_Por que me segues?

Senti minhas pernas bambearem e o ar faltar. Meu coração batia tão rápido e tão forte que era como se meu peito fosse explodir a qualquer momento. O medo tomou conta e eu fiquei imóvel. Raspei a garganta e me esforcei o máximo que pude pra falar alguma coisa.

_Co-como você fez aquilo? Como chegou tão rápido até onde eu estava e.. -Engoli seco _Não adianta dizer que você estava logo do lado, por que é mentira!

_Há. -Fechou os olhos. _Você só pode está brincando comigo! -Seus olhos se abriram e a cor vermelha predominou. _O que queres de mim? Afinal, já afirmei que eu estava do teu lado.

_Seus olhos... mas que diabos é isso? Por que...

Sem mais nem menos ela se aproximou em milésimos de segundo, colocou as duas mãos e meus ombros e saltou sobre mim, se equilibrando em cima do muro à minhas costas. Senti o suor escorrer por minha face e minhas permas tremerem.

_Escuta só uma vez o que vou te dizer. -Ela desceu do muro e me agarrou por trás, colando seu rosto ao meu, sua pele fria como gelo me fez tremer._Você sabe o que eu sou? Se souber venha até mim e diga EM VOZ ALTA, tudo o que tiver que dizer. Caso contrário, se afaste imediatamente. -Passou levemente a língua em meu pescoço e sumiu, deixando pra trás uma Clara fora de si.

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Naquela noite eu havia combinado com Liandra e mais quatro garotas de irmos até o centro da cidade pra descontrair. O que aconteceu naquela manhã estava me perturbando de modo assustador.

Durante a tarde eu fiz pesquisas, entrei no Google e o que encontrei foi insurdercedor para mim e meu fraco espírito.

**Pesquisa**

"Os frios... Ser mitológico ou folclórico que sobrevive se alimentando da essência vital de criaturas vivas... São, sem dúvida, as mais cruéis e temidas criaturas... Leitura do interior humano..."

_Mas será que...–Tapei os ouvidos e fechei os olhos. _Ela não...

Saí de meus pensamento com o telefone tocando. Eram as garotas me avisando do horário e acabei tendo que deixar pra depois. Mas, finalmente eu tinha a maldita certeza, ela é sim, um dos frios.

_DROGA.
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_Tá ok, tchau meninas. -Me despedi de todas dizendo que iria a um pequeno shopping comprar algumas pulseiras.
Eram por volta das 22: 40 quando saí da loja. Iria ter que pegar dois malditos ônibus para chegar em casa, o que levaria no mínimo umas duas horas. Enquanto eu andava pelas estreitas ruas de Mullingar, ouvi passos atrás de mim, e o medo finlamente veio com tudo.

_Oi princesa. -quando dei por conta, 6 caras me cercaram._Que tal uma brincadeirinha? -Um deles veio pra cima.

_saí pra lá, idiota. -O chutei.

Nesse mesmo momento todos vieram de uma vez e eu acabei caíndo no chão.

_Meche.Com.Algué.Do.Teu.Tamanho. -Uma voz fina de criança se aproximou.

Em instantes todos se afastaram. Quando dei por ver, a menina, novamente estava ali. O olhar assassino sobre todos era de arrepiar. Só percebi quando ela veio e me puxou contra si, me fazendo sentar em seus ombros. O medo havia me paralisado e só me dei conta doúltimo olhar lançado para eles. Ambos saíram correndo e, quando sumiram na esquina, ela começou a correr em uma velocidade fora do comum.

_Vamos, beba. -Disse me entregando uma taça, pesada ao meu ver.

_Isso é ouro? É ouro mesmo? -Falei surpresa.

_Não importa. Só beba. -Se sentou empurrando alguns gravetos.

_Obrigada. -A entreguei a taça. _Mas... como.. não, espera, você disse para eu só te procurar quando soubesse o que era e sério, não acredito que...

_Eu leio mentes okay? E se soubesse as coisas que eles estavam pensando, você vomitaria. -Disse me interrompendo.

Se colocou de pé e se virou. Com a luz da lua que a atingiu atráves da escuridão, pude ver suas costas nuas. A pele lisa com a tatuagem de uma cruz. Não resisti e toquei.

_A sua mesnte... eu.. -Parou e respirou fundo. _Não consigo ler.

Sorri de relance.

_Tem algo errado comigo? -Sussurrei.

_Olha só, eu digo que leio mentes e vós perguntas se há algo errado contigo? -Pude ouvir seu risinho. _Então.. -Sussurrou. _Se sabes o que sou agora, digas! Em voz alta para que a lua testemunhe!

Pisquei uma, duas, três vezes e engoli seco. Retirei minha mão de suas costas e a agarrei pela cintura, como ela fizera e tomei coragem de dizer.

_Vampiro.