Diário de uma garota quase perfeita. - O Retorno. escrita por MRS Carriyh


Capítulo 20
Segunda chance de vencer.


Notas iniciais do capítulo

''Quando você voou para fora do ninho
Você cometeu um erro
voou todo o caminho de volta
Quando você voltou para seu covil
um minuto tarde demais, já estava destruído
É uma fração do todo, mas é tão difícil de controlar
Deixa eu ver se entendi
Você não pode não pode contar com uma segunda chance
Você nunca vai encontrar uma segunda chance
Você não pode não pode contar com uma segunda tentativa
A segunda tentativa nunca virá,
Você ficar com o que você conhecia antes
Não sei o que você gosta
Apenas fez a sua mente
A imagem ainda está pendurado na parede
De volta ao dia
Quando você tinha tudo''



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Anteriormente em diário de uma garota quase perfeita....

Incrivélmente não estou chocada. Na verdade, o que mais me choca é Anna ter prefêrido salvar Láis do que salvar Piérrie. Pelo menos Piérrie tem seus motivos para ter feito o que fez, já Láis, acredito eu, que não!

Não demorou-se muito até Anna chegar em terra firme, ela e a pessoa que Cauanne dizia ser Láis estavam de mãos dadas e ficaram assim, até Anna se soltar e me abraçar por um bom tempo.

– Eu disse a você que não seria desta vez que nos separariamos. - Ela fala rindo, como se não tivesse acabado de passar por uma quase morte.

– E eu? Não mereço um abraço por ter trazido a Anna de volta? - A sombra responde, tirando o capuz, me fazendo reconhecer aquela voz e aquela face.

– Marrie?

...................

Por favor, não chore nem uma lágrima por mim. Não estou com medo do que tenho para descobrir e dizer. Esta é minha e única voz, então escute-a é só por hoje. As vezes a derrota é apenas uma segunda chance. Nossa única defesa é ficar únidas, mais juntas do que nunca já mais estivemos. Como um exército! Um exército no qual ainda existem soldados vivos.

– Anna King's.

****

São poucos aqueles que tem a possibilidade e a chance de recomeçar. Bem, tenho orgulho em dizer que, sou uma destas pessoas sortudas. Hoje, olho para trás e vejo o quão estupída eu era, e o quão estúpida eu estou sendo agora. De fato, não tive nem um progresso quanto a isso. Fui capaz de admitir um erro uma vez. Mas parece que, tudo está desmoronando em meus pés novamente. As consequências correm ladeira abaixo, fazendo tudo o que eu construi nesses mêses em que estive aqui não valerem apena. O jogo finalmente chegou ao fim. Porém, ainda resta uma questão: Quem o ganhou?

Eu me sinto culpada. Culpada pela queda do avião. Culpada em ter tido que fazer uma escolha, a escolha que mudou o rumo da estória. É claro, me pergunto o por quê isso está acontecendo comigo. Confesso que, pelo visto o mundo da grandes voltas. Antes, eu estava por cima, agora, eu e Cauanne estamos juntas, no mesmo barco. É bem provavél que, o destino só tenha nos juntado por que nos merecemos. Somos duas assassinas. Duas vádias sem coração.

FlashBack On

Londres, Maio de 2010: Colégio Couci Gold – Centro...

O sinal do terceiro período de aulas acabava de bater. Marrie, Cauanne e eu nos dirigimos ao segundo andar do prédio, onde ficavam nossos armários um do lado do outro, havíamos pedido ao diretor que na época era muito próximo a minha família para colocar-nos juntas, assim, pouparíamos tempo quando precisássemos fazer algo importante. Naquele dia, planejávamos invadir a diretória para pegar o histórico escolar de Cauanne, afinal, o mesmo tinha um enorme e grotesco escrito na primeira página: ‘’ Aluna foi pega aos beijos em horário de aula’’. Cauanne ganhou aquela página uma semana antes, quando a cordenadora do colégio flagrou ela e Peter Hillis juntos, garoto cuja era sua paixão desde que a conhecia por gente. Lembro-me bem que ele era moreno com olhos azuis, e desde o principio não lhe deu muita bola, mas Cauanne sempre foi persistente o suficiente para não desistir de conquista-ló nem por um minuto que fosse. Para ser sincera, Peter era meu amigo e isso fazia Cauanne ficar ainda mais na minha cabeça, falando sobre ele, ou achando a todo momento que tínhamos algo além de amizade, mesmo eu negando sempre. Não sei se já falei, mas Cauanne praticava hipismo na acadêmia mais renomada de Londres, era medalista e uma das garotas mais perigosas do Couci, assim como eu . Ninguém ousava pisar em seu calo, se não sofreria as devidas punições. Se seu pai descobrisse sobre esse deslize, Cauanne poderia até ser transferida ou expulsa da acadêmia, a única saída era apagar aquilo. Quando Peter a rejeitou, ela não viu outra solução a não ser forçar a barra. Era sempre assim, comecei a me acostumar a fazer parte dos planos malucos que aprontávamos juntas.

