Blood on the hands escrita por Sparkly Dark Angel


Capítulo 14
Eu sou forte...


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos leitores! Eu disse que postava esse em breve! Sinto muito pelo final do outro, mas estava planejado desde o início, então, boa leitura!



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–-Nããão! –grita Matt se jogando na frente da lâmina.

A partir daí, as coisas parecem desacelerar, percebo o momento em que sua cabeça é cortada fora, observo-a rolar e parar me encarando com olhos assustados e surpresos, vejo-o piscar uma última vez antes de a névoa da morte pairar sobre seus olhos.

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Por um instante congelo, aquela coisa, aquela cabeça pertencia ao meu irmão, ao cara que me tirou de morar com aquele casal idiota de aparências! Sinto fortes emoções subindo pela minha garganta, como ele pôde se meter na frente?! Aquele idiota! Não confia em mim?! A raiva me deixa enxergando tudo em vermelho, quero mata-las, mas não consigo me concentrar, Hannah dá risadas:

–-Opa! Outra vez foi um de seus irmãos por engano! –diz com falsa inocência.

As cordas de sangue ao meu redor se apertam um pouco e observo Judith rir também, porém de forma mais contida:

–-Vai chorar? Não é tão grande agora, é?

Chorar? Por aquele idiota que não pensou que com sua morte agora terei que morar com os pais dele? Aquele idiota que não confiou que eu conseguiria me soltar? Imagino que talvez eu devesse me sentir triste, talvez chorar, eu não o odiava, havíamos passado por várias coisas boas, mas não consigo me fazer sentir essas coisas, a única coisa que sinto é raiva: Raiva dele pela falta de confiança em mim que o levou à morte, raiva de Hannah pelo óbvio, raiva de Judith, raiva de mim mesma... droga! Droga, droga, droga! Não consigo nem manter alguém que me importo vivo!

Hannah ainda rindo diz:

–-Seria tão fácil matá-la agora... mas assim você não viveria com o peso em sua consciência... foi a sua fraqueza que o levou a morte, por sua culpa mais um irmão seu morre...—Hannah então observa Judith com um sorriso: --Você é melhor do que o esperado minha cara... venha sanguinária, vamos dar-lhe alguns dias de consciência pesada, é ótimo brincar com suas vítimas!

Judith sorri:

–-Vamos!

Então as cordas que me prendiam viram apenas sangue normal e mancha minhas roupas, caio para frente e elas desaparecem no ar:

–-IDIOTA! IDIOTA SUPREMO! NÃO PENSOU EM MIM QUANDO FEZ ISSO? EU CONSEGUIRIA ME PROTEGER IDIOTA! –grito para a cabeça e ouço sons de choro, viro-me para trás e Rosalie estava chorando, chorando mesmo, olhos vermelhos e catarro, o motivo? Não sei, ela não o conhecia, como ela consegue chorar por alguém que não conhecia? Eu não consigo chorar.

–-D-d-descu-ulpe, m-mas, não consigo segurar, ele deveria ser muito importante para você! S-sinto m-muito, m-muito mesmo! –diz ela me abraçando, não retribuo, fico encarando a cabeça e a cabeça me olhava de volta.

Ouço passos apressados em nossa direção:

–-Mas o que houve? –diz uma voz conhecida: --Droga! Kayla, levanta, vem para a casa do nephilim, você não precisa ficar vendo isso! Onde ele se meteu? Ele não deveria ficar SEMPRE ao seu lado? –diz Luke nervoso, não respondo, continuo olhando a cabeça e sentindo minhas roupas serem encharcadas de lágrimas, onde se fecha essa torneira?

–-Quem é você? –pergunta L à chorona.

Ela ergue a cabeça e fungando responde:

–-M-meu no- nome é Ro-Rosalie, sou colega de K-kayla.

–-Vá embora agora e não conte à ninguém o que viu aqui! –diz ele de fora ameaçadora.

–Po-pode deix-xar! –diz ela se levantando e secando as lágrimas antes de se virar e sair lentamente.

Luke então me ergue pelos braços e fala com tom de voz mais calmo:

–-E você, bem, você vai entrar comigo e cuidaremos de suas feridas e descobriremos o que fazer em relação ao seu irmão.

–-Um enterro. É isso que devemos fazer em relação ao meu irmão. –respondo friamente.

Ele me lança um olhar de canto de olho:

–-Você não é a rainha do gelo, eu sou o rei de gelo, então você pode chorar.

Bufo desviando meu olhar do seu e olhando para o céu, as nuvens estavam escurecendo... apropriado...:

–-Mortos não ouvem lamentos, para que chorar? Não irá mudar nada!

–-Você talvez fique mais aliviada...

Reviro os olhos e não respondo, L me apoia até entrarmos na casa e ele me pôr sentada no sofá:

–-Fique aí, vou pegar o Kit de primeiros-socorros.

Não respondo, apenas me deito no sofá me perguntando onde estava a maldita diretora, ela não fica muito feliz quando me vê em sua casa...

