A Maldição de Pandora escrita por Ana


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Oiieee *u* Capítulo novo c: Divirtam-se, cupcakes ^^



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Annabeth Chase

Voltar á São Francisco. Quem diria.

Faltava uma hora para partimos. O Argo II está á nossa espera. Leo estava terminando a manutenção e Dianne foi arrumar suas coisas e pegar alguns livros na biblioteca e no meu chalé. Pedi á George Lance, meu meio- irmão, para guiá-la e mostrar tudo que fosse necessário. Mostraria tudo eu mesma, mas estava ocupada resolvendo outras coisas.

Antes de sair em missão, havia prometido á Percy que nos encontraríamos na margem da praia.

Fui me aproximando e vi uma imagem se formar. Me sentei ao lado de Percy, que segurava uma florzinha branca.

– Trouxe para você – seus olhos cor de mar e cabelos bagunçados continuavam os mesmos. Lindos. Igualmente ao sorriso que se estampava em seu rosto – Achei que fosse gostar.

Dei-lhe um beijo. Quando nos separamos, peguei a flor de sua mão e apoiei minha cabeça em seu ombro. Senti seu braço me envolver.

– Estávamos indo tão bem sem missões e profecias. E agora tudo vai começar de novo – resmunga ele.

– Não seja assim. Eu volto logo. Também não estou á vontade com tudo isso, mas é meu dever. Tenho que cumpri-lo.

– Eu sei disso. Só acho meio arriscado.

– Não é arriscado para mim, mas sim para Dianne. Eu passei essa última noite juntando os fatos. Não estou á vontade com os resultados.

Percy toca meu rosto com delicadeza. Ele deve ter notado minhas olheiras da noite passada. Desde á notícia de ir até São Francisco, que não faz muito tempo, minha mente está á mil. Mesmo que não tenha que visitar minha família, aqueles lados são muito mais perigosos. A magia não tem o mesmo efeito.

– Vamos – Percy se levanta e estende sua mão. Eu a seguro e permanecemos de mãos dadas – Sabe não que não goste de ficar aqui, mas as náides cortam minha privacidade.

Ao longe, algumas mulheres acenam e cochicham. Todas me lembram sobras, só que no caso, dentro do mar.

Percy pega a flor da minha mão e a coloca atrás da minha orelha.

– Vamos dar uma volta antes de você ir, Sabidinha.

Deixamos para trás as náiades e seguimos em nenhuma direção aparente.

Dianne Green

Já estava na hora de ir.

Mais cedo, tinha almoçado com Sue e Jason no refeitório. Perguntei á Piper se ela tomaria conta de Sue para mim.

– Sabe, ela confia em você e adora o seu chalé. É por um pequeno tempo. – eu falava devagar e com calma.

– Claro! – dissera ela, expressando um sorriso – Sue é um doce. Sem problemas.

Nos abraçamos e ela me desejou uma boa missão. Havia algo em sua voz. E eu ainda não havia esquecido que Jason me devia uma explicação. Só não havia achado uma hora certa.

Depois, fui á biblioteca. O lugar podia até ser pequeno, mas era entupido de livros nas estantes. Poucos campistas pairavam por lá. O cheiro de madeira e papel antigo estava quase me deixando tonta. O carpete vermelho tinha marcas de sapatos. Pouca luz entrava pelas janelas devido ás árvores. Poltronas e um grande sofá davam aos campistas um lugar de leitura. Apesar do cheiro, quase me senti em casa. A cor da madeira era idêntica a de nossa casa em Nova York. O carpete, o ventilador... Bem, eu fui direto ao ponto. Estava parada na porta de entrada da biblioteca.

– Vejo que temos mais convidados além dos filhos de Atena. – Um trote de cavalo e uma voz firme.

Me virei rapidamente.

– Quíron – sorri e fui em sua direção, do lado de fora do local.

– O que você está procurando, Dianne? Se eu fosse você, estaria arrumando as malas para a missão.

– Esse é o problema. Eu não tenho malas.

Quíron riu e disse de forma animada:

– Ora, isso não é problema.

– Eu, na verdade, vim procurar respostas. Normalmente eu fazia isso. Ia á biblioteca em busca de auxílio. Achei que isso pudesse me ajudar. – respondi.

– Muito sábio de sua parte. Bem, acho que posso te ajudar.

Quíron me guiou pela biblioteca e , sempre que achava algo que fosse necessário, ia colocando na pilha que ia se formando nos meus braços. Um livro apertou algo comprar meio peito. O colar, pensei. Já havia me esquecido completamente de sua existência. Eu acho que o coloquei no pescoço para que não o perdesse. Continuei a caminhar pelos corredores de estantes. Quando finalmente terminei, Quíron me ajudou a carregar. O centauro meu guiava até um pequeno local, uma lojinha, para ser exata.

Era uma pequena cabana de madeira pintada de azul por fora. Até a achei fofinha. Nos aproximamos e, da porta, vi que não tinha nenhum atendente. Havia de tudo lá. Mochilas de cores e formas diferentes. Casacos, camisas, calças, short... Até um boné escrito: Cuidado, Marinheiro á vista! Considerei a possível compra do boné.

– Bem, roupa não seria problema, certo? Pegue o que for necessário. Nos acertamos depois – ele piscou para mim e se virou.

– Quíron – chamei. Ele se virou para mim – Obrigada. Mesmo.

– Não há de quê. – O centauro sorriu e saiu me deixando apenas na presença da lojinha do acampamento.

Entrei dentro da pequena cabana e procurei o que havia de mais útil.