Hum garotas, o que vocês acham que devo fazer? Queimo ou rasgo? - Falou, com o histórico em suas mãos gargalhando.

Marrie se manteve calada e eu por minha vez, soltava um sorriso com os braços cruzados.

Nem um dos dois. - Marrie disse, fechando a cara.

Cauanne revirou os olhos por Marrie ser sempre tão careta e estragar nossa diversão, em seguida me pediu o meu isqueiro emprestado. Nele, minhas iniciais '' AKK’’, estavam talhadas na parte superior.

Faça o que achar necessário Cau. - Autorizei, entregando-lhe o isqueiro.

Sem pensar duas vezes, ela acendeu-o e colocou fogo na pasta, em cima da mesa do diretor. Olhávamos as chamas com fascinação e com um olhar vitorioso, até que as faiscas começaram a se espalhar pelo restante da sala. Coloquei a mão sobre minha boca, mostrando indignação, as outras fizeram a mesma coisa.

Vamos sair daqui, AGORA! - Berrou Cauanne me puxando para fora da sala. – Não é mais problema nosso!. - Acrescentou.

Flash Back Off.

Acontece toda vez que a tristeza chega, ou toda vez que as lembranças chegam. Se você só puder adormecer e se deixar levar contra a corrente, aconselho que faça isso. Ao longo do rio das Sombras, vou desaparecerecendo... e dissolvendo. Só fica mais escuro e a chuva vai ficando mais gelada. Telhados e estradas; folhas caídas. Vozes do meu passado..

Anna King's favor dirigir-se até o quarto 112, paciênte Joseph Beaumont acaba de sair da sala de cirurgia. - Avisou uma voz, nos auto falantes do hospítal.

Olho para o céu e vejo as coisas ficando cinza. Tudo o que eu cometi foi um erro. Por mais quanto tempo eu terei de pagar? Disseram que as portas estavam se fechando. Peguei as toalhas, jogue-as para dentro. Sim, nós nascemos para lutar, vamos receber bem os soldados. Nascemos para vencer. Nunca amei ele, nunca precisei dele. Ele estava a disposição, isso é tudo que tenho a dizer. — Não me abandone Piérrie! Eu nunca irei me perdoar! —. Por favor, não me deixe...

Eu estou cansada de estranhos que sempre se aproximam, estou cansada de todos estes favores porque não sei do que se tratam. Eu tive que sair destas condições. Não consigo me amar o suficiente. Ao invés de procurar por fora o que eu deveria ter por dentro, quero viver num mundo sem espelhos, sem tamanhos, sem conseqüências, sem prêmios, sem passado, sem futuro, sem raiva, sem perdedores, sem dor, sem desejo e sem fé. E se eu desistir de todas aquelas coisas que fiz e que pensei? Tenho tanto amor pra dar, mas estou me destruindo aos poucos. — Porque é tão difícil me entender? —.

Renny aguardavam-me na sala de espera, enquanto eu, me preparava para o choque, que logo levaria. Ambos estávamos preocupados com o que viria acontecer caso o pior acontecesse. Com toda certeza, eu não seria mais uma garota livre.

Caminhei rumo a porta branca com o numêro cuja soma era quatro. Respirei fundo e tomei coragem para deslizar a maçaneta da porta, adentrando assim ao interior daquele espaço. Piérrie se encontrava deitado na cama desacordado e respirando por aparelhos. Fui ao seu encontro e começei a fita-ló de cima a baixo, desde suas mechas loiras bagunçadas ao seu musculoso e definido torax, onde um pouco mais embaixo havia um corte. Senti meu coração apertar ao ter noção do tamanho do estrago que causei em seu rosto e em seu corpo. Busquei sua mão esquerda e a apertei fortemente contra meu coração.

– Segure o vento se eu não conseguir respirar
E envie-o quando eu sair,
Mas se eu nunca for para o céu
Você vai encontrar um caminho até mim?
E se eu nunca chegar ao céu? - Cantarolei.

Uma lágrima escorreu dos meus olhos e foi parar em minha camiseta. Ele nem ao menos pode me escutar! Aproximei meu rosto do seu e depositei em sua bochecha direita cuja estava mais ferida, um beijo molhado e rápido.

– Enterrompo alguma coisa? - A voz de Renny surgiu. Ele parecia sério, ou até mesmo bravo, não entendi ao certo por quê.

Me afastei de Piérrie, soltando sua mão e me virando na mesma fração de segundo.

– Não baby. - Respondi forçando um sorriso que não queria sair. – Na verdade, eu já estava de saída. - Completei.

