The Inter - Worlds (Parte 1): As Aventuras - Ano 2 escrita por Ana Katz


Capítulo 24
Capítulo 20 - Um Contrato Inesperado


Notas iniciais do capítulo

NA: Oi, gente! Desculpa pelo capítulo ter vindo tão tarde! É que eu só tive tempo de terminar ele agora. Vou ver se já escrevo o próximo e acabo de manhã...já que amanhã já é véspera de Natal é melhor eu não deixar para tarde se não ele não vem rsrs.

Nesse capítulo:
Uma Ana disfarçada negocia com um mago e um anão...

Música: The Quest for Erebor (essa é definitivamente a música certa, tipo MUITO certa)
Link: https://www.youtube.com/watch?v=eBafOsQuhFY



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–Então, seu nome seria? – Gandalf perguntou, uma vez que nos encontrávamos novamente na taverna.

–Darion. Darion Aneryer.

Agora, estávamos sentados na mesma mesa que eu estava antes, que se encontrava no canto da sala. O Istari e o anão bebiam cada um uma cerveja, enquanto fumavam com seus cachimbos.

–Então, Darion, você poderia me dizer o que o nosso contato lhe dize exatamente, antes de começarmos as negociações? Digo, só para termos certeza que essa não é uma das coincidências da vida.

–Ele me disse que...- pensei bem nas minhas palavras. – Que eu precisaria falar com alguém e que tinha me recomendado para uma...aventura. – respirei fundo. – E queria que eu participasse dela, e que eu iria gostar muito da proposta, mas não me disse qual.

–Certo. Me parece que você é nosso homem. – dei um sorrisinho, tentando segurar o fato de que na verdade eu era uma mulher.

–Espero que vocês sejam as pessoas que espero que sejam, então.

–Sim. Agora, deixe-me me apresentar. Eu sou Gandalf, o Cinzento. E esse é-

–Thorin. Thorin Oakenshield. – interrompi involuntariamente, recebendo um olhar dos dois.

–Como você sabe disso? – perguntou Thorin.

E foi aí que eu comecei a tentar reparar a minha recente ação de uma fã fanática.

–B-bem, caso queria saber eu também já sabia quem era o mago. Vocês dois são pessoas importantes, não deveriam estranhar que alguém como eu saiba quem vocês são. Ele é um dos cinco magos, e você tem sangue real. É quase que minha obrigação saber disso, pelo amor de Deus. – eles me encararam, e eu devolvi o olhar. – E eu também ouvi vocês dizendo isso um para o outro mais cedo, então não se preocupem, eu não sou um maníaco. Mas, por favor, qualquer outra coisa que eu souber, só não perguntem como, é realmente chato ter que dar a mesma resposta sempre...mas, podemos continuar? – eu sorri, novamente.

–Claro...- comentou Gandalf. – Vamos começar. Nós estamos planejando uma aventura...eu chamaria mais de jornada, um trabalho na vista de algumas pessoas.

–Sim.

–E, de acordo com o nosso contato, você se encaixa perfeitamente no tipo de pessoa que tenho em mente.

–Aham.

–Espero que eu esteja falando com a pessoa certa... – ele murmurou, me analisando.

–O que?

–Nada. – ele tossiu. – Então, a nossa missão.

–Sim, eu estou pronta para ouvir. – (Ou talvez não, mas é melhor isso ficar só para mim)

–Thorin?

–As honras são todas suas.

–Claro. Então, nós estamos planejando, nessa jornada...saquear uma montanha. – fingi fazer uma cara de dúvida. – Não é exatamente saquear, já que temos o dono dela...mas ela foi roubada...e precisamos de algo que tem dentro dela.

–Então, vamos logo ao ponto. – comecei, chocando um pouco os dois. – Vocês não querem ser diretos comigo porque não me conhecem e por isso tem medo que eu não seja o contato certo e que eu solte alguma informação sobre a “aventura feliz” de vocês, já que o bonitão aqui está sendo caçado. – eu levantei os dedos para as aspas. – Mas eu lhes digo uma coisa: sendo ou não o seu contato, eu sou uma pessoa honesta, e eu não vou sair abrindo a boca para qualquer idiota do mal. Mas, de qualquer jeito, eu já sei o bastante. Você, Thorin, quer algo que está dentro da Montanha Solitária (provavelmente a pedra Arken), porque se você não tiver isso, você é um simples ninguém nesse mundo.

–Como é que-

–E é claro que você deve se lembrar que você é meio que o herdeiro do trono que existe lá, mas por algum capricho do destino, tem um maldito dragão se chafurdando no ouro do seu povo, NO SEU OURO, – eu apontei para ele. - e você simplesmente ficou anos sem fazer nada sobre isso e só quando um mago falou com você que você decidiu levantar o seu traseiro para fazer isso, e a primeira pessoa que você decide chamar você simplesmente não consegue confiar, sério? Eu estou desapontada, com vocês dois, eu esperava mais. Sinceramente...

