History Assignment... escrita por Daughter of Athena


Capítulo 13
Ela




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Perdi a conta de quantos caras chegaram e se atiraram pra cima de Annie enquanto namoramos. Uns por não saberem que ela tem namorado, outros por cara de pau mesmo e alguns só pra puxar confusão enquanto eu estava no ensino médio: Não minto ao dizer que eles sempre conseguiam uma boa briga, sendo essa sua intenção ou não.

Mas não posso dizer o mesmo de mim, feliz ou infelizmente.

Só consigo me lembrar de uma garota corajosa o suficiente para enfrentar os ciúmes de Annabeth Chase: Calypso, de Ogígia.

Ogígia é uma pequena ilha desconhecida aos mapas que fica a oeste. Foi nas festas de fim de ano, quando Paul, o cara rico que minha mãe começara a namorar depois de lançar seu primeiro romance - longa história, nos convidou para um cruzeiro de luxo que ele marcara há algum tempo antes.

Não hesitei em convidar Annie também. Ela dissera que seria muita falta de educação aparecer em um cruzeiro sendo bancada por um cara que nem conhecia. Eu achei que fazia sentido e então, marcamos um "jantar de família" antes da viagem.

Mesmo depois de conhecer Paul e ver que ele é um cara super legal, Annabeth e a família disseram que pagariam por toda a viagem, mesmo com todas as minhas objeções.

Atracamos em Ogígia dois dias antes do Ano Novo, tendo passado o natal no Caribe. Foi estranho não ver neve em todos os lugares nessa época do ano. Aproveitando o bom tempo e o calor de trinta e seis graus, aportamos e depois de dar check-in no hotel corremos pra praia.

Minha mãe arrastou Annie e Paul para fazer compras, enquanto eu, que aleguei estar me sentindo mal, fiquei no hotel e depois, quando eles saíram, escapuli para um lado mais deserto da ilha, onde se encontravam apenas um cinco caras no máximo surfando nas águas mais desafiadoras nessa parte do lugar. Todos pareciam ser nativos dali.

Se não fosse por minha pele tão esbranquiçada, pensariam que eu também era um habitante: Cabelo desarrumado pelo vento intenso, bermudas largas e chinelos de dedo. A regata azul jogada aos ombros nus. Levava comigo minha prancha velha mas pouco utilizada de coloração em um vermelho vivo.

–E aí, o que vai ser? -Alguém disse depois que me sentei junto ao balcão do quiosque ali.

Levantei meus olhos ao ouvir a voz da garota.

E, uau, que garota!

O rosto dócil e bem angulado. Olhos cor de mel tão intensos e cautelosos. Cabelos lisos, castanhos e brilhantes. Pele branca. Lábios rosados e convidativos.

Ela usava um rabo de cavalo alto que deixava alguns fios de seu cabelo escaparem, o que a deixava um pouco mais bonita do que já era. Um top preto e colado para a prática de surf era a única coisa que cobria a parte de cima de seu torço. A peça abaixo era um short um pouco curto demais na mesma coloração da primeira. Uma surfista!

–Sugestão da casa? -Pergunto erguendo uma sobrancelha.

–Que tal um aperitivo? Você bebe?

–Tudo o que for líquido. E... Azul.

–Azul? -Ela ri. -Okay.

Bebi quatorze coquetéis exóticos antes de, não faço ideia de como, acabar com uma garota que eu nem sabia o nome na minha prancha, com o rosto nas minhas costas e os braços ao redor da minha cintura.

–Eu mal a conheço! -Grito para que ela escute através do forte ruído que ondas ao nosso redor faziam.

–Calypso! E você é...?

–Perseu Jackson. A não ser que eu esteja encrencado, me chame de Percy!

Ela riu e eu me virei de frente pra ela quando o mar se acalmou. Ele parecia refletir minhas emoções.

–Você é uma peça, sabia, Perseu? -Ela sorriu.

–O que eu disse sobre estar encrencado?

–Aah, mas você está encrencado!

–E o que eu fiz?

–Roubou meu coração.

Depois de me roubar um beijo alucinante, voltamos pra areia e eu, com o pouco de decência que ainda restava, voltei ao hotel. A minha sorte foi Annabeth nunca ter desconfiado de nada.

Até agora.

...

Entro na classe de biologia marinha e lá está Ela.


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