The Inter - Worlds (Parte 1): As Aventuras - Ano 2 escrita por Ana Katz


Capítulo 57
Enquanto Isso - A Chegada do Rei


Notas iniciais do capítulo

Se estamos tendo muitos EQI? Sim estamos!
Parece até um padrão, de dois em dois capítulos :v
Olar, seus lindos o/ Tudo bem?
Nada a dizer (eu acho :P), só que espero que gostem do capítulo e que façam uma boa leitura :D

Nesse capítulo:
Enquanto Ana descansa, Legolas tem assuntos a tratar com outra pessoa...



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Ana tinha decidido ficar. Legolas tinha conseguido convencer ela. Por isso ele se matava para segurar um sorriso. Afinal, poderia ele estar mais feliz?

Ficou andando de um lado para o outro. Agora que Ana estava realmente descansando, o que ele ia fazer? As excursões para a floresta estavam suspensas, devido aos últimos acontecimentos, então ele teria que esperar as ordens de seu pai e rei: Thranduil.

Falando no dito cujo, desde que o príncipe retornara à beira da morte e sem os outros elfos, um mensageiro tinha sido mandado atrás do rei, para lhe dar as notícias, já que Thranduil estava, naquele momento, atendendo à uma reunião nas terras de Lórien.

O mensageiro tinha retornado já faziam alguns dias e de acordo com ele, o rei iria partir logo que houvesse a chance (provavelmente um dia depois que o mensageiro deixou o reino de Lady Galadriel).

Mas o príncipe élfico já estava ficando impaciente. Onde o pai dele estava metido? Tinham muitos assuntos a serem discutidos! Eles tinham que resolver a situação com os bandidos o mais rápido possível. E ele também queria falar sobre a garota.

Pelos menos eles não tinham tanta força já que Ana tinha terminado com boa parte deles. Mas nada garantia que aqueles que tinham visto na floresta eram os únicos de seu grupo.

Naquele momento em específico, o príncipe estava totalmente perdido em seus pensamentos. Se sentou, observando o ambiente. Não sabia o que fazer, não tinha o que fazer.

–Príncipe?

Se Legolas não fosse um elfo, teria tomado um susto de tão silencioso que Raichon havia se aproximado.

–Raichon?

–Acredito que tenha finalmente encontrado Ana.

–Sim, ela estava só indo para o seu quarto.

Pelo visto ele preferiria deixar em silêncio o fato que ela estava indo embora e ele a manteve lá.

–Então posso examiná-la agora?

–Ela deve estar descansando, é melhor esperar algumas horas. Quando ela acordar tem permissão para fazer tal.

–Obrigado.

Então, o elfo sentou ao lado do príncipe.

–Vossa Alteza parece estar bem pensativo. – comentou.

–Não é nada. E também não precisa me chamar assim.

–Aceite a autoridade que você tem. As outras pessoas têm que te chamar assim, então não deveria ter um problema eu fazer isso também, certo?

–Mas já disse que não precisa.

–Mas não quer dizer que eu não possa. – ele disse. – Agora, com licença, tenho coisas a fazer. – falou, levantando-se.

–Licença dada. – o príncipe fez um gesto com a cabeça.

Agora o elfo de cabelos dourados estava sozinho novamente. Sentado, ele decidiu encarar a luz que entrava fraca no ambiente, vinda do lado de fora.

Percebeu então que precisava de um banho. Sim, um banho. Estava com a mesma roupa desde a noite passada. E também tinha passado tanta coisa que precisava de um trato. O sangue, suor e as lágrimas de Ana ainda estavam em seus trajes. O que era, de fato, nojento.

Pediu que preparassem o seu banho e assim que a água estava pronta foi se banhar.

Era verdade o que Raichon tinha dito, ele andava muito pensativo. E foi enquanto se ajeitava que começou a pensar nela mais uma vez...

Tinha conhecido poucos humanos na sua vida, entretanto nenhum deles tinha despertado o sentimento que Ana despertou nele. Qual sentimento? Ele realmente não sabia dizer.

Seria curiosidade? Seria afinidade? Ele não sabia nomear. Talvez fosse um misto de coisas. Só sabia que ela era um livro fechado para todos, ele conseguia perceber. Contudo, sentia que eram parecidos, de alguma forma.

Naquele breve momento em que estiveram abraçados, ele sentiu algo que nunca tinha sentido antes. Não precisaram dizer palavras, mas era como se estivessem se comunicando. Conseguia sentir que ela estava sofrendo e que ele precisava confortá-la.

E eles claramente tinham uma conexão. Aquelas visões...o que elas eram afinal? Algum sinal do destino que eles iriam eventualmente se encontrar?

E naquele pequeno período de tempo que já tinham passado juntos, ela já tinha feito mais coisa por ele do que muita gente. Ele tinha muito mais do que uma dívida com ela.

Depois de secar-se, foi vestir-se. Já que naquele dia não teria nenhum evento especial e nada que requeresse que ele lutasse, não precisava nem vestir sua roupa de combate ou algo extremamente arrumado.

