A Maldição de Pandora escrita por Ana


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é o maior dessa fic, eu acho. Espero que vocês gostem, cupcakes *u*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/549482/chapter/7

Dianne Green

Ela não disse isso, pensei. Saiu fumaça de sua boca e a garota recitou o meu futuro e ainda pergunta se perdeu algo.

Meus dedos voltam a tremular.

– Será que isso não acaba nunca?

– Talvez essa mudança esteja ligada ás suas emoções – disse Annabeth - Esse deve ser o estimulo para Pandora.

– E é por isso que Annabeth é a cabeça do grupo – Leo se virou para Annabeth e apontou para a garota com o dedo indicador.

– Incrível. Faz muito sentido. – disse, impressionada.

– Obrigada Dianne, Leo– ela sorriu, cruzando os braços e mudando o peso do corpo de um pé para o outro – Eu tenho isso como uma possível hipótese. Você sentiu algo lá na fogueira, Dianne?

–Se eu senti? Bem... Não sei dizer ao certo.

Leo fez menção para falar algo, mas Rachel, que se manteve calada todo o tempo, parecia querer dizer alguma coisa que esteve guardando para si.

– Sem querer ser estraga prazer, mas... Pandora que deve fechar esse tal jarro, como Annabeth me explicara antes, certo?

Assenti.

– E ela está dentro de você, ou é a sua parte emocional, não é?

– Sim... – Franzi o cenho.

– Então você deverá aprender a tirá-la de você. – concluiu Rachel.

Jason pareceu compreender a situação, junto com Leo.

– Olha – disse Annabeth – Vamos á Quíron, ele saberá o que fazer. Rachel, você vem?

– Claro.

A garota se levantou como se estivesse ótima. Acho que essas visões são passageiras.

Ao contrário de Rachel, ainda sentia a visão turva, mas nada que atrapalhasse realmente.

Leo Valdez

Ótimo, outra profecia.

Nada contra, sabe. Eu só queria entender um pouco mais a situação. Sei que tenho uma ligação com Dianne, o que não é, em hipótese alguma, algo ruim.

Estávamos saindo, mas voltei á enfermaria antes que eles notassem. Fui até a cama onde Dianne estava. Ao lado, há um criado mudo, com um copo intacto de néctar. Me agachei e abri a única e enorme gaveta do móvel de madeira.

– Aqui está você.

Sorri e peguei a bola de Arquimedes com o maior cuidado. Afinal, não ficaria lá por horas afim na enfermaria sem ter nada para fazer. Jamais saberia que Rachel chegaria correndo e começaria a citar uma profecia.

– Leo?

Quase deixe a bola de Arquimedes cair. Dianne estava de joelhos ao meu lado. Estava tão concentrado que não notei a presença da garota. Seus olhos azuis intensos, como os de Jason, me observavam segurar a bola.

– Hã, Leo? O que é isso? – disse Dianne, apontando para o projeto.

– Essa é a melhor construção de todos os tempos. Você nem imagina o que ela faz. Tipo...

– Vocês podem se apressar? Está tarde! - A voz de Rachel ecoou pela enfermaria. Eles nos esperavam do lado de fora.

Ela soltou uma risadinha.

– Vamos? – Dianne se levantou e estendeu sua mão. – Você me explica depois, ok?

Sorri e assenti, segurando sua mão. Ela me puxou para fora da enfermaria, para ficarmos juntos com os outros.

– Já volto – disse ela.

Dianne soltou minha mão e se juntou á Annabeth e Rachel. Eu fiquei ao lado de Jason.

– Cara, me explica essa história – disse, enquanto guardava a bola de Arquimedes no meu cinto de utilidades.

Até a casa grande (que não é um caminho muito longo da enfermaria até o local), Jason tentara resumir tudo.

Entramos devagar na casa. Quíron se encontrava sentado em sua mágica cadeira de rodas, onde, dali, sairia à parte de trás de um cavalo. O centauro se assustou conosco. Eu também ficaria surpreso se um grupo de adolescentes entrasse do nada em minha sala. Mas Quíron pareceu compreender. Ele veio até nós, largando seu jornal que antes esteve lendo em cima da mesa, ficando em nossa frente.

– Vejo que você já se sente melhor, Dianne.

– Sim, Quíron – respondeu a garota, sorrindo levemente – Obrigada pela ajuda.

– Foi um prazer - O centauro sorriu de volta e prosseguiu - Alguma novidade?

– Além de Dianne ser Pandora... Bem, temos uma profecia. Ou seja, uma missão – diz Annabeth.

Rachel disse novamente os versos. Às vezes, íamos completando algumas partes.

–Hm... A filha do céu. Dianne acho que você irá liderar essa missão – diz Quíron. Dianne ficou surpresa. Mas antes que a garota pudesse falar, Quíron continuou – Escolha... 3 colegas de missão? Não. Isso está errado. Normalmente são 3 ao todo, não 4. – Quíron parecia preocupado, mas não protestou - Porém, se está na profecia... Escolha.

– Bem, eu... Eu quero Jason, Annabeth e... Leo – ela ia apontando pra cada escolhido.

– Temos alguma data para partir? – sugere Annabeth – Precisamos de transporte, também. Fora que nem sabemos onde o jarro se encontra.

Essa era minha hora de agir. Transporte é comigo mesmo.

– Vejamos... Vocês vão viajar comigo! Claro que já temos transporte. Vou dar os últimos reparos no Argo II, e estaremos prontos amanhã. – disse.

– E o caso da localização... Vou tentar ajudar – diz Dianne.

– Já que está tudo pronto, voltem para os chalés, crianças. Já passou das 23:00 da noite – dissera Quíron.

Nos despedimos e cada um seguiu para seu chalé. Menos eu. Fui direto ao Argo II, onde poderia finalmente repará-lo.