Primeiramente, peguei o boné escrito: Cuidado! Marinheiro á bordo! Além de ser azul claro, seu nome era bordado em verde água. E onde estava a palavra Marinheiro, tinha uma gaivota pairando sobre a palavra. Eu achei aquilo bonitinho e o pus logo na cabeça.

O problema é que eu tenho um pequeno defeito. Assim que gosto de algo, não há nada, ou para ser exata, alguma coisa, que me faça mudar de ideia. Ou que mude de opinião.

Isso se aplicada diretamente á mochila amarela pendurada atrás de algumas blusas azul claro. Ela era pequena, com o zíper da mesma cor. É quase igual á uma mochila que as pessoas usam para fazer escaladas. A mochila é bem menor que essas, e por isso ela se encaixa em meu corpo magro. Pelo visto, está com algumas coisas dentro. Decido não verificar agora, e a penduro no ombro. Peguei duas blusas e vi a etiqueta de cada uma. A regata vermelha é 9 dracmas de ouro e a camisa lilás é 10.

– Que diabos são dracmas?

Continuei com a regata e a camiseta pendurada em meu braço. Era como se eu estivesse fazendo compras no shopping. Sem o shopping e em um acampamento para semideuses. Isso é totalmente louco.

Peguei um casaco cinza com zíper de metal com capuz e uma calça jeans escura. Peguei uma sacola que tinha no caixa e sai. Era estranha a sensação de sair sem pagar. Era como se eu estivesse roubando. Mas não era, Quíron havia autorizado. Isso me tranquilizara. Enquanto andava, guardei tudo na mochila e segui até o meu chalé, para que Jason fosse comigo até o tão falado Argo II.

Dianne Green

Estávamos levantando voo quando vi pela última vez Piper segurando a mão de Sue, que sorria alegremente para mim. Mandei um beijo para minha irmã, acenei e me sentei encostada na amurada. Tirei a mochila das costas e a pus ao meu lado. Ajustei o boné em minha cabeça e cruzei as pernas. Olhei para o lado, e Leo vinha, sorrindo, em minha direção.

– Tenho boas notícias – disse ele – A não ser que você odeie São Francisco.

Cheguei para o lado, e Leo se sentou comigo.

– E quais são as notícias? – disse, olhando para seu rosto.

– Chegaremos amanhã pela noite. Já que não vamos para em lugar nenhum.

Fiz meus cálculos. Sem contar hoje, teria tês dias para completar a missão. Quando conclui meus pensamentos, um Leo olhava para minha cabeça e lia movendo os lábios sem emitir sons.

– Marinheiro?- ele sorriu – Percy não está aqui, mas ia adorar seu boné.

Eu sorri, tirando meu boné da cabeça e colocando na cabeça de Leo. Me levantei, e fiquei na sua frente.

– Já volto, capitão. – disse, ironicamente, e fazendo continência com a mão e pegando minha mochila logo em seguida. Leo sorriu e seguiu para a cabine de comando. Fui até Jason, que estava á mesa do refeitório, pelo que parecia, comendo uns... Cookies de chocolate.

Antes que pudesse dizer algo, ele me repreendeu.

– Annabeth quer te ver.

– Hã... ok. Obrigada. Mas onde ela está?

– Na cabine dela. – Jason levantou o prato – Quer um?

– Claro – sorri e peguei um cookie. Eu amo cookies de chocolate. Poderia comer vários. Jamais ficaria enjoada do sabor – Qual seria o caminho até lá?

Jason me levou á cabine de Annabeth. Eu ia memorizando todo o caminho. Não era tão difícil se mover por ali. Paramos na frente da porta e bati num som oco de toc, toc, toc.

– Entre!

Abri a porta e Jason se despediu de nós. Fechei a porta e fiquei imóvel na frente de Annabeth. Eu quase me senti ameaçada. A garota segurava duas facas douradas. Sem contar as outras inúmeras armas encima de sua cama.

– Quíron disse que você não tinha armas e não sabia lutar. Bem, pode escolher.

Eu ia perguntar onde ela conseguira todas aquelas armas, mas a garota se adiantou.

– Não se preocupe Dianne – Annabeth sorriu. Ela deve ter notado meu desconforto. – Nós temos um arsenal no acampamento e no Argo II. Nunca sabemos quando precisaríamos de uma, e a maioria nós conquistamos em batalhas á pouco tempo. Pode escolher a que você se identificar.

Não gosto de armas. Não curto luta. Não sou fã de sangue. Mas algo me dizia que isso era necessário, então me aproximei da cama. Adagas, arco e flecha, espadas de todos os tamanhos. Eu ficaria lá por horas. Se não fosse, é claro, a grande espada com punho de prata. A segurei, apertando o punho da espada antes de levantá-la. Ela não era muito pesada, apesar de ter 1 metro de comprimento geral. Sua lâmina dourada espelhava meu rosto sardento. Na base, havia algo escrito.

Nintrosus. A espada... Tem nome?

– Sim. Acho que ela pertenceu á um ladrão de joias. Não estou me recordando. Ela é a sua arma?

– Sim. – Ainda admirava o meu reflexo. Em pouco tempo, o que irei olhar, provavelmente, será outra garota, intitulada Pandora.

– Então vamos lá para fora, acho que você deve aprender o básico da esgrima. Depois vamos comer algo, talvez uns hambúrgueres?

– Claro – sorrindo, eu e Annabeth saímos da cabine para treinar, mesmo que eu nunca tenha feito nada parecido.


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Notas finais do capítulo

Comentem *u* Até a próxima.



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