The Avengers: XY-32 Experiment escrita por july_hta66, JulieAlbano, Haverica


Capítulo 13
Capítulo XII - Destinados Pelo Passado


Notas iniciais do capítulo

Eu cumpro minhas promessas. Sou uma Lady de Palavras ^-^
Vim postar como prometido! :D
Agradeço quem favoritou a história, já que aqui não mostra ahsuashu
E seja Bem-vinda Hunter Debora Jones *-----*
PS: Sou hunter tb colega / Dinho e Samuca são os irmãos mais batutas da sessão da tarde huashasuashuhuas #veja #esse #vídeo
.
.
*Contém link de música camuflado*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/550827/chapter/13

Viena, Áustria
[Meses atrás...]

O Experimento XY-32 ou agora conhecido como Simmon Fitzgerald, estava em seu quarto de hotel cinco estrelas na área nobre de Viena, o Doutor Volkman conseguiu o que queria do seu chefe e estava acompanhando Simmon na sua reintrodução ao mundo atual. Finalmente tinha conseguido se redimir e conseguindo a liberdade de abandonar o deserto e as pesquisas que aplicava naquele vilarejo pobre no meio da África.

Volkman estava explicando ao homem sem memória qual era a história de sua vida.

– Simmon, estas eram a sua esposa e a sua filhinha. - O idoso mostrou duas fotografias, em uma havia uma mulher morena, linda e estonteante, Simmon não sentiu nada pela mulher, nem uma lembrança sequer retornou a ele. Mas notou que Volkman dizia "eram", ao invés de "são".

XY-32 olhou para outra fotografia, e lá estava ele abraçado com a mesma morena estonteante, mas no seu colo residia uma garotinha linda como a mãe, porém com os olhos azuis do pai, parecia ter aproximadamente quatro anos.Simmon pegou essa foto para olhar mais de perto.

– Quais eram os nomes delas? - Ele perguntou um tanto triste por ter quase certeza de que sua família, a qual não se lembrava, estava morta.

– Dorothy e Mia Fitzgerald. - Volkman falou com um falso pesar. Dava para notar que Simmon já entendia que elas estavam mortas.

– O que aconteceu com elas? - XY-32 perguntou tristonho por conhecer sua família falecida, por não se lembrar delas e não conseguir sentir o devido amor que deveria sentir por elas naquele momento.

– O que aconteceu com elas está estritamente ligado ao que aconteceu com você e porque não se lembra delas, caro amigo. - Volkman explicava.

– Pode me contar o que foi, estou pronto para a verdade toda. Devo isso a elas. - Ele apertou sua foto com a mulher e filha entre os dedos esperando que seus rostos se tornassem familiares a qualquer momento e conseguisse se lembrar de qualquer beijo que tenha dado em Dorothy, ou do momento em que Mia andou pela primeira vez.

– Está bem. - Volkman respirou fundo para começar a contar as coisas a Simmon. - Tudo começou quando você estava na faculdade, você se tornou um estudante brilhante que tinha a capacidade incrível de fazer experiências e manipulações com radiação vita. Nós da organização Eukharya notamos seu potencial e convidamos você para trabalhar conosco, mas você nos recusou porque o trabalho era contra os seus princípios. Você não queria fazer experiências em humanos. Então deixamos você em paz. Anos depois, Simmon Fitzgerald se tornou o cientista mais brilhante no ramo desse tipo de radiação, e foi aí que a SHIELD entrou na sua vida. -.

– S.H.I.E.L.D.! A sigla que estava na minha pulseira hospitalar? - Simmon questionou.

– Sim! Ela mesma. A SHIELD queria que você trabalhasse para eles também, mas você tornou a se negar. Só que eles não foram tão amigáveis quanto nós. Eles te pressionaram, tentaram te obrigar. Mataram a SUA família como punição a SUA rejeição à proposta deles. Então foi aí que você nos procurou. Você não só aceitou a nossa proposta de anos atrás como também exigiu que ajudassemos você a se vingar da SHIELD. E nós? Nós ajudamos você em segredo, mas quando você começou a dar dor de cabeça para a SHIELD eles te caçaram e te capturaram. Pensávamos que havia morrido, entretanto, aqui está você! Como se nenhum ano tivesse passado para você. É óbvio que eles passaram trinta anos te torturando e fazendo em você as experiências que você negou-se a fazer em outras pessoas. - Volkman concluía sua explicação. - Mas o destino trouxe você de volta para nós. -.

