"Hoje vai ser o dia Que eles vão devolver isso para você. Neste momento você devia, de algum modo, Ter entendido o que tem de fazer. Eu não creio que alguém Sinta-se do modo como me sinto a seu respeito neste momento."

A chuva caia forte naquela manha, sentei na cama e senti meus olhos arderem, olhei para o espelho em minha frente, estavam vermelhos, me virei para o travesseiro e ele estava molhado, foi ai que percebi que algo escoria pelo meu rosto, eu estava chorando, eu acordei chorando, e o pior, eu não sabia o porquê.

"A conversa que corre na rua é Que o fogo no seu coração se apagou Tenho certeza que você ouviu isso tudo antes, Mas você nunca realmente teve uma dúvida. Eu não creio que alguém sinta-se Do modo como eu me sinto a seu respeito neste momento." 

Tentei recordar o sonho que eu tive, o que ocorreu sem muito sucesso, eu estava numa cidade e Coria desesperado atrás de alguém, havia fogo para todo lado e todos estavam gritando, eu podia ver o medo em seus olhos.

"E todas as estradas pelas quais temos de caminhar são sinuosas, E todas as luzes que nos conduzem até lá estão nos cegando. Existem muitas coisas que eu gostaria de dizer para você, Mas eu não sei como..."

Sai da cama um pouco abalado, troquei de roupa e sai rumo a biblioteca, a chuva havia parado, porem fora substituída por pequenos e branquinhos flocos de neves, o que era estranho já que estávamos na primavera. As ruas estavam desertas e cada vez mais brancas, cheguei na biblioteca em poucos minutos, olhei para o relógio na parede, eram nove horas, não estava nem um minuto atrasado.

A velinha novamente me pediu para fazer a ronda.

Andei bem devagar entre as prateleiras, alguns minutos depois eu a vi. Sakura estava sentada no mesmo lugar de ontem, resolvi ir ate ela e esclarecer algumas coisas, afinal ela só tinha ouvido um “lado” da historia. Fui me aproximando e percebi algo diferente nela, primeiro ela estava muito cansada e também tinha uma mochila ao seu lado.

"Hoje iria ser o dia, Mas eles nunca devolverão isso para você. E neste momento você devia, de algum modo, Ter entendido o que não deve fazer. Eu não creio que alguém sinta-se do modo como me sinto A seu respeito neste momento."

- Sakura?

Ela pareceu se assustar com minha aproximação, ela olhou para mim e seus olhos refletiam dor, angustia, lagrimas não derramadas e palavras não pronunciadas , admito que aquele olhar me deixou preocupado, eu sumo por algumas horas e parece que o mundo resolveu cair.

- E-esta tudo bem?

- Não sei o que quer dizer

- Não vai me dizer o que aconteceu?

- Se me der licença eu tenho uma missão.

E assim ela saiu, me deixando ali parado no meio da biblioteca, voltei para o balcão, alguns minutos depois dela ter saído Naruto entrou na biblioteca, seus olhos demonstravam preocupação, ele veio ate mim.

- Sasuke!

- Hey Naruto

- Você viu a Sakura-chan?!

- Ei fica calmo, eu vi sim, ela acabou de sair daqui, foi para uma missão.

- Droga

- O que aconteceu? Ela estava meio..

- É o Satoshi, ele foi assassinado.

- Tem alguma idéia de quem fez isso?

- Foi a Akatsuki, o corpo dele estava coberto com uma das capas, desculpe Sasuke eu tenho que encontrá-la.

- Tudo bem, boa sorte.

- Ate mais.

Mais uma vez o Naruto saiu correndo.

"E todas as estradas que conduzem até você eram sinuosas, E todas as luzes que iluminam o caminho estão cegando. Existem muitas coisas que eu gostaria de dizer para você, Mas eu não sei como..."

Eu não queria acreditar. Havia começado. A primeira morte, um aviso, a dor, a traição, eles haviam começado sem me avisar, e o pior, também não disseram quando ia acabar.  

"Eu disse que talvez Você seja aquela que me salvará... E no final das contas, Você é minha protetora Eu disse que talvez Você vai ser aquela que me salvará..."

*