Em Cada Ponta Do Infinito escrita por Laaísz


Capítulo 22
Tayse em construção.


Notas iniciais do capítulo

Gente, voltei. Eu sei que vocês sentiram minha falta kkkkk'
Mentira, nem deu tempo pra isso, porque eu sempre posto diariamente. Hoje, temos uma nova e super animada integrante. Espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/550691/chapter/22

– Então é isso – Maria, a mãe do Lucas falou – O máximo que você tem que fazer é limpar as mesas quando alguém sair e ficar no caixa. Aqui é self service, então as vezes alguém possa precisar de um auxilio... Se caso estiver muito entediante, você pode ligar o computador e entrar um pouco no seu Facebook.

Escutei com atenção e dei um sorriso quando ela falou do Facebook. Isso sim seria ótimo.

– Normalmente – Continuou – Eu fico lá em cima, por que a Luizinha estuda de manhã e fica a tarde inteira jogada no sofá, em vez de me ajudar a limpar uma casa. O Lucas quase não para em casa, por que fica indo na casa daquelas crianças e de noite às vezes ele acha algum barzinho pra mexer com aqueles equipamentos de DJ. Então minha filha, eu sou praticamente a faz tudo aqui. Aqui nesse quartinho – Ela apontou pra aquele anexo que eu tanto via ela entrar e sair – Ali dentro tem uma escada que leva lá pra cima, na minha casa.

Ela me puxou pelo braço delicadamente e me mostrou uma escada preta e cheia de curvas. E por incrível que pareça, ela me mandou subir.

– Vou te mostrar a minha casa, por que você vai precisar subir aqui ás vezes.

Chegamos em uma sala enorme, separada por um murinho com uma pedra preta que dava pra cozinha. Chique, pra falar a verdade. Havia também um corredor, onde haviam tres portas.

– A primeira porta no corredor, dá em um banheiro. A segunda é o meu quarto e por ultimo o da Luizinha. Aquela escada ali – Falou, e mostrou-me outra escada preta, que ficava no canto da sala – Leva pro quarto do Lucas e outro banheiro. Aconselho você a nunca subir lá.

Assenti com a cabeça novamente e dei outro sorriso. Amei o jeito simpático de Maria. A casa dela é bem limpa, e cheia de móveis novos. Acho que toda dona de casa sonha em ter uma casa assim... Bem limpa e confortável.

– Está tudo bem pra você? – Perguntou.

– Claro – Respondi com um sorriso no rosto ainda – Fico sempre ansiosa no primeiro dia, mas tenho certeza que você não vai se arrepender.

Ela deu outro sorriso simpático e falei que ia descer. Ela concordou e disse que daqui a pouco desceria pra ver como estavam as coisas. Quando desci, já havia uma mulher lá. Ela disse que iria se servir, depois pesou pra ver quanto daria e se sentou em uma mesa no fundo. Tudo muito simples.

Ela comia tranquilamente e resolvi ligar o computador. Em vez de entrar no Facebook, abri um site de livro online e comecei a ler um livro qualquer, mas bem legal.

– Se fosse eu – Ouvi uma voz feminina dizer – Estaria no Facebook.

Olhei pro lado e vi uma menina.

– Meu Deus – Falei, sem nem pensar – Você é uma miniatura minha, só que loira...

– Tá me chamando de baixinha? – Perguntou, mas com um sorriso. Cara, ela é idêntica a antiga Tayse. Só pela roupa. Ela estava com aquelas blusinhas curtinhas em que normalmente temos que usar outra por baixo, mas sem a segunda peça, deixando a barriga mostrando. Também usava uma calça bem justinha, um All Star de cano alto e um boné aba reta. Sem contar o cabelo comprido com cachos na ponta e um batom que combinava perfeitamente com a pele – Sou Luiza – Continuou, e me estendeu a mão.

– Você é a irmã do Lucas?

– Aham – Respondeu com um sorriso maior ainda – Infelizmente sou. Sabia que seu amigo é um irritante né?

Dei uma gargalhadinha ao ouvir isso e simpatizei com ela.

– Minha filha – Maria falou , descendo as escadas – Demorou pra chegar da escola heim.

– Fui dar uma volta – Respondeu – Com a Clara e a Marina.

– Ela estuda no mesmo colégio que você e o Lucas Tayse – Maria disse, se direcionando pra mim. Arqueei uma sobrancelha e ela deu um sorriso.

