Soluço, o líder de Berk: A guerra pela paz escrita por Temperana


Capítulo 30
Some Nights


Notas iniciais do capítulo

Oii pessoal!!
Ai gente, não quero que pensem que sou uma pessoas sem coração ou algo do tipo. Eu sofri para escrever a morte do Bocão. Mas era uma guerra, certo?? Ela tem suas perdas...
Gostaria de agradecer à Samiris e Dragons Forever por terem favoritado a minha fanfic (Obrigada!!) e também a todos os reviews que recebo (vocês são divos...)
Motivo do nome do capítulo: Música do Fun. Ela fala de guerra e tudo mais (tem um trechinho dela no final). É que eu me emociono com essa música... Até as notas finais...



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A luta entre Drago e eu estava extremamente acirrada. Ao contrário de mim, Drago era destro. Aliás, ele tinha que ser destro, pois já não tinha o braço esquerdo (pensa antes de falar, Soluço). Eu deveria ter tirado alguma vantagem sobre isso por eu ser canhoto. Acontece que ele era um ótimo espadachim. E digamos que não foi nada fácil. Não que eu tenha achado que seria fácil. Eu sabia que não seria.

Eu esquivei-me dos golpes dele na maior parte da luta (os golpes dele vinham certeiros bem no meu pescoço). Porém quando eu atacava era para valer (fala com os dois cortes relativamente profundos nas pernas dele). Mas infelizmente eu também tinha meus cortes (por sorte eu desviara na hora, e os cortes foram no braço direito, não me comprometendo naquela hora).

Fora daquele ambiente de luta entre nós dois, havia um silêncio impressionante. Ninguém se mexia ou falava nada. Nada soava nem de Beserkers, nem de Berkianos. Nem os dragões estavam enviando vibrações um para o outro. Era um silêncio assustador, como se todos soubessem que essa luta definiria a guerra. De certa forma definiria...

Então Drago começou a encurralar-me e ele empurrava-me para o penhasco (para a beirada do penhasco, mas precisamente), o penhasco que eu e Astrid sentamos na véspera da guerra, aquele penhasco... Eu não conseguia mais avançar ou fugir naquela altura, apenas desviava de seus golpes. Eu senti Nevasca movimentando-se e posicionando-se atrás de mim. Acho que ele gostaria de me proteger se pudesse e eu fiquei grato por ele se importar comigo.

E foi aí que eu tive A Ideia. Uma ideia louca, sem noção e suicida, mas A Ideia. Aquela que definiria tudo.

Eu deixei que Drago avançasse e enquanto isso recuava mais ainda para a beira do penhasco. Ele seguia-me. Até aí tudo estava dando certo. Eu via o sorrisinho na cara dele, aquele sorrido incrivelmente irritante e que dava nojo a quem olhasse. Estava crente que tudo estava ganho. Mas eu iria acabar com aquele sorrisinho. Eu iria tirar aquele sorriso da cara dele.

–Bom Soluço – ele começou a dizer. – Acho que esse é o seu fim. A esperteza não é o seu forte. Já se arrependeu de ter aceitado o desafio?

–Desculpa Drago, mas eu sou um treinador de dragões – eu joguei a espada no chão e abri os braços. – Eu não me rendo por nada. BANGUELA! – eu gritei e me joguei do penhasco.

Sim, você viu o nível louco e suicida do plano. Não, não estava matando-me ou coisa do tipo. Obviamente o Banguela começou a agir imediatamente e na realidade já sabia o que eu tinha em mente. Ele compartilhava comigo as minhas ideias loucos e planos malucos e repentinos. Todavia se ele não chegasse a tempo, eu podia abrir o meu traje de voo e tudo daria certo. Mas um Fúria da Noite era um Fúria da Noite. A velocidade era o seu sobrenome.

Senti o Banguela aproximando-se e ficando em baixo de mim. Consegui montar e não precisei assumir o controle do voo, já que o Banguela tinha uma cauda automática, para sua infelicidade (ele não gosta dessa cauda, pela milésima vez eu digo isso).

