Nosso Direito Divino escrita por Ju Mellark


Capítulo 6
Capítulo 6: Just Dance; Padrinhos; Vinho tinto com música antiga; Nem bêbados, nem sóbrios


Notas iniciais do capítulo

Oi, como vai você? ~PC Siqueira~
Bom, eu fiquei feliz pelos comentários terem aumentado, mas a partir de hoje, um novo sistema vai ser colocado em prática: Metas!
Isso aí, a partir de agora eu só posto se estiver satisfeita com o número de comentários, o qual eu vou estipular uma meta!
Além disso, agora será mais difícil pra eu postar, pq estou sem celular e computador por tempo indeterminado.
A meta desse capítulo será de 12 comentários. Tenho certeza q não vai ser difícil, pessoal. No passado houve 9, então... depende de vcs, apenas. Além de q esse número é menos de 25% do q NDD tem de acompanhamentos.
Muito obrigada pela ideia, Manu, eu realmente não poderia entrar em hiatus - não queria, na verdade.
Agradeço a AdjaCullen, por ter favoritado. Muito obrigada!!! Teve mais uma favoritação, mas eu não consegui ver, acho q o Nyah bugou o.O então se eu conseguir ver dps, agradeço no próximo, ok??
Eu espero q gostem desse aqui, tem uma aproximação ainda maior de Katniss e Peeta, só q de um jeito um pouquinho diferente, se é q vcs entendem hahaha
Comentem e Favoritem!
Até o próximo, beijoos ;D