–Você fala que nem a minha irmã...- Thorin comentou.

–Sério, isso deve ser mal de mulher. – murmurei comigo mesma. – QUANDO É QUE ALGUÉM VAI ME LEVAR A SÉRIO AQUI?

–Desculpa. – ele levantou as mãos em sinal de rendição.

–Me desculpa que tenhamos duvidado de você. É que nessa operação precisamos ser muito...cautelosos, entende?

–É claro. Mas confiem em mim, pelo amor de Deus...

–Sim, podemos continuar?

–Certamente. – disse.

–Certo...assim que ajustarmos os termos com todos os outros participantes poderemos lhe dar um contrato, mas antes precisamos ajustar melhor os termos e todos os...detalhes importantes.

–Tudo bem, pode...explicar.

–Então, como você já percebeu, nós precisamos chegar na Montanha, para recuperá-la e como você também já sabe há um grande risco por causa-

–Do dragão cuspidor de fogo que tem lá dentro...sim, podemos por favor pular essa parte...

–Deixe isso para mim, Gandalf. – disse Thorin. – Então, Darion, para essa missão eu vou montar um grupo de pessoas, e eu acredito que você possa fazer parte dela porque, de acordo com Gandalf e o seu...contato, nossa viagem será menos perigosa ao seu lado, já que, pelo que nós sabemos, você luta bem, é conhecedor destas terras e tem muitos contatos pelo mundo, certo?

–É...acredito que seja eu sim... – disse, mesmo sabendo que, tirando da parte de “conhecer” a Terra – Média, nada daquilo era exatamente verdade, mas sim o que Kryn havia contado para Gandalf para convencê-lo.

–Então, nós teremos que ir até a Montanha Solitária e a retomar das garras de Smaug-

–O Terrível.

–Sim, acredito que ainda demorará para a jornada começar, já que ainda é preciso ajeitar quais serão os outros membros, mas vamos logo resolver o que podemos...

–Alguma coisa importante que gostaria de saber? – perguntou Gandalf.

–Acho que não...a recompensa, talvez? – os dois se entreolharam.

–Vai ser na certa ser dividida uma quantidade igual das riquezas da montanha para todos os membros (isso se a missão der certo), então quando acertarmos a quantidade de pessoas, podemos lhe dizer mais precisamente como será.

–É verdade?

–O que?

–Que a Montanha tem salões cheios de ouro?

–Sim...

–Quanta ostentação. – murmurei comigo mesma.

–Então, mais alguma coisa? – perguntou Gandalf.

–Acho que não, já sei o que preciso saber agora, acredito. Na verdade...tem mais uma coisa.

–O que?

–É essencial que alguém mate o dragão ou só precisamos expulsar ele de lá?

–Acredito que o melhor seria que ele morresse. – comentou Gandalf.

–Sim, obrigada. – tossi um pouco. – Obrigado, obrigado.

–De nada...- responderam.

Os dois pareciam se perguntar bastante sobre a minha pessoa, e, percebendo isso, finalmente lembrei de tirar o capuz.

–Então, assim que as coisas forem mais acertadas, podemos fazer contato...

–Como podemos fazer contato com você? – perguntou Thorin.

–Bem...mandem uma carta, talvez...ou um corvo. Não sei. Acho que Gandalf pode pensar em algum jeito. – sorri. – Talvez falar com o nosso contato? Ele poderia me avisar...

–Posso sim, meu caro. – nós três nos levantamos. – Espero que possamos nos reencontrar em breve.

–Eu também. – estendi a mão. – Foi um prazer.

–Todo meu. – Gandalf apertou, logo seguido por Thorin. – Eu acredito que nossas negociações terminaram, por enquanto. Fique seguro que quando o dia chegar eu arranjo um jeito de falar com você.

–Eu sei que arranjará. – sorri. – Mas acho melhor eu ir agora. Já está bem escuro lá fora, e eu tenho outras coisas a fazer. Adeus, que os seus caminhos sejam sempre verdes... – parei um segundo para pensar, enquanto já me direcionava para as escadas, subindo os primeiros degraus. – e que suas barbas nunca parem de crescer.

Subi as escadas e entrei novamente no quarto que estava antes. Acendi algumas das velas do ambiente e tirei a esfera de cristal, colocando-a na mesa e chamando Kryn imediatamente.

Ele não respondia os chamados, começando a me deixar estressada. Só depois de gritar com o objeto que ele apareceu.

–Quem é você?

–Advinha. – fiz uma cara desapontada.

–Ana?! Pelos poderes! Você realmente parece um homem.

–Não me diga?! – disse, percebendo que tinha esquecido de mudar de forma.

–Espero que tenha se saído bem... – falou, enquanto eu trocava de volta.

–Me saí sim. Eles irão ajeitar os detalhes como os outros membros da companhia e depois vão me contatar de volta...Kryn, eu tenho uma pequena dúvida.

–Diga.

–Como eles me contataram hoje se foi o mesmo dia que decidiram fazer a jornada?

