Eu só podia estar tendo uma miragem, diante de mim sorrindo estava Reydo, arrumado com a sua blusa de manga comprida, daquelas que parecem ser duas, o tórax com a cor preta e as mangas um verde escuro. Sua calça jeans rasgada e seu cabelo bagunçado. Eu me ajoelhei no chão e fiquei dizendo a mim mesmo – isso não e real, não pode ser! – Reydo ouviu e disse – e real até demais cara – e eu disse

Christopher: não isso esta errado, você morreu! – disse eu meio tonto

Reydo: Devia, mas não estou – ele percebeu que eu ia cair e me segurou pelo braço.

Christopher: Como? Como você sobreviveu? Me diga! – eu o abracei

Reydo: calma a e cara – ele deu uns três tapas nas minhas costas e nós paramos de nos abraçar e Reydo voltou a dizer – digo isso quando todos estiverem acordados e bem, e assim explico de uma vez só – ele me deu uma risada engraçada.

Christopher: você e um puto e viado!

Reydo: Ein!? Por que?

Christopher: me fez acreditar que estava morto, não faça mais isso

Reydo: prometi a minha mãe que não morreria – ele me deu um joinha.

Christopher: o-okey- depois de eu dizer, não me lembro de mais nada, de repente tudo ficou escuro e depois eu estava acordando todo enfaixado na minha cama. Meu corpo todo doía, foi um pouco complicado se levantar, mas eu consegui e peguei a vassoura e fiz de bengala. Eu podia ouvir risadas vindas do andar de baixo. Provavelmente era Hugo fazendo suas brincadeiras.

Desci e vi que o grupo se interagia com Reydo. Saber que ele esta vivo era muito bom, mas não conseguia suportar e acreditar que Maggie havia morrido e eu não a salvei. Fui um inútil e um fraco. Eu estava definitivamente péssimo.

Me juntei ao pessoal na mesa, e Reydo logo me cumprimentou e me perguntou – como você esta cara? Se sente melhor?

E eu respondi – amigo, como eu poderia estar melhor sabendo que Maggie e Fabio morreram no mesmo dia!?

Teve um silêncio na sala de estar. Todos ficaram de cabeça baixa, mas o silencio foi quebrado por Reydo socando a mesa e se levantando com raiva. Ele apontou o dedo em minha cara e disse

Reydo: Eu não acredito no que estou vendo, um grupo acabado.

Christopher: o que quer que façamos? Eram nossos amigos! Como pode ser tão ridículo Reydo!?

Reydo: Eles eram, mas acha que eles gostariam de nós ver assim!? Acha que eles abaixariam a cabeça quando se tem uma sociedade para cuidar. Faca que suas mortes não forem em vão! Vamos erguer a cabeça.

Eu soquei Reydo na cara, como ele poderia dizer aquelas palavras!? Ele não me compreende, as mortes dos dois foram a minha culpa. Maggie, eu a amava demais. Não conseguia suportar a ideia de que ela havia morrido. Morta na minha frente por uma maluca. Eu irei fazer Iziss pagar! Com Reydo paralisado com meu soco eu disse com lagrimas em meus olhos – eles merecem o nosso dia de luto. Eu darei isso a eles. – Reydo não revidou e não disse nada, simplesmente me olhou e balançou a cabeça em sentido de sim.

Um garoto surgiu atrás de um quarto dizendo – onde estou? Reydo?

Todos nós olhamos para o garoto, que pareceu um pouco envergonhado. Reydo olhou para ele e disse – Nate, chega ai mano.

O garoto parecia ter 17/18 anos, com o cabelo arrepiado e uma bandana escrito sleep. Ele tinha os cabelos pretos e usava uma blusa de manga comprida, que a manga e de outra cor, a blusa azul, com a manga preta.

Ele se aproximou meio sem graça e sem jeito, cumprimentando a todos, ele se sentou na mesa e disse – Então..?

Reydo: pessoal, esse e Nate. Graças a ele eu estou vivo.

Hugo engoliu em seco, assim como eu e o resto do pessoal que ali estava. Esse Nate devia ser muito forte. Eu fiquei tao confuso que perguntei – Como assim, você esta vivo por causa dele, Reydo?

Reydo se despreguiçou e fez cara de cansado, já imaginei que ele não contaria nada naquele momento, ele apenas me olhou e respondeu – depois explico isso a vocês – e Nate também disse – e estou vivo aqui, por causa de Reydo também. E lhe agradeço muito, e...

Reydo: você já vai? Por que você não fica cara? Aqui e seguro para você e seu grupo!

Nate: não posso Reydo, devo encontrar um velho amigo.

Reydo: e realmente uma pena, mas em que posso ajudar? Vai precisar de comida!

Eu não podia ficar ali vendo Reydo e Nate conversando, ainda mais que Reydo iria dar nossa comida aquele garoto estranho. Eu me equivoquei e perguntei – quem e seu amigo que você procura? – Nate me olhou com uma alegre e respondeu – Kenny, esse e o nome de meu amigo.

O tempo passou, conversamos bastante com Nate, e vi que ele era um garoto bem legal. Eu lhe dei um pouco de mantimentos, e o deixamos partir em sua jornada. Depois da ida de Nate, Reydo foi para o terraço e ficou olhando a movimentação da cidade. E fui para lá, para conversar com Reydo. Chegando lá, vi que todos já estavam a minha espera. Reydo me olhou e falou

Reydo: como eu tinha dito a todos, estava apenas esperando Chris para explicar o que aconteceu comigo.

Finalmente Reydo iria explicar o que aconteceu com ele. Eu já não esperava a hora.