkman era austríaco, mas falava um árabe fluente. Compreendeu perfeitamente o recado do pequeno Odhed. Sua primeira reação foi arrumar rapidamente sua maleta como se estivesse preocupado, mas por dentro o Doutor, de quase oitenta anos, estava irritado. Odiava forasteiros em SUA vila. Eles sempre atrapalhavam o progresso em SEUS experimentos. O Dr. Volkman teria que se livrar logo deste antes que causasse problemas, por isso já levava uma injeção letal para aplicar nesse estrangeiro.

O Médico, que supostamente estava indo ajudar o homem que apareceu do nada,seguiu Odhed até seu casebre. Ao se aproximar de Maharet, a mãe de Odhed, e finalmente ter o rosto do forasteiro em seu campo de visão. Os planos dele de matar XY-32 foram dissipados.

– Oh Meu Deus! É VOCÊ! - O Dr. Volkman reconheceu o homem é falava em inglês. - Mas como pode estar tão jovem ainda?! - Ele começava a atender o desidratado, até que uma sigla veio a sua cabeça. - S.H.I.E.L.D.! -.

XY-32 com os olhos fechados sussurou de volta com o resto das forças que tinha antes de desmaiar totalmente:

– SHIELD. - Ele não sabia o que significava, mas aquilo era a única memória que tinha, a da sigla em sua pulseira de identificação.

A última vez que o Doutor Volkman havia visto XY tinha sido há quase trinta anos atrás, e parecia que os anos não tinham passado para ele. Logo após ter o sobrevivente abrigado e sedado em sua tenda militar, Volkman tratou de ligar com seu aparelho comunicador especial para seus superiores na Áustria.

– Alô?! Berc é você?... -.

– Você está sentado?... -.

– Acho que o Chefe vai ficar tão satisfeito que até me dará uma promoção... -.

– Não vai acreditar no que caiu de paraquedas aqui no meu polo! Encontrei nada mais, nada menos que o Manipulador de Raios Vita desaparecido desde os anos oitenta. -.

[Atualmente...]

Lola dirigiu-se com suas malas na direção de seu quarto na Torre Stark de Nova York. Tony estava acompanhado de Happy na sala de visitas; o Homem de Ferro já estava com um sorriso travesso no rosto quando mandou J.A.R.V.I.S. iniciar uma contagem regressiva discreta no recinto que eles estavam. Ele estava ansioso pela reação de Lola ao chegar em casa e descobrir o que ele tinha mandado fazer.

– 5... 4... 3... 2... -.

– ANTHONYYYYYYYYYYYYYYYYY! - O grito de Lola de seu quarto era escutado na sala de estar.

Tony começou a gargalhar sozinho, Happy estava confuso sem entender coisa alguma.

– ANTHONY EDWARD, SEU IDIOTA! - A voz da garota ficava mais alta enquanto ela atravessa o corredor se aproximando deles.

Ao chegar à sala, Lola voou no irmão e começou a dar cascudos nele, com seu corpo sobre o dele no sofá.

– SEU IMBECIL! PODE DESFAZER ESSA PALHAÇADA! - Lola o agredia.

– Socorro, Happy! Que tipo de Chefe de Segurança é você?! - Tony ria erguendo os braços para tentar se defender dos tapões da irmã mais forte que ele.

Happy apenas assistia a agressão fraternal sem se meter. Ele sabia que Tony provavelmente havia feito algo para merecer aquilo. Mas o que era?

– VOCÊ VAI MUDAR TUDO AQUILO, SEU IDIOTA! - Lola o estapeava descontroladamente. - VOCÊ PROMETEU QUE NÃO IA FALAR NADA PARA ME PIRRAÇAR SOBRE AS COISAS QUE TE CONTEI! -.

– E eu não "falei" nada! Mantive minha promessa! Au!... Lolita! Vai com calma! - Tony ria ainda mais ao apanhar.

– O que aconteceu? - Happy estava gostando de ver Tony levar uma surra, mesmo não sendo para valer. Ele mesmo queria poder fazer isso às vezes.

– OLHA LÁ NO MEU QUARTO! - Lola falou ainda exaltada pelos tapas que continuava despejando no irmão.

Cheio de curiosidade, Happy fez exatamente o que Lola disse, seguiu na direção do quarto da moça. E ao chegar lá ele pôde entender a revolta da garota.

O cômodo possuía paredes brancas, todos os móveis, sofá, penteadeira criados-mudos, cama, abajures, escrivaninha, poltrona, penteadeira, e todo o resto, inclusive o chão, eram brancos. O teto do quarto era vermelho sangue, e o closet, que estava aberto. para que Lola ao entrar no quarto tivesse uma visão dele, era todo pintado de azul escuro.

Logo na entrada do quarto, Happy pisava sem perceber num tapete grande redondo que simulava o design das cores e formas do escudo do Capitão América, e na parede tangente à porta do closet havia um adesivo fotográfico de tamanho real do Capitão Rogers. Tony não poupou detalhes.

Happy ficou um tanto intrigado, por quê ela estava irritada por pirraças geradas por confissões feitas à Tony? Será que Lola realmente gostava do Capitão América? Ele sabia que o namoro deles era puro boato, mas será que a Stark nutria sentimentos por Rogers?

