Convergente: um novo final escrita por Ginger Bones


Capítulo 2
Capitulo 51




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Tobias

Chego ao hospital já ofegante pela corrida. Quando chego a porta o medico me para, com a mão livre da pasta levantada.
–Senhor, não pode entrar sem autorização.-o medico fala com aquela voz calma que no momento me irrita.
–Qual o seu nome? -um garoto com roupas pretas levanta de uma das cadeiras ao longo do corredor de hospital. Acho que não o conheço, pelo menos não me lembro, mas pelo pedaço de tinta preta saindo da manga arregaçada da sua camiseta indicando uma tatuagem, suponho que seja da Audácia. E pela sua aparência não deve ser mais velho do que eu. Cerro os olhos ao olha-lo. Quem ele pensa que é?
–Quatro...-hesito na resposta.-Hã...Tobias, Tobias Eaton.
–O filho de Evelyn e Marcus?- pergunta.
–Não...-digo, noto a ironia em minha voz e vejo que o irrita, nem ligo. -Porque pergunta?
Ele volta seu olhar para o medico que permaneceu o tempo todo calado.
–Deixe-o entrar, Dr. Simon. Acredito que ele tem permissão.
–Desculpa, mas qual o seu nome?-pergunto ao garoto. Quem ele é para dizer quem entra ou não no quarto de Tris?
–Bruce.- responde, mas seu olhar não desvia do medico.-Dr. Simon, creio que ele possa entrar sim.
O medico me encara dos pés a cabeça.
–Você é parente de Beatrice? -questiona.
–Não, é quase isso.- me lembro do dia que disse que seria sua família.
–Lamento, apenas familiares podem entrar. E o horário de visitas é só as 10:00.
Ouço passos ecoando nos corredores silenciosos e Christina e Caleb aparecem ofegantes pela corrida.
–Caleb Prior, sou irmão dela. E Christina, a melhor amiga. Podemos entrar?-Caleb fala enquanto tenta respirar normalmente.
–Sim, tudo bem. Entrem.
Antes que ela entre agarro o braço de Christina como um pedido silencioso.
–Ah, Doutor. Quatro pode entrar também. -Christina olha o medico ao falar.
–O Sr. Eaton não pode entrar porque...-Começa.
–Tobias namora minha irmã. Entre logo.- Caleb surge na porta, aparentemente irritado com a demora.
Dr. Simon finalmente permite a minha passagem.
–Obrigada.- sussurro para Chris ao entrar no quarto.
Ela apenas assente e se aproxima da cama de Tris.
Me sento na cadeira ao lado da maca em que ela dorme e seguro sua mão. Me lembro de quando eu a puxei da rede na sede da Audácia. Suas mãos pequenas e acolhedoras estavam quentes quando a toquei. Diferentemente de agora. Suas mãos continuam as mesmas, só que estão frias e com arranhões finos e avermelhados. Seus olhos azuis estão fechados e a respiração regular. Uma atadura com sangue seco está firme no seu braço e há um corte na sua têmpora direita, alem de vários hematomas e cortes superficiais no seu corpo. A pele doentiamente pálida e uma cânula que a ajuda a respirar. Os bips da maquina que mede seus batimentos cardíacos é o que me lembra de que ela está viva, que ela continua aqui. Ela não vai nos deixar. Não vai me deixar.
Ela está machucada e adormecida, mas ainda é a mesma Tris que eu conheci na Iniciação. A mesma por quem me apaixonei.


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Notas finais do capítulo

well...



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