A ideia já havia começado a dar certo, afinal, o Banguela havia me pegado. Então nós voltamos e paramos na frente de Drago.

–QUE ISSO ACABE AQUI E AGORA! – eu gritei.

E dessa vez, realmente tudo havia acabado. Não foi como na outra vez que havia dito essas palavras. Essa guerra havia acabado.

–NEVASCA, AGORA! – eu gritei.

Banguela subiu na hora que Nevasca cuspiu gelo em Drago, assim como a quase dois anos anteriores àquela batalha havia cuspido gelo em mim. Porém, Drago não tinha o Banguela para salvá-lo (como ele havia me salvado e assumido papel de Alpha para me proteger). E sinceramente eu acho que era meio difícil sobreviver aquele gelo todo. Drago havia morrido. A guerra estava terminada.

Se você perguntasse-me se foi uma vingança, não, não foi. Não passou naquele momento, que bolei o plano em segundos (com a ameaça de morrer, ou caindo do penhasco ou pela espada do Drago). Mas hoje, olhados os fatos anteriores, eu acho que o Drago teve o que merece, e você deve concordar comigo.

Banguela pousou e eu desmontei dele. O Banguela ficou meio azul e rugiu bem alto. Os dragões responderam com um conjunto de rugidos. Ele anunciou nossa vitória aos dragões. E eu também anunciei para o nosso povo.

–VENCEMOS! – eu gritei. Levantei a minha mão e minha espada.

Todos os vikings comemoraram, daquele jeitão viking, dando tapinhas um no outro (tapinhas esses que te jogam longe). Todos gritavam e isso foi tão gratificante, tão encantador, tão... Eu senti-me tão livre. Porque nós estávamos livres.

Minha mãe correu em minha direção e abraçou-me fortemente. Eu aconcheguei-me nos seus cabelos e todas as lembranças voltaram. Bocão e nem meu pai comemorariam a nossa vitória. E só ali naquele momento, permiti-me chorar novamente. Ela ajoelhou-se lentamente levando-me com ela.

–O que houve? – ela falou. – Se acalme, por favor. Está tudo bem querido, nós vencemos e...

–Não – eu a interrompi e desliguei-me do seu abraço, olhando em seus olhos. – Nem tudo está bem. Mãe o... O Bocão... – eu não conseguia falar e olhei para cima, desviando o olhar do dela.

–Oh não, meu filho... – ela falou, colocando a mão na boca e com os olhos já enchendo de lágrimas. Todos os Berkianos ficaram em silêncio e tiraram os seus elmos. – Isso não pode ser verdade. Isso... – ela continuou falando e já estava em prantos. Ninguém veria mais aquela pessoa sorridente e alegre. Aquela pessoa prestativa. Um viking memorável.

–Eu prometi a mim mesmo que iriamos ganhar essa guerra por ele, pelo meu pai e por todos os nossos Berkianos que se foram nesta guerra – eu disse. Ela sorriu em meio a lágrimas e deu-me um beijo na minha bochecha. Então eu levantei-me virando-me para todos. – Nós ganhamos a guerra e conquistamos a paz! Podemos viver sem pensar em possíveis guerras. Podemos finalmente levar a paz a todo o mundo. E todos que se foram lutando por essa paz entre em lugar de honra em Valhala. E é a eles, e é por eles que vamos viver.

Todos comemoraram a maioria com lágrimas nos olhos (lutando contra elas, afinal somos vikings). Eu senti uma dor aguda no meu braço direito. Aqueles cortes da luta podiam piorar, já que me esforcei muito depois disso. Coloquei a minha mão esquerda nos cortes do meu braço direito apertando forte para tentar parar o sangramento.

–Agora – eu continuei. - Nós vamos curar nossos ferimentos e cuidar de nossos bravos guerreiros, para que tenham a sua gloriosa cerimônia de partida. – eu enxuguei os restos das minhas lágrimas. – Eu sei que é doloroso, mas é nosso dever – eu virei-me para minha mãe. – Precisamos... Buscar o Bocão.

