Terra do Ontem escrita por Sr Mokona


Capítulo 6
Arlequim




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Uma vitima do serial killer que ataca a cidade confirma: ele se transverte de palhaço para atacar suas vitimas.

Nesse domingo (23), uma das vitimas dos ataques cometidos por um possível serial killer consegue fugir e relatar a policia o que já desconfiavam: o assassino que anda assolando a cidade se veste de palhaço. Na madrugada de sábado para domingo, uma vitima que não quis se identificar foi atacada pelo “palhaço assassino” quando esperava por um taxi no bairro (?). Segundo o relato, ele apareceu por de trás de uma moita com um machado...

Josué joga o jornal no sofá e desce para pegar um taxi para ir ao trabalho.

– Bom dia seu Josué. – cumprimenta o porteiro do prédio ao ver Josué esperando o taxi.

– Bom dia Marcelo, já chamou meu taxi?

– Já sim. Olha ele ai. – Marcelo faz uma aceno com a cabeça quando vê Josué entrando no taxi.

***

– Precisamos passar na floricultura antes de irmos ao meu trabalho. – diz Josué ao motorista.

Eles param numa floricultura e Josué desce.

Josué compra um ramalhete e volta para o taxi.

O telefone toca.

– Olá amor. Não vou poder ir pra casa hoje. Isso. Quando voltar de madrugada vou ir pra casa do Antonio e depois iremos ao escritório juntos. Isso. Dê um beijo nas crianças por mim. Te amo. Tchau. – ele desliga.

***

Ao chegar ao edifício, Josué entra no elevador juntamente com vários homens de ternos, alguns com chapéus, e mulheres com blusas de manga longa e botão, algumas com saias. Quando o elevador ia fechando, um homem põe o braço na porta e entra.

– Ainda sem carro, Josué? – comenta o homem.

– Sim. Na verdade eu estou pensando em vender aquele carro e comprar outro.

– Sei como é.

O elevador abre (segundo andar) e desce duas pessoas.

– Esse buquê é para a esposa? – pergunta o homem, mas Josué apenas sorri.

O elevador abre (terceiro andar) e desce uma pessoa.

O homem observa Josué de cima pra baixo – Bela combinação. O que acha de eu vir amanhã com uma blusa branca, blazer preto, gravata preta, calça preta e um sapato marrom?

– Não ficaria legal. Sugiro que repense o sapato.

O elevador abre (quarto andar) e desce uma pessoa, sobrando apenas Josué e o homem.

– Por favor, segurem o elevador. – Josué segura o elevador e um homem entra.

– Quinto andar, Anderson? – pergunta Josué.

– Sim, tenho que resolver algo.

O elevador abre (quinto andar) e todos descem.

Os três se despedem e entram em uma sala cada.

***

Ainda vem gente me dizer que esse maníaco deveria ser internado. Ele deveria ser preso e jogado a chave fora. Esse assa...

O homem que estava no escritório de Josué desliga o radio.

– O que você está fazendo aqui? – pergunta Josué.

– Vim convidá-lo para um happy hour com a galera. – Malcom vê o ramalhete na mão de Josué e comenta – Ah, vai mais cedo pra casa pra fazer sexo com a patroa. Ou vai se encontrar com aquela peituda do outro dia?

Josué põe o ramalhete na mesa e se senta.

– Quéisso, Josué? Somos amigos. Não vou repreendê-lo por sair com aquela gostosa. Aqueles peitos. – Malcom faz um gesto como se estivesse apalpando seios invisíveis a sua frente.

– Tenho trabalho a fazer. Se me der licença,

– Claro. Eu também. Só vim convidá-lo. – Malcom sai do escritório fazendo gestos obscenos e rindo.

***

No fim da tarde, a secretaria bate na porta e entra.

– Senhor Josué, estou indo. Se precisar de alguma coisa pode me ligar.

– Claro, Chris. Tenha uma boa noite.

– Igualmente.

***

Lá pras dez horas da noite, Josué liga do escritório.

– Oláaa. Tudo em cima? Sim. Passo ai a uns quarentas minutos. Sim, de taxi. Vou resolver isso. Tchau.

Ele desliga o telefone, as luzes e sai do escritório.

Ele vê as luzes de alguns corredores acesas e de algumas salas.

Ao passar por uma porta, ele ouvi gemidos de sexo na sala e em outra sala (esses mais agressivos). Pega o elevador e desce.

Ao chegar ao térreo, percebe que esqueceu o ramalhete de rosas, mas quando aperta o botão do elevador, ele vê uma pequena caixinha de musica tocando no salão.

Josué pega a caixinha de musica que para de repente.

Um assobio agudo é ouvido e ele olha pra todos os lados do grande salão procurando o dono do assobio, mas não vê ninguém.

De repente ele ouve um barulho e por causa do susto, joga a caixinha de musica no chão. Era o barulho do elevador.

Josué entra no elevador e sobe, mas a porta abre no segundo andar e ele vê um palhaço com um machado na mão que sobe no elevador.

Totalmente apavorado, Josué evita olhar o palhaço ao seu lado.

A porta abre (quinto andar) e Josué corre; o palhaço sai do elevador calmamente com seu machado na mão.

O palhaço arromba uma das portas com seu machado e entra, Josué ao ver isso, corre o maximo que pode para voltar ao elevador antes que o palhaço volte, mas pouco depois de entrar, ele vê uma cabeça decepada sair do escritório que o palhaço estava e começa a apertar o botão desesperadamente.

O palhaço corre com o machado na mão e consegue entrar antes que a porta do elevador feche.

***

Um casal espera o elevador no térreo com a caixinha de musica na mão.

Quando o elevador abre, eles vêem um palhaço coberto de sangue com um machado, um sorriso de psicopata e um corpo retalhado dentro.


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Notas finais do capítulo

Pensei nesse conto após assistir um engraçado e talvez macabro vídeo (pegadinha) do palhaço assassino.
Quis pensar nessa pegadinha em caráter real e tentei transpor isso o máximo que pude, sem extrapolar.



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