A pequena Grifinória acordou no meio da noite, suando frio, havia sonhado com aquela bendita noite, lágrimas rolavam a todo instante. Ela tentava-as enxugar, porém elas voltam a cair de seus olhos. Era assutador tudo, o escuro era seu maior medo, com medo de que aquilo acontecece novamente, ainda chorando se levantou trocou de roupa e desceu para o Salão Comunal, levando consigo o livro que ela amava, e que um dia sua mãe também amará.

Sentou-se em frente a lareira, sentindo-se aquecida, as lágrimas aos poucos foram diminuindo, até por fim secarem, a menina lia uma das suas partes favoritas, a fuga de seus tios Fred e George. Riu com os detalhes daquele ano, a menina sentia como se conheceçe Fred, mesmo ele tendo morrido ano antes dessa nascer, sempre ouviu seus pais e tios falarem dele, Molly não gostava de falar muito, pois aquela dor era insuportável, e havia deixado uma enorme ferida em seu peito.

Ficou ali acolida pelas chamas e seu livro, até que o amanhecer chegasse então decidiu que já era hora de se arrumar, saíria um pouco antes para perambular pelo castelo, queria ver todos lugares que sua mãe um dia já passará, e ver também a homenagem que aquela escola guardava sobre sua mãe.

Colocou suas vestes, e com muito custo prendeu o cabelo vermelhos scarlet, era um belissimo contraste com seus olhos azuis, ela poderia ser uma das meninas mais lindas que Hogwartsjá virá mais com seu passado temeroso, sua aparência era totalmente desleixada, fazendo ela sempre passar despercebida por todos, e com aquela cara fria que dava medo em todos, ela se isolou do mundo desde aquele dia, nunca mais brincou com os primos. A única coisa que fazia de divertido era ajudar seu tio George com os logros e poções. Ao contrario da mãe essa adora uma pegadinhas. Coisa rara para a filha de Hermione Granger,já que todo mundo espera que ela seja uma bela sabe-tudo como a mãe, entretanto Rose iria os surpreender. Era inteligente mas não dispensava uma boa bagunça, era um belo jeito de ser ela mesma pelo menos um pouquinho, por isso pedirá a seu tio logros, ela precisava se diverti, não pudia chorar no lugar onde sua mãe sempre sorrirá, e teve momentos esplêndidos ao lado de seus melhores amigos. Daria orgulho a seu pai, superaria tudo por Hugo, ele precisava crescer longe de tudo que o machucasse, como ela queria ter crescido. Não deixaria nenhum mal acontecer ao seu pequeno irmão.

Era essas sua decisão, e se preciso fosse ela morreria, tentando. Agiria como tal sua mãe ensinou. Protegeria a sua família.

Então passou perto de vários alunos, notou-se que havia dado uma volta e tanto naquele castelo, então pôs fim a sua exploração e dirigiu-se para o Grande Salão, esse não estava tão cheio como de noite. Sentou-se afastada e começou a comer, pães com gelia, pedaços de tortas, pudim, e bebeu suco de abóbora. Quando estava quse satisfeita sua coruja e mais algumas outras com cartas e pacotes de suas famílias.
Sua pequena coruja trazia um grande pacote ela já sabia do que se tratava, então seus olhos começaram a brilhar de felicdade, o pacote caiu sobre seu colo, e amarrado nele havia uma carta.

Minha ajudante preferida,

Fico feliz que caiu na nossa casa, sabia que você seria uma boa leoa, tenho certeza que ambos estão dançando em comemoração por ser mais uma na Grifinória, sei que sua mãe e ele ainda olham por nós, mesmos já tendo ido, sei que se preocupam. Lembre-se não fiques triste, a culpa daquilo tudo que aconteceu não foi sua. Tente fazer como eu e todos fizemos, tente seguir em frente sem se importa com nossas cicatrizes. Pois seguir em frente ajuda as cicatrizes diminuirem, alguns conseguem a curar mas são poucos, e acredito que você seja uma pessoa capaz.

Mandei logros, e outras coisas a você, já que se quiser entrar para aquele livro precisará, de muitas pegadinhas.

Com amor tio George.

PS:Tem um presente para ti, minha garota.

Rose ficou extremamente curiosa, estava prestes a abrir mas viu que era o que todos esperavam, e sabia que se alguém visse ia a dedurar antes de aprontar qualquer coisa, decidiu então deixar para ver depois. Pegou seu pacote e correu até seu dormitório, o guardou em seu baú e colocou feitiços para o proteger. Não queria nenhuma bisbilhoteira mexendo em suas coisas, sabia muito bem que Hogwarts era a melhor escola de Magia e Bruxaria, porém isso não significava que os alunos eram educados e cuidavam de suas vidas.

