O clã Salute escrita por MrsEvans


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, desculpa a demora, eu estava doente, não conseguia nem comer, estava no soro e internada, desculpa mesmo, só agora que consegui pegar o computador.



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POV Thalia

Já estou na biblioteca a duas horas, duas longas e chatas hora, lendo livros chatos e velho sobre lendas, o que eu descobri não foi nada mais do que estava escrito no site.

–Thalia Grace em uma biblioteca, isso é algo que não se vê todo dia. -Hylla fala sentando na minha frente e cruzando as pernas.

–O que quer Hylla? -Pergunto massageando as têmporas.

–Nada, só quis dar um olá. -Diz sorrindo, se cobras sorrissem acho que seria desse jeito.

–Olá. -Aceno com a mão para ela com um sorriso sarcástico.

–Hylla, temos que terminar as coisas para festa. -Annabeth diz para Hylla e nem olha para mim.

–Claro, vamos. -Hylla se levanta olha para mim e quando começo a ver violeta em seus olhos desvio. -Tenha cuidado Thalia, falam que é noite de lua cheia, as vezes um lobisomem pode te pegar. -Se despede sorrindo e passando as pontas dos dedos nos livros espalhados na mesa.

Elas vão embora e eu já estou espumando de raiva, coloco os livros no lugar e vou para casa. Ninguém estava no primeiro andar.

–Thalia me ajuda com isso. -Nico fala aparecendo do meu lado.

–Que susto garoto. -Dou um pulo colocando a mão no coração. Nico estava de terno preto e a gravata solta, ele parece mais pálido e feliz que o normal.

–Que felicidade é essa fantasminha? -Pergunto rindo e fazendo o nó da grava.

–A festa das Amazonas é hoje. -Ele responde rindo mais. -Lia, você tá me enforcando. -Fala gaguejando, vi que apertei de mais o nó.

–Desculpe. -Digo entre dentes e arrumo a gravata.

–Então como estou? -Nico da um giro com o paletó no ombro "Lindo, me pega" penso mas não fala.

–Ótimo. -Falo e vou para o meu quarto Nico ficou com cara de "WTF"

Bato a porta do meu quarto, e corro para o guarda roupa, pego uma calça e blusa pretos, estava tirando a roupa quando Rachel fala:

–Onde vai? -Pergunta, nem tinha reparado nela sentada na minha cama.

–Invadir a festa das Amazonas. -Respondo me vestindo.

–Também acha que tem algo de muito errado com a Annabeth?

–Acho.

–Vou te ajudar. -Diz convicta.

–Não preciso de ajuda. -Falo na defensiva.

–Não pedi sua opinião. -A ruiva pula da cama. -Você precisa de alguém que as distraia, vou me trocar, não saía sem mim, ou vou fazer um barraco. -Rachel me da um beijo na bochecha e corre para o próprio quarto. Coloquei meu all star, uma toca e luvas, tudo preto, porque eu sempre acho que quando usamos preto fica mais fácil de se esconder, fora que preto é lindo.

–Já começou, vamos. -Rachel aparece na porta, ela usava um vestido azul, saltos prateados, vários elásticos pretos no pulso e um casaco marrom velho.

–O que você vai fazer? -Pergunto quando saímos de casa.

–Não sei, improvisar. -Ela da de ombros e sorri. Corremos até a casa das Amazonas, a música eletrônica tocava alto e feixes de luz colorida atravessaram as janelas.

–Eu vou até lá tento invadir a festa e você entra escondida na multidão. -Rachel fala me encarando, assento com a cabeça e nós duas vamos até as portas duplas das Amazonas.

Eu coloco minhas costas na parede e Rachel vai bater na porta, mas antes que a ruiva bata a porta se abre.

–Olá Rachel e Thalia. -Reyna fala dando um passo para frente, fazendo Rachel dar dois para trás. -Onde esta o Leo?

