Convergente: um novo final escrita por Ginger Bones


Capítulo 7
Capitulo 56




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Quatro
Caminhamos lado a lado pelas ruas do setor da abnegação. Elas são todas idênticas, e, provavelmente se eu não tivesse passado minha infância aqui, eu realmente teria me perdido. Mas eu conheço bem demais esse lugar, graças ao tempo que ficava caminhando por esse lugar o máximo possível, para evitar me encontrar com Marcus cedo demais.
Assim que saímos daquelas ruas, Tris percebe o carro estacionado em frente à um dos prédios ao redor que não estava ali quando ela chegou. Ao invés de parar como ela, abri um sorriso e continuei caminhando até parar em frente ao carro.
–Você vem ou não?-pergunto, enquanto abro a porta do lado do motorista do carro. -Ele é meu. Ganhei do governo, já que eles acham que eu devo ter um veiculo "à altura do meu emprego."
–Então você aceitou a proposta da Johanna?-Diz Tris se aproximando e eu apenas assinto com a cabeça.-Legal, mas você tem certeza que sabe dirigir?
–É claro que tenho.-respondo.-Esse aqui é nosso agora. Pelo menos, até você ter um pra você.
–Eu não sei dirigir.-diz rindo.
–Eu te ensino.-falo e faço um sinal com a mão para que ela entre.-Entre. Quero te mostrar algo que você vai gostar.
–Mais surpresas?
–Sim.-respondi.-Com toda certeza.
Ela dá uma risada, mas logo depois entra no carro, se sentando e prendendo o cinto. Faço o mesmo e ligo o carro, dirigindo até o prédio onde vamos morar daqui em diante. É claro que ela não sabe, é uma surpresa.
Não demora muito e chegamos ao prédio Hancook, agora em reforma para voltar a ser usado, desta vez como residência. Muitos ex-membros da Audácia agora moram aqui. As facções podem não existir mais, mas acho que este lugar sempre irá pertencer à Audácia. O apartamento que agora é meu fica no 5º andar, eu até poderia ficar em um lugar mais alto como a maioria, mas a claustrofobia e o meu medo de altura ainda me impediriam de fazer isso, por mais que eu tente superar isso.
Aperto o botão do elevador e espero enquanto Tris olha tudo ao seu redor com aquela sua curiosidade infinita.
–O que exatamente estamos fazendo aqui?-pergunta quando entramos no elevador.-O que está aprontando?
–Tem um cara que mora aqui...-digo tentando desviar o assunto.-O nome de é Thomas, é especialista em história. Eu o conheci, ele chama Chicago de "a Quarta-Cidade", já que é a quarta tentativa de viver aqui.
–Legal.-fala Tris irritada quando descemos do elevador no andar certo e paramos em frente ao 502, o apartamento certo.-E o que tem isso?
–Ele é nosso novo vizinho. Achei que deveria saber.-digo destrancando a porta.-Bem-Vinda à nossa nova casa.
–Isso é serio?-diz enquanto entra, mas está sorrindo.-Carro novo, casa nova. Tem mais alguma coisa nova para me mostrar?
–Não, por enquanto.-digo e faço um gesto para ela seguir em frente.-Pode ficar à vontade para conhecer a casa enquanto eu preparo o almoço.
–Você vai cozinhar?-diz se aproximando e rindo.-Tem certeza que não vai botar fogo na casa toda tentando?
–Tenho.-digo e a puxo para mim.-Nem deve ser tão difícil cozinhar. Não está duvidando de mim, está?
–Boa sorte então.-responde e me dá um selinho antes de se afastar.-Vou dar uma olhada em tudo antes que queime tudo.
–Que engraçada você.-digo irônico e vou até a cozinha enquanto ela se afasta.-Não sei você, mas eu estou com tanta fome que na minha cabeça está tocando uma música triste das antigas enquanto imagino alguém me entregando comida para uma versão sem-teto minha.
–De onde você tira essas coisas?-diz Tris depois de rir enquanto abre cada porta da casa.
–Sei lá.-respondo.-Da minha cabeça, quem sabe?
–Criativo.-responde e abre a porta do quarto já que dá para vê-la no corredor.-Adorei a vista.
–Que bom que gostou.-respondo enquanto tento fazer a massa da minha mãe.-Vai dormir aí toda noite e..ai!
Acho que eu realmente não sou bom cozinheiro porque queimei meu dedo no fogo.
–Realmente um bom cozinheiro.-disse rindo.-Vai se arrumar, chefe profissional. Eu termino isso.
–Tá bom.
Dei um beijo em sua testa e corri para o quarto. Queria que hoje fosse perfeito.


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