Destined Souls escrita por nathyfaith, HHenry, day637


Capítulo 6
Everything's Gone to Hell


Notas iniciais do capítulo

Oi queridos leitores!
Um cap. fresquinho pra vocês!
Queria agradecer as recomendações carinhosas de Brittany, Marcela e Kyzy, fiquei imensamente feliz e surpresa, espero que cada vez mais ganhe surpresas tão prazerosas, acreditem isso aquece a alma de um escritor.
Agradeço a todas que comentaram também! You guys ROCK!
Aconselho as mais sensíveis do coração - calma e respirem fundo!Bem fundooo ;P
As mais sentimentais - um lencinho :D
Bjo grande a todas!
xoxo ;)



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“Era agora que eu teria que estar preparada para tudo, possivelmente para o início de um verdadeiro pesadelo.”

POV Bella

Definitivamente eu não estava preparada para isto. Para a notícia que ia receber. Preparada para ouvir que minha mãe poderia ou não sobreviver a uma cirurgia de emergência, não era o que eu queria ouvir. Mas o baque mesmo foi quando ele me disse o por que. Mamãe tinha um tumor no cérebro e estava em estágio avançado.

UM TUMOR NO CÉREBRO? Isso não fazia sentido algum, ela estava sempre bem, feliz, saltitante, cultivando o jardim... aquilo não poderia estar acontecendo.

- Srta. Swan? – Disse olhando-me - Sem a presença de um adulto, não posso prosseguir com a cirurgia, o hospital concordou em abrir uma exceção no seu – Cortei o médico ao dizer:

- Sou emancipada. Onde devo assinar?

Ele saiu para buscar os documentos, deixando-me sozinha com meus devaneios. Mas essa agora! Mamãe com um tumor maligno. Segundo ele se não retirassem tudo, e ficasse algum vestígio poderia evoluir para um câncer, portanto assim que terminasse a cirurgia e eles fizessem todos os exames, ela poderia ainda ter que tomar remédios ou até então realizar quimioterapia. Eu sentia que ia vomitar. Meu corpo tremia e eu não conseguia falar ou respirar direito.  Olhava o nada a minha frente, apesar de haver movimento, pessoas passando, falando, eu nada via, era um completo breu, uma névoa branca que cobria todos os meus sentidos.

- Srta. Swan.  - Falou o médico novamente. – Vou explicar a senhorita como funcionam os procedimentos. Primeiro...

- Não precisa. Eu só quero que você a cure.

- Farei o meu melhor, Srta. Swan.

- Obrigada. – E então ele desapareceu pelas portas do hospital.

- Bella. – Ouvi Angela dizer.

- Angie. – Falei minha voz fraca e trêmula. Ela me abraçou forte, murmurando palavras incompreensíveis para mim, enquanto acariciava meus cabelos. Chorava incontroladamente. Quando finalmente me acalmei, liguei para casa. Minha voz não saia muito bem:

- Allie.. a ma.. ela.. é que.. – Sucumbi novamente às lágrimas.

- Bella é mamãe? O que ela tem? Maninha.. fala comigo. Eu vou aí se for  preciso não eu ligo pro Emm, ele vem e fica conosco.

- Não. – Falei minha voz mais forte.

- Okay. Não vou ai, e nem vou chamar o Emmett, mas e seu pai?

- Mas que droga Alice, ele pode morrer no lugar dela! Eu não me importo! Eu só quero que ela fique boa.

- Bell, eu sei que você esta um pouco chateada com ele, mas fica calma, ok?

- Ah Allie.. você não sabe de nada.  Conversamos assim que eu chegar a casa, ta bom?

- Okay. Amo você.

- Também te amo mana.

Agradeci novamente a família de Angela, pois alguns já estavam indo para casa. Olhei o relógio e notei que eram 23h. E ainda não havia sinal do médico. Eu não havia comido nada na maior parte do tempo, e só de imaginar o meu estômago revirava.

Angela foi para casa, mas antes deixou seu numero de telefone comigo, dizendo que se eu precisasse de alguma coisa, que eu não hesitasse ligar.

Sentei, abracei meus joelhos e escondi meu rosto em minhas mãos. Ultimamente tudo esta indo ladeira abaixo ou literalmente para o inferno.

Há um tempo meus pais já não eram os mesmos, todo o carinho que sempre sentia emanar deles simplesmente de uma hora para outra se dissipou. E não era de hoje que Renée andava estranha, ela sabia que havia alguma coisa acontecendo há meses, mas sua mãe sempre muito orgulhosa de si mesma, jamais pediria ajuda.

Seu pai Charlie estava cada vez mais estranho e chegava muito tarde em casa. Eu tinha uma teoria, mas não havia compartilhado ela com Alice ou qualquer outra pessoa.

Flashback On

Era tarde da noite, eu havia acabado de ler um de meus romances favoritos “Orgulho e Preconceito” quando ouvi um barulho vindo do banheiro. Primeiro achei que fosse Allie, pois ela costuma ir ao banheiro no meio da noite, mas depois vi que era mamãe e ela não parecia muito bem, eu estava prestes a entrar e ver como ela estava quando ouvi a porta de casa abrir e fechar novamente. Fui para dentro do quarto e ouvi meu pai subir as escadas para encontrar Renée no chão do banheiro, colocando literalmente as tripas para fora.

- O que é isso? – perguntou meu pai irritado.

Rancorosa e com a voz fraca minha mãe respondeu:

- Isso são horas Charlie?

- Isso não importa Renée, mais que droga mulher, não se pode mais sair e espairecer que você fica me controlando. – Disse atirando o paletó na poltrona.

- Charlie.. – ouvi a voz de minha mãe cansada – o que acha que é isso? Não me  sinto bem e não pretendo controlá-lo, mas as meninas precisam de você.

- Elas a têm, Renée. Não precisam de mim, afinal quem é que paga as contas nessa casa? Quem põe a comida na mesa, paga os caprichos de vocês?

- Deus Charlie você não é mesmo homem que conheci anos atrás! O que aconteceu com você?

- Você aconteceu Renée, resolveu se desleixar, ora, pois fique sabendo que não é a mesma mulher que eu conheci também.

Eu já estava no corredor ouvindo a conversa, quando minha mãe me viu e gentilmente perguntou:

- Bella querida, o que faz acordada? – com minha melhor atuação de sono, bocejei e disse:

- Estava com sede, fui à cozinha beber água, precisa de algo?

- Não meu bem, volte a dormir.