Ele assentiu com a cabeça e me puxou pelo braço em direção ao fim do corredor. Acompanhei-o em silêncio. Arregalei os olhos ao ver que minha avó assim como Carina, Pedro e Marrie já se encontravam no hospital, todos juntos e claramente bravos comigo. É claro, até eu estou brava comigo mesma por ter feito um avião cair, por quê meus amigos não estariam? Foi necessário, questão de sobrevivência, vida ou morte, porém mesmo assim, não foi uma atitude humana, eu deveria ter arrumado uma outra solução. Uma solução onde não saísse ninguém em desvantagem, se é que me entende. Nada disso teria acontecido se Piérrie e Cauanne não tivessem se aliado um ao outro. A cede de vingança e o ódio falaram mais alto. Eles não passam de monstros que eu criei e monstros que eu própria derrubei. Tudo o que eu fiz a Cauanne foi apenas protege-lá, até hoje não sei o por quê de tantos sentimentos ruins relacionados a mim, eu simplesmente não fiz nada a ela intencionalmente. Cauanne sempre foi muito importante para mim, tão importante quanto Carina. Aqui eu me levanto na estrada. A estrada para conhecer meu destino.

– Será que vocês duas podem me explicar que diabos aconteceu naquele avião? - Carina esbravejou, apontando para mim e Marrie. .

Abri e fechei a boca varias vezes, sem saber o que dizer. Nem eu mesma sabia o por quê dessa troca. Não tive tempo de me pronunciar e Marrie se levantou de onde estava:

– Eu posso explicar... - Começou.

Pov’s Marrie

''Como eu deveria sentir?
Criaturas vivem aqui
Olhando através da janela
Eu irei.
Ouça as vozes deles
Eu sou uma criança de vidro
Eu sou o remorso ''.

Tudo começou quando Anna me deixou uma mensagem pela manhã dizendo que precisava falar urgentemente comigo, marcamos um encontro na frente do big-ben, porém quando cheguei ali, deparei-me com uma carta no banco da praça que dizia:

''Quer saber o que aconteceu com sua amiga? Vá até a pista de pouso para aviões de pequeno porte pouco antes das cinco da tarde. Assim que avistar um carvalho, vá até ele, lá terá uma roupa aguardando-lhe. Vista-a e fique no meio da pista. Cumpra com o dito, ou já sabe. Anna amanhã será uma garota morta!’’

Preocupada, resolvi ir até o lugar na hora marcada, só para garantir. Assim que meu relógio de pulso bateu cinco da tarde, um avião com o dito: ‘’ Seja em terra, ou seja no céu. Vocês não venceram dessa vez garotas . Desistam Kisses’’ pousou e uma limousine preta estacionou Cheguei um pouco mais perto e pude ver Cauanne, Piérrie e Laís adentrarem a pista e abrirem a porta do avião com Renny preso. Cauanne mandou Laís ficar de guarda na floresta, enquanto ela e Piérrie faziam alguns telefonemas, a pessoas sem identificação. Naquele momento, associei as peças ao plano e percebi que Anna não demoraria a chegar. Decidi que precisaria assumir o lugar de Laís para garantir a segurança de Anna no avião. Quando me aproximei para tira-lá do jogo, alguém foi mais rápido. Tudo o que eu vi foi um corpo sendo puxado floresta a dentro.

Pov’s Anna novamente.

Isso é tudo! - Exclamou Marrie.

Sacodi a cabeça voltando a realidade que antes era distante em meus pensamentos.

'' Vocês não foram as únicas. Essa sombra também me seguiu até a sala de espelhos, me disse coisas... me fez lembrar de coisas. Garotas! Não é a Cauanne.’’

Lembrei-me vagamente de minhas palavras no baile de natal. Sim, agora tudo faz sentido!

Eu sinto a necessidade de elevar-se acima de tudo. A ânsia ardente irá guiá-me embora até as respostas. O preto e branco vai perder para o cinza, como eu ando para além do bem e do mal. Suas regras trair a sua necessidade de tomar uma posição. Você luta o rebanho, ainda precisam de segurança. Não é verdadeiro ou falso no mundo. Você pode estar certo, mas eu não estou errado.

’’ Nada dura para sempre. Isso sempre acontece com as coisas boas como nossa amizade. É verdade, eu preferia trocar tudo, para salvar você de alguma forma.’’Cauanne, sua vádia! Você me enganou direitinho mais uma vez! Me fez acreditar que você tinha mudado... nunca...nunca mais acredito em você.

Como uma chama dançando sobre uma cama de pregos. Nossa única defesa é em conjunto, como um exército. Ela está além do bem e do mal!

Calma querida. - Repeti a mim mesma. Meu espirito dorme em algum lugar frio, até que você o encontre e o leve de volta pra casa.

CONTINUA...


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo.

— MRSC



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