A possibilidade não pôde deixar de incomodar Happy e fazê-lo um tanto tristonho. Ele seguiu de volta a sala onde Tony já estava vermelho graças aos tapas de que não conseguia escapar vindos da garota acima dele.

– O que significa aquilo? - O antigo segurança de Tony questionava como se devessem explicações a ele.

– Significa que a Lola vai dormir olhando o Love dela de agora em diante. - Tony respondeu.

– CALA A BOCA, TONY! - Lola despejou mais outra levas de tapões.

– Você gosta dele? - Happy perguntou tristonho, ser rival de um super-herói não seria justo nunca.

Lola parou de estapear o irmão ao perceber o pesar na voz do Chefe da Segurança das Indústrias Stark. Ela saiu de cima de Tony.

– Happy... - Ela começou a andar na direção dele. - Não interessa a resposta para essa pergunta, não vai acontecer nada entre nós. Já conversamos sobre isso. - Lola chegou perto o suficiente para afagar um braço dele.

– Eu não entendo. Nós nos divertimos muito assistindo a maratona de Downtown Abbey, fazemos um ao outro rir... E deveríamos deixar tudo interno entre a família. Tony e Pepper, eu e você! Lembra dos seus pais também? É meio que uma tradição Stark ficar com um empregado no final. - Happy devaneava com sua fantasia.

– Happy, querido, não é assim que funcionam as coisas. O meu coração têm que bater mais forte por você, e ele não bate como você quer. - Lola tentava pela milésima vez explicar sem magoa-lo.

– É Happy, o coração dela bate assim pelo Steve. - Tony disse risonho.

Lola alcançou uma almofada e arremessou na cara do irmão atingindo-o em cheio.

– Talvez bata e você não perceba, olha! O Tony demorou muito para perceber que gostava da Srta. Potts, talvez você só precise de tempo, ou se envolver com pessoas "erradas" para perceber que gosta mesmo de mim. Você não pode negar nossa conexão ao assistir aquele seriado! - Ele argumentava e Lola tentava não rir.

– Happy, você não entendeu o problema ainda. Você é novo demais para a minha irmã. Lola gosta de caras mais velhos que ela. Capitães Múmias Centenários, Príncipes Alienígenas mais velhos que a Pré-história... - Tony se calou para pegar no ar uma outra almofada que veio em sua direção. - Estou mentindo, Lolita? -.

– Cala a boca, Anthony! Você não está ajudando aqui! - Lola o fuzilou com o olhar.

– Mas fique sabendo que entre você e qualquer um deles, eu preferiria ver você com a minha irmã. - Tony falou ao amigo.

– Ah tá, até parece! - Happy comentou incrédulo. - Então porque não é uma foto minha de tamanho real que você colocou no quarto da Srta. Lola? -.

– Ora, Happy, porque uma foto sua não irritaria tanto a Lolita. - Tony explicou.

– Anthony, você deveria crescer um dia. - A Stark se jogou no sofá e abraçou a almofada restante sobre ele.

– Concordo plenamente. - Disse o segurança.

– Magoei. Todos contra Tony. - O Stark disse em terceira pessoa.

Anthony se dirigiu ao bar para preparar um drinque para si, enquanto a irmã acalmava os nervos e o ex-segurança permanecia em pé avaliando a situação com cautela.

– Você ainda não negou que gosta do Capitão Rogers. - Ele resolveu comentar.

– Happy, não quero te magoar e nem ser grosseira contigo, então vamos mudar de assunto porque meus sentimentos cabem só a mim. - Lola ainda tentava ser gentil mesmo que precisasse podar as esperanças do novo amigo desde o princípio.

– Tudo bem, eu já entendi. Só saiba que não desistirei de te convidar para jantar. - Happy não teve a confiança abalada por um segundo. - Quando se cansar de homens idosos saiba que estarei aqui. -.

– Estou chocada. Você quer ser o meu step? - Lola brincou.

– Não. Sou apenas perseverante. - Happy disse com orgulho.

– Você é engraçado, isso sim! - Lola balançou a cabeça rindo. - Nunca nesses meses de volta a sociedade tentaram tanto insistir para sair comigo como você, Happy. -.

– Isso é verdade! E olha que o Enrique Iglesias conseguiu até o meu número de celular para ver se chegava na Lolita, mas depois de uma podada ele parou de encher. Você está batendo os recordes da insistência, Happyzito! - Tony preparava dois uísques.

– Mais um motivo para eu merecer uma chance diferente dos outros candidatos. - Ele argumentou.

– Enquanto você espera a Lolita se decidir um dia, que tal uma bebida? - Tony sacudiu um dos copos para o outro homem.

– Não, obrigado. Você sabe que não bebo durante o horário de serviço. - Disse ele.

– Eu aceito! Vou precisar de álcool para conseguir dormir bem naquele quarto daqui a pouco. - Lola apanhou o uísque da mão do Stark.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado deste presente de Natal. Eu não exijo muito, se quiserem me presentear, aceito comentários, favoritadas e recomendações. Alguém quer me fazer feliz nesse Xtimas time?
Beijooos e Boas Festas!