Maktub escrita por Mariana


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Faaaala galera sensual!
Olha quem voltou? Yes, me!
Desculpa pela mega demora pra postar esse capítulo, ele já estava pronto à um tempo, mas eu não gostei dele e acabei não postando.
Decidi postar agora porque prometi pra Thaisa que postaria sabagaça hoje.
Obrigada pelos comentários nos capítulos anteriores, e pela galera que saiu da moita.
É isso, leiam e comentem. Bjs.



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Estou me comprometendo a não fugir mais, pelo nosso casamento, pelos nossos filhos. Você me perdoa Marina? Me aceita de volta na vida de vocês? - disse as últimas palavras com os olhos cheios de lágrimas e com o coração apertado, temendo pela resposta que receberia

– Clara é difícil pra mim... - a fotógrafa falou baixinho enquanto observava a publicitária se aproximar de seu corpo, e pôr a mão no seu rosto, automaticamente ela fechou os olhos com o toque da morena na sua pele.

– Eu sei que eu tornei as coisas mais difíceis amor, mas não faz assim - pausou - deixa eu te mostrar que eu mudei - usou o mesmo tom de voz de Marina e sentia a respiração da fotógrafa ficar mais descompassada – Eu errei, mas me deixa reparar tudo isso, deixa eu te fazer feliz como antes? - Clara não esperou uma resposta de Marina, e começou a beijá-la com toda a intensidade que pôde, intensidade essa que significava a saudade que havia se instalado nas duas, mas sobretudo significava o amor que elas sentiam. Marina demorou a responder o beijo, mas alguns segundos depois as duas estavam entregues, uma ao carinho da outra, ao beijo com gosto de “não para”, cheio de segundas intenções... Até que a fotógrafa interrompeu subitamente o beijo, mas continuando com o rosto colado ao de Clara.

– Para... - Marina sussurrou ofegante

– Eu sei que você também quer... então pra quê parar agora? - a publicitária respondeu descendo os lábios para o pescoço de Marina, alternando entre mordidas e beijos arrastados. Clara mantinha uma das mãos firme na nuca de Marina com os dedos entrelaçados ao seu cabelo, enquanto a outra mão enlaçava as costas da fotógrafa. A morena beijava sua mulher e empurrava seu tronco pra frente, fazendo com que Marina ficasse com a nuca mais exposta.

Clara...– falou ofegante

Você quer mesmo que eu pare? - disse a publicitária ainda provocando Marina com beijos no pescoço

– Isso é golpe baixo, muito baixo - sussurrava e já não conseguia controlar sua respiração, com seu último pingo de controle empurrou a esposa.

– Clara, me escuta, você me pediu uma resposta, então deixa eu te dar essa resposta - A fotógrafa se afastou da esposa para recuperar o ar.

– Lembra quando deitadas na praia a gente conversava, como se o amanhã fosse hipotético, ensaiávamos como seriam os nossos sonhos. Brincávamos com a junção dos nossos sobrenomes, sem receio de sermos precipitadas, nos beijávamos leve, sem se importar com o olhar examinador dos outros. A gente era tão feliz, e, por mais piegas que fosse, também queríamos que os outros fossem. Gente feliz não incomoda, sabe como é… - Marina tinha necessidade de falar tudo, colocar tudo pra fora.

Voltávamos pra casa ouvindo as mesmas músicas de sempre, dançando em meio ao transito, às vezes eu achava difícil ser verdade o que estávamos vivendo. Amar, assim, tão confluente, era meio surreal. Me lembro como era gostoso ser o sonho da mulher dos meus sonhos. Você sempre chegava em casa alegre, viva, querendo me fazer dançar. Colocava uma música pra tocar para deixar o clima mais romântico. E era isso que éramos, românticas incorrigíveis, bobas apaixonadas. Quando você deitava sempre acarinhava as minhas costas, brincava de beijo no meu nariz, entre olhares de boba, nossa como aquele olhar me fazia feliz. E eu te dizia: Vem cá, me olha que já és sorriso, me beija que já sou saudade, me faz silêncio que és meu barulho, sussurra que já és canção, some comigo sem questionar o porvir, me deixa te fotografar, diz que o amanhã é todo nosso, mas, por favor, me jura que a nossa alegria vai sempre se fazer assim… Clara olhava atentamente a esposa, e nesse momento sorriu de canto.