Entrei no meu quarto e cai na cama. Neste momento eu sabia tudo havia ido para o inferno, e tendia é lógico a piorar.

O pensamento que tivera meses atrás não estava incorreto, realmente as coisas pioraram, e eu tive que me tornar aos 15 anos a mulher da casa, cuidado de minha irmã e de minha mãe, fazia questão de ignorar Charlie desde aquele dia. Já não respeitava mais, e isso se agravou quando descobri seu segredinho sujo.

Mamãe e Alice haviam viajado, resolveram ir visitar o irmão de Alice Emmett, eu tinha provas finais e não pude ir, adorava o ursão e fora com certeza uma oportunidade perdida.

Cheguei em casa à tarde, algo que raramente fazia, mas estava exausta,  que eu não daria par ouvir a voz dele? Sentir seu cheiro e seu abraço apertado?

Deixei as compras na cozinha sem fazer barulho, e me dirigi ao meu quarto quando ouvi  gemidos ecoando do quarto de meus pais, eu não queria acreditar, não podia, ele não faria na é mesmo? Pois eu estava redondamente enganada, andei até a porta que estava entreaberta para encontrar Charlie agarrado a uma mulher loira beijando-a e estocando-a com prazer. Aquilo me deu ânsias. Sai correndo da casa batendo a porta com todas as minhas forças, duvidada muito que ocupado como estava ele iria ouvir alguma coisa.

Não voltei para casa aquele dia. Eram três da manhã quando Alice desesperada junto com Emmett e mamãe haviam me ligado.

- Alô?

- Izzie! – ouvi Emmett gritar. Pelo amor de Deus garota onde você se meteu?

- Emm? – Adormeci no carro, me desculpem.

- Pessoal, a Belsie dormiu no carro!

- Bella querida? O que aconteceu?

Novamente menti a minha mãe. È, eu estava ficando boa nisso.

- Estava ouvindo um CD e acabei adormecendo sobre o sol. Me desculpem.

- Esta tudo bem por aí? Voltaremos em breve querida, Emmett comprou um flat perto da casa de sua tia, acredita nisso? Bem poderemos visitar! Cuide-se meu amor. Esme manda lembranças, diria que Edward também, mas não o vi, sabia que Edward e Emmett são ótimos amigos?

Senti lágrimas brotarem em minha face, não conseguia mais ouvir aquilo. Desliguei o telefone dizendo um rápido “amo vocês” e voltei para casa. Naquele mesmo dia comprei um diário. Onde desde então escrevo minhas frustrações.

Quase 24h e maldito médico não havia aparecido. Eu estava apavorada. Sabia que Renée estava com os dias contados, há meses levava-a para fazer check-up, buscava Alice no teatro e depois a buscávamos. Se eu soubesse que desde então ela estivera lutando contra isso eu teria feito alguma coisa, mas não orgulho dela era grande demais. Vi médico surgir e levantei imediatamente.

- Srta. Swan. A cirurgia foi um sucesso, porém sua mãe tinha um glioblastoma multiforme, é um tumor extremamente letal, e tivemos uma dificuldade técnica extremamente grande, há ainda a possibilidade das células restantes do material tumoral exerçam uma atividade proliferativa e o tumor retornar. – Segurei um gritinho de espanto. - Sua mãe terá que ficar hospitalizada, foi uma cirurgia de risco e pós-operatório é crucial.

- Compreendo.

- A Srta., deveria comer e descansar um pouco, talvez ir para casa lhe fará bem.

 Sorri desanimada e sai. Fui à busca do meu carro, no estacionamento praticamente vazio. Sabia que Allie deveria estar morrendo de preocupação, e que provavelmente já deveria ter ligado para Emmett. Dito e feito quando chego a casa ouço a voz dela, estava no telefone com o alto-falante ligado:

- Eu não sei Emm, ela simplesmente voou daqui de casa, Bells esta me preocupando.

Em seguida uma voz estranha para mim aveludada, perfeita, como uma música disse:

- Você tentou ligar para ela?

- Alice? – Chamei. – Já cheguei. – Disse jogando-me no sofá.

- Bell! Deus você me mata do coração!

- Bellita! Você está bem? – Disse Emm.

- Ela está bem Alice? Sua irmã? – Falou a voz.

- Tá sim Tony.

- Ahh. – Ouvi Emmett e seu amigo suspirarem aliviados.

- Estou ótima. Mamãe também, ela esta de repouso agora. Charlie já chegou?

- Ainda não Bells.

- Okay. – Suspirei.

- Vou pedir alguma coisa pra gente comer, estou faminta. E além do mais, que idéia foi essa de ligar pro Emm há essa hora?

- Ora Bells, eu estava preocupada!

- E isso é motivo para acordar o Emmett e mais quem quer que seja? – Disse brincando.

- O nome dele é Tony! – Falou Alice resignada, enquanto ambos diziam - Claro!

- Pois bem, obrigada por fazerem companhia a Alice, mas está tarde e você trabalha amanhã Sr. Emmett!

- Poxa Izzie assim você acaba comigo. – Disse em um tom manhoso.

- Amo você ursão, se cuidem! – Falei.

- Tchau maninho, te mais Tony, amo vocês! – Desligou Alice, um milésimo de segundo depois me bombardeando de perguntas.

- Bella! Ela está bem? O que há de errado? Você esta me escondendo alguma coisa eu sei disso! Bells porque não fala comigo!

- Allie, por favor. Peça algo para comermos, preciso de um banho. – Disse mecanicamente, perdendo a vontade de eu mesma ligar e pedir.

Ouvi-a bufar e pegar o telefone sem fio, o barulho da discagem rápida que Alice fez ao disk pizza e finalmente sua voz solicitando uma pizza grande com quatro sabores. Às vezes me perguntava como podíamos ser tão magras com toda a porcaria que comíamos.

Subi as escadas e entrei no banheiro despi-me e deixei a água lavar os acontecimentos do dia, ultimamente andava exausta, mesmo porque eu ando sendo a “mãe” quando deveria ser a filha. Sinto saudades de tia Esme, o que me lembra que devo escrever á ela provavelmente está preocupadíssima.

POV Edward

Sentia-me cansado das farsas, das mentiras, mas Emmett podia ver bem melhor do que isso, sempre soube que Rosalie e eu não passaríamos muito tempo juntos e honestamente sempre achei que Rose tivesse uma quedinha por ele a meu ver aquele cara merece.