Simmon apertou a foto entre os dedos, amassando-a sem querer por raiva.

– Eles tem que pagar! Não podem sair ilesos pelo que me fizeram! - XY-32 esbravejava.

– É por isso que estamos aqui na Áustria. A Eukharya vai te ajudar a destruir a SHIELD, não vai sobrar pedra sobre pedra. E já sabemos por onde você deve começar. Destrua os Vingadores! - Volkman falou com um prazer imenso.

Nova York, Estados Unidos
[Atualmente...]

Os convidados já tinham partido, era mais de duas da madrugada, e Tony estava com a irmã no quarto dela. Na verdade, ele a obrigava a entrar no quarto com os olhos vendados pela própria mão dela.

– Posso abrir? – Ela perguntou impaciente.

– Calma, Lolita! – Tony empurrava a irmã para frente com cuidado. – Agora pode. -.

Dolores abriu seus olhos e o oxigênio fugiu de seus pulmões, era o presente de aniversário do irmão para ela, e aquele era O presente.

– Tony! – Ela sorriu, seus olhos brilhavam, mas logo o sorriso desapareceu abrindo espaço para uma testa enrugada. – Por que tinha que ser rosa? – Ela se virou para encará-lo.

– Ah, Lolita! A primeira coisa que você diz é isso?! Que tal um: Tony, muito obrigada, você é o máximo! – O Stark revirou os olhos para a ingratidão alheia.

– Tony, muito obrigada, você é o máximo! – Lola avançou nele abraçando-o, depois se afastou e indagou novamente. – Por que tinha que ser rosa? -.

– Ora, minha primeira opção era azul, vermelho e branco, mas daí iam te confundir com o Rhodes, então resolvi deixar quieto mesmo. – Tony não deixou de alfinetar.

– Hahaha, seu hilário. – Lola abandonou o irmão e se aproximou empolgada do seu presente.

Era uma linda, feita sob medida, rosa e brilhante armadura. Lola tinha um sorriso de orelha a orelha. Estava louca para roubar uma das armaduras do irmão de qualquer jeito, pelo menos agora não precisaria fazer isso.

– Como vamos batizá-la? – Ela perguntou sem tirar seus olhos contentes dela.

– Pensei em Lolanator ou Lolazilla. – Tony disse suas opções.

– Não. Vou ficar com Lola de Ferro, é a cara dela. – Lola abraçou sua armadura imóvel.

– Depois eu que sou o egocêntrico da família. – Ele revirou os olhos mais uma vez. – Não vai provar? Se ficar grande ou pequeno podemos trocá-la se não arrancar a etiqueta -.

– Pode continuar bancando o engraçadinho, mas presente nenhum do mundo vai me impedir de tentar me vingar de você por essa decoração de quarto e por ter feito o Steve vê-la. – Lola o olhava de forma ameaçadora.

– Nossa, estou morrendo de medo. – Tony se tremeu.

– Vai brincando. – Lola cerrou suas pálpebras.

– Mas não vai vestir mesmo não? Pensei que estava louca para ter uma também. E já que o Rhodes tem a dele, achei justo minha irmãzinha mais velha ter também. – Tony dizia.

– Não se preocupe, meu caçulinha. Amanhã a vestirei, estou cansada agora, já passou da minha hora de dormir há muito tempo. – Lola fingiu um bocejo. – Mas antes de sair, pode me dizer o que é a Geladeira? – A lembrança da provocação da Agente 13 era vívida em sua memória ainda.

– Geladeira? Se é o que estou pensando, é a prisão de segurança máxima da S.H.I.E.L.D. para os hiper vilões do mundo. – Tony explicou já da porta.

– Ah, bom saber. – Lola constatou.

– Por que a pergunta? – O irmão questionou.

– Nada. Mas é bom saber para onde é que eu vou mandar o Experimento XY-32. – Lola tranquilizou Tony.

– Boa noite, Lolita. – Ele disse.

– Boa noite, irmão. – Lola deu uma piscadinha para Tony antes que ele fechasse a porta atrás dele, deixando-a sozinha com sua Lola de Ferro e sua caixa de arquivo ainda fechada, presente do Fury.

Não tinha ficado curiosa para saber o que tinha lá dentro graças aos sentimentos depressivos causados por suas lembranças que sempre voltavam para assombrá-la, mas agora, dar uma olhadinha no conteúdo da caixa não tiraria pedaço, não é?!

