Em Cada Ponta Do Infinito escrita por Laaísz


Capítulo 7
Um desmaio inesperado.


Notas iniciais do capítulo

U.u sem comentários...



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Math se preparava pra me dar um beijo daqueles... Mas não, parece que algo dentro de mim me impediu. Parece que senti uma presença ali.

– Math, tem certeza que estamos sozinhos aqui? – Perguntei, e olhei em volta. Tirei meu salto desconfortável e continuei ali, no colo dele.

– Claro que estamos gata. – Ele respondeu e em seguida começou a se aproximar, pronto pra me dar um beijo.

Eu acho que, eu estava tão bêbada, que nem se quer reparei no que eu estava fazendo. Mas eu não fiz nada, sorri, e antes que ele pudesse me beijar, coloquei o dedo indicador sobre sua boca.

– Você acha que eu sou facinha? – Falei meio enrolado – Então pega!

Comecei a correr, e não demorou muito pra ele vir atrás de mim. Parecia que nada mais no mundo existia e eu sorria como uma criança brincando de pega-pega com a melhor amiga.

– Foda-se o mundo – Gritei, ainda rindo e erguendo as mãos pra cima – Foda-se pai, foda-se Pri, e foda-se você Math!

Comecei a Rir e a cambalear enquanto corria.

– Opa! – Gritei, ainda rindo, quando quase cai na piscina – Quem colocou essa piscina aqui?

Math riu e gritou ainda um pouco distante de mim, do outro lado da piscina.

– eu sabia que um pouco de bebida ia fazer bem pra você gata! Você nunca bebeu antes né?

– Não, mas se der, por mim eu vou beber todo dia.

– Te faço companhia então. – Ele falou, e atravessou a piscina indo em direção a mim. Não demorou muito pra ele estar do meu lado me erguendo ao alto, como uma bailarina.

– Bailarina – Gritei, como uma total idiota. Saiu bem enrolado, e quanto mais ele me rodopiava o mundo a minha volta ficava mais embaçado.

Quando ele me colocou no chão, resolveu tentar me beijar de novo. Mas eu neguei, e coloquei novamente meu dedo indicador na boca dele.

– Difícil né? – Ele falou e me puxou pra mais perto.

– Mas do que você imagina gato – Falei, tentando copiar a voz dele – Posso estar bêbada, mas não vou beijar você. Se for o que você está pensando.

– Veremos – Ele falou e riu. Juntou-me mais ao corpo dele e me agarrou. Sorri, e me aproximei pronto pra beijar ele. Mas não beijei, e sim o impedi.

Soltei-me dele e corri novamente. Estava tudo embaçado, e o mundo parecia um circo. Nada mais de ruim na minha vida parecia existir.

Ele parecia cansado desse meu joguinho, mas acho que, estava tão louco pra me beijar, que não desistiu. Correu atrás de mim novamente, e quando estava a centímetros de mim, por um impulso, pulei na piscina ainda com roupa.

– Tayse! – ele falou – Você está louca?

Sorri e ele tirou os sapatos e a camisa.

– Ah, esqueci... Você está bêbada – Ele gargalhou, e pulou na piscina.

Tirei meu vestido e fiquei de calcinha e sutiã.

– Demais! – Ele gritou e se aproximou de mim.

Comecei a gargalhar.

– Você é muito safado Math! – Gritei, em meio às gargalhadas.

Ele riu e me abraçou. Math me abraçou muito forte, como se não quisesse me soltar nunca mais... Fiquei assustada com aquilo.

– quero ver você escapar agora – Ele falou.

– Você não vai me obrigar a fazer nada que eu não queira, não é? – Falei assustada.

– Vai dizer que você não quer Tayse? – Ele falou e sorriu. – Há quanto tempo você não beija alguém? Acho que faz dois anos hoje não é?