Desde que começou a trabalhar vem juntando dinheiro para comprar um flat e quando menos espero é exatamente isso que ele faz e claro convida a irmã Alice para visitar, eu adorei a baixinha. Ela parece uma fadinha de tão leve e solta, sempre sorrindo e pulando; falou muito sobre a “mãe” e fiquei surpreso ao saber de minha mãe que Renée havia visitado e passado na casa de Emmett junto a Alice. Estranho. Eu pensava que tanto minha mãe quanto Renée já não se falassem com tanta freqüência. Vai ver conhecendo a dona Esme é bem capaz de estar em contato com a minha Bella todo esse tempo sem me dizer nada. Não é como se eu pudesse provar isso não é mesmo?

Decidi ignorar meus pensamentos, minha vida agora se resumia á estudo, trabalho, sinuca com Emmett e alguns colegas do trabalho, cama e sempre desacompanhado, a única pessoa que assolava meus pensamentos era Bella, isso até aquele dia na casa de Emmett.

Flashback on

Era um dia chuvoso em Forks, mas até aí nada muito diferente, havia saído da faculdade tivera uma prova de anatomia extremamente longa e cansativa, devia ser quase meia noite quando cheguei  ao flat do Emmett e joguei minha mochila no canto da sala, ouvindo a voz de sininho de Alice caminhei até o sofá sentando-me com Emm.

Arquei minha sobrancelha como se perguntasse a Emm a razão de Allie estar tão preocupada, mas antes que ele me respondesse ela disse:

- Eu não sei Emm, ela simplesmente voou daqui de casa, Bells esta me preocupando.

- Você tentou ligar para ela? – Perguntei um tanto preocupado, isso não era hora de uma garota da idade de Alice estar andando pelas ruas escuras de Boston! DEUS!

Foi então que ouvi uma voz melodiosa, tão suave quanto uma canção de ninar, feminina e gentil dizendo:

- Alice? Já cheguei. – Ouvi um ruído de uma pessoa sentando perto de Allie e sendo provavelmente esmagada em um abraço de urso tão característico da família Brandon.

- Bell! Deus você me mata do coração! – Ouvi Alice dizer alarmada.

- Bellita! Você está bem? – Perguntou o ursão ao meu lado claramente preocupado.

- Ela está bem Alice? Sua irmã? –  Perguntei.

- Tá sim Tony. – Disse sorrindo.

- Ahh. –  Falamos Emmett e eu juntos.

- Estou ótima. Mamãe também, ela esta de repouso agora. Charlie já chegou? – Sua voz melodiosa continha cansaço e ao mesmo tempo um sinal de liderança.

- Ainda não Bells. – Confirmou Alice, por acaso ela disse Charlie? A.. até parece! Alice morando com minha Bells.. claro.. claro! Que tolice Edward!

- Okay. – Disse em um suspiro.

- Vou pedir alguma coisa pra gente comer, estou faminta.  – começou a tagarelar – E além do mais, que idéia foi essa de ligar pro Emm há essa hora? – Falou entoando um tom de voz zangado e ao mesmo tempo humorado.

- Ora Bells, eu estava preocupada! - Falou Alice resignada.

- E isso é motivo para acordar o Emmett e mais quem quer que seja? – Disse brincando.

- O nome dele é Tony! – Falou Alice resignada, enquanto eu e Emmett claramente chateados dizíamos – É claro.

- Pois bem – disse soltando uma risada gostosa - obrigada por fazerem companhia a Alice, mas está tarde e você trabalha amanhã Sr. Emmett! Terminou fazendo com que Emmett se sentisse uma criança.

- Poxa Izzie assim você acaba comigo. – Disse ele em um tom manhoso.

- Amo você ursão, se cuidem! – Falou.

- Tchau maninho, te mais Tony, amo vocês!

E desligou o telefone. Fiquei ali encarando o aparelho ouvindo ainda a voz melodiosa dizendo “Amo você ursão, se cuidem!” até que Emmett tirou-me de meus devaneios tagarelando alguma coisa sobre o trabalho e em seguida disse que havia começado a sair socialmente com Rosalie.

- Caramba! Emmett isso é ótimo! – Falei com um sorriso, eu sempre achei que ele e Rose se mereciam.

- Sim não é? Alice a adorou e tagarelou pra Belsie sobre ela que me enviou um email ENORME, contando tudo e mais um pouco de Boston, mas conhecida como Bosta por ela. – Simplesmente ri, já gostava dessa tal garota, dessa Belsie, ela parecia fazer bem a todos que a conheciam – nota mental: ir com Emmett na próxima visita que ele fizer a Allie.

Flashback off

Desde então quem povoava minha mente com sua voz melodiosa era Izzie, Belsie, Bellita, honestamente não me importava como Emmett a chamada, estava convicto de que minha musa se chamava Elisabeth. Sua voz agora me assombrava nos sonhos, imaginava este anjo beijando meus lábios, abraçando e me aquecendo, seu corpo junto ao meu, sua voz sedutora sussurrando meu nome. Parabéns Edward você está enlouquecendo! Como se já não bastasse meu amor infinito por Bella tive que me apaixonar por uma voz, uma voz, sexy, linda, melodiosa.. ARGH! Parei, preciso urgentemente me concentrar em meus estudos. E como sempre resolvi escrever a única pessoa do mundo que sem duvida alguma eu deixaria de amar além de meus pais, Bella.

“Bells, meu amor,

Sinto sua falta. A cada dia mais e mais. Tenho muito a lhe falar, contei a você sobre Emmett? Meu melhor amigo, o cara mais família que já conheci, é um brincalhão, mas sabe ser sério quando necessário. Ele é irlandês e tem uma irmã da sua idade, Alice, ela também é um amor, a conheci faz pouco tempo.

Achei estranho e repentino a vinda de Renée a Forks, ela nem sequer mencionou nada a mamãe antes de vir, soube somente porque encontrei-a rapidamente em casa, porém estava exausto e você bem sabe que desde que partiu minha repulsa por seus pais aumentou, não por Renée e sim por Charlie, com algumas aulas de psicologia descobri que estava transferindo minha raiva de Charlie para minha querida e amada madrinha.

E você minha vida? Como anda? A Bella queria tanto estar contigo, beijar teus cabelos abraçá-la e aconchegá-la a meu peito.

Hoje Alice nos ligou preocupadíssima com sua irmã postiça Izzie, Belsie, Bellita, era havia saído de casa para levar a mãe ao hospital, engraçado como essa garota é maluca Bells, fez o mesmo por Alice sabia?