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– Ganhei. - Disse convencido. Finnick bufa e larga o controle na mesa de centro, me fazendo rir.
– Acho que chega de jogos por hoje. - Diz e se levanta para ir até a cozinha. Ele abre a geladeira e pega um bolo de chocolate. - Quer?
– Claro. Não era pra Annie já ter chegado? - pergunto olhando o relógio marcando sete e meia.
– Ah, ela tá super ocupada com a próxima edição especial da revista. - Deu de ombros. - Falando nisso, tenho que fazer o jantar. - ele estala os dedos, se lembrando.
Finnick começou a fazer macarrão - acho que uma das únicas coisas que ele sabia realmente fazer na cozinha -, e eu fiquei em seu videogame. Joguei partidas de futebol, até ouvir o tilintar de chaves do lado de fora e depois a porta se abrindo.
– Cheguei, amor! - Annie exclamou. - Hey, Peeta! - disse após me ver no sofá. Katniss estava entrando logo atrás, falando no celular.
– Oi, Annie. - Me levantei para cumprimentá-la. Ela me abraçou e foi para a cozinha. Katniss fez o mesmo e se sentou no sofá, ainda segurando o celular contra a orelha.
– Eu tenho que desligar. Se cuidem. Também amo vocês. Tchau, mãe. Tchau, pai. - Ela desligou. - Uhl, você tá jogando futebol. Vai, coloca. Quero ganhar de você. - disse confiante.
– Isso se eu não ganhar de você.
– Não vai acontecer, Peeta. - balançou a cabeça, como se dissesse "sinto muito".
– Vamos ver. - Ela arqueou as sobrancelhas e apertou o play.
Bem, o que eu deveria dizer é que fiquei envergonhado. Não deveria ter tanta certeza que ganharia. Principalmente se soubesse que Katniss ganharia de 6x2.
Ela me olhou com uma sobrancelha arqueada e um sorrisinho vitorioso nos lábios avermelhados. Mordi o inferior com vergonha.
– A comida tá pronta! - Finnick gritou da cozinha. Levantamos-nos e sentamos-nos à mesa, cada um se servindo. - Como estão as coisas lá? - Ele pergunta.
– Muito bem. Não é, Kat?
– Aham. - Murmura comendo. - E as coisas do casamento?
– Bem, decidimos quer não vai ser uma festa grande. Só amigos próximos. - Annie responde dando de ombros.
As duas começaram a conversar sobre casamento, enquanto Finnick e eu repetíamos o macarrão e terminávamos. Depois sentamos na sala, nos encarando.
– Vamos jogar Just Dance? - Katniss sugeriu. Acho que ninguém estava se importando com o fato de que havíamos acabado de comer.
– Vamos. - Finnick concordou. Eles colocaram no videogame e colocaram uma música aleatória. Era Rihanna.
Katniss dançava bem melhor que Finnick. Fazia até parecer fácil. Já meu amigo tropeçava nos próprios pés, se atrapalhava todo. Eu e Annie apenas ríamos.
Finnick bufou de novo e se sentou quando viu sua pontuação e que Katniss havia ganhado.
– Sua vez Annie. - Katniss diz e Annie levanta.
– Tudo bem. - Ela escolheu uma música da Lady Gaga.
Elas cantavam, dançavam e riam. E dançavam muito bem. Mexiam os quadris com facilidade e o corpo com leveza, seguindo os bonecos da tela.
As duas conseguiram pontuações semelhantes no final da música.
Annie depois chamou Finnick, e os dois dançaram mais uma, enquanto Katniss e eu bebíamos refrigerantes.
– Vamos, Peeta. Só uma. - Pede ela. Faço uma careta. - É divertido, vamos. - empurra o lábio inferior para frente em um biquinho.
– Eu não sei dançar. - Arranjo uma desculpa.
– E daí? Finnick também não. - Aponta para meu amigo dançando atrapalhadamente.
– Uma música?
– Uma música. - Concorda.
– Ah, não. - Faço uma careta de novo.
– Deixa de ser chato. Estamos entre amigos, não precisa ter vergonha. Não ligo se você sabe dançar ou não, vamos! - Pede insistente.
– Tá.
– Isso! - Levanta os braços.
Não dancei uma música. Dancei três. Acabou ficando divertido. Joguei com Annie e Finnick também. Nós ríamos sem parar. Pelo menos, dançava melhor que meu amigo.
Nos jogamos no sofá ofegantes, mas ainda rindo. Vi Annie e Finn se entreolharem e assentirem um para o outro. Não entendi, mas também não perguntei.
Annie ofereceu água para nós, depois se ajeitou no sofá, cruzando as pernas como um índio ao lado de Finn.
– Bem, gente. Precisamos fazer uma pergunta pra vocês. - Disse ela.
– Pode falar. - Murmura Katniss, que parecia estar em outro mundo há dois segundos.
– Na verdade, é mais um convite. É muito importante para nós, vocês são nossos melhores amigos. Pode ser que vocês até estejam esperando por isso e... - Annie começou a tagarelar. Isso me lembrou Katniss um pouco, já que ela gostava de falar.
– Amor. - Finnick chamou sua atenção. Ela corou levemente e mordeu o lábio. - O que queremos dizer é: vocês aceitariam ser nossos padrinhos? - ele vai ao ponto e faz logo a pergunta. Três segundos de silêncio se passam, até Katniss soltar um grito curto, preenchendo a sala. E ela estava do meu lado.
– Desculpe. - Disse depois do susto que havia nos dado. - Como eu diria não? Annie, eu seria sua madrinha mesmo que não me perguntasse. Duh, eu sou sua melhor amiga! É óbvio, casal! - Ela abraçou os dois em conjunto.
– E você, Peet? - Annie pergunta.
– Annie, como eu poderia negar? Não tem como. Vocês que me ajudaram quando cheguei aqui. Sabem que eu sempre vou ser grato. É claro que eu aceito. - Me junto ao abraço sorrindo.
E naquele abraço, me senti pela primeira vez desde que meus pais partiram, querido por alguém.
******
– Vermelho? Rosa? Roxo? Verde? Azul? Laranja?! - Pergunta Katniss. - Qual cor você acha melhor?
– Katniss, sabe que não precisa se preocupar com isso agora. - Reviro os olhos.
