Pesadelo - as Trevas Ressurgem escrita por Alexis B K


Capítulo 5
Eu definitivamente odeio o nome Renata!


Notas iniciais do capítulo

Prometo que será o ultimo capitulo longo deste jeito, a partir de agora não passara de 2000 e poucas letras
É que me empolgo na hora de escrever, tenho que parar ! >.>



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O meu alojamento era perfeito, apesar de ter pouca passagem de luz e de vento, por dentro ele tinha uma brisa que refrescava todo o local. Ele possuía cinco cômodos e mais um banheiro, é lógico. A sala principal era magnífica, tinha uma TV LCD de 42 polegadas, um som estéreo, DVD, vídeo game e mais umas parafernálias eletrônicas, tudo de ultima geração! Para a minha surpresa não tinha sofá, o que eu achei ótimo, eu sempre odiei ter que sentar naqueles trecos duros e parece que meu alojamento sabia disso, porque em vez de sofá, tinha pufes de todos os tamanhos espalhados por toda a sala, eles eram fofinhos e aconchegantes. Tudo na sala era em preto e branco, as paredes eram brancas, o chão era preto em toda a casa, alguns pufes eram brancos e outros eram pretos. Na sala havia três portas, uma era a entrada, a outra levava a cozinha e a outra dava num corredor que tinha mais quatro portas. A cozinha era pequena e simples, tinha uma mesa de madeira no centro, alguns armários, uma geladeira e um microondas. No corredor tinha duas portas de cada lado. Do lado direito uma levava a uma sala muito bagunçada e empoeirada, eu nem tentei ver o que tinha lá, quem sabe mais tarde eu pegava coragem e fosse ver, a outra porta levava a uma biblioteca lotada de livros e rolos de papeis, esse seria o lugar onde mais eu passaria o meu tempo, não é que eu ame ler, mais é um bom passatempo. Do lado esquerdo uma porta levava ao banheiro, que por sinal era grande demais, a banheira parecia mais uma piscina. E a outra levava ao meu quarto, ele era demais, a cama era enorme, tinha muitos ursinhos de pelúcia espalhados pelo quarto e o guarda-roupa estava cheio, tinha muitas calças e camisetas, o que eu achei estranho. Mas o que eu mais achei estranho mesmo era que em toda a casa, não importava aonde, sempre tinha um lobo decorando o cômodo.

Já havia se passado muitas horas desde que eu coloquei a mão na porta e consegui minha chave. Por sinal, foi muito estranho o que eu senti quando ganhei a chave. Logo que coloquei a minha mão na porta, ela começou a brilhar e a formigar, depois ela começou a queimar e eu senti que eu fazia parte daquela casa, como se eu fosse ela. Quando eu tirei a minha mão, ela estava sangrando e queimando como nunca, eu limpei a palma da minha mão que estava completamente ensanguentada e foi então que eu vi a chave, ela era quase igual à chave do Hunter, a única diferença é que a minha era preta e a do Hunter era branca. Depois desse episodio eu e o Hunter tivemos mais uma discussão sobre o risco que eu tinha passado, eu o deixei falando sozinho, como agora eu tinha a chave da casa era só entrar para me ver livre dele. Já fazia muito tempo que eu tinha entrado na casa e eu estava com fome, apesar de ter uma cozinha, não tinha uma migalha dentro dos armários. Eu precisava comer logo, se não ia desmaiar de novo. Felizmente já estava quase na hora que combinei de encontrar o Hunter antes de eu ter fechado a porta na cara dele. Eu agora tinha colocado uma roupa, porque continuar andando por ai só de sobretudo não dava. Eu estava com uma camiseta preta com um símbolo estranho, usava uma calça jeans cinza e tinha encontrado um colar na casa, ele era estranho como tudo por aqui, mais gostei do detalhe da correntinha que era toda entrelaçada e o coloquei, o pingente era feio mais como não consegui tirá-lo eu simplesmente o escondi, deixando-o encoberto pela camiseta. E como amei aquele sobretudo é claro que estava usando ele. Mas neste momento eu estava mais preocupada em que lugar que Hunter me levaria agora, já estava quase anoitecendo, devia estar na hora do jantar.