Mas então ela chegou a casa e quando ouvi sua voz, foi como se ouvisse um anjo falar. Para mim seu nome é Elisabeth, pois acho impossível que Alice more com você, Emmett teria me dito, eu contei a ele sobre você e a Rose sua atual “ficante” e minha ex-namorada, sinto se isso lhe machuca neném.

Fico imaginando quando linda você deve estar agora B, tão linda, tão amável como sempre fora, a minha anja e a minha perfeita diabinha.

Eu sinto sua falta, não só como minha namoradinha, mas como minha amiga, minha alma gêmea.

Amo-te.

Seu eternamente,

Edward"

POV Emmett

Finalmente comprei meu flat, é lógico que continuaria morando em Forks, precisava de meu melhor amigo, correção, meu melhor amigo precisava de mim.

Okay, a situação é essa: Alice mora com Renée que é mãe de Bella que é o amor da vida de Eddiezinho. E qual o problema nisso tudo? Bem, nenhum se ambos não fossem grandes idiotas e ficassem fazendo doce, porque eu bem sei – ta a Allie me contou – que Bella ainda é louca por Edward, eu não sei por que complicar a situação sabe tem que ser prático, pá e pum. Que nem eu e a Rose. Lembro-me como se fosse hoje. Estávamos saindo da faculdade e ela estava exausta, andávamos flertando há um tempo e ocasionalmente nos beijávamos. Naquela noite levei para casa e entrei como geralmente fazia organizei o lugar enquanto ela foi tomar banho, vivia me perguntando como uma deusa daquelas podia me querer tanto quanto eu a queria.

Ouvi o barulho do chuveiro e resolvi preparar uma massa, sabia que Rose iria ficar um bom tempo imersa na banheira, então saí comprei um bom vinho e uma seleção de queijos e voltei preparei a macarronada com molho branco para combinar com o vinho tinto suave que havia escolhido, e como sobremesa fiz um petit gateau.

Conferi o fogo; o macarrão e o molho já estavam no ponto; tudo estava perfeito. Notei que não havia mais barulho de água direcionado ao banheiro. De repente, senti mãos frias tocarem meu pescoço. Surpreendi-me com a presença de Rose enrolada numa toalha; a toalha era bastante curta, o que ressaltava cada curva de seu corpo escultural. Ela levantou provocante as pontas da toalha, exibindo suas belas coxas. Girei o botão do fogão, desligando o fogo. Segui, em passos longos e demorados, para perto de Rose; ela foi se afastando pela cozinha, até sentar-se em cima do balcão. Cruzou as pernas e colocou sobre as pernas o prato com as trufas petit gateau. Ela mordeu a trufa, despejando seu conteúdo pelos lábios, olhando-me fixamente. Sorri, malicioso, enquanto me aproximava, pronto para “limpar” aquele chocolate de seus lábios. Toquei seus lábios inferiores com meu indicador, levando o chocolate à minha boca.

Suas mãos geladas deslizaram mais uma vez por meus ombros, me incitando; encaixei meus lábios nos seus, limpando de vez o chocolate; apesar de seu sabor, o sabor dos lábios de Rosalie ainda era mais doce e picante, e muito mais apelativo. Suas pernas se entrelaçaram em meus quadris e minhas mãos impulsionavam suas costas para frente. Arranquei minha camisa num movimento só, enquanto Rosalie já havia retirado meu cinto, e jogado-o em um canto qualquer da cozinha. Deitei-a sobre o balcão, retirando suas mãos de meus ombros e beijando a pele gélida; seus dedos, seu pulso, seu braço; sentindo toda a superfície de sua pele se eriçando, enquanto seguia rumo a seu pescoço. Ela acariciava meus cabelos.

Desenrolei suavemente a toalha que envolvia seu corpo; ela me repreendeu. Puxou para junto de si a garrafa de vinho e duas taças. Ela retirou a rolha com suas próprias mãos, despejando o líquido nas taças. Tomei seu conteúdo, enquanto ela abaixou a toalha, exibindo seus seios e derramando um pouco de vinho em seus seios. Suas pernas me impulsionaram ainda mais; abaixei a cabeça até seus seios rosados perfeitos; passei a língua ao redor de seu mamilo, estimulando-o; ela gemeu, baixo. Continuei a fazer movimentos circulares ao redor de seu mamilo, enquanto ela continuava a gemer. Acabei me distraindo e esquecendo do vinho ainda despejado ali. Limpei-o, com apenas um movimento, avançando para seu seio esquerdo.

Notei uma gota de vinho que escorria por seu abdômen, até adentrar num espaço que a toalha ainda cobria. Sorri, malicioso para Rose, que retribuiu meu olhar. Enchi mais uma taça de vinho e abri a toalha cuidadosamente, até podê-la observar por inteiro. Sem pestanejar, derramei toda a taça sobre sua intimidade, agachando-me atrás do balcão para poder limpar novamente o vinho de seu corpo. Suas pernas envolveram meus ombros, meu pescoço. Comecei, levemente, a sentir o sabor do vinho em sua intimidade; brinquei um pouco, fazendo movimentos ao redor de seu sexo, ouvindo-a gemer, cada vez mais alto. Por fim, penetrei-a com a língua, fazendo rápidos movimentos de vai e vem, sentindo seu sabor, misto ao do vinho. Pressionava seu interior, enquanto ele se contraía; isso parecia excitá-la bastante. Acelerei meus movimentos, enquanto sentia seus pés frios roçando em minha orelha, e logo se cruzando em meu pescoço, me impulsionando ainda mais rápido e mais forte contra seu interior. Sua respiração já era ofegante; antes de prosseguir, dei um tempo e passei a beijar sua virilha, sua cintura, seu abdômen, seguindo para seus lábios vermelhos e carnudos.

Coloquei-a em meu colo, levando-a para o quarto; aquela noite seria inesquecível. Sentei-a na cama, encurralando-a; entre a mim e a cabeceira da cama. Comecei a beijar seus lábios macios, e já sentia meu membro se enrijecendo dentro de minhas calças. Livrei-me das peças de roupas que me restavam em um só movimento; Rose envolveu meu pescoço com suas mãos – ainda frias – voltando a tocar meus lábios. Senti a ponta de meu membro já pressionando sua entrada; eu podia sentir que estava queimando. Mas podia sentir seu exterior frio. Afastei-me, e ela me lançou um olhar questionante. Apalpei seus seios, deslizando meus dedos por seu abdômen; sorri para ela e toquei sua entrada, com um dedo; ela gemeu baixo. Penetrei-a, desta vez com o dedo; senti seus músculos se contraindo contra meu dedo, que apenas pressionava-a. Ela não parecia tão fria por dentro; retirei meu dedo, pronto para tê-la.