–Gandalf já sabia que conseguiria convencer Thorin, e por isso ele havia combinado comigo logo hoje, no dia do encontro deles.

–Ah, sim. Faz sentido...e agora?

–Agora o que?

–Eu já falei com os dois e terei que esperar...mas eu também tenho que falar com o homem da Cidade do Lago...como eu chego lá? Você vai me levar? Já achou os dados?

–Não minha querida. Você terá que ir para lá como qualquer um: andando.

–Me desculpe?

–Sim, você vai até lá fazendo o trajeto mais longo. Calma, não vai se arrepender, eu estarei na esfera sempre que precisar e você vai gostar. – fiz uma careta para ele. – Vai sim, não é qualquer um que tem a chance de explorar a Terra – Média assim, saiba disso. E talvez você descubra algo útil no caminho, o que pode ser também bom para a Jornada que você terá no ano que vem.

–Ano que vem?

–Sim, ainda vai demorar um pouco para eles arranjarem as coisas.

–Tá, mas por onde eu começo?

–Tem um mapa na sua bolça. – peguei a bolça e comecei a procurar. – Nele eu marquei vários lugares interessantes para você passar e possíveis rotas. Escolha uma e assim que estiver pronta, vá.

–Como isso chegou aqui? – perguntei quando achei o mapa.

–Magia, minha querida. Magia. – respondeu Kryn, enquanto eu abria o mapa na mesa e trazia uma vela para perto.

–Já que estou em Bree... – coloquei a vela na mesa. – acho que deveria seguir para o Topo do Vento (Weathertop) – dizia, enquanto arrastava o dedo pelo mapa. – E depois seguir para a Mata dos Trolls, e então ir para Rivendell. Mas depois disso...

–Depois de Rivendell você tem várias escolhas diferentes a fazer. – começou Kryn. - Você pode tentar ir por cima das Montanhas Nebulosas, podendo utilizar a passagem de Caradhras. Outra possibilidade é o caminho por Moria. Também poderia tentar a mesma trilha nas montanhas que a companhia achou os gigantes de pedra. Mas, se está procurando por algo mais seguro, mesmo que mais longo, você pode seguir descendo a fronteira das montanhas até mais ou menos Isengard e seguir por Edoras, a cidade do Senhor dos cavalos, e depois subir novamente pelo rio ou outro caminho, dando no seu próximo destino que, independentemente de que rota escolher, deverá ser Mirkwood, a floresta das Trevas.

–Por que tenho que passar por lá?

–Porque você quer ir para a Cidade do Lago, e o melhor jeito de chegar lá é pelo rio que passa na floresta e vai direto para a cidade.

–É um plano inteligente. Acho que o melhor é seguir a trilha da Montanha ou Caradhras, os outros caminhos são ou muito longos ou muito arriscados...e eu não quero dar de cara com um Balrog se é que aquela coisa já está lá.

–Entendo. – ele riu.

–Mas acho que mesmo assim devo perguntar a Lorde Elrond assim que chegar no vale, ele é sábio e sabe qual é o melhor caminho a tomar...

–Você planeja passar abertamente pelo vale?

–Sim, por que não?

–Simplesmente porque você quase que fugiu da última vez e eles podem ter perguntas.

–Se eles tiverem perguntas eu arranjarei um jeito de respondê-las.

–Tá certo...

–Se escolher a trilha logo depois irei parar na casa de Beorn... – voltei aos raciocínios. – Depois disso entrarei em Mirkwood e seguirei até o rio, dando na Cidade do Lago...Mas, como eu vou atravessar o rio?

–Nadando?

–Muito engraçadinho você.

–A Companhia arranjou...digo, arranjará, um jeito de atravessar, arranje você também. – eu ia retrucar. – Mas, se isso é realmente um problema, existe um barqueiro que recolhe os barris do rei élfico e, se você conseguir convencê-lo, ele pode arranjar um jeito de você entrar na cidade, e isso não vai ser nem difícil já que você é humana. Digo, eles devem deixar humanos entrarem em uma cidade de humanos...

–É isso. Perfeito. Se alguma coisa acontecer é só eu me ajustar!

–Viu? Você tem que aprender a se ajustar a qualquer situação...será necessário se você quiser viver. E você já tem idade o bastante para isso!

–Eu sei, eu sei! Mal posso esperar para começar! – disse, totalmente empolgada. – Mas antes eu devo dormir, para amanhã acordar bem cedo e colocar o pé na estrada! Boa noite, Kryn, pode ir.

–Você já dormiu-

–Não importa, só irei amanhã de manhã, quando a estrada é mais segura. Pode ir agora.

–Pode ir. – resmungou, começando a sumir. – Até parece que você que manda em mim... – eu sorri, rindo um pouco.

Então, troquei de roupa novamente para a camisola branca e me deitei na cama, apagando todas as velas ansiosa para o dia que viria...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ^^!
Quero comentários hein!
Obrigada a



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