Dianne Green

Como eu conseguiria a localização, era um mistério. Procuraria em livros, já que não se usam a internet aqui no acampamento, para tentar me informar da localização do jarro. Mas não faria isso agora.

Jason e eu seguimos para o grande chalé de Zeus. Paramos no chalé de Afrodite, para pegar Sue. Nunca vi minha irmãzinha tão feliz. Conversamos com Piper e partimos. Jason e a garota pareciam inquietos. Assim que saímos, vi que Jason era um péssimo mentiroso. Chegamos ao chalé, e pedi que Sue tomasse banho; sendo que somente eu e Jason ficamos do lado de fora. Ele ia entrando, mas eu o repreendi.

– Jason – falei – Pode... Vir aqui?

– Claro.

Nos sentamos nos degraus de mármore branco do chalé.

– Sabe, não podemos ficar aqui á essa hora. As harpias...

– Vai ser rápido – disse. - O que você e Piper tanto se entreolhavam? Eu fiz algo?

– Você? Ah, não. Claro que não. – disse ele. - Eu não queria te falar agora. Nós podemos dormir e conversar amanhã? Eu prometo.

–Ah, sim. Tudo bem. – disse calmamente - E olhe que eu não esqueço promessas.

Eu sorri e Jason me acompanhou. Nós entramos, e Sue estava na minha cama.

– Eu durmo com ela – falei.

Ajeitei Sue na cama, e me deitei ao seu lado. Vi Jason se deitar, desejamos boa noite. Fiquei pensando como Sue poderia dormir tanto. Mas afastei esse pensamente, já que estava caindo de sono, e não demorou muito para que eu adormecesse.

E é nessa parte que o sonho começa.

Estava entrando em um monumento. Um museu, para ser exata. Devia ser em tributo aos deuses, já que as estátuas de mármore se espalhavam pelo local, sempre encostando nas paredes, que era do mesmo material que meu chalé. Eu olhava atentamente á tudo. O ar era úmido, como se estivesse fechado á tempos. Porém, estava tudo em ótimas condições.

– Espera... - eu contei os deuses. 12 olimpianos. Ok. O mais curioso é que todos estavam organizados em forma da letra U pelo enorme salão iluminado, como no acampamento.

Olhei para cima, e havia algumas palavras. Jamais conseguiria ler. Estavam muito longe, já que o teto tinha mais de 10 metros de altura, com as estátuas com uns 3 ou 4 metros.

E tudo tremula. Já não estou mais no museu. Eu estava na frente de algo que parecia um portal. Um portal feito de névoa púrpura, como a que me sufocara enquanto a tal voz falava comigo.

Eu me aproximei do portal enevoado. Senti que havia alguém atrás de mim. E dessa vez não era um pressentimento. Um enorme ciclope, pelo que eu me lembrava, estava apertando o pescoço de uma pessoa que se debatia.

O ciclope era de um tom esverdeado, que me lembrou do musgo dos pântanos, com uma tanga de couro rasgado. Os poucos fios de cabelo que lhe restavam estavam em um penteado onde se arrumavam para trás. Ele sorria friamente para mim, que por sua vez, se via congelada ao identificar o rosto. Leo. Estava desarmada e congelada no sentido literal. Me debatia e tentava sair da prisão invisível. Até que observei uma menininha ruiva, jogada ao lado do gigante, com a pele mais branca que o habitual.

– Sue! – gritei.

Senti que podia novamente me mover. Corri até o gigante e, em uma tentativa inútil, peguei uma pedra afiada e cravei em seu pé. Diferentemente do que esperava, ele não soltou Leo. Pior, ficou com mais raiva.

Você se sente dividida, não é mesmo? Você gosta do garoto, Dianne. Mas não pode deixar sua irmã.

– Cale-se – sussurrei. Olhei por cima do ombro. Uma figura se materializou. – Pan-Pandora? – Vacilei. Ainda segurava a pedra pontuda, que gotejava com o sangue dourado do ciclope. Olhei novamente para Sue e Leo e me voltei para Pandora.

– Então é você que vem sussurrando em minha mente esse tempo todo? – digo.

– Eu estava somente te orientando. Sua amiga está certa, eu sou seu lado emocional. Tinha que provocar algo em você. – disse ela.

– Bem, você conseguiu. Mas isso não importa. Eu estou aqui para... Ajudar você, ok? – falei.

Os olhos azuis tempestuosos de Pandora se iluminaram e um sorriso brotou em seu rosto.

– Certo.

– Você pode me dizer como? – eu me sinto mais calma. Só em saber quem era a tal voz, já me deixou melhor. Agora estava disposta a conversar. – Alguma dica, não sei.

– Eu não posso – diz ela. Pandora se aproxima de mim e segura minhas mãos – Não irei interferir no seu futuro. E eu também não sei como ajudar. A única coisa que eu sei é que, assim que você fechar o meu jarro, eu não farei mais parte de você.

– Pode me dar uma dica sobre a localização? Onde o museu fica ou onde o jarro está? – digo.

– Ora, você sabe Dianne.

Ela sorriu, soltou minhas mãos e se afastou, arrastando o mesmo vestido branco que esteve na hora da fogueira.

Não pude fazer mais nenhuma pergunta, pois eu acordei em sobressalto e suando frio. Pela claridade do chalé, deveria ser umas 5:oo horas da manhã. Sue dormia pesadamente ao meu lado, sem demonstrar nada depois que eu acordei dessa maneira. E Jason continuava á dormir.

Não acordaria nenhum dos dois. Então, voltei a me deitar. Não conseguiria voltar a dormir novamente, então esperaria até a hora do café da manhã, ás 7:30.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Maldição de Pandora" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.