Novamente meu membro pressionava sua entrada, enquanto eu avançava em seus lábios e ela me abraçava forte. Senti-me penetrando-a; ela continuava se comprimindo, mas desta vez, era diferente. Suas unhas se fecharam em meus ombros; e arranhavam cada vez mais no ritmo em que a penetrava. Era diferente; diferente de tudo o que eu havia visto ou sentido. O fato era: eu a amava; com ela qualquer coisa ia ser dez, vinte, trinta, cem, mil, milhões... de vezes melhor; sorri para ela, e ela riu, sem saber o porque daquele olhar.

- Para de me olhar assim, me deixa sem graça... – disse ela, abaixando o rosto.

- Que isso, Rosie... Você é perfeita. Não precisa ter vergonha de absolutamente nada. – ergui sua face, que esboçava um lindo sorriso. Um sorriso que eu amava. Beijei-a. Ela abraçou-me.

Comecei a fazer movimentos de entrar e sair; fui acelerando ao ritmo em que podia sentir Rose se lubrificando e se adaptando; agora, seus músculos não se contraíam mais, apenas deixavam-me preenchê-la. Ela se aninhava em meu peito, enquanto cada vez mais estávamos pressionados contra aquela cabeceira. Senti algo se espalhando por todo meu corpo; uma onda de prazer me dominando, e eu podia ler isso na face de Rose também. Aquela fora a melhor noite de minha vida; noites melhores ainda estavam por vir, com certeza. E todas elas seriam com apenas uma pessoa: Rose.

Deitei-a na cama; ela se recuperava – fora diferente, tanto pra mim como pra ela – enquanto eu voltava a beijar todo seu corpo, até chegar a seus belos lábios.

- Eu te amo, eterna flor do meu jardim. – sussurrei em seu ouvido; modéstia à parte, aquela era uma comparação perfeita à Rosalie.

- Eu também te amo, meu ursão. – disse ela, afagando meus cabelos.

Eu resolvi contar todos os meus segredos a Rose, e um deles era simplesmente BOMBÁSTICO.

- Rosie... tenho um segredo para lhe contar. – Disse manhosamente em seu ouvido.

- Pode contar Emm, promete guardá-lo a sete chaves. – Falou sorrindo enquanto se encaixava mais em meu abraço.

- Eu conheço a garota por qual Edward é apaixonado. Quem ele realmente ama.

- Como?! – Disse surpresa virando e olhando-me nos olhos. Aí comecei a explicar toda a história de conhecer a tia Renée e a Bellita, por fim Rose disse:

- Emmett to rosa chiclete, não bege! Melhor rosa pink! Meu Deus! Que babado!

- Rosalie. – Repreendi-a.

- Desculpe relapso do momento.

- Eu amo você. – Disse sorrindo e beijei seus cabelos.

Ela riu e de repente uma luzinha se acendeu em minha mente. AI JESUS DA MADONNA! A camisinha. Olhei apavorado para ela, Rose sorria e então disse:

- Estou usando anticoncepcional, Emm. Relaxa.

E respirei aliviado, beijando docemente seus lábios.

POV Bella

Após explicar em mínimos detalhes o que havia acontecido no hospital para Alice, finalmente consegui ir dormir, ela me despachou dizendo que eu deveria estar exausta.

Porém em minha mente ainda ressoava a voz do estranho, a voz de Tony. E pensar que havia devotado todo meu amor a Edward. Sem sono peguei meu diário novo e comecei a escrever:

Meu amado Edward,

Sim, creio que não posso fazer deste caderno um simples diário, preciso – não – necessito colocar tudo o que sinto e tudo o que penso desde que parti. Desde que eu te disse que não te amava, foi de todas há mentira mais atroz que cometi.

Não te amar?Isso é praticamente impossível, considerando que você esta em tatuado em cada célula de meu corpo, em cada respiração, em cada pensamento. 

Tenho tanto a lhe contar...

Primeiro me perdoe, pois EU TE AMO. Desculpe o borrão é só uma das tantas lágrimas que já derramei por ti meu amor.

Renée está doente, e nem tive a capacidade de dizer isso a tia Esme, sou realmente uma covarde, sei que ela deixaria tudo e viria correndo para Boston para me ajudar, nos ajudar, quem sabe colocar um ponto final nessa porcaria de família, meus pais já não são os mesmos, na realidade a culpa é toda de Charlie resolveu se engraçar com uma Irina Denali, loira, gostosa e sem cérebro algum, consegue acreditar que é casada e tem duas filhas? Me dá vontade de vomitar, só de pensar como uma mulher pode ser tão promíscua, egoísta e egocêntrica, não duvido que as filhas sejam exatamente iguais a ela.

Enquanto isso tenho que ver minha mãe definhar aos poucos, graças a deus tenho Alice, minha melhor amiga eu não te contei sobre ela? Bem então vou contar Ed, Allie é irlandesa e tem um irmão com um coração gigantesco que mais parece um urso, por isso o apelido que dei a ele ursão seu nome é Emmett e acredite se quiser está morando em Forks, espero que não o conheça, isso é mentira, gostaria que o conhecesse, mas você sabe como posso ser egoísta quando se trata das pessoas que amo.

Afinal ainda tens meu coração não é mesmo?

Sempre sua,

Bella”

Fechei o diário e o abracei, deixando lágrimas escorrem de meus olhos. Eu estava cansada, estafada de toda aquela roda gigante de emoções. Chorei até adormecer. Não antes de fazer uma nota mental a mim mesma “a próxima visita de Allie a Emm eu com certeza irei junto”.

POV Alice

Assim que sai de casa com Renée deixando Bells para trás meu coração soltou um pulo. Havia algo no olhar de Bella que me deixava angustiada.

Quando chegamos a Forks e entramos no apartamento de Emmett soube que daquele dia em diante teríamos um segredo lacrado a sete chaves que segundo Emmett só poderia ser partilhado entre nossos parceiros.

Renée estava ao meu lado terminando de cortar algumas cebolas quando Emmett começou:

- Tia Rê? – chamou afeiçoadamente – Posso te perguntar uma coisa? – Disse triando uma foto xerocada do bolso. Xerocada? Peraí eu conheço essa foto! Como ele se atreve a roubar a foto de Bells!

- Emm! Eu sei que você é louco, mais roubar essa foto da Bells?

- Que foto? – Perguntou Renée intrigada.