Assim, escolheu uma das primeiras túnicas que viu, uma na altura do joelho de tom bege e detalhes brancos. A vestiu sobre uma calça cinzenta. E completou com botas. Fez as tranças no cabelo por si só, depois de escová-los.

Estava para sair do quarto quando um guarda apareceu na sua frente.

–Vossa Alteza Legolas. – ele disse ajoelhando-se.

–Diga.

–O rei Thranduil acabou de retornar à Fortaleza.

–Sério?

–Sim, ele entrou agora mesmo.

–Ótimo, onde ele está?

–Nos seus aposentos.

–Então eu iriei falar com ele.

Assim, Legolas seguiu com passos rápidos para os aposentos do rei. Assim que chegou, bateu na porta, informando quem era. O pai logo o deu permissão para entrar.

O alto elfo que mantinha o título de Rei Élfico da Floresta das Trevas estava sentado escovando seus belos e longos cabelos loiros quando seu filho adentrou o quarto.

–Legolas, aqui está você.

–Pai. – o príncipe fez uma reverência. – Fez uma boa viagem?

–Sim, o caminho foi tranquilo. E você? Acredito que tenha notícias para me contar.

–Sim. Há um problema a ser resolvido na floresta.

–Esse seria?

–Bandidos. Um bando deles. Eu e meu grupo fomos surpreendidos por eles no caminho.

–E vocês não deram conta deles?

–Não. Antes que pudéssemos perceber eles destruíram a todos nós. Eles arranjaram um jeito de fazer com que desmaiássemos e realizaram um saque. Logo depois disso começaram a matar todos. Acordei nesse meio tempo, mas não consegui salvar nenhum de meus companheiros.

–Então, como escapou?

–Bem...

Então, Legolas lembrou daquele momento. O som de corpos caindo. E passos de alguém se aproximando. E o momento que, pela primeira vez, teve, pessoalmente, contato com aqueles olhos negros. Lembrou que Ana tinha o salvado, quando ele não pôde fazer nada.

Mas como ele contaria isso para o pai?

–Eu tive ajuda.

–De quem?

–Um humano...

–Então o meu filho foi salvo por um mortal.

–Uma humana, mais precisamente.

–E ainda é uma garota. Bom saber.

Bem, as palavras de Legolas não tinham funcionado. Ele conseguiu sentir o ar depreciador do pai.

– E onde está essa garota? Você deixou ela ir? Ou fez o que devia...prendeu ela aqui?

–Ela está aqui, na fortaleza.

–Pelo menos isso, você-

–Mas ela não foi presa.

–O que?

–Exatamente o que ouviu.

–E por que eu não sabia de nada disso?

–Pois eu pedi que ninguém contasse, já que queria falar disso pessoalmente com você.

–Pessoas que atravessam a floresta sem a minha permissão são presas.

–Sim, mas ela salvou a minha vida. Duas vezes.

–Teve outra vez?

–O veneno que os bandidos aplicaram em mim...ele começou a trazer sintomas. Se ela não estivesse lá, eu teria morrido. Afinal, fomos atacados pelas aranhas no caminho de volta.

–Uma humana, eu simplesmente não consigo acreditar nisso...

–Ela não é só uma humana. Tem algo sobre ela, que a faz diferente.

–Como assim?

–Ela é a mulher que eu falei com você um ano atrás. Aquela com qual eu sonhei.

–Então ela existe. Que coisa. Já descobriu se não é ela que causa esses sonhos?

–Sim, não é ela. Pelo visto ela também tem sonhos comigo.

–Interessante. – Thranduil comentou.

–Eu não tenho pista nenhuma da razão desses sonhos ainda...

–Mas, por acaso você sabe por quê ela está aqui?

–Ela me disse que estava indo até a Cidade do Lago encontrar com um parente.

–Sei...

Então, um ambiente silencioso formou-se, enquanto Thranduil cuidadosamente tocava cada item de sua mesa, pensativo. Finalmente, esse decidiu pronunciar-se:

–Legolas, eu gostaria de falar com essa humana. Tem como você chamá-la para a sala do trono mais tarde?

–Mais tarde?

–Sim, agora eu irei descansar um pouco da viagem. Uma vez que eu estiver pronto para conversar com ela, avisarei.

–Ótimo, já que ela não está disponível também.

–Porque?

–Ela também está descansando.

–Nessa hora?

–Longa história, pai.

–Está bem, depois quero que me conte essa longa história.

–Sim. Contarei. – disse o príncipe, fazendo uma reverência.

Legolas então virou-se e foi na direção da porta, pronto para sair. Já estava colocando o pé para fora quando escutou a voz do pai mais uma vez.

–Legolas.

–Sim?

–Teve uma coisa que não me contou.

–O que?

–Qual é o nome dessa...humana?

–Ah, sim. O nome dela...

...é Ana.


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Notas finais do capítulo

Então, gentem? O que acharam?
Espero que tenham gostado o/
Vejo vocês nos próximos capítulos e comentários!!!
Continua no capítulo 48 - Exame



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