Devaneios escrita por Leona Landucci


Capítulo 3
Dia 4 - Parte 2




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Nina e eu começamos a estreitar nossos laços de amizades com o passar dos dias, e adivinhem só ? Aqui estamos nós, nas escadas da faculdade observando as pessoas ao redor. Para ser sincera, tem tanta gente estranha que eu não faço a menor questão de me enturmar. Vejo as pessoas da turma, e como elas se uniram a um alto grau tão rápido, e todas as minhas calorias corporais gritam que isso é fogo de palha. Entre papos mais leves, descobri que Nina também sofreu umas desilusões bem pesadas, e eu fiquei admirada pela força com que ela tinha reagido a isso tudo. Nesse momento, nesse exato momento, eu me encontrava encarando o nada, enquanto ela perguntava por que diabos meu namorado tinha tanto ciúme especificamente .

– Mallu ? Você ainda tá aí ?

Ela me lembrava de uma forma sutil que queria uma resposta.

– Oi, to sim ! Cara, o Fê tem ciúme até da própria sombra. Não é como se eu não gostasse dele. Eu gosto e muito, mas isso me irrita e me desgasta tanto.. ainda mais agora que ..

Minha voz morreu novamente. Falar dele sempre me deixava desconfortável.

– Tá, vou te contar. O Guilherme era meu amigo nas épocas da escola. Ele ficava com minha melhor amiga. Nós nunca tivemos nada além disso: Amizade e brigas. Ela trocou ele por outro e eles se sacanearam, enfim. Teve um dia que eu fui lanchar com um amigo e ele estava na mesma lanchonete com outra. Liguei para ela e ele disse que tinha passado mal. Quase um ano e meio depois, voltamos a nos falar, e muita coisa já tinha mudado.

Nesse momento, um filme passava pela minha cabeça. Eram lembranças dolorosas.

– Minha amiga tinha se mudado para longe, estava engatada em um namoro, eu estava bem, vivendo minha vida, que não vou mentir, era boa. Até que eu decidi aceitar o pedido de ir comer alguma coisa.

Aqui vai um parêntese sobre mim: Em tudo, e em todas as ocasiões possíveis eu envolvo comida. E roubei a narração por hoje. Mas enfim...

– Lanchamos e conversamos como se nunca estivéssemos nos distanciado. Mas estava diferente, alguma coisa tinha mudado. Surtei com isso. Não demorou muito até que ele pedisse para ficar comigo. Surtei outra vez. Ele viria ver a peça na casa de espetáculos da cidade. Eu estava no camarim quando disquei os números da Sara. Não mantivemos contato por um bom tempo. Ela teve um esquecimento seletivo dos amigos daqui. Mas mesmo assim eu tentei conversar com ela. A resposta foi seca, desinteressada. Eu abri o jogo, contei tudo o que estava acontecendo. Ela não demonstrou qualquer emoção ou qualquer interesse sobre minha vida.

Olhei para a Nina, ela me observava boquiaberta.

– Sim, eu fiquei com ódio daquilo. Quando ele chegou no camarim, depois da apresentação, eu nem me dei ao trabalho de falar nada. Tasquei um beijão daqueles. E Marina, se eu tivesse que definir o melhor beijo da minha vida, certamente seria esse. Começamos e ficar a partir daí. Minha amizade com a Sara se tornou superficial, e foi só a ponta do Iceberg.

Foi quando percebemos que o intervalo tinha acabado faziam cinco minutos.

– E eu vou querer saber de tudo, mas depois. Temos que voltar para a sala.

– Sim, claro. Me cobre que eu te conto.


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