Meu imbecil escrita por Talufa


Capítulo 3
capitulo 3 - Dividindo a melancia


Notas iniciais do capítulo

Meus amores, eu peço perdão por essa demora para postar tão grande, tão louca, tão tão. Mas eu estava com problemas com a internet, então não pude entrar. Me perdoam?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/550673/chapter/3

Subimos a serra logo em seguida. As arvores, plantas rasteiras e a brisinha que soltava das folhas eram incríveis. Todos bebiam suas águas com tanta vontade, e eu, por ser tão idiota, não comprei nenhuma. Eu só pensava em como seria bom o começo das aulas, e eu me exibindo muito ao falar que peguei pelo menos um garoto. “Mas o que você está pensando, Tina? É o Rodrigo!”, mas mesmo assim mente, ele é um garoto, não é?

— Tudo bem, tudo bem. Vamos sentar aqui e comer a melancia, estou morto de fome! — Disse Heitor quase jogando-se nas folhas.

— Falou e disse! — Duda sorriu e sentou ao seu lado.

Eles tiraram as melancias da sacola e, estranhamente, uma faca também saiu dela. Sentei bem afastada deles, em um troco caído. Segurei bem minhas pernas, que estavam doendo muito, e abaixei minha cabeça, fazendo alguns fios de meu cabelo fugirem do rabo de cavalo e caírem em meu rosto. Senti uma presença sentar-se ao meu lado, uma presença chamada Rodrigo.

— Quer um pouco? — Colocou um pedaço de melancia em minha frente.

Claro que eu queria, na verdade, eu estava morrendo de sede desde que entrei naquele maldito carro, desde que aceitei essa maldita viagem.

— Não, muito obrigada. — Quase gemi, mas tentei ser forte.

— Sabe... — Ele encostou-se mais. — Você é muito linda, de verdade, então coma essa melancia, pois não quero ver minha nova peguete morrer por desidratação. — Disse brincalhão.

— Nova peguete? — Fingi que aquela palavra não abalou todas as minhas estruturas, mas na verdade, até meus quadris doíam ao ouvir aquilo.

— Se importa com esse termo? — Olhou-me nos olhos, levantando uma sobrancelha.

— Claro! Não sou “peguete” de ninguém. — Fiz as aspas com as mãos.

— E então, por que corou? — Agora Rodrigo estava gargalhando, jogando a cabeça para trás.

— Me da logo essa melancia! — Puxei de sua mão e mordi.

Agora ele estava olhando para frente, quieto, como se estivesse em seu quarto sozinho e ninguém pudesse vê-lo. Por Deuses, por que ele não parecia o mesmo garoto da Bahia? Ele mudará, e eu nunca irei cansar de dizer isso, absolutamente nunca. Olhei para o outro lado e me arrependi por isso, Heitor estava beijando Duda quase para comê-la ali, comê-la literalmente, porque... Por um momento, imaginei que Rodrigo veio até aqui para fazer a mesma coisa. Corei e agradeci a Deus por ele, Rodrigo, não está vendo as minhas caretas de apavorada, já que ele ainda estava olhando para frente.

Tentei quebrar o gelo.

— O que você está pensando? — Falei com pedaços de melancia por todo canto da minha boca. Lê-se: Boca cheia.

— Apenas coma, Tina. — Ordenou sem nenhuma expressão.

— Ué, você relativamente não manda em mim. – Brinquei. Ele virou-se para mim com uma cara maliciosa.

— Ou você come, ou eu ataco sua boca aqui e agora. — Sorriu de lado, provocando-me.

Senti calafrios. As palavras de Rodrigo possuíam um efeito diferente em mim. Cocei a garganta sem graça, o fazendo gargalhar. Pelo menos isso, ele gargalhava, eu comia, as horas passavam e íamos logo montar essa maldita barraca. A temperatura aqui em cima, da serra, era ótima. Se as pessoas de minha cidade soubessem disso, estariam agora mesmo construindo casas para passarem pelo menos essa noite. Vibrei quando Rodrigo encostou-se mais em mim, quase caí do tronco. E merda, eu havia acabado de comer a melancia. Voltei a olhar para o lado, exatamente para Duda e seu beijo melado e demorado, e fiquei encarando. Enojada, mas encarando. Melhor do que estar fazendo o mesmo.

— Quer mesmo ver isso? — Ele sussurrou em meu ouvido. Eu caí do tronco e consequentemente dei um grito, despertando o amasso do casal do lado.

— O que houve? — Duda levantou-se assustada.

— Nada. — Falei levantando. E ouvi uma risadinha de Rodrigo. — Quando vamos montar nossas barracas?

— Tá louca? Não vai ser aqui, Tininha. Vamos para perto da cachoeira... Se eu não me engano... É para o leste. — Confirmou Heitor, mas o imbecil apontou para o oeste.

— Tudo bem, meu amorzinho não é muito bom com Geografia. — Duda sorriu e o abraçou. Vamos por ali. — Pegamos nossas coisas e fomos.

~~~~~~

Depois de termos montado nossas barracas, os garotos foram atrás de madeira. Duda logo se aproveitou da situação para me encher... Entrando em minha barraca.

— Tá dormindo? — Perguntou já dentro dela, depois de ver-me acordada.

— Oi, né? — Forcei um riso. — O que quer?

— Tina... ‘cê sabe o quanto eu quero namorar Heitor, né? — Assenti confusa. — Bem... O seguinte é esse: Eu queria... Tipo muito, ter uma barraca só pra nós dois.

Arregalei meus olhos e meu queixo desmoronou. Bom, só trouxemos duas barracas, por conta do peso e tudo mais... Os meninos ficariam em uma e nós em outra. E agora, com esse pedido de Duda, significa que eu teria que ficar com Rodrigo, dormindo juntos... Simplesmente não!

— Na...

— Por favor! Pense como será ótimo chegarmos na escola esse ano esfregando na cara de todos que não somos mais... Você sabe.

— Minha mãe pediu para eu ficar longe de garotos. — Pelo menos isso me ajudou em algo.

Ou pelo menos eu tentei, já que Duda deu-me a resposta revirando os olhos e ignorando minha fala.

— Eu te imploro! — Fez sua típica cara de choro. Foi desse jeito que ela conseguiu me convencer dessa viagem.

— Ok! — Suspirei. — Mas te digo uma coisa: Não iria aconteceu nada entre Rodrigo e eu.

Ela abraçou-me, gritando em meu ouvido. E depois, ficamos conversando até que os meninos chegaram.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam??? Comentem, por favor. Estou triste por tão poucos comentarios.