Como combinado, eu sai de casa às sete e meia da noite e fiquei esperando por ele no banco de pedra que tinha na frente da minha casa. E que bom que ele era daqueles garotos raros que quando combinam um horário, chegam no horário.

- Venha!

- Para onde vai me levar agora Hunter?

- Primeiro vou te levar para o refeitório, depois iremos buscar suprimentos para sua cozinha no armazém e só depois iremos conhecer os campos de punições e os estábulos.

- Hum. Esta bem então. No refeitório tem comida de verdade não é? Porque eu estou morrendo de fome!

- Comida de verdade? É claro que tem comida de verdade, ou você acha que elas são uma ilusão?

- Você não entendeu. Eu quis dizer se tem comida decente, comida de humano como vocês chamariam por aqui. Porque do jeito que esta indo, não duvido nada que tenha sopa de lesma para o jantar e de sobremesa tenha pudim de sangue de chupa-cabra acompanhado por um pirulito de olho de ogro!

- É claro que não tem sopa de lesma. Mais se quiser eu posso te achar um olho de ogro, já que quer tento chupar um!

- Não, obrigada. Eu acho que prefiro chupar um pirulito de cebola do que o de olho. Que nojo!

Depois dessa pequena discutição sobre qual pirulito seria melhor, nós ficamos calados por todo o percurso da casa até a escola, onde ficava o refeitório. Olha que era um caminho longo, muito longo. Quando chegamos em frente a porta dos desenhos, ele parou e ficou com aquela cara chata de intelectual dele. Agora a escola estava cinza com uns pontinhos brilhantes, como sempre refletindo o céu.

- Escute Bruna, você não me ofende com essa suas brincadeiras e insultos infantis, até acho um pouco divertido. Mais tome cuidado com os outros, a maioria deles não vai gostar do seu jeito e não irão permitir insultos, principalmente porque você não possui um Kani.

- Grande coisa. O que eles farão se eu falar mal deles?

- Literalmente irão te comer viva. Eles não podem te matar e muito menos lhe causar um ferimento que te deixe invalida mais eles podem lhe causar graves ferimentos. E não pense que será com simples surras. Por que você acha que eu digo que não somos humanos?

- Porque vocês são uns idiotas mesquinhos?

- Não. Veja o porquê!

Ok! Eu acho que não vou irritar ninguém alem dele. Bom, não irei irritar até eu aprender a fazer esses truques ou pelo menos como me defender deles. Cara ele tava segurando uma bola de fogo e eu nem vi de onde apareceu.

- Uau! Belo truque.

- Não é truque! Se você for alguém, conseguira aprender a manipular algum elemento.

- Alguém? Ta me chamando de ninguém é? Sorte tua que “ninguém”, é perfeito! Há! Mais por enquanto vou aceitar o seu conselho, nada de insultos para esses ai, só para você!

- Hã? Tá! Não podia parar de me insultar também? Sabia que eu posso te machucar que nem eles?

- É você pode me machucar, mais você não faria isso!

- Espere pra ver!

- Legal! Que tal irmos comer agora? Estou morrendo de fome!

- Vamos então...

- Espere! Agora que eu fui perceber, fora aqueles garotos do alojamento do Dycks, não vi ninguém por aqui! Não devia ter um bando de esfomeados correndo para o refeitório neste exato momento?

- Você não viu, mais garanto que todos já sabem sobre você! As noticias definitivamente voam por aqui. E sobre não ter ninguém é porque todos já estão lá dentro. As portas se abrem a partir das sete horas, eu te chamei mais tarde porque imaginei que você não gostaria de ter todos olhando para você. Apesar de que ainda assim terá muitos olhando, pois a maioria ainda deve estar espalhada pelos corredores e pelas salas de convivência.

- Ah, legal! Um bando de olhos curiosos sobre mim. Eu odeio isso. Mais vamos logo eu estou com fome. A propósito, como é que se abre essa porta? Eu não to vendo nenhuma maçaneta ou fechadura.

- Como a maioria das portas por aqui! É só por a mão sobre a porta.

- Só isso? Posso tentar?

- Vá em frente! Esta porta não ira te matar.

- Bom saber disto!

