Por Jonas:

Saí de lá imediatamente, quando tive a certeza de que a Pamela não sairia com o carro. Voltei para casa e obriguei a Verônica a sair de lá, afinal aquela casa é minha! Mas também é claro que deixei ela bem instalada num apartamento bem grande.
Passei alguns dias só em casa, não saia nem para ir na Marra, ela estava bem com o Murphy... Eu é que não estava bem longe da Pam, ah que saudade daqueles olhos verdes profundos, daquele cabelo que eu tanto acariciei depois de uma noite linda de amor... Eu tinha que arrumar um jeito de separar a Pamela do Herval, mas não sabia como. Até que certo dia, recebi uma ligação, era a Dorothy, ela descobrira que o Herval estava envolvido no lance da Pamela não lembrar de nada. Imediatamente procurei ele com um gravador, e depois de muita provocação, consegui arrancar-lhe a verdade. Voltei para casa decidido a no dia seguinte mostrar aquela gravação a Pam. Só assim ela veria o homem com quem namorava.
Mal preguei os olhos a noite toda, e no dia seguinte estava de pé bem cedo. Fui direto para a casa da Pamela e graças a Deus, o Herval já tinha saído para ir à Plugar. Ela ainda estava dormindo, mas a Dorothy foi chama-la. Alguns minutos depois ela apareceu na sala enrolada em se hobby. Ela me disse:
–O que você está fazendo aqui, Jonas?
–Eu não te disse que te provaria que o Herval não te merece?! Pois escute só isso – E liguei o gravador para que ela ouvisse da própria boca dele que havia arquitetado um acidente para ela perder a memória.
Pamela ficou perplexa, irritada, triste, era uma mistura de sentimentos que eu a via expressar, e por fim, sentou-se no sofá com lágrimas nos olhos dizendo:
–Como ele pôde? Como ele foi capaz de fazer isso comigo?
–Me desculpa Pam... Eu não queria ser o portador dessa notícia, mas eu te amo muito e não quero mais te ver do lado de um homem que não presta! Por favor, fica comigo...
Ela se levantou e foi para seu quarto. Eu fui embora, não tinha mais nada o que fazer ali...

Por Pamela:

Eu estava esperando o Herval chegar da ONG. Estava decidida a pedir para que ele se retirasse da minha casa, graças a Deus nós ainda não tínhamos nos casado e eu não precisaria passar por toda a burocracia da separação. Quando ele chegou, tentou me dar um beijo, mas eu desviei e já fui logo ao ponto:
–Herval eu quero romper com você.
Ele me olhou estranho e disse: - O que você disse Pamela? Eu acho que não entendi...
–Entendeu sim, eu quero terminar o nosso namoro porque eu descobri que você armou para que eu sofresse um acidente e perdesse a memória. Agora eu não sei se eu sou uma Drummond ou uma Parker!
–Ah mais você não vai romper comigo mesmo! – Ele mudou a expressão, parecia louco agora. Ele caminhou até uma gaveta do quarto que só ele mexia e de lá tirou uma arma dizendo: - Se você não for minha, não vai ser de mais ninguém!
E apontou aquela arma para mim. Eu entrei em pânico, implorei para que não me matasse e do nada surge o Jonas lá no quarto e parte para cima de Herval. A arma cai longe e eu a empurro com o pé para debaixo da cama. Jonas bateu muito no Herval e por um instante eu tive medo de que o Herval conseguisse revidar, mas acabou desmaiando. Jonas ofegante me abraça forte e disse:
–A partir de agora eu não vou mais te deixar sozinha ouviu? – Fiz que sim com a cabeça ainda um pouco assustada. Jonas pegou seu Marraphone e ligou para a polícia. Relatou todo o ocorrido e os homens prenderam o Herval por tentativa de assassinato.