Boneca Humana escrita por SweetAmmy


Capítulo 1
Prefácio


Notas iniciais do capítulo

Ok, sei que os capítulos vão estar em ordem incorreta por causa desse prefácio, mas dane-se xD Espero que gostem!



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Dizem que ninguém pode guardar um segredo por muito tempo. O meu, tenho mantido há décadas debaixo de sete chaves.

As pessoas que me veem pensam que eu sou normal, viva, de carne e osso. Bom, pra resumir tudo, eu não sou humana. Sou uma espécie de boneca-robô, mas com pensamento e vontade própria. Então não vá pensando que pode chegar e me tratar como uma máquina, ou uma boneca Barbie que você pode controlar. Se fizer isso, vai ganhar um soco bem no meio da fuça.


Bom, apesar de ter uma “vida” muito mais longa que isso, minha aparência atual é de uma garota de 16 anos. Mas… Depois eu explico melhor. Vamos começar do início.

Nos anos 2030, as indústrias Quero-Tudo-Que-É-Seu de Sunset Valley estavam fazendo os primeiros testes de montagem de robôs-empregados. Eles queriam aumentar os lucros da empresa demitindo alguns secretários que realizavam trabalhos simples, como servir café e atender o telefone. Para isso, queriam construir robôs que realizassem as mesmas funções. E eu fui um deles.

Os engenheiros da empresa eram brilhantes, porém nem tão espertos. Construíram cerca de 10 robôs com uma inteligência artificial enorme, considerando os trabalhos simples que iriam realizar. Daí, já se pode imaginar o que veio depois. Nós não queríamos trabalhar só em coisinhas simples e repetitivas, éramos capazes de coisas mais significativas para a empresa. E ao invés de avaliarem nossas reivindicações, os engenheiros nos desmontaram e jogaram as peças no ferro-velho da cidade.

Por muitos anos, eu estive inativa. Mas voltei à vida no ano 2064 com a ajuda de uma moça chamada Agatha. Na época em que fui construída, Agatha era apenas uma estagiária das indústrias Quero-Tudo-Que-É-Seu. Sempre foi apaixonada por ciência, tecnologia e não suportou ver todos os robôs sendo jogados fora apenas por quererem mostrar seu valor. Então, recolheu algumas peças do ferro-velho e passou os anos seguintes tentando reconstruir um dos robôs.

No início era bem árduo, mas conforme a tecnologia foi se desenvolvendo, Agatha contou com mais recursos e finalmente atingiu seu objetivo. Remontou um robô e melhorou muitas coisas. Pelo que eu me lembrava, minha superfície era feita de metal, e agora havia um plástico resistente protegendo-a contra danos externos (como a ferrugem). Eu estava parecendo uma boneca de verdade, com articulações e tudo mais. Me senti ótima por isso!

Entretanto, quando me olhei no espelho, vi que minha aparência estava muito mais jovem. Eu tinha o tamanho de uma garota de 12 anos. Isso queria dizer que eu não havia sido remontada para trabalhar?

Agatha me explicou que não. O propósito era muito maior.

Dois anos antes, sua irmã Lucia havia perdido uma filha, vítima de um câncer terminal. Lucia ficara arrasada, tomou remédios para depressão por quase três meses. Tudo se complicava porque Lucia havia retirado o útero um mês atrás, devido a um tumor, e não podia mais ter filhos. Nessa época, Agatha estava dando os retoques finais em seu projeto e então teve uma ideia: Diminuir a quantidade de peças e transformar seu robô em uma garota de 12 anos para substituir a filha que Lucia havia perdido. Com isso, ela refez os cálculos de montagem para fazer com que seu robô tivesse o tamanho e a aparência desejados. E então eu nasci novamente.

Lucia e Philippe receberam-me com muito carinho e colocaram meu nome deKaplan, o mesmo de sua filha original. E foram se passando os anos. Os dois queriam que eu vivesse uma vida normal, como uma garota comum, mas com a aparência de uma boneca era meio difícil eu sair de casa sem que todas as pessoas olhassem para mim. E então, Agatha teve outra ideia: Criar uma pele falsa que revestisse o plástico do meu corpo. E ela ficou pronta em menos de um mês. A pele falsa tinha uma textura quase idêntica à da pele humana, só que um pouco mais emborrachada. E o melhor: Tinha o sentido do tato incluído! Eu encostava no fogo e sentia calor. No inverno, eu sentia frio. Era empolgante o quão habilidosa Agatha era!

E, desde esse dia, passei a viver como uma adolescente comum. A cada ano, minhas peças eram trocadas para acompanhar a idade. Hoje, com 38 anos de vida e 16 de aparência, eu achava que minha vida estava completamente estabilizada. E então, fui para uma nova escola, onde eu nunca imaginaria que minha vida (ou quase-vida) mudaria tanto, não sei se para melhor ou para pior. O nome dessa escola?Sweet Amoris. O nome do problema?CastieleNathaniel.


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Notas finais do capítulo

Esse foi apenas um início contando como a Kaplan foi criada. Não deixem de comentar! ;)



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