– Você nunca deve ter me visto lá – Falou – Mas calma, não vai demorar muito pra eu ser a menina mais popular daquela escola.

Dei uma risada ao ver sua pose de convencida.

– Não vai demorar pra que você chegue lá – Falei. A mãe dela viu que a conversa prolongaria, então subiu as escadas novamente – Só tente não andar com Rayane.

– Argh – Respondeu – Eu odeio aquela menina. Ela é muito oferecida. Odeio quando ela vem aqui em casa.

– Ela vem aqui? – Perguntei surpresa.

– Claro, ela vive atrás do imbecil do meu irmão.

Fiquei surpresa ao ouvir aquilo, mas tentei não demonstrar.

– Me deixa entrar no seu grupo de populares – Falou, como se implorasse ajuda.

– O que? – Dei uma risada abafada – Eu nem sou popular.

– É sim. Em menos de uma semana nessa escola eu já sei quem você é. Seu grupinho de amigos parece ser bem melhor que o daquela idiota.

– ah é? E o que você sabe sobre meu grupo? – Perguntei.

– Ah... – Pensou – Eu sei que a loirinha chamada Pri, namora o loirinho chamado Gui. O menino magrelo mais bonitinho se chama Duca, e agora tem uma novata ruivinha. Elisa não é?

– Nossa, então até a Elisa já é popular?

– Aham – Disse animada, e em seguida deu um rodopio, como se mostrasse sua roupa – Adivinha em quem essa roupa foi inspirada? Vi uma foto sua no site da escola, bem antiga, e olha no que deu!

Dei um sorriso enorme. Então esse é o motivo de existir uma miniatura minha.

– Tudo bem – Falei séria – Mais pra você entrar no meu grupo, vai ter que andar de calcinha e sutiã na rua, jurando fidelidade ao meu grupo.

Ela me olhou assustada, mas logo depois percebeu que era brincadeira.

– Isso é o máximo – Disse e me deu um abraço. Ela é do tipo bem animadinha, tipo uma Pri, mas que usa roupas no estilo Tayse. Ela ficou toda empolgadinha e subiu as escadas correndo.

– Mããããããããããe – Gritou – Eu vou ser popular!

Dei outra risada e voltei minha atenção ao livro. A mulher que estava tomando o sorvete se levantou e veio me pagar. Cobrei e dei seu troco. Limpei a mesa em menos de dois segundos e voltei novamente ao livro.

– - -

Fiquei lendo por horas, e quando cansei, mandei uma mensagem pra Pri, pedindo que ela viesse até a sorveteria. Meu horário de saída estava se aproximando e eu queria que ela fosse dar uma volta comigo. Quando ela finalmente chegou, contei toda a história do banheiro.

– Peraídexaeuverseentendi – Pri falou, mais rápido que o normal – Voce ouviu uma conversa da Rayane com a Suelen no banheiro, e por esse motivo decidiu que a antiga Tayse deveria voltar?

– Aham – Confirmei.

– Mas a antiga Tayse feliz, ou a antiga Tayse maldosa?

– A feliz claro – Falei – Sabe, eu já cansei de ver as pessoas falando que eu entrei em depressão por causa daquele idiota. Quero ser popular, mais agora com um grupo de amigos verdadeiros. Com o tempo, esse grupo vai crescer tanto, que o da Rayane nem vai existir mais. Quero um grupo que naõ humilhe os outros que nem o dela.

– Perfeito – Disse – Essa sim era a Tayse que eu queria. Sorridente – Falou, por que percebeu minha animação.

– No nosso grupo já temos eu, você, o Gui, o Duca, a Elisa e a Luizinha – Falei, e ela arqueou as sobrancelhas quando ouviu o ultimo nome – Você vai amar ela. Ela combina perfeitamente com você.

Pri deu um sorriso e continuei:

– Quero voltar a ser aquela garota sorridente e tal. Chega de sentar em uma mesa escondida do refeitório e chega de roupas sem graça. Quero que você vá ao shopping comigo...

– Mas é claro – Falou toda animadinha, como sempre. Dei outro sorriso pra ela e me levantei da mesa em que estávamos. Maria desceu logo no minuto seguinte e me dispensou.

– Se importa de eu levar a Luiza pra dar uma volta com a gente? – Perguntei pra Maria, que deu um sorriso, confirmando.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentários?