Orehalion escrita por I A Silvestre


Capítulo 26
This Is War!


Notas iniciais do capítulo

Encontro de Dimensões - Capítulo IX



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Enquanto pairava sobre os campos de Exerion em companhia de seu mascote, Luganno observava, com atenção, o castelo que se encontrava a sua frente. Voava bem acima dos portões da cidade e, neste momento, arqueiros tentavam derrubá-lo com disparos não efetivos.

A torre do castelo estava à sua esquerda e sabia que, ali, provavelmente se encontrava Lisanne. 

—Luganno! Aqui!

Uma luz branca brilhava em um pátio logo acima do castelo. Em instantes, a luz diminuiu, transformando-se somente em um objeto flutuante sobre a mão de seu irmão, Caldus.

No controle do animal, o samurai fez algumas manobras no ar até pousar na cobertura do castelo.

—Ora, ora. Finalmente somos eu e você, irmão. Quanto tempo desde os treinos na floresta. - o homem andava, a passos lentos, em direção a Luganno. Cobrindo seus ombros estava uma longa capa, negra e vermelha, com alguns detalhes em dourado. Uma coroa negra ornada de cristais escuros brilhava com opacidade, contradizendo com seus cabelos brancos.

—Vejo que continua sempre gentil. - disse Luganno.

—E você, continua ingênuo. Sabe, acabei de sair de minha cerimônia de coroação. Como deve saber, agora, sou oficialmente o Rei de Exerion!

—Espero que saiba usar esta gentileza para com os do seu povo. - O samurai advertiu. - Assim como serei complacente e generoso com aqueles do meu.

—Luganno, meu caro... Somos do mesmo povo. Aquilo que nos divide é o poder que carregamos.

Neste momento, acima de sua mão esquerda, uma enorme chama negra se materializou, em contraste com a luz branca que era emitida pelo objeto acima de sua mão direita.

—Isto não deveria ser necessário, Caldus.

—Não existe paz sem guerra!

Luganno posicionou as mãos sobre a bainha de sua espada, pronto para desembainhá-la a qualquer momento.

—-

Enquanto isso, os outros heróis seguiam seu curso através das Terras de Exerion, em direção ao castelo. O navio havia ancorado ali por perto mesmo, antes mesmo de chegar ao porto, para evitar complicações. Porém, vários soldados se direcionavam até eles. 

—Eles possuem arqueiros! - Abelle, que já estava acima da moto, atrás de seu namorado, retirou o arco de suas costas e três flechas de sua aljava, posicionando-as e atirando-as simultaneamente. Acima da muralha, era possível ver três arqueiros caindo até o gramado em frente à mesma.

—Pelos olhos de Almatec! Que mira é essa! - Sinneus sempre se espantava.

—Preparem-se! - Presley gritou. Estava em pé, ao lado de seu irmão, que estava montado em seu motociclo.

Vou dirigir até a nave e tentar resgatá-la de volta.— A voz de Louis soava robótica quando usava o capacete.

—Ótima ideia, porém, é uma missão arriscada. Te darei cobertura. - Robel disse, sentindo-se útil. A Safira não brilhava em seu pescoço, mas ainda tinha total controle sobre as águas do mar, e estava em posição de vantagem, havia uma enorme praia logo ao lado deles.

Faça isso depois que eu tiver conseguido atravessar a linha de frente.— o garoto disse, girando o guidão e ativando o motor, acelerando em seguida com o veículo empinado. Seus longos cabelos loiros balançavam ao vento.

—É, o garoto cresceu mesmo... - Presley sorria, observando as ações de seu irmão. - Não temos tempo a perder, vamos nessa!

Os passos largos e pesados de Presley fazia a terra em volta tremer. Quando um soldado se aproximou, seguido de outros tantos, bastou um potente soco para derrubar todos que ali estavam, em fila.

Sinneus estava atônito.

"Que força! Presley, como conseguiu ficar tão forte?"

Aquilo estava realmente começando a deixá-lo nervoso. Sua pele começou a ficar mais vermelha e seu olhos, brancos.

—Syn! Não faça isso! Daquela vez...

—Eu preciso... tentar... aaaaaaaahhh! - a terra tembém começou a tremer no chão em volta de Sinneus. Até uma cratera e alguns rachados ali em volta se formaram, fazendo inclusive um dos soldados cair ao chão, espantado.

—O que é isso, um terremoto?

—Venha, Almatec! - E levantou os dois punhos para cima. Foi quando um raio verde caiu dos céus, atingindo-o. Além de seus dois braços, também seu tórax estava coberto por uma armadura e seu rosto por uma máscara indígena.

—Uau! Você conseguiu, Syn! - Abelle estava feliz quando usou mais três flechas, derrubando mais três soldados de cima da muralha.

—Não irei... perder o controle! - Somente um salto enorme foi suficiente, uns três metros de altura, atá cair no chão, a uns 50 metros de distância de Presley, levando consigo mais uns 5 soldados que estavam em volta.

—Syn? é você?

—Estou em total controle dos poderes de Almatec. Devias fazer o mesmo com a força de Brahma, que usou contra Pointers no torneio Orehalion.

—Tem razão, é um ótimo poder, com certeza. Mas só uso em casos verdadeiramente especiais. Parece que, por aqui, já temos tudo sob controle.

Sinneus olhou em volta. Seus olhos brancos conseguiam focar mais precisamente aonde ele quisesse. Alguns soldados ainda estavam ali em volta. Robel estava mais atrás, próximo ao navio, com as mãos juntas. Parecia estar canalizando uma magia.

Louis já alcançava a nave, foi quando Robel percebeu que era o momento certo.

—Canção de Ulmo, ecoe sobre estes campos malignos! - E espalmou as duas mãos para frente. A maré, rapidamente, começou a subir, fazendo com que fortes ondas começassem a atingir, pouco a pouco, não só a praia e os soldados que ali se encontravam, mas também e o gramado, chegando bem perto de onde os guerreiros se encontravam. 

—Precisamos sair daqui! Daqui a pouco estas ondas estarão atingindo a muralha também!

Abelle seguiu bem próximo dos muros do castelo, de moto, até chegar a um pátio em frente ao portão. Ao estacionar, retirou o arco e atirou contra os dois guardas do castelo, que simplesmente usaram seus escudos para se defender.

Os dois rapazes vinham correndo até os guardas.

—Parados aí. - Os guardas impuseram sua presença ali. - Não conseguirão passar por nós. É o fim da linha.

Além de escudos, eles também estavam equipados com enormes lanças e deviam ter, cada um, uns 2 metros e meio de altura.

—Uau. eles são grandes mesmo. - Presley disse. - Me lembram alguns guardas androides de Ganimedes.

—Será que devemos usar toda nossa força?

—Da minha parte, não. Irei derrotar esse cara sem usar o poder de Brahma.

—Quer que eu derrote os dois? - Sinneus propôs.

—Fique à vontade. - Presley assentiu.

—Então deixa comigo. - O guerreiro, que estava equipado com os Punhos e a Armadura de Almatec, posicionou-se em frente aos dois guardas, fixando o olhar nos mesmos através de sua máscara. Começou a canalizar energia e, ali, novamente, uma cratera se formou, fazendo uma energia verde circular ao redor.

Os dois guardas, alarmados, jogaram suas lanças, ao mesmo tempo, até o guerreiro, que com um só movimento dos dois punhos destruiu as duas, que passaram através e caíram, quebradas, no chão atrás de Syn.

—Explêndido! - Presley e Abelle estavam surpresos.

—Mas ainda não acabou! - o herói saltou até os dois guardas, que se abaixaram em um joelho, defendendo-se com seus escudos. Com dois socos ao mesmo tempo, destruiu os dois. 

—Perdão! Podem entrar, por favor!

—E vocês, podem sair! - Syn segurou os guardas pelo colarinho de suas armaduras e os jogou em frente de Presley e Abelle, que olharam para eles.

—Ehm... precisava disso? 

—Desculpem, mas precisamos realmente entrar no castelo, tá? - Abelle disse para os soldados, que desmaiaram em seguida.

—Siga em frente, Sinneus! Eu e Abelle iremos checar a situação de Louis com a nave!

—Entendido. - Syn concordou com a decisão dos dois, entrando pelo saguão principal do castelo destruindo a porta da frente. 

—-

Louis se encontrava diante da antiga nave. Já havia estacionado e havia, também, retirado seu capacete. Pôde presenciar, em distância, a luta de Sinneus contra os dois guardas e foi a primeira coisa que disse a seu irmão e Abelle, que chegaram logo em seguida.

—Caramba, viu só como ele acabou com aqueles guardas? Foi incrível!

—Ele finalmente conseguiu dominar a força de Almatec por completo.

—Mas olhem esta nave. Temos que achar um jeito de entrar nela.

—Por quê você não tenta usando sua adaga?

—A adaga... ótima ideia! - E retirou a lâmina dourada de onde estava guardada - Luz de Orehalion! - E apontou a adaga até a nave, que começou a brilhar com uma luz dourada, desativando a proteção antes posta por Caldus, abrindo, então, a ponte da nave até seu interior.

 

 


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