Foi simples entrar na escola, como Hunter disse era só por a mão na porta. Se por fora a escola já parecia enorme, por dentro era maior ainda. Era uma infinidade de salas, corredores e escadas. Se eu não tivesse Hunter como guia, com certeza eu me perderia. Eu andei cerca de 20 metros até chegar à porta do refeitório, mais para mim os minutos se tornaram horas naquele inferno de corredor. Todos que estavam espalhados pelo corredor pararam imediatamente o que estavam fazendo para olharem para mim. Isso era desconfortante, eles olhavam com curiosidade, alguns até olhavam com raiva, desprezo. Eu não suportava isso.

- Não ligue para eles Bruna.

- Eu não ligo. Mais eu não consigo suportar isso quieta. Eles te olham com amor e respeito e alguns até demonstram certo medo no olhar, você não sabe o que é passar uma vida inteira sendo olhada com raiva e desprezo.

- Você tem razão, eu não sei o que é isso. Mais isso logo passa.

- Ah.. Espero que você tenha razão! AI, cacete que poste duro!

- Olha como fala criança irritante!

Mais um pra me chamar de criança, daqui a pouco vou começar a espernear e fazer birra. Caramba, como ela era dura. Eu estava andando distraída pelo corredor, nem a vi. Provavelmente foi ela que entrou na minha frente, não tenho culpa. Essa nariz de porco merece uma boa resposta. Droga, eu quase esqueci. Ela não seria tão amigável como o Hunter, eu não acredito que vou ter que aguentar essa calada.

- Foi mal. Não foi por querer meu.

- Garota, você sabe quem eu sou? É melhor falar direito quando estiver se dirigindo a mim.

- Não sei quem você é e nem quero saber. Pouco me importa quem é você e eu falo do jeito que eu quiser tia!

- Desculpa Renata, ela é nova e não conhece muito bem as regras ainda. Peço que a perdoe, isto não se repetira!

- Hunter, eu não p......

Ele tinha que se intrometer? Eu estava prestes a dizer umas boas para essa garota. E quem ele pensa que é para tapar a minha boca?

- Tudo bem meu amor. Parece que essa garota é sua responsabilidade e só porque eu não quero te arranjar problemas com o Diretor, vou deixar essa passar.

- Obrigado pela sua compreensão Renata. Agora, com sua licença.

Ele me puxou para dentro do refeitório e só então tirou a mão da minha boca e finalmente eu pude falar.

- Seu idiota filho de uma lesma. Pode me explicar quem te deu o direito de tapar a minha boca? E que intimidade é essa com essa garota, amor?

- Você esta louca? Se não fosse por mim, neste exato momento você estaria agonizando naquele corredor, eu não te avisei para ficar calada? Em um estalar de dedos da Renata você levaria um choque que nunca mais iria esquecer. Toda esta raiva é porque eu tapei a sua boca ou esta com ciúmes da Renata, Bruna?

- Quem está louco é você! Ciúmes? Eu? De você? Mais nunca nesta vida.

- Mais eu acho que você esta!

Eu continuaria brigando por um bom tempo, mais eu senti o cheiro da comida e não aguentei. Eu estava morrendo de fome!

- Não estou não. Depois continuamos essa briga. Estou com fome, quero comer.

- Você só consegue pensar no seu estomago?

- Sim! Eu quero comida!

- Depois você diz que não é criança! Pois bem, vá comer. Daqui a meia hora eu te encontro em frente à porta deste refeitório. E vê se até lá se comporta, não quero confusões desnecessárias. Entendido mocinha?

- Sim mocinho, entendido! Mais porque daqui a meia hora? Você não vai comer?

- Vou, mais não aqui. Este é o refeitório dos novatos, os alunos formandos não podem comer aqui. Na verdade, eu nem podia ter entrado aqui. Até mais tarde.

Ele nem me deu tempo para reclamar, abriu a porta e sumiu. Mais o que importa? Eu quero mais é comer. Bom, o refeitório era grande até, as mesas era de formato redondo, com cinco cadeiras cada. Os novatos, como Hunter tinha nos dominado, estavam todos muito felizes conversando e cochichando pelos cantos, eles tentavam disfarçar, mais não conseguiam, alguns estavam falando de mim.           Que legal, acho que as noticias por aqui voam mesmo e parece que até os novatos não gostam de pessoas sem o tal Kani. Grande coisa, eles que se lasquem, não preciso da amizade deles, posso me virar sozinha.

