~Pov Annia

—Falei com a minha mãe hoje à noite sobre ser uma auror. –Eu disse a Ronan quando fomos para a sala.

—Ela também achou uma maluquice você querer ser uma auror só por causa dele?

—Não é maluquice, Ronan. –Murmurei.

—Você sabe que é. Não é seu dever prendê-lo.

—Minha mãe disse a mesma coisa.

—Viu? Estamos certos!

—Eu prometi que pensaria em outra coisa, mas enquanto ele não for preso e não pagar por tudo o que fez eu não terei paz. –Ele suspirou cansado e me abraçou.

—Annia isso só vai te deixar pior. –Eu sentia o cheiro de seu perfume amadeirado enquanto ele me segurava em seus braços, fazendo com que tudo de ruim sumisse da minha vida.

—Eu sei o que estou fazendo, Ronan.

—Sabe? Pois eu acho que não. –Revirei os olhos e ele beijou minha cabeça.

—Ronan, eu não vou fazer nada precipit... –Fui interrompida pelo som da campainha. O loiro me deu mais um beijo na cabeça e se levantou, indo até a porta para atendê-la.

Assim que Ronan abriu a porta, a única pessoa que poderia estragar tudo pulou em seus braços beijando-o apaixonadamente. Eu desviei o olhar e tentei não prestar atenção neles, mas era impossível e a dor que ele levou embora com um abraço foi voltando. Respirei fundo e fechei os olhos contando até dez. Quando os abri novamente eles não estavam mais se beijando.

—Eu disse que viria, Baby. –Ela disse sorrindo e dando um selinho nele.

—Oi amor... –Ele sorriu. –Nossa! Como você está perfeita! –Ela sorriu lhe dando mais um selinho.

—Eu sempre estou.

Me levantei, afinal não estou com a mínima vontade de segurar vela e ainda mais pra ele e para a vadia, mas infelizmente ela dirigiu a palavra a mim:

—Aah... –Ela me olhou com desgosto, analisando-me de cima a baixo. – Você tá aqui também.

—Não, eu estou lá. –Apontei para a porta, sorrindo sarcásticamente.

—Ronan, quem a chamou mesmo? –Revirei os olhos. –Já não basta ter que dividir o quarto com ela e com a esquisita do cabelo de fogo em Hogwarts. –E essa é minha triste realidade. Divido o quarto com essa puta.

—Ei, não chame a Nina de esquisita e como metade das pessoas que estão aqui são ruivos eu sugiro que você pense antes de falar.

—Por favor, vocês duas! Será que a minha melhor amiga e a minha namorada não podem viver em paz? Nem um dia? -Ronan disse nervoso e nós duas cruzamos os braços.

—Okay Baby, tudo por você. –Ela lhe deu mais um selinho e ele sorriu. Eu revirei os olhos. –Boa noite Annia.

—Boa noite Goulartt. –Sim, a namorada do Ronan é ninguém menos que Amélia Parkinson Goulartt, filha de Pansy Parkinson e Matthew Goulartt.

—Obrigado. –Ronan falou e eu o fitei, brava.

—Alguém já foi atender a porta? –Ouvi a voz de tia Luna atrás de mim e me virei. Quando ela viu quem estava na sala sua expressão mudou, tornando-se mais severa.

—Boa noite senhora Zabini. – Amélia sorriu e tia Luna forçou um sorriso.

—Boa noite Amélia. –Elas se abraçaram rapidamente e logo tudo ficou em silêncio.

—Como está?

—Bem. –Tia Luna disse cortando o papo e me fazendo dar um sorriso. Ronan encarou a mãe e gesticulou com a boca “MÃE!”. –E você?

—Estou ótima.

—Que bom. –Tia Luna disse olhando de maneira sonhadora para um ponto atrás deles. Eu já estava acostumada com isso nela e Ronan também, mas ao que tudo indica Amélia não se acostumou. Já que se virou para trás procurando o que tia Luna estava olhando.

—Senhora Zabini?

—Sim? –Tia Luna desviou o olhar para ela.