- É sobre ela que quero falar Allie, tia Rê o meu amigo Edward.. – foi quando Renée deixou a faca que segurava cair no chão.

- Você disse Edward? – Falou quase em um sussurro.

- Sim. Ele tem essa foto no quarto dele e notei que Izzie tem uma igualzinha. – Falou Emm desconsertado.

- Ok, posso até contar a vocês mais devem fazer segredo de estado já que conhecem a ambos os envolvidos, estamos entendidos?

- Sim senhora. - Dissemos batendo continência.

- Bella e Edward sempre foram inseparáveis desde o nascimento de Bella. Eram namorados, melhores amigos, almas gêmeas, vimos o amor de criança crescer e se transformar a nossa frente, até que Charlie estragou tudo, pelo menos para eles. Bella sendo um tanto madura para idade vez a escolha que lhe pareceu mais simples e melhor para Edward e terminou o relacionamento. Nunca a vi tão apática quanto os primeiros meses longe dele.

- Ai minha nossa!

- É muito difícil para ambos. – Terminou Renée.

Caramba aquilo era demais eu tinha que conhecer esse garoto. Então enquanto Renée visitava Esme rapidamente fiquei com Emmett preparávamos uma pizza quando um garoto alto, cabelos bronze bagunçados, olhos verde – esmeraldas e um sorriso acolhedor adentraram pela porta da frente.

 - Emm cara? Não vai acreditar em quem eu vi hoje quero dizer a minutos atrás.. – falava quando me viu. – Emm?

- Olá! – Disse a ele.

- Oi? - Falou intrigado.

- Edward cara! E aí mano tudo bem? – Perguntou Emmett vindo o abraçar.

- Ée.. Emmett cara quem é a baixinha?

- Ah.. a anãzinha de jardim? – Teve a audácia de dizer.  - É minha irmã Alice. – Disse sorrindo e me puxando para perto dele. E ele sem cerimônias me abraçou dando um beijo em minha bochecha.

- É um prazer te conhecer Alice, Emmett falou tanto de você! – Disse ainda me abraçando. Depois me soltou e lançou-me aquele sorriso torto acolhedor. Com certeza eu entendia o porquê Bella o amava. Era bonito, gentil, cavalheiro e carinhoso. Quero um também! Comemos e conversamos animadamente, pensava em Bella a cada minuto que o olhava, tinha traços dela nele. A forma como mexia com o copo e a forma que nos olhava, analisando, esperando. Abracei a ambos e disse que ia dar notícias que me aguardassem! Havia resolvido que nunca diria nada a Bella sobre conhecer Edward, portanto perguntei a ele se havia algum apelido e Emmett prontamente respondeu que sim:

- Tony.  – Sorri ao ouvir meu irmão pronunciar o apelido dele. Edward riu também e colocou outro pedaço de pizza da boca.

- Tá bom! Eu tenho que ir indo.

- Mas já fadinha? – Perguntou Edward gentilmente.

- Não faça isso Tony é capaz dela acreditar... com esse tamanho aí.. só falta voar mesmo...

- Tá.. tá eu amo você também Emm. Cuida-se Tony. – Disse dando beijo em suas bochechas e abraçando-os novamente.

Sai e encontrei Renée no carro me esperando, hora de voltar para casa, para Bella. Entrei no carro a cumprimentando e seguimos viagem.

POV Renée

Minha filha querida já não era a mesma. Havia mudado tanto desde que partimos de Forks. E ultimamente graças a Alice havia novamente saído de seu casulo e aberto suas pequenas asas, minha borboletinha agora já era adulta e sabia muito bem se cuidar. Devo dizer muito melhor do que eu andava me cuidando, o fato é que cai em um abismo de depressão quando deixamos Forks, logicamente não deixava transparecer para Bella, pois a pobrezinha já sofria o suficiente.

Há alguns meses sentia-me cansada, sem muito animo e isso deixava Charlie furioso, primeiro porque dizia que eu estava fazendo tempestade em copo d’água, depois dizia que era porque eu estava frígida.

Resolvi então ignorá-lo e dar atenção as minhas filhas, sim, Alice tornara-se minha filha também e devo admitir que seu irmão era como um filho, tão amoroso e atencioso para com Bella e a irmã.

Havia visitado Emmett junto com Alice há alguns dias e aproveitei para rever Esme, segundo ela, minha filha em segredo lhe enviava noticias e honestamente eu ficava feliz por isso, prometi a ela que voltaríamos a nos falar, vi Edward entrar e sair rapidamente e depois segui para buscar Allie.

Chegamos a casa, estacionamos o carro e entramos. O recinto estava silencioso, tudo em seus devidos lugares, conhecendo Bella passara grande parte do tempo na biblioteca ou organizando a bagunça do pai.

Alice parecia ter pego uma virose e estava um pouco febril, mandei-a tomar um banho e busquei uma medicação para ela, depois fui ao quarto de minha menina e beijei sua testa, Bella somente se mexeu um pouco e voltou a dormir, a minha pequena andava preocupada.

Ultimamente não me sentia muito bem, e logicamente Bella havia notado, mantinha vista grossa sobre mim e Alice, às vezes me perguntava quem realmente era a mãe da casa.

Pela manhã, desci fiz o café da manhã, waffles, ovos e suco, Bella comeu rapidamente, me dizendo o que eu já sabia que era que Alice ficaria em casa hoje.

Saiu resmungando algo como “Puta mundo injusto” e depois gritou:

- Tenha um bom dia mãe, te amo!

Charlie desceu as escadas me cumprimentou, deu-me um beijo cálido nos lábios e saiu.

Fiquei sozinha ouvindo a rádio local, limpei a casa, coloquei as roupas de viagem para lavar, passei as que estavam no cesto, fiz o almoço, chequei Alice, tomei um banho e clã pelas três horas da tarde enquanto preparava um bolo de laranja o favorito de Bella tendo como fundo uma música muito bonita senti uma tontura, de repente tudo ao meu redor girava, a música se tornou como um ruído ao longe e senti minhas pernas fraquejarem, tentei me segurar na bancada da cozinha, mas não consegui, escorreguei caindo ao chão levando alguns ingredientes do bolo comigo.

Era estranho me sentia leve, segura, suave, de repente Bella passou por mim, sim, por mim! Ou diria através de mim! Deus eu era um espírito e via minha filha me chamando e correndo em minha direção.

Bella gritava por mim e checava minha pulsação. Ela se levantou e correu até o telefone, caminhava enquanto o telefone chamava, finalmente alguém atendeu, em uma voz fraca e debilitada devido ao pânico Bella dizia:

 - Oi, é minha mãe, eu cheguei da escola e encontrei-a desmaiada no chão da cozinha, e ela não esta me respondendo.