Quando estava pensando em você, eu sorria para quem quisesse, me vendia serena e completa, porque ao teu lado aprendi que a felicidade é quando queremos que um momento se torne infindável, e eu queria tanto que fosse… Pena que as coisas nem sempre são como desenhamos. Com o passar do tempo a solidão me ensinou tanta coisa… A ser mais responsável com a felicidade dos outros, a estender as minhas vontades, mas, acima de tudo, saber que toda relação é feita de concessões. Um pouco de ti, um pouco de mim, mas, sempre, bastante de nós. Os tempos passam, as vontades mudam, os sonhos se escrevem de outra forma. E a gente fica, ali, como um sonho que passou. Mesmo sabendo a alegria e a dor que trago no coração, confio na competência da vida em saber distribuir seus momentos.

Então, eu te aceito de volta, mas vai com calma, sem muita euforia, o meu amor ainda é seu Clara.

Clara tinha lágrimas nos olhos, a cada palavra de Marina percebia o quanto tinha se deixado levar pelas preocupações do dia-a-dia, como tinha deixado de cumprir a promessa que havia feito a si mesma, fazer a mulher da sua vida feliz. Se aproximou de Marina, a olhou no olhos e pediu perdão mais uma vez, começou um beijo tranqüilo e que logo se tornou urgente. Era um novo recomeço, assim se amaram.

~ Clara POV's:

Geralmente, eu chego em casa cansada, vou para o quarto e sento na cama com aquela cara de acabada. Ela vem, me pede atenção e fala como uma doida de como foi seu dia. Eu fico entre um “uhum” e outro. Entre uma risada e outra. Mas fico com olhos e ouvidos bem atentos, como uma menininha ouvindo uma história de uma heroína que salvou a cidade. Ela me faz massagens quando eu peço. Mas só aceita fazer caso eu prometa fazer nela também. Ela fotografa, faz exposições magníficas, é uma artista inenarrável, inova em seu visual, faz yoga, e ainda arruma tempo para me amar. Às vezes, eu penso como é louco o amor. No começo, eu passava noites em claro só para descobrir a melhor forma de conseguir ter um encontro com ela, e hoje, a tenho aqui nos meus braços, dormindo como um anjo, toda linda.

Ela me espera. Ela fica ansiosa para me ver e me liga só para dizer que está com saudades. Ela diz que ama e que morre de tesão por mim. Ela me faz carinhos e arranhões que nunca tive e me beija o corpo inteiro. Quando briga comigo por ciúmes é por medo de me perder. Ela é perfeita, mas não sabe. O meu lado possessivo até acha isso bom porque no dia que ela perceber que ela é dez mil vezes melhor do que qualquer mulher nesse mundo, vai querer outra mulher dez mil vezes melhor do que eu. E há várias mulheres perfeitas por aí, não sei como, ela se encantou por mim, mas que sorte a minha! Até hoje, não sei o que falei para ter roubado a atenção dela. E, se um dia descobrir, falarei o dia inteiro. Tenho a certeza de que não sou merecedora do seu amor, mas me esforço tanto que ela acha graça até das minhas imperfeições. Penso na sorte que tenho em ter a mulher dos meus sonhos aqui comigo, juntinho de mim na nossa cama, gerando os nossos filhos... que linda família eu tenho - nesse momento Clara começou a acariciar a barriga de Marina como se estivesse fazendo carinho nos bebês e nesse momento Marina acorda e se vira de frente para Clara, pois até então estavam deitadas de conchinha, com os corpos em um perfeito encaixe.

Bom dia amor da minha vida– Clara falou dando um selinho em Marina

– Bom dia meu amor - a fotógrafa abriu um sorriso lindo e se espreguiçou

– Que saudade que estava de você - deu um selinho em Marina– desse sorriso lindo, desse corpo gostoso - beijou o pescoço da fotógrafa– É uma felicidade sem preço, estar aqui contigo - a morena sorriu

– Eu também estava morrendo de saudade de você... - pausou– eu tava sentindo você fazendo carinho em mim, em nós na verdade – sorriu e colocou a mão de Clara sobre a sua barriga.

– É, eu estava pensando aqui o melhor jeito de falar para os nossos filhos o quanto eu amo a mãe deles – Clara falou olhando nos olhos de Marina. Sabe amor, eu fico te olhando e não consigo encontrar um só motivo para eu não ser a mulher mais feliz do mundo. Nossa felicidade não precisa de euforia, ela está nos detalhes. É incrível como não precisamos de receita quando estamos lado a lado. Somos a receita uma da outra, somos felizes, escandalosamente felizes. Clara fazia carinho na barriga de Marina, e olhava fixamente, querendo passar toda a alegria, e sinceridade naquele momento. – Eu amo você Marina Meirelles – pausou e sorriu – minha branquinha.


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Notas finais do capítulo

Então, não sei se continuarei com a fic, estou sem ideias de como continuar a estória.
Por enquanto é só.
Thanks.