—O que foi?

—O que foi o quê?

—Por que está olhando pra lá?

—Acho que sua cabeça está cheia de Zonzóbulos.

—O quê?! –Ela disse com medo, mas tia Luna simplesmente saiu da sala. –Ronan o-o quê é...? –Ele a beijou e pegou sua mão, levando-a para dentro e me deixando-me sozinha.

*-*

—Annia será que pode me ajudar aqui na cozinha? –Tia Luna pediu e eu assenti indo com ela, minha mãe, tia Gina e tia Meg. –Alguém pode me explicar o que o meu filho vê naquela garota?

—Que horror Luna! –Minha mãe disse e eu gargalhei.

—Não consigo gostar dela e a culpa não é minha.

—Concordo tia Luna. Ela é insuportável.

—Tem certeza que o fato de você não gostar dela não tem nenhuma relação com o fato de que a mãe dela é Pansy Parkinson? –Tia Meg perguntou enquanto a ajudávamos com o jantar.

—Tenho, mas por que ela tem que ser tão parecida com a mãe?

—Tal pai tal filho. Blás já ficou com a mãe e o Ronan quis a filha dela. –Tia Meg disse.

—Veja só o James e o Alvo, parece que tenho três Harry Potter em casa. Lily e eu quase enlouquecemos. –Nós rimos.

—Blás também a acha parecida com a Parkinson e concordo com você, eles são identicos.

—Eu acho Scorp parecido com o papai. São insuportáveis quando resolvem se achar perfeitos ao mesmo tempo. –Todas nós gargalhamos.

—Draco não é o Draco sem se achar perfeito. –Minha mãe acrescentou.

—É porque eu sou. –Meu pai entrou na cozinha e abraçou minha mãe. –Falando de mim?

—Falando de todos os homens.

—E não vão nos dar chance de defesa, Meg?

—Não. –Respondemos todas juntas.

—Nossa! Nós agradecemos. –Nós rimos e ele deu um selinho em minha mãe.

—Acho que as únicas vezes que o vejo encantado com algo que não seja você mesmo é quando olha para Annia e Scorp. –Minha mãe disse e todos nós gargalhamos.

—E quando eu olho pra você. –Eles se beijaram e se abraçaram.

—Vocês são tão perfeitos juntos. –Tia Luna falou e os dois sorriram.

—Oh meu Merlin! Se o que Meg disse for verdade, em algum momento da vida eu terei como nora a filha de Cho Chang?! Oh Merlin, faça com que James encontre alguém mais interessante!

—Ouvi meu nome. –James entrou na cozinha também e apoiou-se em mim roubando um dos morangos que estavam em minhas mãos.

—James Sirius – James arregalou os olhos. Sempre que tia Gina começa com “James Sirius” significa que ela vai xingá-lo por algum motivo. – Você tem alguma coisa com a filha de Cho Chang?

—O quê? Como assim?

—Tem alguma chance de um namoro entre você e a filha de Cho Chang?

—Não, mas por que está perguntando isso? –Tia Gina suspirou e deu um sorriso aliviado.

—Obrigada Merlin! –Ela abraçou o filho, beijando seu rosto repetidas vezes enquanto ele continuava confuso. –Não siga o exemplo de seu pai.

Ele me olhou confuso e eu ri. James deu de ombros e roubou mais um morango, pegando o chantilly e passando na ponta do meu nariz.

—Você é insuportável, sabia? –Limpei meu nariz e ele riu. Ouvimos a campainha mais uma vez.

—Sou a pessoa mais adorável do mundo okay Annia?

—Claro. –Respondi ironica e nós seguimos para a sala para ver quem havia chegado.

A visita já tinha entrado, e era exatamente quem eu achei que seria. Ao lado dela estava tia Meg e tio Rony, fechando a porta. Todos vieram rapidamente ver quem era afinal todos estavam curiosos e ansiosos para conhecê-la.

—Ainda bem que todos estão aqui, assim fica mais fácil a apresentação. –Tia Meg começou. –Queremos que conheçam Alison Delacour Roberts.