History Assignment... escrita por Daughter of Athena


Capítulo 9
Pedido de desculpas


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que não estou muito em dia com as postagens, mas será que pelo conjunto da obra mereço uns favoritos? Façam como a linda da Tori, que favoritou a história! Mto obg!
POV DO PERCY!!!!



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Leia as notas iniciais

Annabeth estava deslumbrante em um vestido de linho branco, bem marcado na altura da cintura e com a saia rodada em renda. Os cabelos loiros esvoaçantes brilhavam na luz do sol sufocado por nuvens daquela manhã.

Eu me encontrava fitando seus olhos claros que pareciam captar qualquer detalhe no ambiente. Estava vestindo uma bermuda cargo que ia até os joelhos, na cor vermelho sangue e uma gola V azul escuro, na cor do oceano que estava um pouco adiante, sumindo adiante das costas da garota á minha frente.

Estávamos em uma praia aparentemente deserta, sentados em espreguiçadeiras um de frente para o outro. Annie segurava minha mão com delicadeza e sorria radiante para mim. Céus, como estava linda!

Annabeth, sem dizer uma palavra, se levanta e, ainda segurando minha mão, me puxa junto dela para uma caminhada na areia fofa sob os meus pés descalços. Entrelaço meus dedos nos dela e a garota encosta a cabeça em meu ombro.

Sinto o cheiro inebriante de seus cabelos e beijo o topo de sua cabeça com carinho. A brisa calma soprando os meus cabelos atrapalhando-os, o som das ondas se quebrando nas pedras do litoral me acalmava. Parei de caminhar e colei minha testa na de Annabeth, fazendo um sorrisinho meigo brincar nos lábios fartos. Ela os moveu apenas para sussurrar o meu nome.

–Sabidinha, eu...

–Percy... –Ela repetiu um pouco mais alto me interrompendo.

–Me dê uma chance eu prometo que...

–Percy! –Agora ela estava gritando.

...

Acordei com olhos azuis atentos me observando enquanto seu dono balançava meus ombros e me dava petelecos na cabeça. Jason ria divertido e eu tinha vontade de socá-lo:

–Qual é o seu problema?! –Grunhi sonolento fazendo-o se afastar.

–“Me dê uma chance eu prometo que...” –Ele se contorcia rindo em uma imitação falha da minha voz. –“Sabidinha, eu...”. Quem é Sabidinha? Sua namorada?

–Era pra ser, sabe?! –Rosnei cuspindo as palavras ofensivamente nele. Eu estava com muita raiva: Além de estragar o único relacionamento concreto que eu conseguira em anos, Grace ainda me despertara de um sonho no qual eu não gostaria de acordar. –O que faz aqui?

–Vim para pedir desculpas. –Ele começou retomando a seriedade típica sentando-se no pé da cama.

–Cara, não foi sua culpa.

–Eu sei que quer me culpar, vá em frente.

–Muito bem. –Bufei rindo pelo nariz vendo como ele me conhecia. Afinal, era meu melhor amigo. –Você não percebeu que estava em viva-voz?

–Percy, cara, eu nem sei como consegui atender ao telefone! Eu estava tão bêbado, que Piper teve que segurá-lo por mim! –Ele riu.

–Então como se lembrou da aposta?

–Eu não sei. Só que... –Ele se ajeitou na cama – Percy, você sabe o que estão dizendo, não sabe?

Olhei pela janela impaciente. Não me importava o que aquela gente metida e arrogante diria sobre meu relacionamento com Annabeth Chase. E são vários os motivos. Um deles é que eu não tinha um relacionamento com Annabeth Chase, não sabia se já tive antes de tudo e, graças á eles, não sabia se iria ter depois de tudo.

–Drew espalhou por todo o colégio que Annabeth Chase estava vindo pra cá todos os dias depois das aulas! Dá pra acreditar? –Ele arqueou uma sobrancelha.

–E por que não? Ela é uma garota incrível! Meiga, inteligente, linda... –Suspirei e em seguida voltei a afundar a cabeça no travesseiro macio.

–Não vá me dizer que está realmente apaixonado por aquela...

–Antissocial? Nerd? Sabe tudo? –Me levantei fuzilando Jason com o olhar e abrindo a porta do meu quarto com brutalidade. –Sim, eu estou! Ta legal? Eu estou realmente apaixonado por uma ninguém! Por uma menina que prefere ler a ficar sentada na arquibancada de um campo de futebol observando caras suados correndo! Agora se pode me dar licença, tenho que concertar tudo antes que eu faça mais alguma coisa errada!

–Perseu, isso é suicídio! Sabe o que isso vai causar á sua popularidade?! Você vai cair no ranking e... –Ele começou ficando vermelho de raiva.

–Eu estou pouco me explodindo! Agora saia, por favor, Grace! –Grunhi uma última vez antes que ele saísse pisando forte no corredor, evitando o olhar preocupado que minha mãe lançara á ele ao sair batendo a porta de entrada.