 Alguma coisa foi dita pela atende que fez com que minha filha girasse os olhos em sua órbita e desse uma pequena bufada, controlava-se para manter-se calma. Então disse:

- Eu já fiz, esta fraca, por favor...

 Observei-a ouvindo tudo o que a mulher ou homem na linha dizia e depois com um suspiro aliviado disse:

- Muito obrigada. E desconectou a linha.

Música – My Imortal - Evanescence

O que passou a seguir foi realmente algo assustador, pelo menos para mim.

Olhei minha filha, ela me observava, meu corpo tinha uma leve respiração, era tão bizarro estar assistindo aquilo tudo e que Bella não conseguisse me ver. Eu estava bem ALI!

Ao longe ouvi sirenes, o que fez com que Bella corresse até a porta para abri-la, os paramédicos entraram rapidamente, maca da mão, aparelhos em outra,  Bella observava atenciosamente os enfermeiros colocarem uma máscara de respiração em mim ao mesmo tempo em que o outro verificava meus sinais vitais, um moreno de olhos claros e um sorriso encantador, perguntou a ela:

- Gostaria de nos acompanhar?

- Não, eu vou acordar a minha irmã e falar com meu pai. Para onde irão levá-la? – Falou minha filha.

- Hospital Geral de Massachusetts. – Respondeu o garoto loiro ao lado.

- Eu estarei lá mais tarde. – Disse dando uma última olhada sobre mim e para os garotos que entraram na ambulância e estavam fechando a porta, logo a sirene voltou a tocar, vi Bella fechar a porta e se encostar, em um átimo fui até ela e tentei abraçá-la como sempre fazia com ela depois que nos mudamos, era um ato de conforto para nós duas, mais por ironia, não consegui tocar seu corpo, transpassei a porta. Senti-me tão impotente diante a esta situação, tudo que mais queria era poder amenizar o sofrimento que minha amada filha vem passando desde que todo esse tormento começou. Voltei para dentro a tempo de vê-la respirar fundo e limpar de seu rosto algumas lágrimas furtivas que insistiam em se derramar. Reprimindo seus sentimentos, após alguns segundos subiu as escadas abrindo a porta do quarto da melhor amiga.

Minha menina observou a irmã de coração dormindo com seu pijama rosa, parecia tão alheia a tudo a sua volta, sentia que Bella preferia não ter que acordá-la para dar-lhe más notícias. Sentei em sua cama observando tudo, vendo o quanto me sentia despedaçada por dentro. Via o quanto sofrerão por mim, elas não mereciam isso. Seria melhor que eu me fosse logo, pelo menos deixaria de causar dor.

POV Willis*

- Ela está tendo uma parada cardíaca Rocke! Desfibrilador 200! – Olhava para o monitor fervorosamente, ela não podia morrer, havia feito inconscientemente uma promessa aquela garota, e eu ia fazer de tudo para mantê-la viva.

POV Renée

Ao passo que me conformava em deixá-las, viver, não fazê-las sofrer mais por minha causa, meu corpo ficava leve, sentia uma paz sem comparação. Levantei-me, fui me afastando de minhas filhas. Fiquei parada no meio do quarto abraçando meus próprios braços, tentando sentir o conforto de uma decisão ainda não tomada.

POV Willis

- Willis! Não esta tendo reação, vamos perdê-la! - Rocke me informava desesperado, ele assim como eu não gostava de perder pessoas nem suas mãos.

- Tente de novo Rocke, estamos aqui para salvas vidas e não perdê-las. Fiz uma promessa para aquela garota que cuidaria de sua mãe e cumprirei.

- Vamos senhora, não se entregue, lute! A senhora tem duas filhas que precisam de você!

POV Renée

Ao passo que ia me conformando, a leveza ia me tomando, olhei em volta vendo o quarto em que por tanto tento abrigou minhas emoções. E em um ponto distante, um canto do quarto via um pequeno ponto se acender e lentamente crescer, uma luz de paz e tranqüilidade dominar o ambiente. Vi tudo acontecer muito devagar, ao passo que a luz se tornava mais visível, se moldava a forma de uma pessoa, que ia se aproximando lentamente de mim.

POV Willis

Não esta adiantando, não posso perdê-la, não irei.

- Rocke! Aumente para 300! Não vamos perdê-la, não irei permitir! - Dizia em voz alta, quase gritando. Derrick o outro enfermeiro que mantinha a bomba de ar acionada olhava pra mim, como se eu tentasse o impossível.

POV Renée

Luz. O ser a minha frente não passava de luz. Emanava somente luz, não era possível ver seu rosto, seu corpo, ou muito menos seus olhos ou lábios que me poderiam comunicar algo, além da excessiva paz que sentia em sua presença. Estendeu-me sua mão em um gesto de convite ao qual sem receios aceitei, apreciando todo o sentimento harmonioso que tinha ao seu lado. Guiou-me um pouco além da onde estava parado, colocou sua mão sobre meu ombro olhando ao longe e apontando, seu gesto me era curioso, observava sem compreender, sem saber o que fazer, que rumo tomar.

Acompanhei seu gesto, seguindo com meu olhar a direção apontada, vi uma fenda se abrir no meio do quarto dela provinha à mesma espécie de luz que provia dele. A outra mão já havia deixado o meu ombro e com ela livre me mostrou o que era aquela luz, aquele sentimento, incentivando-me a continuar. Era agora, o momento decisivo, devia de uma vez por todas escolher entre deixar minhas amadas filhas seguirem com suas vidas, ou persistir e cuidar delas até já não poder mais?

POV Willis

- Parada cardíaca! Willis, não adianta desista. – Falou Rocke.

- Nunca vou desistir, fiz uma promessa, quando me formei fiz um juramento, de NUNCA desistir de uma vida, vou tentar até não poder mais. - Disse gritando, não estava ligando pra eles e sim por essa senhora que nem conhecia.

Joguei o desfibrilador, e comecei a socar o peito da paciente, mais precisamente na região onde ficar o coração. Era minha ultima esperança

- Enquanto você não desistir de viver, não desisto da senhora!

POV Renée

Que decisão tomar, descansar eternamente e deixar de causar sofrimento, ou ficar e cuidar das minhas duas vidas? O que decidir? O que devo seguir?

De repente escuto vozes de pessoas, homens ao longe. Tantas perguntas sem resposta.

