The Inter - Worlds (Parte 1): As Aventuras - Ano 2 escrita por Ana Katz


Capítulo 18
Capítulo 15 - Reabilitação


Notas iniciais do capítulo

NA: Obrigado por comentarem a fic, seus lindos. Vou responder assim que puder :)

Ana tem que se acostumar com a vida depois dos Jogos...

Música: "Goodbye, My Friend"
Link: https://www.youtube.com/watch?v=js2W5UDpQOs



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Mesmo depois de tudo, ainda tinha a turnê. Sim, a turnê. Para os que não sabem, a turnê ocorreria um bom tempo depois dos Jogos, um tempo que, de acordo com Kryn, não tínhamos.

Logo depois dos Jogos, assim que estava instalada na vila dos vencedores, um lugar muito curioso, na minha opinião, por todos serem tão ricos, mesmo em distritos pobres como o 12, eu comecei a viver uma vida diferente. Agora, mesmo que diferente, tinha um pouco de paz.

Mas as noites...eram assustadoras. Se eu parasse para contar a quantidade de vezes que, não só Kryn, tiveram que me acordar por estar tendo algum surto de gritos no meio do sono, eu perderia a conta. Aqueles pesadelos que tive em Camelot? Fichinha do lado desses. Eu só via sangue em todos os lugares. Muita morte, e eu que a causava.

***

Entender o que acontecia era complicado. Lá estava ela, uma mulher alta de madeixas escuras e olhos de jabuticaba, cercada de homens de terno. Algo na atmosfera me fazia sentir uma tensão inevitável. Eles todos tinham rostos frios, secos, sem muita expressão.

Do lado dela estava um único homem, mas este era diferente. Ele tinha um olhar mais...acolhedor. Ele parecia ser amigo, não inimigo.

De repente, os olhos de todos os homens de ternos se escureceram, dando lugar somente ao preto, ao medo, ao terror, ao mal.

–Não cheguem perto! - gritou a mulher.

Eu reconhecia aquela voz, mesmo que parecesse diferente dava para perceber de quem era...

–Hora de morrer, queridinha.

–Acho que não entendi direito.

–Nós vamos terminar com você e com o seu amiguinho alado.

–E como vocês pretendem fazer isso?

–Há há, vocês não podem nos impedir.

–Não podemos?

–Ataquem – os, eles não saem vivos daqui. - disse um dos homens, deixando o local.

De repente, a mulher levantou as mãos e seus olhos escuros se tornaram brancos, um com a esclera, e sua mão começou a brilhar em uma luz fria, branca, assim como os olhos e bocas dos homens estranhos.

De repente, outra cena. Essa cena era um quarto com um toque...oriental. Nela estava a mesma mulher, só que com uma pessoa diferente. Era um homem cabelo cor de palha alto, e os dois se encaravam profundamente, como se conhecessem a séculos.

Depois, veio o sangue. Era, definitivamente, eu. Só que estava na arena novamente, e com traje e armas diferentes. Eu também estava mais velha, e parecia diferente. Eu tinha um olhar sagaz, rápido, assassino. Eu matava os tributos de uma forma diferente, eu não tinha medo de fazer isso, parecia não ligar (ou, pelo menos, tentar não ligar) para aquilo.

Então, mais sangue. Eu corria em meio à um bando de homens que tentavam me matar, mas não estava nos Jogos, era outro lugar. Eu estava bem ferrada, cheia de machucados e parecia cansada, mas de algum lugar ainda encontrava forças para lutar de forma inacreditável contra aqueles homens. Também apareciam cenas deles tentando abusar de mim, mas eu não conseguia ver o que acontecia depois, só que tentava escapar.

Tiros na cabeça, cortes de garganta...todo o tipo de finalização. Eu podia me ver fazendo aquilo, não podia ser mais ninguém. Mesmo com o rosto e jeito diferentes, algo naquela mulher me fazia lembrar da minha pessoa, me mostrando que eu era ela. Seriam mais visões? Ou será que eram somente ilusões?

***

Eu, como já disse, era frequentemente acordada por Kryn, quando tinha esses momentos de alucinações.

Kryn me contou que o tempo que teríamos que esperar para a turnê seria muito, mais ele ainda não tinha conseguido resolver o seu problema com sua máquina de teletransporte. Mas, ele me assegurou que, assim que conseguisse ajeitar isso, nós iríamos direto para o dia da turnê.

***

Passou – se quase um mês, e parecia que Kryn tinha sumido e, quando digo sumido eu realmente quero dizer que ele sumiu, porque, do nada, ele simplesmente desapareceu e não me deu mais notícias. Eu tive que passar praticamente um mês inteiro sozinha, em um casarão um pouco tenebroso por causa do silêncio. Dias que passava solitária, pelo menos tinha a chance de soltar todos os meus problemas com meus gritos e não teria ninguém para reclamar...mas também não teria ninguém para me ajudar.

Porém, em um desses dias, em que ainda esperava, e também me recuperava do choque traumático dos Jogos, Kryn me apareceu. A máquina estava pronta.

–Graças a Deus, vou poder dar o fora daqui.

–Ainda não, você tem que ir à Turnê do Vencedor.

–Isso é realmente necessário?

–Infelizmente, é sim. Mas o bom é que podemos pular exatamente para o dia que ela vai acontecer.

–Pelo menos isso...

–É.

–Depois daqui...o que acontece?

–Você verá...


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Notas finais do capítulo

NA: Espero que tenham gostado.
Até o próximo ^^



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