Olhei no relógio de pulso e eram vinte pras duas. Ou eu dormi muito ou acabei perdendo a noção do tempo esquentando a cabeça com Jason. Tomei um banho gelado e rápido, por mais que, debaixo d’água, eu pensasse melhor. Uma chuva espessa voltara a cair e por isso, não eram exagero o xadrez vermelho e jaqueta escura que eu vesti. Os jeans rasgados nos joelhos e os Supras brancos.

Uma touca escura fazia com que meus fios escuros tapassem quase que por completo meus olhos.

Desci as escadarias correndo, quando ainda faltavam oito minutos, sem nem dar satisfações á Sally que olhava confusa, todo o alvoroço que eu fazia. Eu também estava confuso: Fazendo o possível e o impossível para chegar na hora a um encontro que eu nem sei se iria existir ou não.

No caminho das duas quadras percorridas, comprei uma rosa vermelha e, nervosamente passando-a de uma mão para outra, continuei praticamente a correr para o café onde eu tinha esperança que uma tempestade loira estivesse esperando por mim.

Entrei, molhado, pela porta do estabelecimento lotado de pessoas procurando aconchego e abrigo da chuva em um copo de chocolate ou cappuccino bem quentes. Meus olhos percorriam todo o lugar com ansiedade.

Eu ia caminhando, com o coração saindo pela garganta, o corredor de mesas ocupadas próximas á vitrine. Nada. Passei os olhos rapidamente pelo balcão. Nada.

–Hey, Tyson! Você viu uma garota um pouco mais baixa que eu, loira, com olhos realmente intrigantes por aqui há alguns minutos? –Perguntei para o cara que revezava turnos comigo nos dias de semana.

–Me desculpe, baixinho, mas não... Por quê?

–Longa história... –Baixei a cabeça e senti meus olhos marejando e a voz falhando. –O-obrigado.

E foi assim que voltei para casa: triste, vazio, desiludido.

Eu me odiava por ter perdido a única pessoa que não se interessado na reputação que eu possuía e sim pela pessoa que eu era. A pessoa horrível, aliás, que eu era. Me odiava por ficar remoendo os poucos momentos juntos. Me odiava por não conseguir parar de pensar nela.

–Veja por onde anda, garoto! –A voz de uma garota me chamou a atenção quando trombei com ela na calçada molhada. A chuva ainda castigava bastante. Mas a voz não parecia irritada.

–Desculpe-me, eu não estava prestando atenção e... –Levantei a cabeça. –Annie?!

–Oi... Pensei que tinha algo á dizer em sua defesa e...

Eu não estava prestando atenção nas palavras dela. Annabeth estava bem ali: Sorrindo amarelo, os olhos tímidos e curiosos. Molhada, mas isso era só um detalhe. Linda. Os lábios rosados se moviam com avidez ao tentar formar desculpas por não ter atendido ás minhas ligações, mas ainda sim relutantes á cederem-se aos meus. Ainda sim distantes e magoados.

Mas eu não ligava.

Não me importava se ela ainda estava com raiva. Por que eu mesmo ainda estava com raiva.

–...Espero que você entenda que eu não sou um brinquedo e...

–Eu te amo. –Sussurrei cortando-a no meio do sermão. –Céus, eu te amo, Annabeth Chase!

–C-como? –Ela corou violentamente.

Tirei a rosa do bolso interno do meu casaco e ajoelhei-me não chão molhado. Pessoas olhavam o momento como se fosse uma cena de um filme de Nicholas Sparks. Segurei a mão de Annabeth e fitei seus olhos:

–Me perdoa. Por favor, eu imploro que me perdoe! Eu fui um idiota e, esses últimos dias com você, foram os melhores da minha vida! Lembra quando me contou sobre Eros? O cupido grego? Annabeth, eu acredito! Acredito em amor verdadeiro e acredito que toda garota merece seu príncipe encantado. –Eu ia falando enquanto lágrimas desciam pelo meu rosto. –Eu sei que eu não passo de um idiota de cérebro minúsculo, jogador de futebol, um Cabeça de Algas. Mas, me deixe provar que eu posso ser diferente, por favor. Me deixe provar que você pode aprender a me amar também! Me dê mais uma chance... Por favor.

Um grupo de pessoas havia parado para observar todo aquele drama. Eu teria ficado com vergonha em outra ocasião, mas eu faria qualquer coisa para que Annabeth Chase enxergasse que eu podia ser o cara por quem ela estava esperando.

–Eu... –Ela começou com a voz falhando. –Eu não quero que você mude. Quero que seja o garoto lerdo, palhaço e galanteador que descobri em você há sete dias. Na verdade, quero que seja o garoto por quem me apaixonei na quarta série. Não quero que Percy Jackson seja um perfeitinho arrogante que a reputação exige que ele seja. –Ela falou puxando-me até que eu estivesse de pé, encarando-a. –Eu só quero que você caia na real e me beije logo, Percy.


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Notas finais do capítulo

DPS DESSE CAP EU MEREÇO ATE RECOMENDAÇÃO, GENTE!! VAMOS LA!



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