– É que eu tô ansiosa. Minha melhor amiga vai se casar! Sabe o quanto isso é importante pra mim? - se vira, com os olhos cinza grudados em mim.
– Eu imagino. Não fale como se eu não estivesse me importando com isso. Finnick sempre foi meu único amigo desde os dezoito anos. É realmente importante pra mim também. Só que pense pelo lado em que eles não se casarão amanhã.
– Tá, tá. Mas só fiz uma pergunta.
– Qualquer cor ficará linda em você, Katniss. - Reviro os olhos novamente com um pequeno sorriso.
– Obrigada! - ela sorriu sinceramente e continuamos andando de volta para a casa de cada um. - Acho que Madge também vai ser madrinha. Na verdade, tenho certeza. - Murmura.
– Eu não conheço a Madge. - Digo.
– Ela é nossa outra sócia. E melhor amiga. E minha cunhada.
– Você tem irmãos? - pergunto. Disso eu não sabia.
– Sim. - Apenas responde. Ou será que ela tinha namorado, que é irmão da Madge?
– Você tem namorado? - a pergunta sai antes que eu possa processar. Mordo a lingua depois, mesmo não adiantando, já que não poderia pegar as palavras no ar de novo e engolí-las.
Ela ri. Uma risada leve e gostosa, que fica gravada na sua mente por um tempo, e te faz sorrir no exato momento. Aquele tipo de risada que você não se importa de ouvir todos os dias.
– Não. - Continua olhando para frente, segurando a alça da bolsa transversal em um só ombro.
A acompanhei até a frente de sua casa, e ela abriu a porta, já entrando. Não parando e me dando um beijo no rosto como fazia todas as vezes.
– Você não vai entrar? - perguntou confusa olhando para trás enquanto tirava os saltos. Ah, então deixar a porta aberta é como se fosse um convite mudo para entrar? Katniss era uma pessoa diferente mesmo.
– Claro. - Entrei em sua casa pela primeira vez. Corri meus olhos por tudo atentamente. A casa era do mesmo tamanho que a minha.
A sala era bem colorida, bem a cara de Katniss. O que mais chamava a atenção era um Jukebox encostado em uma parede. Sorri ao lembrar que ela dançava músicas de décadas passadas quando estava feliz.
A cozinha já era mais neutra - preta e branca -, mas ainda bonita, era separada da sala por uma bancada. E uma escada levava para o segundo andar.
Katniss se abaixou atrás da bancada, e só percebi que ali havia um tipo de colméia para garrafas de bebidas, quando ela pegou uma de vinho tinto.
– Aqui. - Ela estendeu uma taça para mim. A peguei e sorri.
– Está feliz hoje? - pergunto.
– Claro! Vou ser madrinha de casamento da minha melhor amiga! É um motivo para ficar feliz, não acha? - arqueia a sobrancelha.
– Com certeza. - Ela bateu a sua taça com a minha levemente, em um brinde.
Senti o sabor doce e suave em minha língua quando tomei um gole. Katniss estava inclinada na frente do Jukebox– com estilo retro - mas o funcionamento moderno -, e após segundos escutei a melodia de uma das canções dos Beatles. Era "Help!".
Eu gostava da música. Era mais animada, e a batida era do tipo que contagiava, além de ficar em sua mente.
Help! I need somebody! Help! Not just anybody! Help! You know I need someone! Heeelp!– Katniss fechou os olhos e fingiu que tinha um microfone em mãos, dançando no rítmo. Sorri sentado em uma das banquetas, encostando as costas na pedra preta.
Depois de mais três músicas e acho que umas duas ou três taças de vinho, eu estava um pouco alto. Não o suficiente para estar bêbado, mas menos consciente.
Tocava "Livin' on a prayer", eu que havia escolhido.
Oh, we're half way there Whoah, livin' on a prayer– Eu cantei me lembrando de Jon no vídeo clip.
Take my hand, we'll make it, I swear! Whoah, livin' on a prayer– Katniss termina. Ela, sim, cantava bem.
Nos jogamos no sofá azul rindo como retardados.
– Você fica mais divertido bêbado. - Diz sem me olhar. Ela estava com sono, dava para ver seus olhos lutando tentando se manterem abertos.
– Não estou bêbado. E nem sóbrio. - Ri um pouco.
– É. - Não falou mais nada. Depois de minutos fui perceber que Katniss havia dormido.
A olhei por um tempo. A expressão serena, a respiração tranquila e ritmada, os cílios longos e grossos, o nariz pequeno, os lábios avermelhados, os cabelos longos de aparência macia.
Katniss era linda. Tinha a forma mais próxima de um anjo do que apenas um humano.
Coloco seu braço em volta do meu pescoço, e os meus atrás dos seus joelhos e costas, a levantando.
Subo as escadas com cuidado e devagar. Olhei os dois lados, com os corredores e quatro portas. Duas à direita, uma atrás e outra à esquerda.
A parede em frente à escada era totalmente coberta de fotos, em molduras de diversos tamanhos e formas. E no meio, um pouco mais para a direita, havia letras de madeira, pintadas de vermelho. Formavam a palavra "amor".
Parei de olhar e arrisquei a porta da direita. Não havia uma cama, então com certeza não era seu quarto. Mas era um tipo de escritório, ou só um espaço para ler, pois as paredes eram estantes, preenchidas por livros, além dos pufes no meio do espaço e uma mesa mais para o canto.
A primeira porta atrás da escada era o banheiro, mas a segunda, sim, era o quarto.
A decoração era simples, mas ao mesmo tempo, espontânea e divertida, como Katniss.
A deitei em sua cama, a cobrindo com o edredom de estampa de jornal.
Me inclinei para, dessa vez, eu dar um beijo em sua bochecha. Sorri me afastando.
– Boa noite, Kat.


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