Sentada na cama, Lola colocou a caixa de arquivos no colo e a abriu. Lá estava, um guardanapo amassado e velho contendo algumas reações químicas inusitadas, escritas pelos dedos lambuzados por açúcar de uma Dolores pré-adolescente. Reações que tornaram possíveis a criação do soro para o Projeto Fênix.

Lola sentiu um nó em sua garganta, a lembrança daquela tarde ao lado de seu pai era uma das melhores que tinha. Era só ela e Howard em casa, Tony ainda não existia e Maria havia viajado com umas amigas para Milão. Pai e filha juntos, comendo porcarias, Howard tirando um dia de folga do trabalho só para ficar com sua princesinha, Lola dando uma folga na sua birra e aceitando assistir um dos filmes do Capitão América sem discutir demais.

Lola varreu os olhos sobre outras coisas da caixa, encontrou a pilha com os relatórios das tentativas de descongelamento e o perfil de todos os experimentos, mas como o montinho tinha mais que mil páginas, decidiu ignorá-lo por enquanto. Ler alguma coisa sobre seu tempo congelada ou acabar pegando acidentalmente a ficha de XY-32 acabaria despertando nela sentimentos muito distintos da felicidade das boas memórias com seu pai.

A Stark resolveu focar na fita que encontrou embaixo dos papéis, era um vídeo de seu pai, uma mensagem. Lola sorriu por nada, olhos quase se enchendo de lágrimas. Estava tentando se preparar psicologicamente para ver a última mensagem que receberia do pai, a última vez que o veria falar.

A garota se segurou como quase sempre fazia sem derramar lágrimas, mesmo estando sozinha. Pegou a mídia de DVD e colocou no aparelho, pegou o controle, sentou-se em seu sofá, inspirou fundo e ligou-o.

E lá estava ele. Sentado na cadeira da Presidência das Indústrias Stark, com o bigodinho que Lola achava ridículo e implorava para que ele tirasse. Seus cabelos estavam bem mais brancos do que quando ela o viu pela última vez, demonstrando que o vídeo foi gravado muitos anos depois de Lola ter entrado em coma.

Dolores tentou ser forte, mas foi só ver a face de Howard sorrindo para ela sem falar nada ainda foi o suficiente para que uma gota rebelde de lágrima pulasse de seu olho. Ela ia enxugar, mas o momento em que seu pai começou a falar coincidiu com este momento, então ela desistiu, porque simplesmente paralisou.

Olá, meu amendoinzinho. -.

– Oi, papai. – Lola não conseguiu se segurar, mais um par de lágrimas escapou.

Bem, se você está assistindo isso é porque obviamente o Fury cumpriu sua promessa e conseguiu te trazer de volta a consciência, mas infelizmente eu não estou aí. Espero que a Maria esteja. Seja boazinha com ela, certo? Sei que ela exigi demais de você, coisas até que não deveria exigir, mas ela é sua mãe, e ela te ama tanto quanto eu, você sabe, não é? -.

– Sei, papai – Lola passou a mão nos olhos retirando a sobra de lágrima que já estavam embaçando sua visão.

Espero que entenda o meu motivo de ter te congelado, querida. Eu sou seu pai,e você sempre será a minha garotinha. E nunca! Em momento algum eu poderia desistir de você, não poderia deixar os médicos desligarem os seus aparelhos. E como qualquer outro pai do mundo que usaria de todas as ferramentas que dispõe, eu usei da carta que tinha na manga. Congelei você, porque não podia te perder. Eu sei, egoísmo talvez, mas não me arrependo, mesmo que você esteja furiosa comigo nesse instante. -.

– Por que me irritaria, pai? – Lola não conseguia entender.

Eu te amo, meu amorzinho, e mesmo não estando mais aí com você, não desisti de tentar curar o seu corpo e o seu coração partido. O seu ódio pelos americanos, pela sua verdadeira pátria, nunca foi ódio de verdade, e eu sempre soube disso. É medo, é rancor, é dor, tudo isso camuflado. Você não é capaz de “ódio”, minha princesa. Sabe por quê? Porque você tem o coração mais puro que eu já vi neste mundo. Ao longo dos anos descobri qual era a melhor maneira de te fazer enxergar isso. A melhor maneira de te fazer entender que não odeia nada nem ninguém -.