L volta com uma grande maleta branca:

–-Prontinho, agora deixe-me ver os estragos...

Sento e estendo meus braços, a parte mais afetada, em pouco tempo eles estavam parecendo braços de múmias:

–-Estou pronta para o Halloween! –digo sorrindo debochada.

Luke revira os olhos:

–-Se quer participar do Halloween, tente se manter viva até lá... Há muitas outras marcas de sangue, não quer que eu cuide do resto?

–-É só sangue mesmo, nem todo meu, quando a rival é uma feiticeira de sangue, a luta nunca é muito limpa...

–-Feiticeira do sangue?! –ele exclama mais do que surpreso: --Como você acabou rival de uma feiticeira do sangue?! Elas são perigosas!

Bufo:

–-Não Judith, ela é iniciante, precisa ver o sangue antes de controla-lo, ainda usa o seu próprio e acaba bem fraca depois.

–-Ainda, é bom você destacar essa palavra, em breve ela aprende e você morre em menos de 5 segundos!

Não consigo segurar uma gargalhada:

–-Em 5 segundos?! Não... ela gosta de brincar, iria prolongar minha morte o máximo possível, por isso ficou tão amiga da Cabeça de Vento! Os planos delas não são tão diferentes quanto os que eu tenho para Hannah... e Judith, mesmo que indiretamente, ela me tirou um irmão, se ela não houvesse me prendido, eu poderia tê-lo puxado ao chão e a luta ainda estaria rolando, eu tendo dois seres assustados atrás de mim, mas isso não é grande coisa...

–-Você é muito autoconfiante...

Dou um meio sorriso:

–-Se eu não for, quem o será?

Ele suspira e senta-se ao meu lado no sofá:

–-Você não pode fazer tudo por si mesma, hoje foi um exemplo, poderia ter pedido ajuda, mas graças ao seu orgulho, seu irmão está morto.

–-Não, ele está morto por não ter confiado em mim, eu poderia ter me defendido, ele não precisava ter pulado na frente!

–-Claro e quem estaria morta agora seria você! Como se uma demônio do ar não fosse ruim o bastante para você, você precisou unir uma demônio do ar com uma feiticeira de sangue! Que tal agora? Uma combinação mortal o bastante para você ou precisa adicionar algo para a mistura? Aceite de uma vez sua mortalidade! Ainda é humana! Peça ajuda de vez em quando, não faça pose de forte, pode acabar custando muitas vidas além da sua! –explode ele.

–-Eu não faço pose de forte! Eu SOU forte! O que posso fazer se tudo o que faço coloca em risco vidas de outras pessoas? Não é minha culpa! Os outros insistem em se aproximar de mim, mesmo eu dizendo que NÃO QUERO AMIZADES! –retribuo.

Ele suspira tentando se conter:

–-É justamente seu jeito de afastar as pessoas que as aproximam de você! Mas tem razão, isso não é culpa sua, ainda sim, PENSE em suas ações e não saia explodindo qualquer coisa que apareça na sua frente ou arrumando brigas, essas pessoas, mesmo que você não queria, se importam com você e podem se expor ao perigo quando acham que você precisa de ajuda, pelo fato de você NUNCA dizer quando REALMENTE precisa de ajuda!

Trinco os dentes, quem disse que quero que me ajudem? Quem disse que quero precisar de ajuda? Quem disse que eu não sou o suficiente para mim? Por que agora apareceram essas outras pessoas? E principalmente, por que não quero que essas pessoas morram? Ted... L... Matt... Não consegui evitar a morte de Matt!

Sentindo a raiva borbulhar cada vez mais, dessa vez mais voltada para mim mesma, começo a socar o sofá, queimaduras apareciam cada vez que eu acertava um soco nele, L penas assistia calado e inexpressivo, muito diferente de um rosto que me olhou com olhos cheios de lágrimas, também não quero que Rosalie morra, ela consegue chorar sobre a morte de alguém que nunca havia conhecido quando nem eu mesma consigo, sendo que eu sou/ era irmã dessa pessoa! Rose também às vezes conseguia se expressar por mim quando eu não conseguia...

Quando paro meu feroz ataque ao sofá, tombo no mesmo arfando e sinto uma mão fria tocar meu ombro:

–-Melhorou? –pergunta de maneira suave.

–-Não te interessa. –respondo, depois de todo o ocorrido, sinto meus olhos pesarem, sabendo que mesmo de maneira relutante, posso confiar que L não fará nada para me prejudicar, rendo-me ao sono.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?! Kay algum dia irá admitir que não consegue fazer tudo sozinha?
QUIZ:
Hellsing: 1
Thaywan: 1
MaryDuda: 1
Laira Portela: 0,5
*Como foi o primeiro encontro entre L e Kay?
ESPECIAL PARA LAIRA PORTELA: (se quiser arredondar a pontuação...)
*Qual o elemento de Rosalie?



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