History Assignment... escrita por Daughter of Athena


Capítulo 23
Explicando algumas coisas


Notas iniciais do capítulo

POV PERCY



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Eu não costumava acreditar naquele clichê de "lugar errado na hora errada", mas depois do término com Annabeth passei a acreditar.

Não é que eu esteja dando uma desculpa barata para aliviar um pouco da culpa, eu havia, sim, traído minha namorada, não só uma, mas duas vezes. Eu realmente não abri o jogo com Calypso logo no início, como deveria ter feito. E, sim, tirei minhas próprias conclusões da suposta relação que Annie mantinha com Luke e agora om o tal Charles.

Tudo deu errado quando eu estava falando ao telefone com Jason sobre como as coisas estavam indo por lá e Luke escancarou a porta do quarto.

–Falo com você depois, Jason. -Falei desligando, preocupado com Luke que entrava mancando pela porta. -O que aconteceu com você?!

O ajudei a se sentar em uma das camas e peguei uma toalha pra limpar o sangue que escorria pelos lábios incessavelmente. Os cabelos estavam bagunçados, a pele branca cheia de hematomas e o olho inchado.

–Bati em um moleque que 'tava se agarrando com Annabeth e...

–Espera, Annabeth? Annabeth Chase? -Falei receoso.

–Você a conhece? -Ele perguntou curioso.

–Cara, ela é minha namorada!

–Não, estamos ficando desde o último verão... -Ele falou indiferente.

–O que?! -Falei incrédulo e peguei Luke pelo colarinho. -Você está saindo com a minha garota?! Desde quando se falam, se conhecem?!

–Desde o jardim de infância, mané! Não tem como ser mesma garota!

–Não, não, não... -Repetia pra mim mesmo sem acreditar. -Você é Luke Castellan de Nova York? Estudou no Half-Blood?

–Onde leu uma biografia sobre minha vida? -Ele riu.

–Idiota! Estudávamos na mesma escola, não se lembra? Percy Jackson... Eu estava na quarta série quando você sumiu! Annabeth ficou desesperada e... -Eu comecei a falar e enquanto falava percebi que estava fugindo do assunto: Luke estava saindo com a minha namorada!

–Cara... -Ele parecia surpreso. -Eu não sabia que ela namorava... Muito menos o meu colega de quarto! Me desculpe eu...

–A gente se fala depois, preciso dar uma palavra com ela... Você vai ficar bem?

–Claro, vai lá... Não sei se vai encontrá-la agora. Annabeth ficou pra cuidar do tal cara.

Vesti um xadrez escuro por cima da camiseta térmica branca que eu usava com a calça de moletom, que foi trocado por uma bermuda que eu não tinha certeza se era mesmo minha: Tudo tão rápido! Minha cabeça estava a mil.

O carro estava guardado numa garagem que o treinador Hegde havia descolado para o time, perto do campo, por isso fui correndo até o quarto de Annie. Enquanto eu corria, nossos momentos juntos passavam pelas minhas pálpebras e as lágrimas iam caindo uma a uma.

Subi as escadas voando e empurrei com força a porta que estava entreaberta. Apontei um dedo para o nada tentando falhamente o respeito que eu perdia automaticamente quando soluçava e limpava o rosto com a manga da camiseta:

–Annabeth eu...!

–Percy?

E não era Annabeth quem estava ali.

Calypso.

Calypso era a colega de quarto de Annabeth?

Por essa eu nunca esperaria.

–O que aconteceu? Está tudo bem? -A menina estava assustada pelo meio bruto como arrombei a porta, mas abriu os braços e abraçou-me o pescoço. -Você conhece a Annie?

E então me senti culpado.

Annabeth e eu estávamos no mesmo barco, afinal. Ambos estávamos vendo outra pessoa, ou melhor, os melhores amigos um do outro.

Eu não tive coragem o suficiente para abrir o jogo com a garota que me abraçava agora. E penso se não foi assim que Annie se sentira em relação a Luke. Ela queria mesmo fazer isso?

Eu não sei.

–Eu... E-eu não... -Tentei pronunciar mas os soluços voltaram.

–Shhh... -Calypso falou enxugando minhas lágrimas. -Você pode me contar depois, está bem?

Ela teve que ficar na ponta dos pés para tomar os meus lábios para si, mas o fez do mesmo jeito.

Aquilo estava me consumindo, me deixando insano.

Eu não a amava.

Estava com pena da garota que eu usava agora para esquecer quem realmente importava.

Mas foi ai que tudo mudou.

Quem importava não estava ali. Quem importava não precisava saber. Quem importava havia sido tão infantil quanto eu escondendo tudo aquilo. Quem importava estava com um cara diferente agora, no lugar de tentar consertar a outra besteira que fizera. Eu não importava pra quem importava.

Envolvi Calypso pela cintura e ela sorriu pressionando os lábios com mais força nos meus. Ela tirou as mãos da minha nuca e os escorregou pelo meu peitoral, por dentro do xadrez. Eu a ajudei a empurrar o restante da peça ao chão e logo depois ela passou os lábios do meu rosto para a curva de meu pescoço.

–Calypso... Não podemos... -Joguei a cabeça pra trás.

–O que nos impede?

E ai Annabeth entrou no quarto, com um cara bombado agarrando-lhe a cintura.


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