“Ela está tendo uma parada cardíaca Rocke! Desfibrilador 200!”- Dizia uma voz, era tudo que podia escutar, apenas vozes.

“Willis! Não esta tendo reação, vamos perdê-la!”- Disse outra voz, com lamento.

Pessoas lutavam por mim. Será que eu valia tanto a pena assim?

“Tente de novo Rocke, estamos aqui para salvas vidas e não perdê-las. Fiz uma promessa para aquela garota que cuidaria de sua mãe e cumprirei.”

Ele havia feito uma promessa a minha filha? Cuidaria de mim.

“Vamos senhora, não se entregue, lute! A senhora tem duas filhas que precisam de você!”

Sim! Tenho que pensar nelas!

“Rocke! Aumente para 300! Não vamos perdê-la, não irei permitir”

Lutam por mim, me querem aqui, precisão. Mais o que seria melhor? Deixar que vivessem, sem eu atrapalhar?

“Parada cardíaca! Willis, não adianta desista.”

Entrega! Era tudo em que eu pensava.

“Nunca vou desistir, fiz uma promessa, quando me formei fiz um juramento, de NUNCA desistir de uma vida, vou tentar até não poder mais.”

Olhava minha filha acariciando o rosto de Alice, e depois via o ser em minha frente esperando minha decisão, escutava vozes de uma pessoa que nem conhecia que se negava a desistir de mim.

“Enquanto você não desistir de viver, não desisto da senhora!”

Num átimo minha decisão estava tomada. Ficaria e cuidaria do que tenho de mais precioso minhas filhas, e também se fosse preciso cuidaria dessa pessoa que com tanto amor e devoção não desistiu de mim, mesmo quando eu mesma já havia desistido.

Senti fortes pancadas no peito, subseqüentes. Via o ser a minha frente desaparecer com a fenda de luz. As pancadas cada vez mais fortes e as vozes mais perto, até que cai em uma escuridão.

POV Willis

- Willis, o batimento cardíaco voltou, 95, 96..

- Bom trabalho garoto! – Gritou Holtz da cabine.

- Caramba cara essa foi por pouco. – Disse Rocke, sorrindo.

Olhei para ela e novamente para ela, minha mãe. Eu tinha certeza.

POV Renée

Então era isso eu havia tido uma recaída. Fragmentos de lembrança... meio embaçadas rondavam minha mente...ser iluminado... fenda... vozes...minhas filhas...não lembrava direito, só tinha alguns lapsos de memória rondando minha cabeça. Agora eu observava os três paramédicos agora, eram novos, esforçados e ávidos para salvar uma vida, isso era bom. Willis por alguma razão me lembrava um antigo namorado, Miguel, eu tinha 16 anos e não havia conhecido Charlie e acabei engravidando, meus pais nunca souberam estavam em um cruzeiro de um ano, assim como Bella eu era emancipada, portanto quando Miguel não quis assumir o bebê, na época um lindo menino dei-o para adoção, mas a culpa me corroí e me tortura por todos estes anos, chamei-o de Kaleb. Mas nunca soube para onde ou se uma boa família o havia adotado. Fiquei imaginando se aquele menino realmente poderia ser o menino.

POV Willis

Há pouco tempo havia descoberto após a morte repentina de meus pais que era adotivo, mas nunca em toda minha vida esperava entrar na casa da minha mãe biológica, salvá-la e ver os olhos assustados de minha irmã, sim Deus eu tinha uma irmã. E naquele instante prometi a mim mesmo que iria salvar Renée Swan, mesmo que ela tivesse me deixado partir a anos atrás, pois eu precisava conhecê-la, assim como queria conhecer a menina de olhos cor de chocolate.

POV Renée

Era tão angustiante observar minha filha passar por tudo isso sozinha, eu a viela tentando falar com o pai, mais sem sucesso desistiu.

Era incrível como Charlie podia ser tão imparcial ás vezes. Nem sequer retornar uma maldita ligação.

Observei uma menina Angela, pelo que puder perceber ficar com Bella, acompanhá-la sem seu choro lhe oferecendo de bom agrado um ombro amigo. Depois rezando juntamente a ela, Bella nunca fora muito religiosa, mas sempre acreditou na força divina.

Novamente me senti ser puxada. Notei que estava agora na sala de cirurgia. O médico cortou uma parte de meu cabelo raspando gentilmente para que pudesse fazer a primeira incisão, observava o médico realizar uma perfuração em meu crânio e retirando essa parte para que pudesse começar a operação, se pudesse, certamente teria vomitado, ele retirou grande parte das células tumorais, depois chegou o crânio e suturou. Neste momento em sentir ser tragada pela escuridão, e caí, até ouvir ao longe o barulho de meus batimentos cardíacos, estava voltando da anestesia, um dos residentes informa o cirurgião:

- Batimentos cardíacos bons, respiração boa, sinais vitais perfeitos.

- Vamos transferi-la para a sala de recuperações.

Deviam ter se passado horas quando acordei, e fiquei surpresa ao rever um dos enfermeiros que haviam me socorrido em meu quarto. Ele sorriu genuinamente e perguntei chegando ao pé de minha cama:

- Como se sente?

Minha voz saiu baixa mais eu disse:

- Bem. O que..

- Desculpe entrar desse jeito, acredite não era como eu esperava conhece-la, foi uma grande surpresa. – Ele encarou o chão e depois novamente em mim, tinha lágrimas em seus olhos - Meu nome é Kaleb, eu sou seu filho.

POV Bella

Fiz tudo pela manhã mecanicamente, até então meu “pai” não havia dado as caras. Passei pelo quarto de Alice, dei-lhe um beijo e disse que ligava pra ela do hospital e que se precisasse de mim estava no celular.

Deixei um bilhete para o irresponsável do meu pai e sai pegando minha bolsa e as chaves do carro. Rumo Hospital Geral de Massachusetts.

Dirigi feito um zumbi e estacionei o carro. Subi as escadas e conversei com a atendente ela me informou que minha mãe havia sido liberada para recuperação.

Encaminhei-me para o quarto 230, ouvia vozes. Isso era estranho, aquela voz, me parecia conhecida, mas onde?

Abri a porta para ouvir uma revelação bombástica de um dos enfermeiros:

- (...) Sou seu filho.

Olhava-os estagnada.


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Notas finais do capítulo

N/A: Isso é tudo pessoal! Então o que acharam? Críticas? Elogios? Cartinhas de morte aos autores?
Deixem reviews, recomendações, qualquer coisa!
Bjus,
Nat