Em Cada Ponta Do Infinito escrita por Laaísz


Capítulo 8
Pensando nele


Notas iniciais do capítulo

Desculpaaaas por demorar a postar gentt mas eu to com febre, gripe e to tossindo muito...



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Acordei me sentindo um lixo total. A luz do meu quarto acertava meus olhos e minha cabeça sem dó nem piedade. Quando finalmente consegui tomar consciência do que havia acontecido, comecei a olhar em volta, tentando ao máximo descobrir como eu vim parar em casa.

Esfreguei os olhos e consegui enxergar um garoto loiro na minha frente, me olhando preocupado. Apesar de estar morrendo de dor de cabeça, me sentei assustada.

– Que diabos você está fazendo aqui? – perguntei.

– Ora, você queria ficar desmaiada na rua mesmo? – ele respondeu – eu acho que um mendigo bêbado acabaria te beijando na boca.

Eu poderia ter rido, mas não ri.

– Como você sabia onde eu morava? – Falei, e quando vi que minha cabeça não iria suportar tanta dor, deitei de novo.

– Sua bolsinha – ele falou – tinha um RG lá dentro e um papelzinho com esse endereço... – Ele foi até a mesinha do meu computador e pegou meu documento – Tayse não é?

– É – respondi.

Nós ficamos em silêncio.

– Eu espero que seu pai não seja um desses tipos rígidos – ele falou – por que encontrar um garoto no quarto de sua filha ás duas horas da manhã não é boa coisa.

Dei um sorriso e minha cabeça doeu. Acho que ele percebeu, por isso levou a mão até minha testa.

– Logo passa. É a primeira vez que você bebe não é? – perguntou.

Assenti com a cabeça e ele me olhou sério.

– Não beba tanto da próxima vez... Aquele moleque queria se aproveitar de você.

– Você estava lá há quanto tempo? Desde o inicio? – perguntei e o vi assentir com a cabeça. Corei só de imaginar o que ele me viu fazendo.

– Ei, não precisa corar... Foi cômico – ele falou e eu tive que sorrir com ele – Foda-se o mundo, foda-se Pri, foda-se pai... – continuou, rindo.

– Por que não impediu antes então?

– Ah, sei lá. De inicio, eu achei que vocês eram namorados. Tipo você sentou no colo dele, depois ficaram correndo um atrás do outro como duas crianças felizes. Parecia mesmo um casal.

Assenti com a cabeça, mesmo sem saber o motivo. Ficamos um tempo em silêncio, e foi ai que eu percebi uma coisa séria. Minha roupa estava seca, e eu estava com meu famoso pijama do... Mickey...

Arregalei os olhos assustada e olhei pra ele.

– Vai me dizer, que foi você que trocou minha roupa? – perguntei.

Ele corou e respondeu que sim.

– Olha, eu sei, isso é errado – respondeu – Mas lá na festa eu já tinha visto você tirar o vestido e ficar de calcinha e sutiã... – Ele levou à mão a nuca, envergonhado - Eu não queria ver você gripada ou com alguma outra coisa depois... Quando cheguei aqui, peguei a chave na sua bolsinha, e imaginei que o quarto seria no andar de cima... Entrei no maior silencio possível e peguei essa roupa no seu guarda-roupa... Então eu te troquei – Ele ergueu as mãos pra cima, como se estivesse se rendendo – Não fiz nada! Eu juro!

Apesar de envergonhada, dei um sorriso sem graça.

– Pelo menos a parte que você chamou o Math de mocinha foi engraçado – Falei.

Ele riu.

– É bom assustar as pessoas um pouco ás vezes – falou – Sou maior que ele.

– Até eu sou maior que ele – respondi rindo.

– Pode ser – ele falou e ficamos em silencio – Você deve estar cansada... É melhor eu ir embora...

Ele começou a se levantar e eu ia fazer o mesmo, mas ele me impediu.

– Você é tão forte que foi capaz de carregar uma garota desmaiada no colo até aqui? – Falei, e dei um sorriso – Grata.

– De nada – ele respondeu e antes de fechar a posta atrás de si, continuou – Você não é do tipo muito organizada né?

Dei uma risada ao olhar meu quarto e ver ele uma baderna. O garoto apagou a luz e fechou a porta, me deixando sozinha.

Depois que o garoto foi embora, vomitei feito uma louca no banheiro. Fiquei um tempo ajoelhada em frente a privada até criar forças pra levantar. Em certo ponto comecei a chorar e eu nem se quer sabia o porquê. Será que eu havia mesmo bebido só um copo de vodca?

Levantei-me, escovei os dentes e fui direto pra cama.

Quando acordei no dia seguinte, percebi que havia perdido a hora de ir pra escola. Nem liguei e fiquei deitada na cama pelo que pareceram horas. Evitei responder qual quer mensagem da Pri, mas não por que eu estava brava, mas por que eu estava cansada.

Levantei-me da cama mais ou menos as duas horas da tarde e tomei um café da manhã reforçado (se bem que é meio estranho tomar café às duas horas da tarde) e assisti vários filmes. A Pri nem o Gui vieram me visitar como de costume e meu pai chegou por volta das dez horas da noite. Preparei uma macarronada com almôndegas e ele comeu em silencio como sempre.

Após jantar lavei a louça e subi para o meu quarto pra checar meus e-mails. Resolvi entrar no Facebook pra ver se a Pri ou o Gui estavam online e fiquei sem resposta. Eu queria saber oque estava havendo com aqueles dois, que não davam noticias. Desliguei o computador, me joguei na cama, e fiquei com o pensamento no menino que havia me levado para casa. Senti uma pontada de vergonha ao lembrar que ele havia trocado a minha roupa. Notei que eu não havia perguntado o nome dele, e nem de onde ele era. Na verdade, a única coisa que consegui reparar nele foi o cabelo loiro e sua altura. Eu estava muito tonta e com dor de cabeça pra reparar se o menino era do tipo gostoso que fica com nojentas como as da minha escola... Pela lógica, ele vai ser um novato, mas eu duvido muito que fique na minha sala, tipo, ele parece ter dezessete ou dezoito anos e parece ser daqueles garotos maduros e que não saem ficando com qual quer uma.

Fiquei relembrando toda a noite da festa, e só de pensar que o Math viria atrás de mim, senti uma pontada de medo.


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Notas finais do capítulo

Espero Comentários e opiniões sinceraar suaas fofaas



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