- Que idiotas!

Que completos idiotas. Mais vamos à comida, to com fome. Eu andei até a mesa onde tinha um monte de panelas, pratos e tigelas. Para a minha total surpresa, tinha de tudo para comer. Eu vi tipos e mais tipos de saladas espalhadas pela mesa, arroz, feijões de vários formatos, peixes fritos e assados, carne de porco e de boi, mais não foi essa comida saudável que me chamou a atenção. Eu fui direto para onde tinha massas e mais massas, espaguete de todos os tipos com molhos estranhos, lasanhas de todos os sabores, pizzas dos mais variados sabores, salgados e doces. Ah, cara eu ia amar esta parte da escola. Eu peguei um prato e enchi com lasanhas e pizzas, para a sobremesa peguei sorvete de chocolate com cobertura de morango e é claro, para tomar eu peguei coca-cola. A única coisa que eu senti falta neste refeitório foi de bebida, é claro que tinha refrigerantes, sucos e água, mais não tinha uma bebida alcoólica. Não é que eu seja uma bêbada, mais eu amo uma cervejinha de vez em quando.

Eu peguei meu prato e fui me sentar em uma mesa bem no canto da sala, os novatos não me perturbariam ali, eles estavam bem longe. Eu comi bem rápido, eu não via à hora de sair daquele lugar. Demorou uma eternidade para se passar meia hora, quanto mais eu olhava para os relógios mais eles iam devagar. E nesse meio tempo eu percebi o quanto o povo desta escola devia ser rigoroso com o tempo, em todo canto que eu passei tinha um relógio discreto. Com certeza eu ia me dar mal aqui, horários certos não existiam para mim. Pontualidade? Só sou pontual se isto me interessar se não pode crer que eu vou me atrasar. Finalmente passou meia hora e eu fui me encontrar com o Hunter na porta. Quando eu saí, ele já estava me esperando.

- Vamos!

- Pra onde desta vez Hunter?

- Vou lhe mostrar onde fica o armazém. Lá você poderá pegar comida e outras coisas para a sua cozinha, já que provavelmente a sua esta fazia. Aproveite a oportunidade e encha seus armários, só temos permissão de ir ao armazém quando ganhamos este privilegio. E acredite, é muito difícil conseguir um passe para ir ao armazém.

- Droga, mais regras estúpidas deste lugar!

Nós voltamos pelo mesmo corredor que viemos e entramos em uma grande porta que ficava quase na entrada da escola. O armazém era enorme como tudo por aqui, estantes e mais estantes lotadas de produtos, comidas e utensílios faziam toda a decoração do lugar. O mais estranho deste lugar, eram os carinhas que trabalhavam aqui, minúsculos seres de pele enrugada e de chifres. Os maiores deles não deviam passar dos 80 centímetros, a pele deles alem de enrugada era de um tom esverdeado e seus chifres eram de metal. Havia muitos deles ali, devia ter no mínimo uns vinte, pelo menos foi o que eu consegui contar. Eles não paravam quietos, todos estavam na maior euforia arrumando prateleiras e organizando os produtos, apesar de baixinhos eram muito rápidos e fortes, um deles sozinho conseguiu levantar seis sacos de cem quilos cada um como se não fosse nada alem de uma folha de papel. Eu tenho certeza que nunca irei irritar um deles.

- O que são eles Hunter?

- São Gumes, uma raça quase extinta. Os que sobraram ou estão aqui trabalhando para nós ou estão escondidos em algum lugar em baixo da terra.

- Por que quase extinta?

- Antigamente eles eram usados como escravos pelas Mazons, uma grupo de mulheres de duas cabeças que lançam espinhos venenosos de seus cabelos. Eles são excelentes mineradores, as Mazons os obrigavam a trabalhar em suas minas de diamantes e ouro, quando um Gume voltava da mina depois de sua jornada sem ter conseguido retirar o suficiente, elas os comiam. E assim eles começaram a desaparecer.

- Eu não entendo, eles são tão fortes e rápidos, como eles podem ter ficado sob domínio de um bando de mulheres espinhosas?