– Que papo é esse, Pai? – Lola só conseguia ficar mais confusa do que tudo.

Eu construí um império, um império para você e o Anthony. Mas não pense nisso como uma simples herança, é muito mais que isso, é um presente, uma última lição de vida que deixarei para você. Minha garotinha, quero que preste máxima atenção no que te direi agora, é meu último presente de aniversário [...] -.

– Não! NÃO! NÃO! Não pai! Eu não quero isso! Não posso fazer isso! Isso é muito! Isso é pedir muito de mim! – Lola ficou desnorteada.

Minha Lola, abrace o seu destino, assim como abracei o meu, e o Anthony abraçará o dele quando tiver idade suficiente -.

– Uma banana que o Anthony abraçou o dele! Pai eu não vou abraçar porcaria nenhuma! – E de repente Lola brigava com a projeção de Howard como nos velhos tempos sem perceber.

Dolores, me escute... – Howard inspirou fundo como se já soubesse que a filha estava tendo um faniquito simultâneo. – Tudo o que fiz foi para o seu bem e o do seu irmão. Eu os amo com todas as minhas forças, só que não sou perfeito, talvez tenha errado mimando vocês demais às vezes, mas tenho certeza de que criei um homem de honra e uma mulher de fibra. Nós somos Starks e o mundo é a nossa varanda, a varanda de vocês, sua varanda! Minha filha, vocês são meu maior legado, minha benção. Não há nada mais que me orgulhe do que de vocês, e enquanto o Anthony é e sempre será minha melhor criação, você é o meu melhor erro de percurso, a melhor margem fora das variáveis, a melhor coisa que fiz sem planejar, nunca se esqueça disso, minha criança. Eu AMO vocês dois! Assim como a Maria. -.

– Nós amamos vocês dois também, papai, mas eu não vou abraçar destino nenhum, Sinto muito. – Lola permanecia irredutível.

Adeus, meu amendoinzinho. -.

– Adeus, papai – Lola disse para a tela azul que surgiu.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O povo da Eukharya é tão bonzinho né gente? Sei nem como o mundo sobreviveu todos esses anos nas mãos dos malvados da SHIELD kkkkkk
.
.
Sobre o capítulo seguinte? É o maior da temporada, eu acho. Quase 4 mil palavras, por isso um trailer big. Trailer now:
.
"Capítulo XIII - Bailando, Amor
.
No segundo dia de volta aos treinos no prédio da S.H.I.E.L.D., Lola não conseguia parar de pensar no vídeo que Howard havia gravado para ela. Tentava se concentrar, mas só lembrava dos conselhos do seu pai, de sua herança oculta, do bilhete de Nick Fury que dizia que se ela não se sentisse pronta para encarar as consequências da revelação, deveria manter em segredo dos outros.
.
Segredos. Lola nunca teve segredos, mas ela queria se tornar uma verdadeira agente da SHIELD, e ao que parece, começar a cultivá-los era inevitável. A Stark não queria o presente de Howard, assim como claramente, Anthony não aceitou o dele.
.
Lola precisava de uma distração, precisava esquecer dessas coisas para conseguir focar em seu treinamento, e qual seria a melhor alternativa de ocupar a mente que de vez em quando tanto ela quanto Tony gostavam de aplicar ultimamente? Cuidar da vida amorosa alheira, é claro!
.
...
.
— Precisamos fazer algo! – Lola tentava desviar dos golpes aéreos de Steve.
.
— Acho melhor não. – Steve projetou um soco que ela conseguiu desviar. Ele ainda estava pegando leve com sua aprendiz.
.
— Como não? Eles precisam de um empurrãozinho! – Foi a vez de Lola tentar socá-lo.
.
Steve pegou o punho dela no ar.
.
— Não sei se devemos nos meter, é a vida pessoal de outras pessoas -.
.
— Claro que devemos! Essas “pessoas” são nossas amigas, e caso não dê certo, pelo menos não poderemos dizer que não fizemos nada. Vamos lá, Steve! Não vai custar nada! – Lola insistia."
.
.
Sobre quando postarei ele? Bom, pretendo que seja sábado, mas se fizerem o mesmo que com este capítulo e me deixarem saber o que acharam posso postar sábado, como ia postar esse :D
.
.
Vejo vocês segunda ou neste sábado.
Até mais!
Beijos