Saiu da Torre e se dirigiu a sua primeira aula de Transfiguração, que era com a Sra.Mason, uma mulher loira, dos olhos pretos, era baixa, e magra. Usava vestido roxo purpura até os pés, e tinha uma tiara sobre sua cabeça. A aula foi muito interressante Rose prestava atenção em cada palavra que saia dos lábios da mulher, fazendo jus ao nome da mãe. Também teve Herbiologia com Neville Longbotton e História da Magia com Sr.Kiron. Surprendeu aos dois professores a sua sede de cohecimento, já Neville que havia conhecido sua mãe apenas achou engraçado o espanto de todos, por alguns instantes dava a impressão de estar vendo uma Hermione ruiva em seu primeiro ano.

Quando chegou a hora do jantar Rose decidiu voltar ao Salão Comunal para ver seus presentes, mesmo morrendo de fome sua curiosidade era bem maior que isso. Correu até lá com cuidado para não esbarrar em nenhum professor ou monitor. Quando chegou em frente ao retrato da mulher gorda, disse a senha, essa abriu a passagem resmungando, pois estava conversando com sua amiga, a qual Rose nem sequer sabia o nome.

Entretanto quando passou pela passagem, seu sorriso anciosou murchou, uma cara de fúria surgiu, estava vermelha como seus cabelos, suas primas Domique e Roxane mais algumas meninas do primeiro e do terceiro ano, estavam vendo tudo o que ela tinha ganhado, e pior. Escolhendo o que queriam. Mas Rose quase pulou no pescoço da prima quando viu um colar de prata com uma pedra amarela dentro, com certeza era o tal presente.

–Oque. Vocês. Estão. Fazendo? - Perguntei pausadamente tentando controlar minha raiva.

–Oras você não está vendo escolhendo nossos presentes de boas vindas. - Disse Dominique com aquele ar enjôado, o que fazia Rose querer vomitar. -Bom eu já vou indo, já escolhi o meu. - Então ela mostrou o colar a Rose que definitivamente perdeu a cabeça.

–Me devolva isso agora! - Berrou Rose, furiosa fazendo todas as meninas a olhorem abismadas. Depois do choque Dominique começou a rir em deboche.

–Você acha que eu obedeço a você? Que eu tenho medo de você? Uma menina que foi fraca e deixou sua mãe morrer e ainda foi es... - Dominique foi interrompida, por uma voz raivosa.

–Dominique já chega! - Gritou raivoso, rosnando para ela, que deixou todo aquele deboche e entrou em uma face doce. Rose estava quase chorando, mas não iria chorar, não na frente daquelas garotas que eram suas primas. Quando ela olhou para as escadas e viu James Sirius seu primo junto a Fred se surpreendeu, ela havia se afastado tanto do primo depois do que havia acontecido e mesmo assim ele ainda a defendia.

–Vão sumam daqui o show acabou. - Disse Fred, tentando dispeçar aquela confusão, pois sabia que se deixa-se aquilo ficaria pior. Sabia que James era capaz de esganar aquelas meninas idiotas. As meninas logo saíram deixando as coisas em cima da poltrona ou do chão. Roxane teve de puxar a prima, pois essa estava estática. Essa também tirou o colar em sua mao, e o jogou no chão com nojo.

Quando elas sumiram dali, eles olharam todos aqueles logros e poções, ficaram maravilhados, George nunca havia os deixado usar poções. Rose se mexeu e começou a reunir tudo. Fred e James se olharam, então começaram a cochichar, Rose fingia não ouvir, perguntava se eles estavam falando mal de si, teve vontade de chorrar, mas se segurou.

–Então... é Rose - James disse meio sem jeito. - você bem queria.... - Ele estava engasgando, não sabia com dizer aquilo. - saber se você não quer nos ajudar com algu-gu-mas pe-pe-gadinhas? - Falou o final gaguejando.

Rose estava pensativa, enquanto Fred e James que coçava a cabeça, trocavam um olhar furtivo.

–Acho que sim. - Disse sem os olhar, já que estava com um pouco de vergonha.

Um sorriso surgiu nos lábios de todos, Fred e James quase pularam de alegria, ambos estavam doidos para mandarem uma carta a sua família contando a boa nova.