- As Mazons são muito inteligentes, seus espinhos são rápidos e traiçoeiros, os Gumes são rápidos e fortes mais não são nem um pouco inteligentes. O veneno delas não mata os Gumes, mais ele os deixa paralisados. Se eles tentassem fugir as Mazons os paralisavam e pronto, tinham um banquete.

- Ah! Entendi. Força versus inteligência. Os Gumes não tinham chances mesmo.

- Sim! Hei, Gaya você tem algum carregador de folga?

- Tenhus sim. Aqueli aqui deve servir a ti.

Hunter tinha gritado com um dos Gumes, este estava segurando um bloco de anotações, com certeza ele devia ser uma espécie de chefe dos outros. Este tal de Gaya apontou para outro Gume que era bem baixinho, não devia ter mais de 50 centímetros de altura e logo que o Gume percebeu veio correndo todo desajeitado para perto de nós. Este pelo menos não falava errado como o tal de Gaya.

- Sou o Goy, muito prazer. Estou ao seu dispor. É muito bom conhecer vocês.

- Olha Goy, preciso que você faça uma entrega, vá pegar o carrinho e nos encontre na fila principal.

- Sim escolhido. Agora mesmo.

E então ele saiu correndo todo atrapalhado pelas fileiras de prateleiras. Hunter começou a andar até uma fileira onde a distancia entre uma prateleira e a outra era bem maior do que nas outras.

- Escolha o que quiser. Encha o carrinho que o Goy ira entregar para você em sua casa.

- Esta bem!

Goy voltou em instantes, trazendo um carrinho de madeira, parecido com uma carroça, o que para ele devia parecer um gigante. Eu fui enchendo a carroça com comidas que se pode fazer no microondas, salgadinhos e bolachas, refrigerantes, sorvetes e mais um monte de porcarias.

- Não sei como você é tão magra. Comendo deste jeito me impressiona que ainda não tenha sofrido um ataque cardíaco.

- Há! Muito engraçado.

- Goy leve isto para o alojamento preto.

- Alojamento preto? Sim escolhido.

- Ele saiu correndo de novo, deste jeito vai acabar tropeçando em algo.

- Ele é muito novo ainda, por isso é atrapalhado. Não ligue, tudo chegara inteiro em seu alojamento.

- Por que ele ficou surpreso quando você mencionou que era para o alojamento preto?

- Não sei. Deve ser porque até hoje ele não tinha dono.

- É deve ser. A propósito, como é que ele vai entregar a comida sendo que ele não pode entrar na casa?

- Sem problemas. Como você acha que recebemos nossas correspondências e outras coisas? Em todo alojamento existe a porta de serviço, você deve ter visto algum cômodo vazio na casa, ou então o cômodo devia estar cheio de prateleiras empoeiradas. A porta de serviço só se abre quando alguém que tenha a chave pede e todos os gumes daqui possuem essa chave. Mais não se preocupe, ele não vai entrar na casa, mesmo porque ele não conseguiria, ele simplesmente vai jogar tudo lá dentro, por isso aquele cômodo sempre estará uma bagunça.

- É bom mesmo.

Que estranho, eu não vi nenhum cômodo como ele disse. Será que é aquele quarto todo bagunçado? Mais eu não vi nenhuma porta lá. Eu não devo ter prestado muita atenção, depois vou ter que ver se a comida vai estar lá. Agora eu e Hunter estávamos voltando para os alojamentos, quando do nada ele resolve que tinha algo para fazer.

- Você pode seguir sozinha daqui pra frente. Eu tenho que resolver uma coisa.

- Para onde você vai?

- Não é da sua conta Bruna.

- Credo, depois eu sou a má educada.

- Vá logo e não me perturbe.

- Mais você não ia me mostrar os estábulos e o campo de punição?

- Outra hora. Tenho que fazer uma coisa.

Ele se virou e saiu. Grande coisa, quem precisava dele. Eu sei o caminho de volta até a minha casa. Eu continuei andando até aquela casinha preta bem no meio dos alojamentos e quando eu estava quase chegando alguém me atrapalhou. E droga, eu nunca pensei que eu poderia querer que o Hunter estivesse comigo, mais neste momento tudo o que eu desejava é que ele estivesse aqui.

- Olá encrenqueira. Eu pensei que você nunca desgrudaria do Seth. – Disse uma garota de nariz grande.

 


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