–Se arrumando. -Rachel responde dando de ombros.

–Ok, se alguém perguntar, eu nunca vi vocês. -Reyna diz saindo, seus saltos batem nos degraus de madeira. -E Thalia, não fique irritada com o que a Annabeth disse, ela não tem escolha. -Seu olhar era triste, só durou alguns segundos, logo em seguida ela sorriu falsamente e foi embora. Ignorei a confusão e raiva que senti, entrei na enorme casa bem arrumada.

As luzes me deixaram um pouco tonta, em questão de minutos Rachel já estava no meio da sala dançando, olhei em volta procurando Annabeth ou Nico, mas só vi pessoas estranhas me encarando, a maioria parecem com as Amazonas, mulheres bonitas que exalam poder, os garotos pareciam um tanto quanto perdidos e muito felizes. Hylla estava em cima da escadaria de mármore negro, uma taça de champanhe borbulhava na sua mão esquerda enquanto a direita estava delicadamente em cima do corrimão de mogno, minha vontade era de correr até lá e tirar o sorrisinho vitorioso do rosto dela no tapa, mas me controlei.

Achei Annabeth e Nico no canto mais afastado da sala, sentados no sofá de couro branco, ambos estavam muito perto e sussurravam alguma coisa no ouvido um do outro, eles se levantaram e Annabeth levou Nico pela mão para o andar de cima, senti meu coração afundar quando eles correram juntos para cima, mas antes que eu ficasse igual uma idiota chorando pelo cara que prefere minha melhor amiga, eu os segui. Tive que esperar Hylla descer as escadas, já que ela olhava para tudo como uma águia, observando o local. Entrei na mesma porta que eles, assim que a abr fui puxada para dentro, jogada no chão, alguém ficou em cima de mim, me prendendo e algo gelado foi pressionado contra o meu pescoço.

–Que porra você pensa que esta fazendo Thalia? -A voz de Annabeth soou ameaçadora mesmo sendo só um sussurro.

–O que você esta fazendo? Onde esta o Nico? -Pergunto irritada.

–Estou aqui Thalia, onde você estava com a cabeça para me seguir? -O moreno estava lendo um livro grosso e velho, quase podia ver as nuvens de poeira quando ele virava as paginas.

–Eu vim salvar o Nico, já que você parece uma loira louca. -Respondo Annabeth que apenas ri.

–Posso saber como você queria fazer isso? Já que esta desarmada e imobilizada. -Por poucos segundos sua risada pareceu a da velha Annie, mas era só olhar para ela e veria a mudança, cabelo bem arrumado (A Annie nunca se importou com o cabelo), roupas caras, maquiagem forte, tudo era muito falso e parece perfeito para a nova Annabeth Chase.

–Thalia, vai para casa, estamos fazendo algo perigoso, melhor você ir embora. -Nico falou mal me olhando nos olhos. Annabeth saiu de cima de mim, guardou uma adaga que parecia ter um leve brilho azulado, na coxa levantando o vestido esvoaçante preto.

–Você esta enfeitiçado Nico, não vê isso. -Digo me levantando e não acreditando nas minhas próprias palavras. -Ela é uma Salute, uma maga, feiticeira, macumbeira sei lá, fez algo com você, esta controlando seu cérebro. -O desespero é visível nas minha palavras, Annabeth e Nico se entreolharam e começaram a rir, não alto, mas riram muito.

–Eu controlando o Nico? -Perguntou Annabeth rindo.

–Annie controlando meu cérebro? Feiticeira? Lia você anda vendo muita TV. -Nico diz rindo também.

–É sério, ela é uma Salute, esta até tatuado no pescoço, uma feiticeira que vai te matar. -Falo, andando até a Annabeth que estava sentanda na mesa e mostrando a tatuagem que pareciam mais forte e escura, como se estive entrando mais fundo em sua pele.

–O termo certo é bruxa. -Nico me corrigiu rindo.