–Claro Soluço. Eu vou falar com os vikings e prepararemos tudo. Ele era um membro da nossa família.

–Está... – engoli a lembrança e a vontade de chorar de novo. – Está na primeira catapulta.

–Está certo. Olha, eu já volto para cuidar do seu braço.

–Não se preocupe, está tudo bem – eu falei tentando parecer calmo e soar naturalmente. Mas ela balançou a cabeça negativamente.

–Para mim não adianta esconder – ela foi, e ela sabia que eu estava mentindo na parte que estava tudo bem, porque eu estava morrendo de dor ali. Mantive-me firme.

Eu cambaleei um pouco, quase caindo. Astrid veio em meu socorro. Eu agradeci a ela.

–Isso está ruim – ela falou preocupada olhando para os meus cortes.

–Está tudo bem só... – eu fiz uma careta. – Só está doendo um pouco – eu esbocei um sorriso.

–Não tenho certeza quanto ao pouco – ela disse encarando-me.

–Vocês estão bem? – perguntei aos outros pilotos (e Eric). Olhei os ferimentos de Perna de Peixe, Melequento e Eric. – Melequento e Perna de Peixe, vão com os gêmeos e o Eret para Academia cuidar desses ferimentos, têm curativos e tudo o que precisarem na minha sala – os dragões deles pousaram e levaram eles para a Academia. – Agora nós três vamos para minha casa cuidar dos nossos ferimentos e... – Eric caiu de repente no chão.

Eu corri em sua direção ignorando a dor. Ajoelhei-me ao seu lado e coloquei a sua cabeça no me colo. Astrid também veio correndo e ajoelhou-se do meu lado.

–Eric... – eu comecei.

–Soluço... – ele começou a falar. – Vai ficar tudo bem. Não se preocupe, foram só alguns ferimentos e...

–Nós vamos cuidar deles, vamos logo para minha casa – eu o interrompi. – Não tenho dúvidas de que vai ficar tudo bem.

–Claro... Só... Escute.

–Só vou escutar você quando cuidarmos desses ferimentos – eu não podia deixa-lo morrer.

Ele estava há pouco tempo comigo, mas pareciam anos. Eu acho que era perigoso confiar em alguém que nem sabemos como é o rosto. Mas acontece que eu mais que confiei nele.

Ele então concordou e eu e Astrid o ajudamos a montar no seu dragão (o Incandescente, um nome original para um Pesadelo Monstruoso, não?).

Detalhe: eu estava com dor e estava ajudando outro com dor (Probabilidade de eu cair? 100%).

Depois que o colocamos no seu dragão, eu montei no Banguela e respirei fundo. As coisas ao meu redor começaram a escurecer. Eu coloquei as mãos na cabeça com o objetivo de parar aquele mal estar.

–Soluço, você está bem? – era Astrid que falava. Virei-me na direção da voz, mas não conseguia enxerga-la. Era uma sensação horrível. – Soluço!

Eu senti meu corpo ficar todo mole. Eu devia ter perdido sangue demais (pelo o que me disseram). E isso não era bom. Depois disso, senti-me cair nas costas do Banguela.

Eu ouvi o grito de desespero do Banguela e a Astrid chamando o meu nome. Parecia que eu estava dentro de um globo de água e todo o som que vinha fora dele era distorcido. Então eu finalmente apaguei, para o fim da minha agonia, e não me lembrei de mais nada...

This is it, boys, this is war, what are we waiting for? Why don't we break the rules already?
É isso, meninos, esta é
a guerra, o que estamos esperando?
Por que já não quebramos as regras?


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Notas finais do capítulo

Gostaram amores?? Pois é as coisas estão complicando...
Gostaria de recomendar a fanfic Para Sempre Cinderella da diva da Lady Handdock... Ela é uma pessoa incrível (louca que nem eu) e a fic dela diva como ela....
Curiosos?? Até o próximo capítulo...
Beijos, Temp