– Isso não te interessa – falei e tentei me afastar dele novamente, mas não deu. – Math, eu sei que estou meio bêbada... Mas...

– Bêbada ou não, eu sei que você me beijaria de qual quer jeito – ele disse – Você se faz de difícil, mas por dentro me acha um gostoso. Vai falar que você não tá gostando de ver meus braços te enrolando todinha?

– Você é um retardado Math – falei – nem bêbada eu teria coragem de beijar você. Você tem bafo.

Ele me olhou e eu vi raiva nos seus olhos.

– Veremos se você não vai me beijar – ele falou e começou a se aproximar de mim, a ponto de me beijar. Fechei os olhos e fiquei esperando pelo pior. Tentei gritar, mas não consegui. Algo me impedia... O medo.

– Você está louco Math. – Virei o rosto de um lado para o outro, tentando impedi-lo.

– Pare de se mexer! – Ele gritou, e seu tom saiu com raiva – Você acha que eu estou brincando agora? A parada é séria Tayse!

Tentei me debater e ele me segurou mais forte. Comei a tremer, mas não sabia se era pela piscina gelada ou pelo medo mesmo.

– Math, por favor – falei, e parei de me debater – por favor, por favor, por favor – sussurrei – me solta, por favor... Você está me assustando.

– Ah é? – ele falou, e sorriu ironicamente.

– Você não ter vergonha de fazer isso seu imbecil? – ouvi, e dei um pulo de susto – essa garota está bêbada!

Math me soltou e começou a olhar em volta, procurando pela voz. Aproveitei esse instante e sai da piscina. Eu estava tremendo de frio e me abracei. Comecei a olhar em volta e a procurar pela voz com o Math. Vi um garoto se levantar de trás de uma das espreguiçadeiras e fiquei totalmente sem reação. Math também ficou, e aproveitou esse instante pra sair da piscina.

– Quem você acha que é pra me chamar de imbecil na minha própria casa? – Math falou e o garoto começou a se aproximar dele. Estava tudo meio embaçado, mas tudo que consegui ver era que ele era loiro.

– Se eu fosse você mocinha – O garoto falou, se direcionando ao Math – eu sairia correndo daqui. Você não chega nem aos meus pés. Que tamanho você tem? 1.68?

Math não perdeu a pose, mas decidiu ir embora. Percebi que eu estava só de calcinha e sutiã e por isso vesti meu vestido molhado.

– desculpa – falei, mesmo não sabendo o motivo por ter falado aquilo. O mundo estava rodando, e minha cabeça doía – Eu vou embora.

Peguei minha bolsinha, vesti meu salto e comecei a me direcionar pra saída, mas o garoto veio atrás de mim.

– É meia noite – ele falou – é perigoso sair a essa hora.

Resolvi ignorar e quando cheguei à varanda da casa, algumas pessoas me olharam. Abaixei a cabeça e segui para o portão com o garoto ainda atrás de mim.

Ouvi alguns cochichos e as pessoas pareciam se perguntar o porquê uma garota estar molhada e ainda por cima estar indo embora em meio á uma festa bombando.

Saí pela rua e vi ela deserta. Eu teria um caminho enorme pela frente... E comecei a me perguntar se eu conseguiria chegar viva em casa.

Andei, andei, e andei, mas parecia que eu não chegava em casa nunca. Quando dei por mim, percebi que eu ainda estava na metade da rua e aquilo me desanimou. Minha cabeça doía, e o mundo rodava e rodava e cada segundo que se passava, parecia que eu estava em um carrossel em velocidade máxima. Comecei a cambalear e quando dei por mim, já estava no chão, e tudo estava escurecendo.


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Notas finais do capítulo

u.u ela desmaiou... Será que ela vai dormir na rua gente??? Ou será que um mendigo vai achar ela bonita e vai beijar na boca dela enquanto ela dorme?? (kkk' Zueira)
Ps: esse é o maior Cap até agora (eu acho) .



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