–E eu não controlo a mente do Nico. -Annabeth tira minhas mãos do seu pescoço e senta no sofá de couro ao lado de Nico que ainda tinha o livro no colo.

–As Salute não podem me controlar. -Nico levanta a mão esquerda, mostrando um anel prateado de caveira com uma coroa em cima. -Quem diria que Bianca estava certa, ela não é uma maluca afinal. -Seu olhar era triste, lembrando da irmã mais velha, que agora esta presa em um manicômio na Itália, ela alegava que bruxas existiam, que elas controlavam pessoas, dizia que já viu elas matarem e outras coisas sem sentido, no começo do ano o Nico tinha ido visita-la e voltou com esse anel.

–Estamos trabalhando Thalia, pode ir embora e levar a Rachel com você. É perigoso ficar aqui sozinha. -Annbeth falou pegando um livro velho que estava no sofá e lendo.

–Entendi o "trabalho" de vocês. -Ok, isso foi idiota, mas acho que eles não iam ficar lendo livros velhos e chatos, sendo que podem se agarrar.

–Thalia Grace, deixe de agir como uma idiota e de ter ciúmes de um garoto que não liga, eu não quero nada com o Nico, estamos tentando salvar muitas pessoas aqui e se você não for embora eu mesmo a tiro daqui. -A medida que Annabeth ia falando tudo parecia mais escuro e frio, a ponto de sair uma fumaça da minha boca quando respirava.

–O que vocês querem salvar? -Pergunto com a voz falha, não vou admitir em voz alta, mas eu senti um pouco de medo da loira, não entendia como aquilo funcionava e ela parecia fazer tudo ficar escuro com facilidade.

–Vá embora, tire a Rachel daqui, durma, finja que não viu e não sabe nada. -Sinti como se uma força invisível estive me empurrando para a porta que se abriu sozinha, assim que Annabeth mexeu a mão. -Não deixe o Percy se drogar de novo. -Sua voz era fria, mas ela parecia a ponto de chorar. A porta foi fechada silenciosamente na minha cara. Achei Rachel quase bebendo uma coisa azul que uma Amazona a oferecia, puxei a ruiva pelo braço e fomos embora, ela tagarelava sobre como foi legal, eu só conseguia pensar que a Annabeth ainda amava Percy, o que a mantia nas Amazonas então? E Nico sabia dessa coisa de Salute? Eles parecem saber bem mais que eu.

POV Annabeth

–Annabeth não tem jeito. -Nico fala triste. -Você precisa ser uma Salute completa.

Nico é o único que já desconfiava que as Salute eram reais, desde que Hylla tentou usar a compulsão com ele e o anel o protegeu ele teve certeza, compulsão é o primeiro poder que uma Salute iniciada recebe, controlar pessoas apenas com o olhar, as vezes para ficar mais forte você tocava a pessoas.

–Eu não posso, ter torturado aquela garota já foi demais. -Falo balançando a cabeça, tentando esquecer os gritos da garota na qual eu torturei, Hylla fazia todas as iniciadas torturarem alguém, para o poder aumentar, o meu aumentou muito, ela diz que tenho a genética boa e que sempre soube que eu tinha talento. Estou na última etapa para ser uma Salute completa, só assim vou conseguir descobrir qual é o plano de Hylla e porque ela esta trazendo tantas garotas para cá, até de fora da universidade.

–Nico eu não vou conseguir. -Estava a ponto de chorar, queria tanto o Percy aqui comigo, seus braços a minha volta, seus beijos molhados, como tinha saudades dele.

Nico me abraçou, ele se mostrou amável e presente quando precisei de um amigo.

–Não temos escolha Annie, você vai ter que matar alguém. -Sua palavras pareciam facas sendo cravadas em meu coração. Era isso eu teria que matar alguém.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram? Não sei se vou demorar, ainda estou doente e os remédios são fortes, me deixam desacordada, beijos Mrs Evans